EDP puxa pela bolsa, mas Montepio faz disparar alertas

O dia foi de ganhos na bolsa de Lisboa, com o principal índice nacional a tocar máximos desde dezembro de 2016. Isto acontece depois da sessão de forte valorização de 1%. No resto da Europa, o cenário foi predominantemente de perdas, com o Stoxx 600 a fechar no vermelho, ao apresentar uma descida ligeira de 0,03%.

O PSI-20 avançou 0,19% para 5.289 pontos. O índice foi pressionado pela queda de 0,82% do BCP, com os títulos a valerem agora 23 cêntimos. No entanto, a EDP brilhou nesta sessão ao avançar 2,15% para 3,27 euros, mais do que compensando o comportamento negativo do banco liderado por Nuno Amado.

Num dia em que o preço do petróleo caiu para abaixo da linha dos 50 dólares — o Brent negociava em Londres nos 49,92 dólares –, a Galp Energia não seguiu a tendência da EDP e da EDP Renováveis, apresentando uma derrapagem de 1,26% para 13,73 euros. Nota negativa também para os CTT que corrigiram da subida de 5% com uma queda de 4,28% para 5,42 euros.

Mas as atenções voltaram a centrar-se no Montepio, com as unidades de participação do banco mutualista a dispararem 21,29% para 75 cêntimos, depois de terem arrancado a corrigir dos ganhos da sessão anterior, na ordem dos 46%. Já nesta sessão, ainda pela manhã, os títulos chegaram a valorizar 53,23%.

Nem a CMVM nem o banco têm uma explicação para a escalada súbita que, apesar da pouca liquidez das ações da instituição, assenta em ordens de compra de dimensão significativa, que voltaram a ser introduzidas no sistema. Em apenas dois dias, as unidades de participação do Montepio chegaram a avançar 102,8%.