Ministério Público suspeita que Pais do Amaral tenha desviado dois milhões. Empresário diz que é um “equívoco”
O Ministério Público suspeita que uma operação entre as sociedades de Pais do Amaral e Carlos Santos Silva foi um esquema para o empresário desviar dois milhões de euros.
O Ministério Público suspeita que o presidente do conselho de administração da Media Capital tenha desviado dois milhões de euros em benefício pessoal. Segundo o Público deste domingo, o empresário terá pago esse montante a uma empresa detida por Carlos Santos Silva por lhe terem sido apresentados os sócios de uma outra empresa, o que lhe permitiu adquiri-la, mas o dinheiro acabou outra vez numa sociedade de Pais do Amaral, alegadamente sem pagar impostos. Miguel Pais do Amaral recusa a suspeita e diz que é um “equívoco”.
A informação avançada pelo diário consta de uma das 15 certidões que resultaram da Operação Marquês e que o Ministério Público vai usar para investigar num inquérito-crime autónomo. Em causa estão os crimes de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais alegadamente imputados ao empresário e ao amigo do ex-primeiro-ministro, José Sócrates, que já foi formalmente acusado.
Segundo o jornal, o caso envolve vários negócios, entre eles a compra dos direitos televisivos de transmissão da liga de futebol espanhol em dezembro de 2010. Após ter adquirido a Worldcom, que já tinha esses direitos televisivos, Miguel Pais do Amaral terá celebrado um contrato com uma empresa de Carlos Santos Silva onde se comprometia a pagar dois milhões de euros. A justificação dada ao Ministério Público é que o valor tinha como objetivo compensar o amigo de Sócrates por ter apresentado os anteriores sócios da Worldcom.
Contudo, o dinheiro que saiu para Santos Silva foi endossado a favor da sociedade anónima Alfacompetição, que é representada por Pais do Amaral. De acordo com o Público, “a transferência é justificada com a prestação de serviços de marketing relacionados com a divulgação de marcas comerciais em competições automobilísticas ou provas equestres”. No entanto, o Ministério Público suspeita que a operação foi um esquema para o empresário desviar dois milhões de euros.
O empresário rejeita a suspeita, garante que pagou os impostos e que tudo não passa de um “equívoco”.
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