Acionistas do Montepio têm três meses para aceitarem oferta da Associação
O pedido de perda de qualidade de sociedade aberta do Montepio foi aceite pelo regulador. Os acionistas do banco que não venderam na OPA têm agora três meses para aceitarem a contrapartida de um euro.
O Montepio Geral pediu e o regulador já aprovou. Esta sexta-feira, o Conselho de Administração da CMVM aprovou o pedido de perda de qualidade de sociedade aberta feito pelo banco, comunicou esta sexta-feira o regulador. Os detentores dos títulos têm três meses para os venderem à Associação Mutualista.
“O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), na sequência do requerimento que lhe foi apresentado em 10 de outubro de 2017 pela Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária, S.A. (CEMG), deliberou, em reunião realizada em 13 de outubro de 2017, deferir, com efeitos a esta data, o pedido de perda da qualidade de sociedade aberta apresentado”, diz o comunicado do regulador enviado às redações. A aceitação do pedido do Montepio acontece depois de na passada segunda-feira, os acionistas do banco terem aprovado em assembleia-geral extraordinária, a perda da qualidade de sociedade aberta, e a consequente saída de bolsa.
Os detentores de títulos do banco liderado por Félix Morgado que não aceitaram vender as suas ações na Oferta Pública de Aquisição (OPA), dispõem agora de três meses para aceitarem a contrapartida de um euro oferecida pela Associação Mutualista, de acordo com o estipulado pelo código de valores mobiliários. “Para efeitos do cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 27.º do Código dos Valores Mobiliários, a Montepio Geral Associação Mutualista obrigou-se a adquirir as ações detidas pelos acionistas que não tenham aprovado a referida deliberação, tendo para o efeito caucionado o respetivo pagamento junto da Caixa Económica Montepio Geral, Caixa Económica Bancária”, explica a CMVM, acrescentando que “o valor global da contrapartida fica disponível pelo prazo de três meses a contar da presente publicação, pelo preço unitário de um euro por ação”.
Após a OPA voluntária que lançou no início de julho, a Associação Mutualista passou a controlar 98,28% do Fundo de Participação do Montepio Geral, passando a deter “quase 100%” do capital do banco mutualista. O restante capital ainda está nas mãos dos investidores que têm agora três meses para venderem as suas ações.
Já no que respeita ao Montepio geral, as regras do mercado dizem que “durante o prazo de um ano, fica vedada a admissão das ações da CEMG em mercado regulamentado.”
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