Setor bancário português “está numa nova fase”, diz comissária da concorrência
Margrethe Vestager afirmou que a venda do Novo Banco à Lone Star e a recapitalização da CGD colocam o setor bancário “numa nova fase”, com uma maior estabilidade.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, afirmou hoje que a venda do Novo Banco à Lone Star e a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) colocam o setor bancário “numa nova fase”, com uma maior estabilidade.
“Estamos a entrar numa nova fase do sistema [bancário] português que pode servir a economia de uma maneira mais forte”, afirmou a comissária europeia aos jornalistas, após participar esta manhã, no Porto, num diálogo com cidadãos sobre o futuro da Europa.
Segundo Margrethe Vestager, agora que o acordo de venda [do Novo banco] foi assinado, o processo “deve seguir como planeado” e “as coisas estão estabilizadas”. Para a comissária, uma das razões pelas quais o processo do Novo Banco foi controverso foi “por ser tão caro para os contribuintes portugueses”.
“Se sai alguma coisa positiva é que, trabalhando de forma conjunta – autoridades portuguesas, gestores do setor bancário e Comissão Europeia -, as coisas podem seguir em frente”, sublinhou.
A comissária da concorrência referiu que “obviamente” não pode garantir que não surgirão outros problemas no setor bancário português, mas disse que, “com o trabalho que está a ser feito”, o futuro parece “mais promissor”.
Durante o debate, no qual participou também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, a responsável sublinhou que o trabalho da Comissão Europeia é garantir que, “quando o dinheiro dos contribuintes é usado haja um resultado viável”, porque “o dinheiro dos contribuintes não pode ser esbanjado”.
Contudo, salientou que não podem haver injustiças, pelo que tem assim o trabalho de garantir “condições justas de concorrência”, designadamente para quem não recebeu ajudas “públicas”.
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