Fernando Pinto: “Não sairei em breve da TAP”

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Fernando Pinto disse esta terça-feira em Matosinhos que não está para breve a sua saída da presidência da TAP, numa declaração à margem da apresentação do programa "Taste Porto".

Fernando Pinto disse esta terça-feira em Matosinhos que não está para breve a sua saída da presidência da TAP, numa declaração à margem da apresentação do programa “Taste Porto”.

Questionado pela Lusa se o “crescimento para o Porto da TAP” que acabara de anunciar seria conseguido ainda consigo ao leme, o presidente da transportadora aérea nacional foi curto na resposta.

“A empresa vai continuar a crescer, não tenho dúvida nenhuma disso, e em breve iremos ter novidades, como também posso dizer que em breve não irei sair”, declarou Fernando Pinto, que desde o verão passado é dado como de saída da TAP.

"A empresa vai continuar a crescer, não tenho dúvida nenhuma disso, e em breve iremos ter novidades, como também posso dizer que em breve não irei sair.”

Fernando Pinto

TAP

O programa “Taste Porto” agrega uma série de iniciativas dedicadas ao Porto, tendo o responsável afirmado que “todo o trabalho feito é para divulgar a cidade, a região, criar cada vez mais atratividade, sendo que o Porto acabou de ser considerada a cidade mais atrativa da Europa“.

“Nós queremos acompanhar isso, nós temos acompanhado isso. Isso aumenta a necessidade, o volume de voos e a TAP vai acompanhar isso. Não há dúvida nenhuma. Está previsto crescer”, garantiu.

Desafiado a revelar quais os novos destinos e para quando a sua efetivação, Fernando Pinto escudou-se na regra do mercado: “Nenhuma empresa aérea o diz até ser oficial”.

“Lisboa não vai ressentir-se”, tranquilizou o presidente da TAP, revelando que a empresa “no primeiro semestre cresceu em movimento de passageiros mais de 20%”, acrescentando que no mercado brasileiro “houve um crescimento de 60% e no norte-americano de 120%”, salientando ainda os aumentos verificados no “mercado africano e na Europa”.

"Nós queremos acompanhar isso, nós temos acompanhado isso. Isso aumenta a necessidade, o volume de voos e a TAP vai acompanhar isso. Não há dúvida nenhuma. Está previsto crescer.”

Fernando Pinto

TAP

O programa “Taste Porto” irá concretizar-se através da criação de parcerias com os principais ‘ícones’ da região e do desenvolvimento de ações que consolidem a perceção do Porto como diferenciadora pela sua arte, cultura, arquitetura e tradições, tendo Fernando Pinto anunciado a antiga campeã olímpica da maratona Rosa Mota como embaixadora da TAP no Porto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Função Pública: Precário rejeita ir para os quadros? Já não é logo despedido

  • Marta Santos Silva
  • 10 Outubro 2017

Chumbada a proposta de terminar imediatamente o vínculo de quem não quisesse entrar no concurso para o seu posto, os precários vão poder cumprir os seus contratos até ao fim. Depois saem.

O Partido Socialista (PS) ainda tentou alterar a formulação, mas os restantes partidos rejeitaram-na de qualquer forma: os trabalhadores da Administração Pública cujo posto seja considerado precário mas que não queiram ir a concurso para entrar para os quadros não verão os seus contratos cessar subitamente, como o PS propunha. Foi uma das conclusões da votação do mecanismo de integração dos precários na Função Pública, conhecido como PREVPAP, que terminou esta terça-feira na Assembleia da República.

A proposta do PS, chumbada no Grupo de Trabalho parlamentar dedicado à precariedade, era de que os cargos que fossem considerados precários após avaliação pelas Comissões de Avaliação Bipartidas (CAB) iriam ser sujeitos a um concurso para escolher quem ocuparia o lugar. Se o trabalhador que se encontrasse no posto no momento não quisesse entrar no concurso, o seu contrato terminaria logo a seguir. Na proposta de hoje, o PS já formulou que “os respetivos vínculos cessa[ria]m no dia seguinte à homologação da correspondente lista unitária de ordenação final” do concurso, mas mesmo assim o PSD, o CDS e o PCP votaram contra a proposta.

O Bloco de Esquerda, por sua vez, absteve-se, fazendo uma declaração de voto na qual José Soeiro afirmou que “não se protege os trabalhadores da precariedade nem do despedimento tornando-os vulneráveis ao despedimento precisamente por estarem numa posição precária.” Do lado do CDS, António Carlos Monteiro também fez uma: “Se existem contratos que foram celebrados pelo Estado com algum trabalhador, não pode ser posto fim a esse contrato por uma iniciativa legislativa forçando esse trabalhador a ir para a rua”.

A proposta do PCP, apresentada por Rita Rato, também foi reprovada.Paula Nunes / ECO

No entanto, também não foi aprovada uma proposta do PCP que determinava que os contratos destes casos decorressem até ao seu termo natural, com um limite de três anos a partir da entrada em vigor da integração dos precários. “A pessoa não fica eterna no lugar. Fica até que seja findo o prazo previsto no contrato correspondente”, explicou a deputada comunista Rita Rato ao defender a medida. A ideia era que terminasse esta contratação que foi considerada irregular — ou seja, um vínculo precário para um cargo que é uma necessidade permanente de um serviço — mas que o trabalhador não visse o contrato terminado abruptamente. Esta solução, porém, também ela foi chumbada com a abstenção do PSD, do CDS e do Bloco de Esquerda, e voto contra do Partido Socialista.

Em que ficamos, então, já que nenhum artigo na proposta de lei alterada faz referência a este tema? José Soeiro recordou a aplicação da lei geral do trabalho em funções públicas: “Quando se identifica que os motivos que deram origem ao contrato são válidos, que ele se mantenha até ao final do seu prazo. Somos a favor que esse mecanismo, que já existe na lei geral, se aplique”. É possível, disse Rita Rato aos jornalistas no final do grupo de trabalho, que o Governo tenha de criar algum tipo de mecanismo para acomodar as situações dos trabalhadores a falsos recibos verdes ou noutras circunstâncias, mas que à partida a solução seria que os contratos sejam, de qualquer maneira, cumpridos até ao seu término estipulado — já que se fala de contratos por natureza de termo certo, este terá de chegar.

O grupo de trabalho da precariedade, que durou pouco mais de quatro horas, acabou finalmente de debater e votar todas as propostas de alteração à lei de integração dos precários, que resultou em repetidos adiamentos devido a desentendimentos entre esquerda e direita, e também entre os partidos que suportam o Governo. As votações desta terça-feira deverão ser ratificadas na Comissão do Trabalho amanhã, quarta-feira, e depois novamente votadas, sem discussão, em plenário na sexta-feira, podendo assim tornar-se lei.

A lei entrará em vigor a partir de 1 de janeiro de 2018, com exceção de um dos seus artigos — a proposta do Bloco foi aprovada de maneira a que o Artigo 11.º, que estabelece um regime transitório de proteção para aqueles cujos vínculos terminam antes de ser finalizado o concurso para o seu posto. Essas pessoas beneficiam, assim, de um prolongamento desse vínculo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi aprova novo plano de recuperação judicial

Um aumento de capital de mais de dois mil milhões de euros, assim como a passagem de 40% da empresa para as mãos dos credores. Será este o plano de recuperação aprovado pela administração da Oi.

A Oi aprovou um novo plano de reestruturação que prevê um aumento de capital de nove mil milhões de reais, cerca de 2,4 mil milhões de euros, para fazer face à grave situação financeira da maior operadora do Brasil, assim como conversão de obrigações em capital. Este plano já terá sido aprovado pela administração da empresa, mas tem ainda de receber luz verde da Justiça e dos credores. A avançar, cerca de 40% da empresa poderá passar para as mãos dos credores da Oi.

A notícia foi avançada esta terça-feira pela Bloomberg, que cita fontes familiarizadas com o assunto. A proposta deverá chegar ao tribunal já esta quarta-feira.

A ideia passa ainda por dar aos credores a hipótese de adquirir até 3,5 mil milhões de reais em ações e de converter parte dos 32 mil milhões de reais de obrigações em capital. Já os acionistas poderão injetar 2,5 mil milhões de reais de novo capital na operadora, que se vê a braços com uma dívida avultada a inúmeras entidades, incluindo a própria Anatel, o regulador brasileiro das comunicações.

Contas feitas, a proposta, totalmente realizada, terminará com os credores a deterem 40% da empresa, mas não é certo que haja uma aprovação da nova proposta da administração por estes. A votação deverá ser feita a 23 de outubro numa reunião de credores que já está agendada desde agosto.

A portuguesa Pharol, antiga holding da PT e que se encontra cotada na bolsa de Lisboa, é atualmente a maior acionista da Oi, com uma participação de 27%. Uma proposta desta natureza irá diluir a participação da Pharol na Oi.

(Notícia atualiza às 19h58 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Duarte Vera Jardim deixa escritório de Jorge Sampaio

A JSMS – Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva e Associados perde Duarte Vera Jardim que transita para a CRBA – Capitão, Rodrigues Bastos, Areia e Associados.

Duarte Vera Jardim deixa o escritório fundado por José Vera Jardim, Jorge Sampaio e Júlio Castro Caldas e transita, como ‘of counsel’, para a sociedade Capitão, Rodrigues Bastos, Areia e Associados.

A Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva e Associados, Sociedade de Advogados, RL (JSMS), tem a sua origem na sociedade de advogados fundada, em 1970, por José Vera Jardim, Jorge Santos e José Macedo e Cunha, uma das primeiras sociedades de advogados existentes em Portugal.

À primeira associação juntaram-se Jorge Sampaio e Júlio Castro Caldas, dando origem à Jardim, Sampaio, Caldas e Associados, a qual adoptou a presente denominação, em 2008.

Duarte Vera Jardim era sócio da JSMS e era responsável, entre outras, pelas áreas de direito administrativo e da saúde.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tribunal não vai levar Tomás Correia a julgamento

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Tribunal decidiu não levar a julgamento os 14 arguidos, por considerar que não existiu "indícios da verificação dos crimes" de bula e de insolvência dolosa.

O tribunal de Viseu decidiu, esta terça-feira, não levar a julgamento os 14 arguidos do processo relacionado com a venda dos terrenos das Colinas de Vale Meão, em Coimbra, entre os quais o atual presidente da Associação Montepio, Tomás Correia.

O juiz justificou a decisão de não pronúncia de qualquer um dos arguidos com o facto de não existirem “indícios da verificação dos crimes” de burla e de insolvência dolosa.

No entender do tribunal, o projeto das Colinas de Vale Meão “correu objetivamente mal e os seus promotores não lograram obter o necessário alvará e licença de loteamento”, não tendo, consequentemente, conseguido ter os lucros pretendidos.

Este é, segundo disse o juiz, “o risco próprio dos negócios”, mas do processo não se pode extrair “qualquer ardil ou habilidade nas negociações que cerceou a natural autodeterminação dos legais representantes da assistente”, a sociedade Vilões, detida por Tavares de Almeida.

O jornal Público e a revista Sábado deram, em 2016 e 2017, várias informações sobre este caso, que remonta a 2009 e que levou à constituição de 14 arguidos, entre os quais Tomás Correia, que à data dos factos era presidente da Caixa Económica Montepio Geral, Carlos Martins, do grupo Martifer, Humberto Costa Leite, do grupo Vicaima e ex-presidente do Finibanco, entre outros gestores e sociedades envolvidas.

Em causa, de acordo com aquelas publicações, estava a venda pela sociedade Vilões (nome depois mudado para Apícula), detida por Tavares de Almeida (que era então empresário e administrador do Finibanco), de terrenos conhecidos por Colinas de Vale Meão, em Coimbra, à Cityprofit, empresa de que o próprio Tavares de Almeida era acionista, assim como Humberto Costa Leite e Carlos Martins, usando crédito do Finibanco de mais de 30 milhões de euros.

Contudo, segundo a imprensa, o valor da venda não foi totalmente liquidado em 2009, no ato da transação, com a justificação de que o crédito não estava formalmente aprovado. Apenas uma parte seria paga.

Em 2010, com a passagem do Finibanco para o grupo Montepio, no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA), os financiamentos e garantias do Finibanco passam para a Caixa Económica Montepio.

Após essa operação, a Cityprofif faz dação em pagamento à Caixa Económica Montepio dos terrenos para pagar os créditos, e declara falência, ficando com uma dívida de 18 milhões à Apícula, referiu a imprensa.

É então que Tavares de Almeida considera que a instituição financeira se apropriou indevidamente destes bens e pede ao banco o pagamento do dinheiro em falta ou a devolução dos terrenos.

De acordo com a imprensa, o Montepio viria a reconhecer uma dívida à Apícula, mas Tavares de Almeida pede que seja pago o restante valor em falta, acusando o banco de usar os terrenos para melhorar o seu balanço.

Ao comunicar esta segunda-feira a decisão de não pronúncia, o juiz explicou que, para que se possa falar de crime de burla qualificada, com intenção de enriquecimento ilegítimo, “é essencial que o erro ou engano tenham sido astuciosamente provocados pelo agente da infração, através da utilização de um meio engenhoso”.

No entanto, o tribunal considerou que as pessoas que estavam em representação das sociedades, nomeadamente a Vilões, “tinham perfeito conhecimento das circunstâncias em que estava a ser desenvolvida a atividade da Cityprofit e de todos os contornos que envolveram os vários negócios por esta celebrados”.

Assim sendo, entendeu que não houve “deliberada intenção de prejudicar Tavares de Almeida e a sociedade Vilões por si representada”.

Segundo o juiz, nem sequer “são descritos os hipotéticos artifícios que teriam sido utilizados para convencer a assistente a celebrar os negócios que fez”.

No que respeita ao crime de insolvência dolosa, referiu que “não há nos autos quaisquer elementos de onde se possa inferir que qualquer um dos arguidos tenha feito desaparecer património da Cityprofit ou diminuído ficticiamente o seu ativo, dissimulando coisas, invocando dívidas supostas, reconhecendo créditos fictícios”.

O tribunal entendeu que os responsáveis pela Cityprofif decidiram apresentar a empresa à insolvência num quadro de “incumprimento das suas obrigações, em acumulação de dívidas e sem possibilidades de desenvolvimento do projeto para o qual a empresa tinha sido primordialmente criada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Novo regime de pensão antecipada também abrange desempregados com carreiras longas

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 10 Outubro 2017

Quem tem carreiras contributivas muito longas pode aceder ao regime de reforma antecipada com as novas regras, mesmo que esteja em situação de desemprego, esclareceu o Ministério do Trabalho.

Os desempregados com carreiras contributivas muito longas também poderão aceder ao novo regime de reforma antecipada sem cortes. O esclarecimento foi prestado pelo Ministério do Trabalho ao ECO.

Na sexta-feira, foi publicado o diploma que elimina penalizações aos futuros pensionistas que preencham uma das seguintes condições:

  • 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 48 anos de carreira contributiva;
  • 60 ou mais anos de idade e, pelo menos, 46 anos de carreira contributiva, tendo iniciado a descontar para a Segurança Social ou para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) com 14 ou menos anos de idade.

As pensões antecipadas destas pessoas estarão protegidas do corte do fator de sustentabilidade e ainda da redução de 0,5% por cada mês de antecipação. Esta é a primeira fase das mudanças, que começa por abranger um grupo mais restrito de trabalhadores e produz efeitos a 1 de outubro. As restantes alterações, para um conjunto mais abrangente de trabalhadores, continuarão a ser negociadas com os parceiros sociais. Inicialmente, o Governo chegou a indicar que o conjunto das mudanças estava a ser pensado para o regime geral da Segurança Social, ainda que admitisse alguma convergência com outros sistemas. A questão chegou a ser colocada em maio pelos partidos à esquerda, que recordaram especificamente a situação da função pública e dos desempregados de longa duração, com regras próprias — Vieira da Silva admitiu então que o Governo acompanharia outros regimes “com algumas das conclusões”.

No que toca a carreiras contributivas muito longas — a primeira fase já no terreno –, é certo que o regime abrange a função pública, uma vez que o diploma refere-se especificamente ao regime de proteção social convergente (CGA).

E quanto às pessoas que, apesar de terem uma carreira contributiva longa, se encontram em situação de desemprego? “Qualquer pessoa que reúna as condições para aceder ao regime das muito longas carreiras contributivas, independentemente de estar empregado ou desempregado, pode aceder a este regime”, clarifica o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em resposta ao ECO. “Se for desempregado de longa duração, não é obrigado a reformar-se pelo regime dos DLD [Desempregados de Longa Duração], pode ir pelo das muito longas carreiras se reunir as condições”, acrescenta.

Falta agora saber que tratamento será dado a estas pessoas quando o Governo aplicar a reforma do regime de forma mais abrangente. O Governo já deu indicações de que o acesso à reforma antecipada será mais restrito (dirigido a quem, aos 60 anos e idade, já conta 40 de descontos) mas, ao mesmo tempo, os cortes serão reduzidos ou até eliminados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marcelo: “Não visto a camisola de nenhum partido nem de nenhum candidato”

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

O Presidente da República falava a propósito do almoço com Pedro Santana Lopes, rejeitando o envolvimento nas escolhas do PSD.

O Presidente da República afirmou esta terça-feira, a propósito do almoço com Pedro Santana Lopes, que não veste “a camisola de nenhum partido nem de nenhum candidato”, rejeitando o envolvimento nas escolhas do PSD.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas no final de uma iniciativa no Museu da Eletricidade, em Belém, admitiu, contudo, que o critiquem por esse encontro com o atual Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, porque “o país é livre, as democracias são assim, há liberdade de comentário”.

“O fundamental é que os portugueses sabem que não intervenho na vida do PS, nem do PCP, nem do Bloco de Esquerda, nem dos ‘Verdes’, nem do PAN, nem do PSD, nem do CDS, só para falar daqueles que têm representação parlamentar. E, portanto, na vida de nenhum partido“, defendeu.

Interrogado se não pode ter passado a imagem de que “vestiu a camisola” de um candidato à liderança do PSD, o chefe de Estado respondeu: “Não há esse perigo, nenhum. Não visto a camisola de nenhum partido, nem de nenhum candidato, nem de nenhuma sensibilidade partidária, mas rigorosamente de nenhum partido”.ão tenho, nem tenho de ter, simpatias ou antipatias”, acrescentou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD questiona legalidade da venda do Novo Banco. Acusa Governo de falta de transparência

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

António Amaro, do PSD, levantou acusações de falta de transparência contra o Governo na venda do Novo Banco. O partido refere não é disponibilizado o montante que o Estado pretende disponibilizar.

O PSD acusou esta terça-feira o Governo de falta de transparência sobre a verba que o Estado vai disponibilizar no processo de venda do Novo Banco e pediu que sejam divulgados os valores.

A pergunta ao Governo foi feita pelo deputado António Leitão Amaro, que lança dúvidas de legalidade porque “não determina nem limita os montantes que o Estado se compromete a disponibilizar”.

Em declarações aos jornalistas, no parlamento, Leitão Amaro disse que o PSD quer saber se as verbas previstas na resolução do Conselho de Ministros, de 2 de outubro, são ou não reembolsáveis, quais as condições, prazo, montantes e taxas de juro.

O Governo aprovou um acordo-quadro com o Fundo de Resolução que garante “a satisfação de eventuais compromissos decorrentes da operação de venda do Novo Banco”, que aguarda uma decisão de Bruxelas.

A decisão, que consta da resolução do Conselho de Ministros publicada na noite de 2 de outubro, vem assim assegurar o acesso a financiamento por parte do fundo, “se e quando se afigurar necessário, para a satisfação de obrigações contratuais que venham eventualmente a decorrer da operação de venda da participação de 75% do capital social do Novo Banco”.

Este acordo-quadro, assinado pelo Ministro das Finanças, deve ser celebrado “por um período temporal consentâneo com as obrigações assumidas pelo Fundo de Resolução e deve criar condições que assegurem a capacidade de o Fundo de Resolução cumprir tempestivamente tais obrigações”, acrescenta.

O Governo disse, há uma semana, esperar que a Comissão Europeia “adote a sua posição final” relativamente ao plano de reestruturação do Novo Banco “em breve”, tendo Bruxelas também apontado uma decisão sobre esta matéria proximamente.

O porta-voz da Comissão Europeia para os assuntos da concorrência, Ricardo Cardoso, disse à Lusa que a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, está em “contacto estreito e construtivo” com o Governo português sobre a reestruturação do Novo Banco e espera que Bruxelas tome “uma decisão final em breve”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Puigdemont suspende declaração de independência. Quer dialogar

Num discurso no parlamento catalão, o presidente Carles Puigdemont assumiu " mandato" para dar a independência à Catalunha, mas suspendeu a declaração para dialogar.

Carles Puigdemont, presidente da Catalunha, vai esta terça-feira fazer uma declaração aos catalães. Em cima da mesa poderá estar a “declaração unilateral de independência” que, a acontecer, aumentará seriamente as tensões com Madrid. O ECO acompanha a declaração em direto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Stress na banca espanhola arrasta BCP. Ações perdem mais de 2%

O BCP foi o título da banca europeia que mais recuou, conduzindo o PSI-20 para o vermelho. O avanço da EDP e da Jerónimo Martins ajudou a conter as perdas do índice.

Uma maré vermelha voltou a inundar os principais índices bolsistas europeus num dia que poderá ser decisivo em Espanha, com os investidores a temerem uma eventual declaração de independência da Catalunha. A praça lisboeta não foi exceção, com o BCP a deixar-se contagiar pelo stress que afeta a banca espanhola, conduzindo o PSI-20 para perdas ligeiras. As ações do banco liderado por Nuno Amado recuaram mais de 2%, registando o pior desempenho do setor a nível europeu.

O deslize de 2,58%, para os 24,15 cêntimos, dos títulos do BCP conduziu o PSI-20 a uma desvalorização de 0,05%, para os 5.408,81 pontos. Para além de se tratar do pior registo do índice bolsista nacional, o banco foi também o mais penalizado a nível europeu, superando mesmo as perdas dos pares da banca espanhola.

A conduzir o PSI-20 para terreno negativo estiveram também as ações da Mota-Engil e da Galp Energia. Os títulos da construtora recuaram 1,55%, para os 3,23 euros, enquanto os da petrolífera perderam 0,4%, para os 15,02 euros, apesar de o dia até ter sido de ganhos para a cotação do “ouro negro” nos mercados internacionais.

As perdas do índice bolsista de referência nacional não foram mais acentuadas tendo em conta a subida registada por títulos como a EDP e a Jerónimo Martins. As ações da elétrica valorizaram 1,13%, para os 3,04 euros, enquanto as da retalhista somaram 1,04%, para os 6,51 euros.

No topo dos ganhos figurou a Semapa. As suas ações valorizaram 3,19%, para os 6,82 euros, no dia em que a Semapa foi incluída na lista de “balas de prata” do Haitong para o último trimestre do ano, em substituição da Sonae.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OE2018: Governo apresenta linhas gerais na próxima quarta-feira

  • Lusa
  • 10 Outubro 2017

Os partidos com representação parlamentar reunir-se-ão com o executivo para conhecer as linhas gerais do Orçamento de Estado para o próximo ano. O PSD será o primeiro partido a reunir na Assembleia.

O Governo vai apresentar aos partidos com representação parlamentar as linhas gerais da sua proposta de Orçamento do Estado para 2018, na quarta-feira, a partir das 14:00, na Assembleia da República.

A proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018) será depois aprovada em Conselho de Ministros, previsivelmente na quinta-feira, sendo entregue formalmente na Assembleia da República na sexta-feira.

Na tradicional série de reuniões para a apresentação das linhas gerais do próximo Orçamento, pelo lado do executivo, estarão presentes a equipa governamental das Finanças, liderada pelo ministro Mário Centeno, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos.

De acordo com fonte do executivo, o PSD será o primeiro partido parlamentar a ser recebido, pelas 14:00, estando previsto que a reunião dure cerca de uma hora.

Depois, entre as 15:00 e as 17:30, as reuniões entre Governo e partidos sobre o Orçamento são interrompidas em virtude de neste período decorrer a sessão plenária da Assembleia da República.

Segundo a mesma fonte do executivo, as reuniões sobre Orçamento são retomadas a partir das 17:30, sendo recebidos os restantes partidos parlamentares pela seguinte ordem: PS, BE, CDS-PP, PCP, PEV e PAN.

Durante os últimos dias têm decorrido intensas negociações entre o Governo socialista e os partidos que o suportam no parlamento – BE, PCP e PEV – para fechar o OE2018 até à próxima sexta-feira.

As negociações, segundo fontes do executivo, têm incidido sobretudo em torno de medidas como o aumento das pensões, o descongelamento das carreiras da administração pública e a revisão dos escalões de IRS.

Em sucessivas declarações públicas, o primeiro-ministro, António Costa, tem salientado que o próximo Orçamento do Estado será de continuidade face aos de 2017 e 2016, com recuperação de rendimentos por parte da generalidade dos cidadãos, aumento do investimento, mas, também, com manutenção da disciplina orçamental para o cumprimento dos compromissos internacionais do Estado Português em matéria de metas de redução do défice e da dívida.

O debate da proposta de Orçamento do Estado para 2018, na Assembleia da República, está marcado para os dias 02 e 03 de novembro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fusão: Antas da Cunha junta-se a espanhola ECIJA

Fernando Antas da Cunha reforça área de tecnologia, media e telecomunicações. João Pinto Ferreira e Joana Cunha D' Almeida são os novos sócios da sociedade

A sociedade de advogados Antas da Cunha & Associados acaba de se fundir com a espanhola ECIJA, sociedade especializada nas áreas de tecnologia, media e telecomunicações.

Atualmente, a sociedade fundada por Fernando Antas da Cunha tem cerca de 30 profissionais e foi recentemente reforçada pela integração do sócio Henrique Moser. E acaba nomear João Ferreira Pinto como sócio, bem como Joana Cunha D’ Almeida . A sociedade espanhola conta com cerca de 150 profissionais e tem presença em três países: Espanha (Valência, Barcelona e Madrid), Chile (Santiago do Chile) e EUA (Miami).

A Antas da Cunha e Associados é especialista nas áreas de contencioso, imobiliário, comercial e laboral. Para Fernando Antas da Cunha, managing partner da firma, “este é um momento importante que merece ser assinalado. No seguimento daquilo que tem vindo a ser a estratégia de crescimento da Antas da Cunha & Associados, é com enorme orgulho e com manifesta satisfação que comunico que iniciámos um processo de fusão com uma das sociedades líderes do mercado espanhol.”

A ECIJA já foi considerada por vários diretórios internacionais como a melhor sociedade
de advogados em Espanha nas áreas de TMT (Technology, Media & Telecom), tendo sido igualmente distinguida este ano, pelo segundo ano consecutivo, como a firma mais
inovadora do mercado espanhol.

“As áreas das tecnologias, cibersegurança, privacidade, proteção de dados, não só
são incontornáveis, como passaram a ser absolutamente críticas na vida das
empresas. Exemplo disso mesmo é o tão falado Regulamento para a proteção de
dados que vai entrar em vigor já no próximo mês de maio de 2018”, concluiu o advogado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.