“Novo Banco já é um caso de sucesso pela resistência”
António Ramalho diz que Novo Banco é um caso de sucesso pela resistência e pela gestão dos sucessivos desafios. Fundo de Resolução aprovou contas sem reservas dos auditores.
Para António Ramalho, o “Novo Banco é já um caso de sucesso pela resistência e pela gestão de sucessivos desafios“. Na mensagem incluída no relatório e contas de 2016 aprovado esta terça-feira pela assembleia geral, o presidente executivo diz que “tudo indica que após este período transitório poderá finalmente retomar o seu lugar cimeiro no apoio às empresas e aos particulares que apostam no serviço de qualidade, que, aliás, nunca perdeu”.
Ramalho reforça a ideia de sucesso na administração de um banco num contexto em que a venda da maioria do capital foi feita após o encerramento de exercício. Este facto “torna o ano de 2016 ainda mais bem-sucedido na gestão da transição, das oportunidades e dos desafios“, declarou o CEO da instituição.
"O Novo Banco é já um caso de sucesso pela resistência e pela gestão de sucessivos desafios e tudo indica que após este período transitório, poderá finalmente retomar o seu lugar cimeiro no apoio às empresas e aos particulares que apostam no serviço de qualidade, que, aliás, nunca perdeu.”
Destacou o crescimento dos depósitos de particulares, que aumentaram 832 milhões de euros, e ainda produção de crédito habitação, que cresceu 110%, num ano em que o banco aproveitou para reduzir os seus custos operativos em 21,7%, em 164 milhões de euros.
“Naturalmente estes contributos para a normalização não nos fazem esquecer o longo trabalho de reabilitação do Novo Banco com que nos comprometemos”, sublinhou Ramalho, agradecendo a “lealdade exigente dos clientes” e a qualidade dos colaboradores do banco.
O banco fechou 2016 com prejuízos de mais de 788 milhões de euros, traduzindo-se numa redução de 15% das perdas face ao ano anterior. Em março deste ano, o Fundo de Resolução decidiu a venda de 75% do capital do Novo Banco ao Lone Star, uma operação que está ainda dependente do cumprimento de algumas condições, entre as quais a conclusão da oferta de troca de obrigações.
Contas sem reservas
As contas da instituição foram aprovadas pelo Fundo de Resolução, o acionista do banco desde 2014, na assembleia geral que ocorreu esta terça-feira. E desta vez as contas “passaram” sem que o auditor, a PwC, manifestasse qualquer reserva em relação os números apresentados.
“Somos de parecer que o relatório de gestão foi preparado de acordo com os requisitos legais e regulamentares aplicáveis em vigor, a informação nele constante é concordante com as demonstrações financeiras auditadas e, tendo em conta o conhecimento e apreciação sobre o banco, não identificamos incorreções materiais”, lê-se na certificação emitida pelo auditor.
Na contas relativas a 2015, a PwC levantou uma reserva por limitação a propósito da exposição do Novo Banco ao angolano Banco Económico. Indicava que não tinha acesso a informação financeira auditada para os exercícios de 2014 e 2015 e ainda que não estava disponível um plano de negócios que permitisse avaliar as condições do banco.
Agora o auditor indica que durante 2016 manteve diversas interações com o conselho de administração para debater “as ações desenvolvidas por este para mensurar a imparidade associada à exposição ao Banco Económico” e que já obteve e analisou as demonstrações financeiras do banco angolano, assim como o plano de negócios “abarcando as atividades até 2019”.
(Notícia atualizada às 19h26)
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