Portugueses em risco de deportação devido a programa de Trump são 520

  • Lusa
  • 5 Outubro 2017

Decisão do Presidente norte-americano de terminar o programa que protege pessoas levadas ilegalmente para o país, em crianças ameaça 520 portugueses.

Quinhentos e vinte portugueses podem ser deportados nos EUA, devido à decisão do Presidente norte-americano de terminar o programa que protege pessoas levadas ilegalmente para o país, em crianças, disse hoje o secretário de Estado das Comunidades.

“Podemos afirmar que o número de portugueses abrangidos pelo DACA [‘Deferred Action for Childhood Arrivals’ ou seja Ação Diferida para Imigração Infantil] totaliza 0,1% do total, cifrando-se nos 520 cidadãos, segundo dados oficiais da administração americana (datados de setembro de 2017)”, referiu à agência Lusa José Luís Carneiro.

A comunidade portuguesa e luso-americana nos Estados Unidos da América (EUA) “é uma comunidade bem integrada, na sua larguíssima maioria, de segunda e terceira geração“, tendo o último fluxo significativo de imigração terminado nos anos 80, explicou o governante, em resposta a questões da Lusa.

O programa, que foi lançado em 2012 por Barack Obama, permite a jovens que foram levados para os EUA em crianças de forma ilegal receberem proteção contra deportação, autorização de trabalho e número de segurança social.

O anúncio, por parte da Administração norte-americana, da suspensão, gradual, do DACA, marca apenas o início de um processo legislativo que poderá prolongar-se até março de 2018 e envolverá os poderes legislativo e executivo norte-americanos em matéria de imigração, especifica o secretário de Estado.

“Assim, não são neste momento claros os efeitos práticos da posição do Governo norte-americano”, acrescenta.

José Luís Carneiro aponta ainda que “não tem havido perguntas e pedidos de informação a respeito desta temática por parte dos cidadãos, junto dos Serviços Consulares portugueses” nos EUA.

No entanto, salienta que o Ministério dos Negócios Estrangeiros, designadamente através da sua rede diplomática e consular, continua a seguir “com o máximo cuidado e atenção quaisquer desenvolvimentos que possam ainda assim vir a afetar cidadãos portugueses ou luso-descendentes”.

O prazo para os imigrantes abrangidos pelo programa que os protegia da deportação renovarem vistos de trabalho termina hoje e, a partir de agora, nenhum dos cerca de 800.000 imigrantes chegados aos EUA enquanto crianças e que podiam trabalhar ou tirar a carta de condução, poderá fazê-lo, além de enfrentarem a deportação.

Só imigrantes cujos vistos expirem antes de 05 de março de 2018 podem candidatar-se à renovação e aqueles cujos vistos expiram a partir de 06 de março já não poderão fazê-lo.

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António Guterres orador no Web Summit

Nome do secretário-geral das Nações Unidas anunciado esta quinta-feira por Paddy Cosgrave, via email.

António Guterres junta-se ao grupo de ilustres oradores da edição deste ano do Web Summit. O secretário-geral das Nações Unidas vai estar em Lisboa para participar no evento criado na Irlanda e que passou, em 2016, a ser realizado em Portugal.

O dia em que o secretário-geral da ONU falará ainda não foi divulgado, mas o nome de Guterres vem juntar-se a outros portugueses conhecidos internacionalmente como Carlos Moedas, António Horta Osório, Luís Figo ou José Neves.

A novidade foi adiantada pelo próprio CEO do evento, Paddy Cosgrave, num email enviado esta manhã. No mesmo email, Paddy adianta que, além de António Guterres, a organização do maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo vai contar com oito líderes mundiais, seis vencedores de prémios Nobel e cinco Comissários Europeus.

O Web Summit decorre em Lisboa, no Meo Arena e FIL, entre 6 e 9 de novembro.

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Marcelo: “Não há sucessos eternos nem reveses definitivos”

O Presidente da República vai discursar na ressaca das eleições autárquicas e poucos dias antes de o Orçamento do Estado para 2018 ser entregue na Assembleia da República.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (D) e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (E), durante a cerimónia comemorativa do 107º aniversário da Implantação da República, 05 outubro 2017, na Praça do Município, em Lisboa.MANUEL DE ALMEIDA / LUSA

Os altos representantes da República voltam a reunir-se, esta quinta-feira, para as comemorações do feriado de 5 de Outubro, Dia da Implantação da República Portuguesa. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro, António Costa, e os presidentes da Assembleia da República e da Câmara Municipal de Lisboa, Eduardo Ferro Rodrigues e Fernando Medina, estão, esta manha, na Praça do Município, em Lisboa.

Depois dos discursos de Medina e de Marcelo, terá ainda lugar a atribuição de medalhas da Grã-Cruz da Ordem da Liberdade ao sociólogo António Barreto, à antiga primeira-ministra Maria de Lourdes Pintasilgo (a título póstumo) e ao antigo bispo Manuel Martins (a título póstumo).

Acompanhe aqui, ao minuto, o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, feito na ressaca das eleições autárquicas e poucos dias antes da entrega do Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República.

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Novo Portal do Governo é hoje lançado para maior proximidade aos cidadãos

  • Lusa
  • 5 Outubro 2017

Dia da Implantação da República Portuguesa assinalado com novo Portal do Governo, uma plataforma mais acessível e intuitiva através da qual pretende reforçar a proximidade com os cidadãos.

Novo Portal do Governo é lançado a 5 de outubro de 2017 e tem como objetivo aproximar os cidadãos.D.R.

O executivo assinala esta quinta-feira o dia da Implantação da República Portuguesa com o lançamento do novo Portal do Governo, uma plataforma mais acessível e intuitiva através da qual pretende reforçar a proximidade com os cidadãos.

De acordo com informações avançadas à agência Lusa, o novo Portal do Governo fica disponível ao público a partir de hoje de manhã, podendo ser acedido através do mesmo endereço eletrónico.

O lançamento desta nova plataforma — através da qual o Governo pretende reforçar a proximidade e transparência com os cidadãos — foi a forma escolhida pelo Governo socialista de assinalar o 5 de outubro, dia da Implantação da República Portuguesa.

“Com um ‘layout’ mais simples e intuitivo, o novo portal distingue-se ainda pela melhor navegabilidade e acesso simplificado a toda a informação relevante produzida pelas diferentes áreas governativas“, refere a informação disponibilizada à agência Lusa.

Aceder às remodelações do elenco governativo em cada legislatura passa agora a ser possível, uma vez que “a área dedicada à composição do Governo foi também desenvolvida”, sendo os membros do executivo apresentados de forma mais clara.

Nesta nova versão foi também introduzido um motor de pesquisa, que irá “permitir o acesso à informação de forma mais simples e rápida”, para além de agora poder ser possível consultar o portal nas várias plataformas digitais disponíveis como os computadores, tablets e smatphones.

Os conteúdos relativos aos programas do Governo estarão também disponíveis – e agrupados – nas novas áreas “Temas e Programas de Ação Governativa”.

Este novo portal contém ainda uma área própria “que presta homenagem à democracia portuguesa” onde é possível aceder a informação relativa a anteriores executivos e na qual, “de forma gradual, se irá promover a recuperação e publicação de conteúdos antes inacessíveis aos cidadãos”.

“Portugal em números” será outra das novidades da página oficial do Governo, onde estão reunidos diversos indicadores sobre o país, assim como ligações aos principais portais de serviço público.

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Do 3D para 2D. Vodafone muda logótipo e assinatura

A Vodafone arranca esta sexta-feira com uma nova estratégia global de comunicação que também chega a Portugal. Para além de uma nova assinatura, o logótipo da marca também foi simplificado.

Mário Vaz, CEO da Vodafone, na apresentação do novo logótipo e assinatura da marca.

“O Futuro é Incrível. Ready?”. Esta é a assinatura com que a Vodafone pretende comunicar com os seus clientes em Portugal, a partir de agora. A nova frase surge no âmbito de um reposicionamento da estratégia global da operadora, que é espelhado também num face-lift do logótipo da marca que passa do 3D para o 2D.

Trata-se da primeira vez desde a introdução da assinatura “Power to you”, em 2009, que a Vodafone faz um reposicionamento que será transversal aos 36 mercados onde opera, incluindo Portugal. A campanha que suporta a nova posição da marca arranca já esta sexta-feira e será comunicada através da Televisão, do digital e do exterior.

A assinatura para Portugal é uma derivação da assinatura internacional que será “The future is exciting. Ready?”, ao mesmo tempo que o logótipo da operadora sofre um face-lift pela primeira vez em 12 anos de forma a tornar-se mais simples. O logótipo deixa de ser em 3D para passar a ser em 2D, mas mantendo as cores originais.

A maior parte dos conteúdos criados para comunicar a nova mensagem da Vodafone partiram de dentro do próprio grupo, sendo que, de acordo com Leonor Dias, diretora de marca da Vodafone Portugal, “a maior parte do investimento foi centrado em media“.

Sem avançar números concretos em termos do montante de investimento envolvido, Leonor Dias diz que representou “uma percentagem muito significativa do investimento do ano fiscal”.

“A empresa manifesta-se e comunica com o exterior através da sua marca. E esta tem de ser consistente com a forma como a empresa atua e estar alinhada com os valores e visão da empresa”, afirmou Mário Vaz, CEO da Vodafone, num encontro com jornalistas que decorreu na passada terça-feira, acrescentando que a operadora está “numa fase nova” e que “tinha de se adaptar” para justificar o timing da alteração da imagem da marca.

Um reposicionamento com o setor em ebulição

O reposicionamento da comunicação da Vodafone a nível global e nacional acontece a escassos dias de a Vodafone completar 25 anos de presença em Portugal, mas também num período em que os setores das telecomunicações e media estão em ebulição. Exemplo disso mesmo, é a compra da Media Capital pela Altice, que poderá mudar o panorama do setor de media, caso passe pelo crivo dos reguladores. A Vodafone opõe-se a este negócio, dizendo que “não pode ser aprovado“, nem mesmo com a imposição de remédios, segundo afirmou Mário Vaz à margem da apresentação da nova imagem da operadora.

Para já, o negócio não passou na Anacom que opõe-se à à aquisição da dona da TVI pela dona da Meo, nos termos em que o negócio foi desenhado, por considerar que é suscetível de criar entraves significativos à concorrência. Falta agora o parecer da ERC e da Autoridade da Concorrência.

Ao mesmo tempo, a Vodafone e a Nos anunciaram na passada sexta-feira uma parceria que visa a partilha das respetivas redes de fibra ótica e estruturas móveis.

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À espera do substituto de Yellen, Wall Street recupera

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

As bolsas norte-americanas estiveram quase toda a sessão em queda, mas acabaram por inverter a tendência. Conseguiram valorizar com os investidores de olho no próximo presidente da Fed.

As bolsas norte-americanas arrancaram em queda. Continuaram a perder valor depois dos recordes alcançados nas últimas sessões, mas acabaram por conseguir fechar em alta. Wall Street avançou, beneficiando da expectativa dos investidores quanto à próxima liderança da Reserva Federal dos EUA.

O S&P 500 avançou 0,08% para 2.536,59 pontos, enquanto o Dow Jones somou 0,09% para 22.661,64 pontos. Mesmo o índice tecnológico, o Nasdaq, encerrou a sessão com uma valorização de 0,04%, apesar do dia menos positivo para os títulos do setor tecnológico. A Google, que apresentou os seus novos smartphones, não conseguiu escapar: caiu 0,5%.

Os receios de um novo adiamento da reforma fiscal de Trump pesaram no comportamento dos mercados acionistas norte-americanos durante a parte inicial da sessão, mas as bolsas acabaram por recuperar terreno, voltando a encerrar no “verde” num dia que foi igualmente positivo para a moeda do país. O dólar subiu.

A animar a negociação esteve a expectativa dos investidores de que Trump revele, em breve, o sucessor de Janet Yellen à frente da política monetária dos EUA. Antecipam que será mais expedito na subida dos juros do que Yellen.

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Aumento de capital da REN feito até ao fim do ano

  • Lusa
  • 4 Outubro 2017

Rodrigo Costa quer concluir até ao final do ano o aumento de capital para a compra da EDP Gás.

O presidente executivo da REN, Rodrigo Costa, pretende concluir até ao final do ano o aumento de capital para pagar parcialmente o financiamento feito para a aquisição, por 532,4 milhões de euros, da EDP Gás.

A REN – Redes Energéticas Nacionais concluiu hoje a aquisição da totalidade da EDP Gás por 532,4 milhões de euros, um investimento que levou a empresa liderada por Rodrigo Costa a recorrer a um contrato de financiamento com um sindicato bancário nesse montante.

Esse montante será “parcialmente refinanciado”, através de um aumento de capital até 250 milhões de euros, com direito de preferência aos acionistas, que, segundo disse Rodrigo Costa à agência Lusa, deverá acontecer “nos próximos meses, até ao final do ano”.

Dado o financiamento e o aumento de capital, o presidente executivo da REN estima que a aquisição da EDP Gás signifique uma subida da dívida da empresa gestora das redes energéticas nacionais (eletricidade e gás) em 282,4 milhões de euros.

Em declarações à Lusa, Rodrigo Costa defendeu que esta é uma “boa oportunidade de investimento” e que “é um prolongamento natural da atividade da REN”, que além de operar na área da alta tensão (transporte de eletricidade), está presente também na área do gás natural.

Para o presidente da REN, a empresa e a sua massa crítica são reforçadas com este negócio, que revela também que Portugal “é uma oportunidade de investimento”.

A EDP Gás tem cerca de 80 colaboradores e centra a sua atividade no desenvolvimento e exploração da rede pública de distribuição de gás natural na região litoral norte de Portugal (29 concelhos dos distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo), com uma rede de 4.460 quilómetros e 345.637 pontos de ligação, sobre a qual operam 10 comercializadores.

Rodrigo Costa disse que a EDP Gás, agora detida pela REN, “manterá o seu cariz regional, e contará com o suporte necessário para continuar a potenciar o talento e as competências existentes na empresa”.

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APB espera que venda do Novo Banco aconteça com “rapidez”

  • Lusa
  • 4 Outubro 2017

O presidente da associação que agrega os principais bancos que operam em Portugal diz que é importante que "o sistema financeiro se vá reforçando".

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Faria de Oliveira, disse esperar que a concretização da venda do Novo Banco ao Lone Star aconteça com “rapidez”, ajudando a reforçar o sistema bancário português.

“O Conselho de Administração do Novo Banco está de parabéns por ter conseguido estes resultados que são um passo decidido para se concretizar operação de venda do Novo Banco, que espero que venha a ocorrer agora com relativa rapidez”, afirmou Fernando Faria de Oliveira, à margem de uma conferência da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em Lisboa.

O presidente da associação que agrega os principais bancos que operam em Portugal disse que, com estas operações, o importante é que “o sistema financeiro se vá reforçando e deixando de constituir preocupação para os portugueses”.

O Novo Banco está mais perto de ser vendido ao fundo norte-americano Lone Star, depois de ter sido anunciado que foi concluída a operação de recompra de dívida própria do Novo Banco, poupando 500 milhões de euros, uma condição essencial para a venda ser concretizada.

Sobre a plataforma de gestão de crédito, Faria de Oliveira considerou que é “mais um instrumento” de ajudar os bancos que a compõem – BCP, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco – a reestruturar créditos e aliviar o balanço, mas admitindo que fica aquém do que foi feito em outros países.

“Não tendo sido possível devido a restrições regulatórias e de finanças públicas utilizar instrumentos, como aconteceu em Espanha e Irlanda em que houve possibilidade de adotar garantais de Estado para acelerar resolução problemas, neste momento todos bancos estão já a trabalhar intensamente com programas específicos de redução de NPL [crédito malparado], disse.

Faria de Oliveira afirmou que importante é que essa redução de crédito problemático se faça sem causar problemas ao nível de capital e de destruição de valor para o banco.

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Há mais pixeis no ecrã da Google. E são de alta resolução

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Outubro 2017

Foi um dia de novidades para a Google. Desde um novo computador a uma nova versão do seu telemóvel topo de gama, os concorrentes terão motivos para ficar preocupados.

Nesta sessão de apresentação da Google, foram muitos os produtos novos.Google

Com a Apple e a Samsung a chegarem ao Natal com novos aparelhos, a Google não quis perder o lugar no saco do Pai Natal e lançou dois novos smartphones Pixel, criando assim uma segunda geração dos seus aparelhos topo de gama. A juntar-se a estes estão também um novo computador portátil, um assistente mini para casa e muitos acessórios.

Num evento bem mais pequeno que o anual I/O ou a última apresentação da Apple, Sundar Pichai iniciou a apresentação com algumas palavras de apreço pelas vítimas do tiroteio em Las Vegas. “Os nossos sentimentos e orações vão para as vítimas”, afirmou o CEO da tecnológica. Entretanto, a apresentação começou pelas novidades ao nível do software, principalmente da inteligência artificial.

“Temos de repensar a maneira como os computadores trabalham”, constatou Sundar Pichai. “Os computadores vão ter de se adaptar às pessoas, e não ao contrário”. Assim, a Google apostará na melhoria da aplicação da inteligência artificial aos seus produtos, desde o Maps, às fotografias, à própria interação com os aparelhos.

Porém, e ainda que muitos dos avanços divulgados pela Google sejam obstáculos ultrapassados no setor, o anúncio mais esperado era o dos novos smartphones, o Pixel 2 e o Pixel 2 XL. Ambos inspirados nos ecrãs com pouca margem, utilizados pelos seus principais concorrentes, apresentam ecrãs OLED, câmaras de 12,2 megapíxeis, estrutura metálica resistente à água e carregamento rápido.

As diferenças entre as duas versões do aparelhos estão no ecrã — com o Pixel 2 a apresentar um ecrã de 5 polegadas e o 2 XL um de 6 polegadas — e na bateria. No campo do design, este não se distingue muito da versão anterior, estando disponível em três cores diferentes: Just Black, Clearly White e Kinda Blue.

É na câmara que a Google se continua a destacar. Depois de a câmara do Pixel ter conseguido uma classificação de 89 em 100 por parte da DxOMark, a do Pixel 2 conseguiu uma classificação de 98 em 100, tornando este o telemóvel com a melhor câmara do mercado. O utilizador Pixel tem também acesso ilimitado a armazenamento, para guardar todas as fotografias diretamente. E os preços? O Pixel 2 custa a partir de 649 dólares e o XL a partir de 849 dólares.

Para além dos telemóveis, a tecnológica apresentou uns auscultadores bluetooth, muito semelhantes aos AirPods, mas com o pormenor de estarem ligados um ao outro com um pequeno fio — dizendo assim adeus ao pensamento “e se perder um deles”. Estes possibilitam também fazer a tradução em tempo real em 40 idiomas. A Google ataca também o mercado atualmente liderado pela GoPro através de uma câmara pequena que permite captar imagens sem estar ligada a um telemóvel.

A má notícia é que, tal como a versão comemorativa do iPhone, pode ser bastante difícil ter acesso a estas novidades, visto que em Portugal nenhuma delas vai estar disponível.

Um novo portátil e mais assistência em sua casa

Passando da palma da mão para a secretária, a Google lança também uma nova versão do seu portátil, o Pixel Chromebook. Este é o mais fino — 10 milímetros — e mais leve: um quilo — computador produzido pela Google, sendo também convertível em tablet. Poderá ser utilizado com uma caneta, a Pixel Book Pen, que acresce em mais 99 dólares o preço do portátil — que é de 999 dólares.

O Google Home Mini é uma extensão para o Google Home, uma espécie de “filho” da torre principal.Google

Mas foi o assistente de casa da Google que sofreu mais atualizações. Foi-lhe acrescentado um “filho”, o Google Home Mini, que funciona como uma extensão à torre principal. Este tem o tamanho de um donut e vai permitir não só localizar o telemóvel dentro de casa com uma só chamada como também difundir uma mensagem pela casa toda.

Além deste, o Google Home Max, uma coluna com assistente incorporado, que adapta o som às características da divisão da casa, sincroniza-se com toda a família. Os novos produtos custam 49 e 399 dólares, respetivamente, não estando também disponíveis em Portugal.

Ainda que todas estas características pareçam novidades estrondosas, desde ontem que as fotos dos aparelhos têm corrido as redes sociais, visto que, sem querer, a Walmart colocou à venda os novos produtos na sua loja online. Ups…

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Cavaco Silva sobre as autárquicas: “Acontece que não votei”

O ex-presidente da República não votou nas autárquicas e não comenta os resultados. Na apresentação hoje de um livro de economia, limitou-se a elogiar a contribuição de Passos Coelho para a economia.

Cavaco Silva abstém-se de comentar os resultados das autárquicas. “Acontece, até, que não votei” nas eleições em que o PS foi o vencedor e o PSD o grande derrotado, disse o antigo Presidente da República. Quanto à decisão de Passos Coelho de não se recandidatar à liderança do partido social-democrata, limitou-se a apontar o contributo que Passos deu para a trajetória positiva da economia nacional.

À margem da apresentação do livro “Ética aplicada à Economia”, Cavaco Silva escusou-se a comentários pois não faz parte do grupo de “políticos que estão no ativo ou comentadores profissionais”. Acrescentou ainda: “Acontece, até, que eu não votei, porque estava num casamento de um familiar muito próximo na Escócia no próprio dia e por isso só acompanhei já na segunda-feira o que tinha aqui ocorrido“.

Passos Coelho deu o seu contributo para que Portugal a partir de 2013 entrasse numa trajetória de crescimento económico, redução do desemprego e melhoria das condições de vida da população.

Cavaco Silva

Ex-Presidente da República

Quanto às declarações de Passos Coelho no Conselho Geral do PSD, que revelou que não se vai recandidatar à liderança do PSD depois dos maus resultados obtidos, o ex-presidente da República diz não ter assistido. Defende que “compete aos militantes tomarem as decisões que considerem melhores não só para o partido, mas acima de tudo para o país“.

Aproveitou ainda para acrescentar, acerca de Pedro Passos Coelho que este “deu o seu contributo para que Portugal a partir de 2013 entrasse numa trajetória de crescimento económico, redução do desemprego e melhoria das condições de vida da população que felizmente para todos tem vindo a acentuar-se”.

Cavaco Silva atribui este desempenho positivo da economia nacional à “excelente situação da economia europeia e dos benefícios que Portugal retira do turismo e das exportações”, assim como “imagem de segurança que Portugal projeta e da hospitalidade dos portugueses”.

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Ministra da Administração Interna demite diretora do SEF

  • ECO
  • 4 Outubro 2017

Luísa Maia Gonçalves, diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras desde 2016, foi demitida pela ministra da Administração Interna.

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, demitiu esta quarta-feira a diretora do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Luísa Maia Gonçalves, que ocupava esse cargo desde 2016.

A notícia foi avançada pelo Expresso e, de acordo com o jornal, a demissão deve-se a “um incumprimento dos objetivos da tutela”. Luísa Maia Gonçalves foi nomeada para o cargo em janeiro de 2016, para substituir António Beça Pereira que apresentou demissão.

Na altura, era inspetora coordenadora superior da carreira de investigação e fiscalização daquele serviço, tendo chegado ao SEF em 1990.

Foi também responsável pelo Gabinete de Relações Internacionais e de Cooperação e pela Direção Central de Investigação, Pesquisa Análise e Informação. Passou ainda por vários cargos na Administração Pública.

(Notícia atualizada às 19h44)

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António Ramalho ao ECO: Sucesso da oferta de troca de dívida mostra “dupla confiança dos investidores”

António Ramalho congratula-se com o sucesso da oferta de recompra de dívida que permite ao banco obter uma "almofada" de 500 milhões, condição essencial para a venda ao Lone Star.

O Novo Banco conseguiu a poupança de 500 milhões de euros com a oferta de troca de dívida, condição essencial para a venda ao Lone Star. António Ramalho congratula-se com o resultado da operação, afirmando ao ECO que “foi uma prova de dupla confiança [dos investidores] no banco”. Primeiro quando aceitaram a oferta, depois por manterem o dinheiro no banco em depósitos.

António Ramalho destaca a “enorme colaboração” com o Fundo de Resolução para que a operação tivesse sido bem-sucedida. Diz que houve três condições de sucesso nesta oferta, a primeira do género voluntária na Europa: Fundamental, Fair e Final. “Fundamental, por causa da explicação daqueles que eram os objetivos da operação, Fair por ser equitativa para todos e Final, porque não houve alterações na operação. O que era início foi no final”.

O banco de transição recomprou 4,74 mil milhões de euros em obrigações. Não chegou aos 75% do total da dívida, mas conseguiu mesmo assim constituir uma almofada de capital de cerca de 500 milhões de euros. Isto aconteceu porque o Novo Banco conseguiu recomprar quase 100% das obrigações com maturidades mais curtas e 43% das mais longas. A poupança com as mais curtas era superior, permitindo alcançar a meta de 500 milhões.

Ramalho diz que “95% do retalho aceitou” a oferta de recompra de dívida. “Foi uma adesão superior ao esperado”. “Foi, sobretudo, uma prova de dupla confiança no banco. Primeiro quando “aceitaram a oferta, depois por manterem o dinheiro no banco em depósitos”, salientou, acrescentando, no entanto, que já esperava dificuldades com os fundos. “Foi a primeira operação voluntária de LME na Europa. Isto nunca foi feito num modelo voluntário”, notou.

Com a poupança dos 500 milhões, a conclusão da venda está próxima. “A operação segue agora entre comprador e vendedor, o banco apenas ajuda a construir as necessidades para tornar a venda possível (…), mas o entusiasmo que vejo no comprador e a competência que vejo no vendedor vão assegurar, certamente, que a venda será feita em muito curto espaço de tempo”, disse António Ramalho à Lusa.

Questionado pelo ECO sobre se depois de dia 18 de outubro, data em que se deverá concretizar a venda ao Lone Star, António Ramalho continuará à frente do Novo Banco, o presidente do banco de transição diz apenas que “a partir de agora começa a conversar” sobre a sua manutenção na liderança da instituição com o fundo norte-americano.

(Notícia atualizada às 19h27 com mais informação)

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