Atividade económica na zona euro abranda para mínimos de dois meses
A atividade económica na zona euro abrandou mais que o esperado, atingindo mínimos de dois meses. Ainda assim, os responsáveis da IHS Markit afirmam não haver razões para preocupação.
A atividade económica da zona euro abrandou o ritmo de crescimento para mínimos de dois meses, segundo os primeiros dados referentes ao último trimestre do ano. O índice PMI relativo a outubro localizou-se nos 55,9, com os valores do emprego na indústria a avançarem para máximos históricos.
Os dados da IHS Markit mostram uma queda de 0,9 pontos relativamente ao mês de setembro, ficando bem abaixo do 56,5 que os economistas inquiridos pela Bloomberg esperavam. A liderarem os avanços estiveram as economias francesa e alemã, que registaram índices PMI de 57,5 e 56,9 respetivamente. Recorde-se que os 50 pontos são a fasquia para os períodos de expansão e de contração económica.
“A economia da zona euro tem tido um bom ano até agora e estes sinais mostram que também continua no princípio do último trimestre de 2017”, afirma Andrew Harker, responsável da IHS Markit. “Reduzir a compra de dívida será uma decisão que parece justificada, tendo em conta os últimos dados do índice PMI”.
"A economia da zona euro tem tido um bom ano até agora e estes sinais mostram que também continua no princípio do último trimestre de 2017.”
Estes sinais de estabilidade económica surgem dois dias antes da aguardada reunião do Banco Central Europeu (BCE), onde se irá decidir o futuro dos estímulos às economias da zona euro. O “outono” foi a data mais precisa apontada pelos responsáveis do BCE para pôr em cima da mesa o programa de compra de dívida, bem como os valores da taxa de juro diretora.
“Uma política monetária acomodatícia por mais tempo é menos arriscado do que uma retirada prematura dos estímulos. Estamos expressamente comprometidos com a nossa política até dezembro, o que significa que, automaticamente, no outono, teremos de decidir o que vamos fazer a seguir”, afirmou Vítor Constâncio em maio deste ano. Em julho, Mario Draghi considerou que os governadores estavam “pacientes e prudentes”, esperando pelo outono para “ter essa discussão”.
A reunião de governadores decorrerá em Frankfurt esta quinta-feira, com Mário Draghi e Vítor Constâncio a falarem aos jornalistas logo após as conclusões.
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