CGD encolhe prejuízos para 47 milhões de euros
O banco liderado por Paulo Macedo encerrou os primeiros nove meses com prejuízos de 47 milhões de euros. O resultado é bem menos negativo do que o registado há um ano.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) fechou os primeiros nove meses do ano com prejuízos de 47 milhões de euros. Este valor representa uma redução face aos 50 milhões negativos observados no fecho do primeiro semestre. Compara também positivamente com os prejuízos de 189 milhões observados no período homólogo.
“Apesar do resultado líquido negativo (-47 milhões de euros) verificado nos primeiros nove meses do ano, a boa evolução registada na atividade permitiu uma eficaz implementação do Plano Estratégico. Foi assim possível até setembro provisionar custos não recorrentes de 595 milhões de euros, fixando-se o resultado líquido da atividade corrente em 473 milhões de euros”, refere a CGD em comunicado enviado à CMVM.
“Para este resultado líquido contribuíram a evolução de 18% (aumento de 149 milhões de euros) da margem financeira, que se fixou em 983 milhões de euros, positivamente influenciada pela redução sentida no custo de funding (menos 293 milhões de euros), o resultado de operações financeiras (301 milhões de euros) que aumentou 345 milhões de euros face ao valor registado um ano antes, e o crescimento de 2% nas comissões líquidas, face ao período homólogo de 2016″, acrescenta o banco liderado por Paulo Macedo.
Ao mesmo tempo, o banco sublinha para a obtenção destes resultados menos negativos que no primeiro semestre, e bastante menos expressivos que há um ano, “a redução ocorrida nos custos operativos recorrentes (-6%, -56 milhões de euros), com origem quer em menores custos com pessoal, quer em menores gastos gerais administrativos.
Malparado pesa, mas menos
“As provisões e imparidade atingiram no período 408,6 milhões de euros, valor próximo do observado no período homólogo do ano anterior (-0,5%), para o que contribuiu sobretudo o montante de provisões e imparidades de outros ativos (líquido) de 327,8 milhões de euros, dos quais 322,0 milhões de euros de natureza não recorrente, relacionadas com a reestruturação e alienação de atividades internacionais”, diz a CGD.
Perante esta evolução, a “qualidade dos ativos da CGD evoluiu positivamente nos primeiros nove meses de 2017, com os valores absolutos de NPE e NPL a diminuírem ambos 18% face a dezembro de 2016. Deste modo, o rácio de NPE reduziu-se para 10,1% e o de NPL para 13,3% em setembro. Em ambos os casos a sua cobertura por imparidades é de 53,4%. Em Portugal o nível de cobertura é de 57,4% (NPE) e de 57,2% (NPL)”, remata o banco.
Rácio de capital de 12,8%
No final dos primeiros nove meses deste ano, os capitais próprios consolidados da CGD “totalizaram 7.973 milhões de euros no final de setembro de 2017, o que representou um reforço de 4.090 milhões de euros face ao final do ano anterior, refletindo as duas fases já implementadas do Plano de Recapitalização acordado entre o Estado Português e a Comissão Europeia (DG Comp)”.
Neste sentido, e à luz dos resultados apresentados até setembro, “os rácios CET1 phased-in e fully implemented eram em setembro de 13,0% e 12,8%, com rácios phased-in Tier 1 e Total de 14,1% e 14,8%, respetivamente“, conclui a CGD.
(Notícia atualizada às 18h05 com mais informação)
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