Francisco Assis: Demissão da ministra da Administração Interna é “inevitável”

  • ECO
  • 17 Outubro 2017

Para o eurodeputado socialista, a reação do Governo aos incêndios do fim de semana foi completamente desastrosa e que demorando "mais ou menos tempo", a ministra terá de se demitir.

O eurodeputado do PS, Francisco Assis, considerou “completamente desastrosa” a reação política do Governo aos incêndios do fim de semana, antevendo que, demorando “mais ou menos tempo”, a ministra Constança Urbano de Sousa vai demitir-se. “Inevitavelmente”, sublinhou o responsável em declarações à Rádio Renascença.

Para Assis, a ministra da Administração Interna tem de “transmitir tranquilidade e segurança”, algo que não tem conseguido fazer.

Em relação ao relatório aos fogos de Pedrógão Grande, o eurodeputado referiu que se trata de um documento “muito crítico”. “São críticas estruturais e à ação conjuntural”.

“Têm de ser extraídas conclusões, há reformas profundas a fazer, que exigem um consenso vasto no país. Há decisões de caráter político mais imediato que terão de ser tomadas”, frisou ainda.

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Santana Lopes apresenta no domingo candidatura à liderança do PSD

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

O ex-primeiro ministro vai apresentar no domingo a sua candidatura à liderança do PSD. A apresentação vai ser em Santarém, às 16h.

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes apresenta a sua candidatura à liderança do PSD no domingo, às 16h, em Santarém, disse esta terça-feira à Lusa fonte da sua estrutura de campanha.

A apresentação da candidatura irá decorrer no CNEMA (Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas), em Santarém, acrescentou a mesma fonte. Pedro Santana Lopes anunciou há precisamente uma semana que será candidato à liderança do PSD nas eleições diretas marcadas para 13 de janeiro, no seu espaço de comentário televisivo na SIC.

Hoje é um dia de boas noticias, Portugal ganhou e eu sou candidato à liderança do PPD/PSD“, afirmou no seu espaço de comentário televisivo com o ex-ministro socialista António Vitorino.

Além de chefe de Governo, Santana Lopes foi líder do PSD, presidente das câmaras da Figueira da Foz e da de Lisboa e desempenha atualmente as funções de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que passarão, após a sua saída, para o número dois da Santa Casa. Após o atual líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, anunciar que não se recandidataria ao cargo, o Conselho Nacional do PSD aprovou em 9 de outubro a realização de eleições diretas para escolher o presidente do partido a 13 de janeiro e o Congresso a 16, 17 e 18 de fevereiro.

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OCDE acredita que reverter Brexit seria benéfico para a economia

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

A OCDE acredita que reverter a saída da União Europeia seria benéfico para a economia britânica e que iria originar uma depreciação da libra britânica e uma retirada de investimentos.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) considera que reverter a saída do Reino Unido da União Europeia através de um segundo referendo ou de outro mecanismo seria benéfico para a economia britânica.

Na análise deste ano à economia britânica, a OCDE sublinha que “em caso de anulação do Brexit, através de uma mudança na maioria, um novo referendo, etc, o impacto positivo no crescimento económico seria significativo“. Num encontro com os jornalistas em Londres, durante a apresentação do relatório que contou também com o ministro das Finanças britânico, Philip Hammond, o secretário-geral da OCDE, o mexicano Angel Gurria, sublinhou que interessa ao Reino Unido chegar “a um bom acordo” com a UE para a saída do bloco europeu.

“O Reino Unido está a enfrentar tempos desafiantes, com o Brexit a criar sérias incertezas económicas que podem prejudicar o crescimento durante anos“, disse Gurria, para quem “manter uma relação económica muito próxima com a União Europeia será absolutamente decisivo”.

Para Hammond, o estudo apresentado esta terça-feira pela OCDE é apenas “uma opinião”, cujas “recomendações serão estudadas”, principalmente sobre as questões da produtividade e outros conselhos deixados pelos peritos para revitalizar a economia nacional. Sobre o cenário de reversão da saída da União Europeia, um porta-voz do Governo conservador britânico reiterou esta terça-feira que o Reino Unido “vai sair da UE” e garantiu que “não haverá um segundo referendo”.

Na análise sobre a economia britânica, a OCDE escreve que uma rotura das negociações sem um acordo comercial firmado “geraria uma reação adversa nos mercados financeiros”, o que levaria a uma depreciação da libra britânica e uma retirada de investimentos, para além de uma subida da inflação, o que abrandaria a procura interna.

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Linha de crédito do Novo Banco concede até 400 milhões para investigação e desenvolvimento nas PME

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

A nova linha de crédito do Novo Banco concede um máximo de 400 milhões de euros para pequenas e médias empresas apostarem em áreas como a investigação e o desenvolvimento.

O Novo Banco disponibilizou uma nova linha de crédito no valor de até 400 milhões de euros para as micro, pequenas e médias e empresas (PME), indicou hoje a instituição financeira em comunicado.

Esta linha está aberta também a empresas de maior dimensão que empreguem no máximo até 499 trabalhadores e “destina-se especificamente a empresas que pretendam financiamento para apoiar as suas atividades ou projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, até um máximo de 7,5 milhões de euros”.

A linha de crédito resulta do acordo celebrado com o Fundo Europeu de Investimento (FEI) e beneficia do apoio financeiro da União Europeia no âmbito dos Instrumentos Financeiros do Programa “Horizonte 2020” e do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), criados no quadro do Plano de Investimento para a Europa.

Conta também com uma cobertura do FEI para 50% do risco de crédito subjacente, “sendo por isso muito relevante no apoio aos projetos aprovados nos sistemas de incentivos à inovação produtiva e qualificação de PME no âmbito do Portugal 2020”.

Com esta nova linha, o Novo Banco afirma que “reforça a sua posição de liderança” entre os bancos portugueses no acesso a apoios do FEI destinados ao financiamento da economia portuguesa, alcançando um valor acumulado de até 1.060 milhões de euros.

No comunicado o Novo Banco refere que este instrumento “permite o acesso das PME portuguesas a condições de financiamento mais favoráveis”, promovendo assim a criação de emprego e o crescimento da economia.

Além disso, adianta a instituição, permite dar continuidade à estratégia prosseguida pelo Novo Banco de “permanente apoio ao tecido empresarial português”.

Trata-se da quarta transação do mesmo tipo assinada entre o Novo Banco e o FEI, depois do lançamento da linha Risk Sharing Finance Facility, em outubro de 2013, e das duas linhas InnovFin SME Guarantee Facility, em julho de 2015 e dezembro de 2016.

Através destas linhas o Novo Banco facultou 660 milhões de euros de financiamento a mais de 500 empresas inovadoras suas clientes.

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Governo acredita que todos os recibos verdes têm despesas de 25%. Ou teria existido “fraude”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Outubro 2017

Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais acredita que todos os recibos verdes têm despesas suficientes para evitar um aumento do imposto. Ou "teríamos vivido uma fraude durante anos".

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais voltou esta terça-feira a garantir que os recibos verdes não vão ter aumento de impostos com as alterações prevista para o regime simplificado.

António Mendonça Mendes recorda que a mudança só tem impacto para trabalhadores com recibos verdes superiores a 1.600 euros, mas acredita que também estes terão despesas que permitam atingir o limiar de dedução que já hoje é aplicável. Caso contrário, “teríamos vivido uma fraude durante anos”, afirmou em entrevista à TSF.

No regime simplificado, o fisco assume que 25% do rendimento dos trabalhadores a recibo verde corresponde a despesas, tributando apenas o resto. Mas o Orçamento do Estado para 2018 vem agora garantir apenas uma dedução de 4.104 euros: caso o limiar de 25% seja superior a este valor, é preciso apresentar faturas. Fonte oficial do Ministério das Finanças já disse ao ECO que a redação pode vir a ser melhorada em sede de especialidade, para garantir que os trabalhadores só têm de apresentar despesas que cubram a diferença entre 4.104 euros e 25% do rendimento.

Fonte oficial já tinha também indicado que a mudança só afeta trabalhadores a recibos verdes com rendimentos acima de 1.600 euros — apontando para apenas 10% –, contando já com as novas tabelas de IRS. António Mendonça Mendes refere o mesmo valor à TSF e reitera: “não há nenhuma penalização dos recibos verdes e não vai haver agravamento de impostos para os trabalhadores a recibos verdes”.

O governante começa por explicar que “em 2001 criou-se o regime simplificado, e não havia a informatização da máquina fiscal” e como “não havia maneira de saber quais eram os custos, criou-se uma regra, uma ficção na lei, que sobreviveu até hoje”. Referia-se à presunção de que 25% do rendimento são custos. “Hoje, com o e-fatura, em que a Autoridade Tributária tem conhecimento de todos os custos que existem de todas as faturas, faz sentido continuar a usar uma presunção se tenho essa informação?”, questiona.

E quanto aos contribuintes que eventualmente não consigam reunir as despesas necessárias? “Volto a dizer que não acredito que os trabalhadores a recibo verde não tenham 25% de despesas. Esta é uma medida de promoção do pedido de fatura”, responde o governante. Mais: se assim não fosse, “teríamos vivido uma fraude durante anos”, nota.

O secretário de Estado diz que não se está a “pedir aos contribuintes que façam mais do que o normal, que é, quando compram algum bem ou serviço, que coloquem o número de contribuinte”. “Estamos a pedir aos recibos verdes de altos rendimentos que apresentem faturas, o que vai ajudar a aumentar o IVA. Não vai fazer as pessoas pagar mais impostos. Vai permitir que haja mais faturas, e havendo mais faturas vai haver mais pagamento de IVA”, continua. E há uma panóplia larga de faturas que podem entrar, incluindo, em certas atividades, contas de supermercado. Para António Mendonça Mendes, “o regime simplificado é uma técnica fiscal, não é um benefício fiscal”.

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EDP refuta relatório que lhe atribui culpas em Pedrógão

  • Marta Santos Silva
  • 17 Outubro 2017

A EDP Distribuição garante que as linhas na área do incêndio de Pedrógão Grande cumpriam toda a regulamentação em vigor e tinham sido inspecionadas recentemente.

Acusada de ter falhado na proteção da linha elétrica de média tensão que atravessava a zona de Pedrógão Grande, num segundo relatório sobre os incêndios de junho de 2017 que vitimaram 64 pessoas, a EDP Distribuição refuta, afirmando ter cumprido todas as regulamentações, e diz deter inspeções recentes a essa linha que o comprovam.

No relatório divulgado ontem, segunda-feira, o grupo de investigadores do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra responsabilizou cinco entidades, incluindo a EDP. À EDP, apontou a causa das ignições, que terão sido causadas por “contactos entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão”, o que aponta para “uma deficiente gestão de combustíveis na faixa de proteção da linha, por parte da entidade gestora”. O relatório alerta ainda para a falta de limpeza de vegetação e mato na proximidade dos fios e postes, que é da responsabilidade da elétrica nacional.

“O Presidente do Conselho de Administração da EDP Distribuição refuta as conclusões apresentadas no Relatório”, lê-se num comunicado enviado pela EDP Distribuição ao ECO com a assinatura do Engenheiro João Torres.

“A EDP Distribuição assegura que a faixa de proteção da linha em causa estava efetuada de acordo com a regulamentação em vigor e as boas práticas para as redes de distribuição de eletricidade. Esta mesma infraestrutura tinha sido recentemente objeto de inspeção que suporta esta garantia“, acrescenta o comunicado, que promete ainda mais informações detalhadas após analisar o relatório com mais pormenor.

A EDP informou ainda que “a EDP Distribuição tem 84.000 km de linhas aéreas de Alta e Média Tensão, das quais 26.000 km atravessam zonas florestais. São constituídas e mantidas anualmente 7.500 km de faixas de gestão de combustível e de proteção. É efetuada uma supervisão com recurso a meios aéreos e tecnologia laser em 14.000 km/ano. Para além destas são feitas inspeções visuais, sendo que mais recentemente se têm usado drones. Estas atividades correspondem a um investimento de cinco milhões de euros anuais”.

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Incêndios: CDS admite avançar com moção de censura ao Governo

  • ECO
  • 17 Outubro 2017

O CDS admite apresentar uma moção de censura ao Governo de António Costa, depois da tragédia provocada pelos incêndios este ano. Mas ainda vai falar com o Presidente Marcelo.

O CDS-PP admite avançar com uma moção de censura ao Governo de António Costa, avançam esta terça-feira o Público e a TSF. A decisão deverá contudo ser definitivamente tomada apenas depois da conversa que está pedida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Depois dos incêndios que deflagraram no país entre domingo e segunda-feira, com dezenas de vítimas mortais, a direção dos centristas decidiu antecipar em um dia a reunião que tinha marcada para quarta-feira. Além dos dois relatórios sobre os incêndios de junho, os populares estão também a ponderar a possibilidade de avançar com uma moção de censura ao Governo.

Segundo o Público, o CDS estará a tentar avaliar se o país compreenderá os motivos dos centristas para apresentar a moção de censura, ou se verão a decisão como uma manobra de aproveitamento político.

A reunião dos centristas estava prevista para esta terça-feira ao almoço. Seja como for, uma decisão de avançar só será anunciada depois do encontro com Marcelo Rebelo de Sousa, que será o primeiro a tomar conhecimento.

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Lesados do Banif querem ouvir Banco de Portugal e ex-ministra das Finanças em tribunal

  • Lusa
  • 17 Outubro 2017

Os lesados do Banif querem ouvir em tribunal um vice-governador do Banco de Portugal, a anterior ministra das Finanças e o ex-presidente executivo do banco Jorge Tomé, entre outras testemunhas.

A Alboa – Associação de Defesa dos Lesados do Banif quer ouvir em tribunal, como testemunhas, um vice-governador do Banco de Portugal, a anterior ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, o ex-presidente executivo do banco Jorge Tomé e o comentador António Costa.

O diretor de informação da TVI, Sérgio Figueiredo, apresentou-se esta terça-feira no Tribunal de Cascais para ser ouvido, a propósito da notícia sobre os problemas do Banif, dias antes da resolução do banco, num processo movido pela Alboa, mas não prestou declarações à juíza.

Nesse sentido, a defesa da Alboa requereu então ouvir como testemunhas Pedro Duarte Neves, anterior vice-governador do Banco de Portugal (BdP) responsável pela supervisão, e que “assinou a deliberação que levou à resolução do Banif”, a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque, para explicar a situação exata do banco à data da notícia, Jorge Tomé, ex-presidente executivo do Banif, e o jornalista António Costa, que comentou a notícia da TVI minutos após a sua divulgação em rodapé.

No entanto, a juíza indeferiu este pedido da defesa da Alboa, que vai reclamar desta decisão – tendo dez dias para o fazer.

A próxima audição, no âmbito do debate instrutório deste caso, ficou marcada para as 10h00 de dia 15 de novembro no Tribunal de Instrução de Cascais.

A TVI noticiou em 13 de dezembro de 2015 (um domingo à noite) que o Banif ia ser alvo de uma medida de resolução.

A notícia terá precipitado a corrida aos depósitos, cuja fuga foi próxima de mil milhões de euros na semana seguinte, segundo revelaram na Assembleia da República vários responsáveis no âmbito da comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

Em 20 de dezembro de 2015, uma semana depois, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da atividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros ativos – incluindo ‘tóxicos’ – para a nova sociedade veículo.

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Banco de Portugal aplicou 317 mil euros em sanções no terceiro trimestre

Entre o início de julho e o final de setembro, a entidade liderada por Carlos Costa instaurou 31 e decidiu 55 processos de contraordenação.

No decurso do terceiro trimestre de 2017 o Banco de Portugal instaurou 31 e decidiu 55 processos de contraordenação. De acordo com a entidade liderada por Carlos Costa, a atividade sancionatória resultou na aplicação 317 mil euros em coimas às instituições infratoras.

De acordo com a síntese da atividade sancionatória do Banco de Portugal relativa ao terceiro trimestre deste ano, foram decididos 55 processos, 38 respeitantes a infrações de natureza comportamental, 15 a infrações de natureza prudencial, um relativo a infrações a deveres respeitantes à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo e outro que se prendeu com infrações às regras em matéria de recirculação de numerário.

A atuação do regulador da banca deu lugar a quatro admoestações e à aplicação de coimas no valor de 317 mil euros, nesse período, sendo que dez mil euros se encontram suspensos na sua execução, informa o Banco de Portugal.

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Portuguesa Feedzai consegue 50 milhões em nova ronda de financiamento

A Feedzai, startup portuguesa de inteligência artificial aplicada a operações bancárias, conseguiu 50 milhões de dólares de novo capital, avançou em comunicado.

A startup portuguesa Feedzai conseguiu um financiamento de 50 milhões de dólares (cerca de 42,3 milhões de euros) numa nova ronda de capital Series C, revelou a empresa num comunicado. Com esta operação, a Feedzai, que aplica inteligência artificial à prevenção e deteção de fraude em operações bancárias, passa a deter um capital total de 82 milhões de dólares.

Esta será uma das maiores rondas de capital levantadas por uma startup de ADN português. Na ronda, participou a capital de risco Sapphire Ventures de Palo Alto, Califórnia, e um outro investidor anónimo. Com esta operação, a Sapphire Ventures reforça a aposta na Feedzai, na medida em que já tinha participado numa operação anterior. No portefólio desta capital de risco já passaram empresas como o LinkedIn e a Fitbit, ambas cotadas em bolsa por estes dias.

“Com esta ronda de financiamento, o capital de risco total levantado pela Feedzai passa para 82 milhões de dólares, por parte de nove investidores de relevo, que incluem a Oak HC/FT, Capital One Growth Ventures, Citi Ventures, entre outros”, indicou a empresa em comunicado.

Em reação à operação, Nuno Sebastião, cofundador da Feedzai e líder da empresa, indicou no comunicado: “A nossa visão é ajudar todos os principais bancos e empresas que impulsionam grande parte do dinheiro que é movimentado em todo o mundo.”

E acrescentou: “Fizemos grandes progressos na nossa visão ao longo do último ano e esta nova ronda de financiamento vai ajudar-nos a acelerar o nosso crescimento enquanto continuamos a investir nos melhores profissionais e na mais avançada tecnologia de data science e machine learning, para tornar a banca e o comércio seguro em todo o mundo.”

Num a nota enviada à imprensa, a startup mostra-se “no caminho certo para mais do que duplicar o número de colaboradores que tinha no final de 2016”, prevendo “contar com 300 colaboradores até ao final deste ano”. “A empresa contratou diretores de vendas de referência em todo o mundo, incluindo Jim Priestley para o cargo de chief revenue officer, antigo senior vice president da tecnológica Box”, lê-se no comunicado.

“A fraude é e continuará a ser uma questão crítica à medida que mais negócios são transacionados digitalmente”, disse também, na mesma nota, Anders Ranum, da Sapphire Ventures. “A plataforma da Feedzai coloca o poder nas mãos das empresas, processadores e redes de pagamento para gestão dos riscos, ao mesmo tempo que melhoram as receitas. Estamos bastante entusiasmados em continuar a apoiar a Feedzai e ajudá-la a crescer ainda mais”, concluiu.

(Notícia atualizada às 13h45 com mais informações)

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Tecnológica da Sonae à procura de talento. Mas é complicado

A Bizdirect é uma consultora do universo Sonae que cresceu 23% no primeiro semestre. Quer recrutar talento na área da tecnologia no norte do país, mas a oferta é inferior à procura.

O crescimento traz a bonança? Nem sempre. A Bizdirect é uma empresa do grupo Sonae que presta consultoria na área das Tecnologias da Informação (TI). No primeiro semestre deste ano, registou um aumento nas receitas de 23% face aos mesmos seis meses do ano anterior — e, por isso, está à procura de talento. Quer recrutar 15 colaboradores até janeiro, mas não deverá ser tarefa fácil.

O setor tecnológico tem uma dinâmica muito própria. A procura de trabalhadores qualificados supera largamente a oferta, o que torna mais complicado reter estas pessoas, caso não sejam dadas condições favoráveis e projetos aliciantes.

Ao ECO, João Mira Santiago, o líder desta consultora tecnológica da Sonae, explicou por email que “o problema” da falta de mão de obra nestas áreas não é só de Portugal. “Afeta toda a Europa, sendo que num mundo em que se está a tornar cada vez mais digital, a procura será cada vez maior. Todos sabemos que é um mercado que está em constante crescimento e para o qual os sistemas de ensino não têm sido capazes de dar resposta ao ritmo da procura”, sublinhou.

[A falta de mão de obra qualificada] afeta toda a Europa, sendo que num mundo em que se está a tornar cada vez mais digital, a procura será cada vez maior.

João Mira Santiago

CEO da Bizdirect

Entre janeiro e junho, a Bizdirect conseguiu receitas de 28,8 milhões de euros, um aumento homólogo de 23% e 13% acima do orçamento. O lucro também subiu 53%, “reflexo do crescimento da receita e da evolução positiva da margem nas diversas áreas de negócio”, revela empresa numa nota enviada ao ECO, sem especificar o resultado líquido. Só 7% da receita, 2,4 milhões de euros, foram gerados no estrangeiro. A suportar o crescimento estiveram ainda alguns “projetos de grande dimensão” em que a empresa esteve envolvida.

Desta feita, quer recrutar “pelo menos 15 colaboradores até ao final do ano”, avançou ao ECO João Mira Santiago, sobretudo no centro do país. “Até ao final de 2017, a Bizdirect espera terminar o ano com cerca de 111 colaboradores, na sua maioria programadores e consultores especializados nas áreas tecnológicas com que trabalhamos. Atualmente temos em aberto várias vagas para a função de consultores especializados nas áreas de TI”, especificou.

Para contornar a falta de oferta de mão de obra, a Bizdirect tem um plano: “Temos academias próprias de formação [como um Centro de Competências em Viseu], apostamos numa forte parceria com os diferentes stakeholders e trabalhamos em parceria com instituições de ensino para garantir uma ligação com o mundo académico”, contou o líder da empresa. E, sem essa ligação à academia, encontrar talento seria uma tarefa bem mais complexa.

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Mudanças na Proteção Civil prejudicaram? “Concorreu tudo”

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Outubro 2017

Costa admitiu que "concorreu tudo" para os recentes incêndios, respondendo a uma questão concreta sobre alterações na estrutura da Proteção Civil.

O primeiro-ministro admitiu esta terça-feira que “concorreu tudo” para que as “coisas corressem pior” no que toca aos recentes incêndios que fustigaram o país. António Costa referia-se concretamente às alterações à estrutura da Proteção Civil.

António Costa destacou que, mais do que problemas conjunturais, a questão que se coloca é estrutural, na floresta e no sistema de prevenção e combate aos fogos e é preciso tirar ilações do estudo feito. É tempo de “passar das palavras aos atos”, de “decidir e de executar”, continuou.

E as mudanças na estrutura da proteção civil tiveram influência? “Concorreu tudo. Catástrofes desta dimensão, tudo contribuiu de alguma forma para que as coisas não corressem bem, tudo concorreu certamente para que as coisas corressem pior”, admitiu, em declarações transmitidas pela Sic Notícias.

Questionado sobre se foi feito algo desde Pedrógão, Costa disse que o próximo Conselho de Ministros vai transformar em medidas o trabalho feito pela comissão técnica e independente nomeada pela Assembleia da República. De acordo com o Primeiro-Ministro, “passada a fase das chamas, é a fase da reconstrução e da resposta às necessidades das pessoas”, tal como foi feito em Pedrógão.

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