Portuguesa Raize prepara entrada na bolsa de Lisboa em 2018
Fintech nacional que gere a maior bolsa nacional de empréstimos a PME quer colocar ações em bolsa já em 2018.
A Raize, a maior bolsa nacional de empréstimos a PME, vai colocar ações em bolsa já em 2018. A novidade foi anunciada pelos fundadores da fintech portuguesa em comunicado. Neste sentido, a empresa já iniciou contactos junto da Euronext Lisbon para realizar uma oferta de um valor que ficará abaixo da fasquia dos cinco milhões de euros.
Com um crescimento de 150% em 2017 face ao ano anterior, a plataforma agrega mais de 14.000 investidores que foram responsáveis por mais de 500 operações de mercado. No total, e de acordo com os dados da empresa, estes investidores financiaram mais de dez milhões de euros que serviram para ajudar empresas a investir e reforçar a sua tesouraria.
"O crescimento é para manter. Somos hoje um dos financiadores de referência das micro empresas em Portugal e uma das melhores alternativas de investimento para particulares. Vamos continuar a inovar no mercado, a lançar novos serviços o que nos vai ajudar a manter este ritmo de crescimento e ganhar ainda mais quota de mercado.”
“A Raize está totalmente preparada para este novo desafio, tanto ao nível do modelo de negócio como da capacidade de cumprimento de todos os requisitos. Em termos regulatórios, a Raize opera uma instituição de pagamentos que é supervisionada pelo Banco de Portugal. Com a entrada em Bolsa, a empresa estaria também sujeita à supervisão da CMVM”, explica José Maria Rego, fundador da empresa.
Como será o processo?
A entrada da Raize em bolsa deverá ser feita num dos mercados da Euronext Lisbon, “Euronext Access” ou “Euronext Growth” e a oferta de ações será feita a investidores de retalho e institucionais. “A oferta não carece de aprovação de prospeto por parte da CMVM, na vez que o valor da oferta será inferior a cinco milhões de euros”, explica a empresa em comunicado.
“Esta é uma excelente oportunidade para reativarmos o mercado de IPO’s em Portugal. Porque não há nenhuma razão para não haver mais empresas cotadas em bolsa. É preciso dinamizar novamente este mercado”, defende Afonso Eça, cofundador da empresa.
A economia portuguesa só tem a ganhar, um mercado de capitais forte e dinâmico é essencial para o crescimento do país.
Um dos grandes objetivos da Raize com a entrada da empresa em bolsa é alargar a base acionista da plataforma que, para além dos fundadores conta com a participação de investidores nacionais como a Simum SGPS, Partac SGPS e a Parinama SGPS, ligadas às famílias Champalimaud e Salvador Caetano, e Luís Delgado, ex-dono da Time Out em Portugal e que, como o ECO escreveu recentemente, deverá fechar negócio para a compra da revista Visão ao grupo Impresa em breve.
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