Centeno: “Objetivo orçamental será alcançado”
O Ministério das Finanças está confiante de que as metas orçamentais vão ser "alcançadas", depois de o INE ter revelado que o défice ficou nos 1,9%.
O défice orçamental ficou nos 1,9% nos primeiros seis meses do ano, um valor que vai permitir que o “objetivo orçamental do corrente ano seja assim alcançado”, afirma o Ministério das Finanças, num comunicado enviado às redações. O número fica abaixo da estimativa que tinha sido avançada pelos peritos da UTAO. Para Mário Centeno, o número divulgado esta sexta-feira e o facto de o défice do ano passado ter sido revisto em baixa pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) comprova a “credibilidade da estratégia orçamental”.
“O objetivo orçamental do corrente ano será assim alcançado. A redução equilibrada do défice, com reforço do investimento e das políticas sociais, permitirá a diminuição sustentada da dívida pública, fator essencial para garantir o financiamento do Estado, das empresas e das famílias”, lê-se no comunicado.
O INE também reviu em baixa o défice de 2016. Neste sentido, o ministério refere ainda que “comprova-se, assim, a credibilidade da estratégia orçamental. A complementaridade da estratégia de gestão criteriosa dos recursos públicos e do fomento do crescimento inclusivo, baseado no investimento de qualidade, revela-se a melhor forma de assegurar crescimento económico socialmente equitativo a médio e a longo prazo”.
O objetivo orçamental do corrente ano será assim alcançado. A redução equilibrada do défice, com reforço do investimento e das políticas sociais, permitirá a diminuição sustentada da dívida pública, fator essencial para garantir o financiamento do Estado, das empresas e das famílias.
O défice orçamental na contabilidade que interessa a Bruxelas ficou em 1,9% no primeiro semestre de 2017. O número, divulgado esta sexta-feira pelo INE, fica, ainda assim, acima da meta traçada pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, para o conjunto deste ano.
O número não conta ainda com o impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, que pode atingir 2,1% do PIB. Tal como o Ministério das Finanças adiantou ao ECO, o diálogo entre as autoridades nacionais e as europeias “está neste momento em curso.” Já o Eurostat disse esperar uma conclusão da discussão técnica “nas próximas semanas”.
Esta sexta-feira, o crescimento económico do segundo trimestre foi também revisto em alta para os 3%, ao contrário dos 2,9% inicialmente divulgados pelo INE na segunda estimativa, em agosto. Há cerca de um mês, o INE tinha revisto a subida do PIB no segundo trimestre para os 2,9%, depois da primeira estimativa apontar para os 2,8%.
(Notícia atualizada às 11h47 com mais detalhes)
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