Suborno de 38 milhões põe herdeiro da Samsung atrás das grades

Jay Y. Lee, vice presidente da Samsung foi preso na Coreia do Sul. É acusado de suborno, perjúrio e peculato.

A Samsung sofreu um abano no topo da sua gestão. O vice-chairman, Jay Y. Lee foi detido sob as acusações de suborno, perjúrio e peculato, colocando em causa a sua ascendência à liderança do maior fabricante de smartphones do mundo, de acordo com a Bloomberg.

A ordem de prisão foi declarada no início desta sexta-feira, devido ao risco de destruição de provas e de fuga do responsável da empresa sul coreana, segundo comunicou o Tribunal Distrital Central de Seul. Entre passos processuais e recursos, deverão demorar em torno de 18 meses até a que se seja proferido a sentença.

De acordo com as investigações já efetuadas, o vice-presidente da Samsung estará envolvido no pagamento de 43 mil milhões de won (cerca de 35 milhões de euros) a uma amiga próxima da Presidente sul coreana Park Geun-hye, em troca do apoio do Governo à sua sucessão na liderança dos destinos da Samsung. Aquilo que a investigação quer perceber é se Jay Y. Lee, neto do fundador e filho do presidente da Samsung, de facto deu dinheiro em troca desse apoio, numa altura em que tentava consolidar o seu poder no conglomerado empresarial. De salientar que Lee Jae-Yong tornou-se patrão de facto da Samsung, depois de o seu pai, ainda presidente da Samsung, ter sofrido um ataque de coração em 2014.

Os investigadores estão à procura de indícios para tentar provar que os pagamentos feitos pela Samsung foram usados para ter luz verde do Governo à controversa fusão entre duas das suas entidades em 2015. A fusão, que juntou a C&T e a Cheil Industries, foi denunciada por várias acionistas, que consideraram que a C&T foi deliberadamente desvalorizada.

“Iremos fazer o nosso melhor de modo a assegurar que a verdade é revelada em futuros procedimentos do tribunal”, afirmou a Samsung num comunicado citado pela Bloomberg. Apesar da detenção de Jay Y. Lee, as ações da Samsung não foram muito penalizadas. O máximo que estiveram a perder na sessão sul coreana foi 1,21%. Terminaram a desvalorizar 0,42%, até aos 1.893 won.

Contudo, a detenção de Jay Y. Lee é mais uma pedra no sapato para a a empresa que ainda tenta recuperar dos problemas com o Galaxy Note 7, cujas baterias explodiam.

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Estado: precários podem pedir revisão do seu caso

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2017

A garantia foi dada por Miguel Cabrita numa intervenção na Assembleia da República, durante o debate temático pedido pelo PCP sobre "Precariedade laboral na Administração Pública".

O secretário de Estado do Emprego assumiu esta quinta-feira a disponibilidade do Governo para resolver todas as situações que “venham a ser identificadas como de efetiva precariedade”, mesmo que não estejam contempladas no relatório inicial elaborado pelo Executivo. Ou seja, todos os precários do Estado que não tenham sido identificados vão poder pedir a avaliação do seu caso.

Numa intervenção na Assembleia da República, durante o debate temático pedido pelo PCP sobre “Precariedade laboral na Administração Pública”, o secretário de Estado Miguel Cabrita reconheceu que o relatório “Levantamento dos instrumentos de contratação de natureza temporária na Administração Pública”, que identificou mais de cem mil precários, “não cobriu todas as situações contratuais”.

O levantamento que foi feito é um ponto de partida para o trabalho que temos de fazer.

Miguel Cabrita

Secretário de Estado do Emprego

“O levantamento que foi feito é um ponto de partida para o trabalho que temos de fazer”, disse, assegurando que “o Governo está disponível para continuar a trabalhar e resolver situações que venham a ser identificadas como de efetiva precariedade”. O secretário de Estado lembrou ainda que todas as pessoas que trabalham no âmbito da administração pública e que, sendo precárias, considerem desempenhar um cargo permanente podem dirigir-se às comissões bipartidas de avaliação que serão criadas em cada Ministério.

“Independentemente de o caso A ou B estar incluído na quantificação que foi feita a 30 de junho de 2016, todas as pessoas vão poder dirigir-se às comissões bipartidas e ver a sua situação avaliada”, assegurou. As garantias de Miguel Cabrita foram dadas depois de PCP, BE e Verdes terem questionado o Governo sobre se todos os vínculos precários existentes no Estado iriam ser efetivamente integrados na Administração Pública.

Na sua intervenção inicial, a deputada do PCP Rita Rato começou por atacar o anterior governo PSD/CDS-PP, dizendo que nesses quatro anos “a exceção transformou-se em regra, a precariedade no ar que se respira e um contrato efetivo numa miragem”. A deputada comunista recordou o calendário já aprovado pelo Governo – arrancar com o programa de regularização até 31 de outubro e que vigorará até 31 de dezembro de 2018 – e sublinhou ser de “elementar justiça garantir que a um posto de trabalho permanente corresponda um vínculo efetivo”.

“Importa encontrar soluções específicas que respondam a cada setor, mas com o objetivo de resolver o problema da precariedade e não para encontrar justificações que deixem tudo na mesma”, alertou. Também a deputada do BE, Joana Mortágua, garantiu que o seu partido vai ser “muito exigente” no acompanhamento deste processo. “O futuro dos serviços públicos depende também de como tratarmos agora os precários da Administração Pública, precisamos de garantir que ninguém fica para trás, que todos os precários serão integrados”, disse.

Na mesma linha, o deputado do Partido Ecologista “Os Verdes”, José Luís Ferreira, questionou diretamente o secretário de Estado se irá este processo de regularização abranger os contratos de trabalho temporário, que ficaram de fora do levantamento, mas que descreveram como “um expediente muito utilizado pelo Governo PSD/CDS na administração pública, sobretudo na área da saúde”.

Pelas bancadas da oposição, Carla Barros (PSD) acusou o PCP de “oportunismo político” por trazer o tema da precariedade ao parlamento e questionou por que motivo o dossiê deste tema estava nas mãos do ministro do Trabalho, Vieira da Silva, e não do ministro das Finanças, Mário Centeno. António Carlos Monteiro, do CDS-PP, questionou o Governo como irá cumprir “o compromisso assumido em Bruxelas por Mário Centeno de que por cada dois funcionários públicos que saíssem, entrava um”, salientando que esta regra não foi cumprida em 2016.

Talvez seja mais um erro de perceção mútuo“, disse, numa alusão à polémica da Caixa Geral de Depósitos, mas alertando que se o executivo não desse uma resposta PS, PCP e BE estariam “a brincar com os trabalhadores precários da Administração Pública”. O secretário de Estado do Emprego não respondeu à questão do compromisso com Bruxelas, mas assegurou que o Ministério das Finanças continua envolvido no processo.

Em relação às acusações de PSD e CDS de atrasos no relatório, Miguel Cabrita retorquiu que foram estes dois partidos que “sistematicamente substituíram o tema da precariedade por outros” e lembrou que não existiu um processo semelhante nos últimos vinte anos. “O programa do PaF [Portugal à Frente, nome da coligação com que PSD e CDS concorreram às últimas legislativas] não tinha qualquer referência à precariedade na administração pública”, referiu.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 17 Fevereiro 2017

Tony Blair vai combater o Brexit, o líder da Samsung foi detido por corrupção, o Estado Islâmico reclama o atentado no Paquistão, e outras três notícias que marcam esta sexta-feira.

A Samsung perde o seu líder, detido no meio do escândalo de corrupção que também promete derrubar a Presidente da Coreia do Sul, e Theresa May ganha um forte adversário, com Tony Blair prestes a declarar guerra ao Brexit. Donald Trump mostra dificuldade em defender a sua Administração numa conferência de imprensa e o Brasil reúne dez países, incluindo Portugal, para investigar a Odebrecht. Leia aqui as seis notícias que marcam a atualidade mundial.

Financial Times

Herdeiro e líder da Samsung preso por corrupção

O líder da Samsung, o herdeiro Lee Jae-Yong, foi detido por suborno, fraude e perjúrio, após um tribunal ter decidido que a detenção era legal. Lee Jae-Yong é investigado em ligação com o escândalo de corrupção que está a abalar a Coreia do Sul, tendo já levado ao processo de impugnação, ainda a decorrer, da Presidente Park Geun-hye. O grupo Samsung vê-se assim, para já, sem liderança, o que pode dificultar os planos de restruturação do conglomerado. Leia a notícia completa no Financial Times. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Bloomberg

Tony Blair vai lançar campanha anti-Brexit

Um discurso que Tony Blair vai dar esta sexta-feira servirá para insistir que “as pessoas votaram sem conhecer os termos verdadeiros do Brexit” e que “à medida que esses termos se tornam claros, estão no seu direito de mudar de ideias”. Blair, primeiro-ministro do Reino Unido entre 1997 e 2007, colocar-se-á em oposição ao Governo de Theresa May e fará um apelo à reversão do Brexit. Leia a notícia completa na Bloomberg. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

El País

Artur Mas admite que pode haver alternativa à independência para a Catalunha

O ex-presidente da comunidade catalã, Artur Mas, um dos proponentes mais insistentes de um referendo à independência, assumiu esta quinta-feira de que existe um terceiro caminho que poderá aliviar a tensão entre o Estado espanhol e a Catalunha. Insistindo que o que deseja é a independência decidida através de plebiscito. Mas mudou, no entanto, um pouco a sua perspetiva assumindo que entre a dependência total e a independência absoluta existe a possibilidade de um regime mais federalista, que deve ser proposto “pelo Estado, não pelo Governo”. Leia a notícia completa no El País. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Guardian

Trump dá conferência de imprensa caótica no meio de escândalos na sua Administração

A demissão do conselheiro para a segurança nacional Michael Flynn, a rejeição antecipada do homem que ia ser escolhido para o substituir, a saída da escolha para a pasta do Trabalho ainda antes de ser confirmado, as alegações e investigações cada vez mais insistentes de laços próximos com a Rússia. Não faltam problemas na Casa Branca, e Donald Trump decidiu dar a sua primeira verdadeira conferência de imprensa enquanto Presidente para responder às questões dos jornalistas. No entanto, a conferência de 77 minutos foi caótica e ficou muito por saber. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Estadão

Brasil, Portugal e mais nove países juntam-se para investigar corrupção da Odebrecht

Onze países, incluindo Brasil e Portugal, juntaram-se para fazer uma investigação conjunta dos esquemas de corrupção que envolvem a Odebrecht, grupo brasileiro com presença em todo o mundo e ligação aos setores químico, energético, da construção e da engenharia. Os procuradores dos 11 países acordaram a formação de grupos de investigação para investigar as acusações de corrupção feitas contra a empresa nas suas fronteiras, compartilhando informações. Leia a notícia completa no Estadão. (Conteúdo em português / Acesso livre)

BBC

Ataque terrorista no Paquistão mata pelo menos 72 pessoas

Um ataque suicida num templo Sufi no sul do Paquistão matou pelo menos 72 pessoas, segundo informou a polícia. O templo, um dos mais antigos no país, estava cheio de pessoas que tinham ido rezar na quinta-feira, um dia considerado sagrado. O grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico reclamou o ataque. Leia a notícia completa na BBC. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Quer pagar menos do novo IMI? Proprietários ajudam

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2017

Está previsto que o Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis traga mais 30 milhões ao Estado em 2017. A ALP tem dicas para que quem tenha um património imóvel superior a 600 mil euros pague menos.

Os proprietários de prédios estão neste momento a fazer contas por causa do adicional ao IMI (AIMI), um imposto que recai sobre imóveis com valor patrimonial acima dos 600 mil euros, que substituiu o imposto por selo no Orçamento do Estado de 2017. Segundo noticia esta sexta-feira o jornal Público, a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) lançou um serviço de aconselhamento fiscal e promete que quem o utilizar vai poupar “centenas ou milhares de euros”, apelidando de “escandaloso” este novo imposto.

O serviço começou a ser disponibilizado este mês e “as marcações devem ser feitas até dia 15 de março, para os cálculos sobre Heranças Indivisas, e até finais da primeira semana de Maio, para as restantes situações previstas na lei”, explica a associação, deixando um aviso: “ultrapassados estes prazos, não poderemos garantir a conclusão atempada do serviço”. Em causa estão simulações de diversos cenários de tributação em sede de AIMI, adianta o Público.

Uma das dicas para este ano passa pela reabilitação do património dado que esse estatuto concede isenções de IMI durante três ou cinco anos. “A dedução de IMI é extensível ao novo imposto Adicional ao IMI, pelo que mais vantajosa se torna ainda esta opção, caso tenha a possibilidade ou interesse em investir”, explica a ALP. Outra possibilidade é vender o património ou doá-lo, operando assim uma reavaliação da carteira de ativos imobiliários.

Este último conselho poderá ser especialmente importante em 2018. “Se fizer uma doação de um terço do património aos filhos, passa a ficar isento de AIMI — mas tem de pagar imposto de selo à taxa de 0,8%, pelo que esta solução só compensará a partir do segundo ano (ou logo no primeiro ano, para patrimónios de valor superior a um milhão de euros em que se aplique a taxa de 1% de AIMI)”, indica a ALP. Como o imposto deste ano é calculado a partir do valor patrimonial a 1 de janeiro de 2017, este tipo de operações só terá efeito no imposto a pagar no próximo ano.

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Lisboa avança com Jerónimo Martins e Renováveis

A praça lisboeta avança pelo quarta sessão no dia em que as pares europeias oscilam entre ganhos e perdas ligeiras.

A bolsa nacional entrou com o pé direito na última sessão da semana. O índice PSI-20 avança pelo quarto dia consecutivo, suportado pelos ganhos da Jerónimo Martins e da EDP Renováveis. Os principais índices bolsistas europeus oscilam entre ganhos e perdas ligeiras.

O índice PSI-20 abriu a valorizar 0,13%, para os 4.634,78 pontos, animado pela subida de 0,61%, para os 6,28 euros, das ações da EDP Renováveis, mas também pelo avanço de 0,37%, para os 16,13 euros dos títulos da EDP Renováveis. Já as ações da Galp Energia avançam 0,18%, até aos 13,73 euros, em sintonia com os preços do petróleo que somam ganhos ligeiros.

Em alta destaque também para os CTT, cujas ações valorizam 0,53%, para os 5,10 euros, mas também para o BCP, que vê as suas ações avançarem 0,14%, para os 14,74 cêntimos. Contudo, é à Pharol que cabe liderar os ganhos em Lisboa, com as suas ações a somarem 1,03%, para os 39 cêntimos.

O desempenho do índice nacional é travado, contudo, pelo deslize de 0,32% das ações da EDP que valem 2,85 euros. No mesmo sentido segue a REN a perder 0,57%, para os 2,63 euros.

Fora do PSI-20, destaque para a Novabase que vê as suas ações acelerarem 3,41%, para os 2,73 euros, depois de a empresa ter anunciado ontem a intenção de distribuir 4,7 milhões de euros aos seus acionistas sob a forma de dividendo, um valor que corresponde a 49,2% dos lucros registados no ano passado. O dividendo será assim de 15 cêntimos por ação. Também fora da principal montra da bolsa nacional, destaque para o BPI, cujos títulos valorizam 0,53%, para os 94,1 cêntimos.

(Notícia atualizada às 8h:27 com mais informação)

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Gasolina vai subir (outra vez). E o gasóleo?

Atestar o depósito do automóvel vai ficar mais caro na próxima semana... se o carro for a gasolina. É que a subida das cotações nos mercados vai ditar um novo aumento do preço em Portugal.

Vem aí mais uma subida, mas desta vez é apenas na gasolina. A subida das cotações nos mercados internacionais, num período de fraqueza da moeda única, vai levar a que na próxima semana o litro deste combustível sofra um novo agravamento. E o gasóleo? Subir não sobe, mas se descer será muito pouco.

De acordo com os cálculos do ECO, com base nos dados da Bloomberg, há margem para que o preço do litro da gasolina possa registar um aumento de um cêntimo na próxima semana. Será mais um, depois de já ter registado um agravamento na última semana que levou o valor médio de comercialização em Portugal para cerca de 1,50 euros.

Ao mesmo tempo, o gasóleo deverá ficar inalterado. No limite, as petrolíferas poderão aliviar em meio cêntimo o valor de venda no seguimento de um aumento ligeiro. Isto porque nos mercados internacionais, num período em que o petróleo subiu, a cotação do diesel recuou. Desceu 1,14%, mas em dólares.

Com a moeda europeia a perder valor face ao dólar, tendo em conta a expectativa em torno de um aumento dos juros nos EUA, a variação semanal da cotação do gasóleo acabou, em euros, por recuar apenas 0,36%. O efeito cambial trava a descida do diesel, mas acentuou o aumento da gasolina. É que se em dólares houve uma subida de apenas 0,82% nos mercados, em euros o aumento foi de 1,6%.

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Novo Banco reembolsa hoje últimos 1,5 mil milhões de euros de dívida garantida pelo Estado

  • Lusa
  • 17 Fevereiro 2017

Este reembolso vai colocar um fim às ajudas estatais de que o banco beneficiava. O Tesouro português vai assim receber 1,5 mil milhões de euros, deixando de dar garantia à dívida do Novo Banco.

O Novo Banco reembolsa esta sexta-feira a sua última emissão de dívida com garantia estatal, no valor de 1.500 milhões de euros, beneficiando da “melhoria e recuperação” de liquidez em 2016, adiantou à Lusa fonte oficial da entidade liderada por António Ramalho.

A extinção desta emissão põe fim às ajudas estatais de que o banco beneficiava“, realçou o Novo Banco, apontando para a “melhoria e recuperação da posição de liquidez” que permitiu antecipar pagamentos da dívida ao Tesouro na reta final do ano passado.

Em novembro de 2016, o Novo Banco pagou 1.000 milhões de euros de uma emissão que se vencia no mês seguinte, e, em dezembro último, antecipou o pagamento parcial de 700 milhões de euros da emissão de 1.000 milhões de euros que vencia em janeiro de 2017.

Hoje, com o vencimento da emissão de 1.500 milhões de euros, o Novo Banco deixou de ter qualquer tipo de instrumento de dívida com garantia do Estado.

O Novo Banco é o banco de transição que ficou com os ativos menos problemáticos do Banco Espírito Santo (BES), alvo de uma intervenção das autoridades a 3 de agosto de 2014.

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BdP: divulgar lista de devedores da CGD é uma ameaça grave

  • ECO
  • 17 Fevereiro 2017

O Banco de Portugal já tem a argumentação preparada para recorrer à decisão do Tribunal da Relação de Lisboa. Em causa está a divulgação da lista dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos.

O Banco de Portugal argumenta que a divulgação pública da lista de devedores da Caixa Geral de Depósitos é uma ameaça grave à confiança na atividade bancária e à supervisão. Em causa está a decisão do Tribunal da Relação, no âmbito da comissão parlamentar de inquérito, um acórdão que determina o levantamento do sigilo bancário sobre a lista de créditos da CGD. Esta sexta-feira o Jornal de Negócios noticia a argumentação que Carlos Costa vai utilizar no recurso à decisão.

Na decisão os juízes do Tribunal da Relação de Lisboa decidiram que a necessidade de encontrar responsáveis políticos que conduziram à obrigação de recapitalizar o banco público é mais importante do que o segredo bancário dos devedores da Caixa. Contudo, o Banco de Portugal contrapõe que essa revelação terá “gravíssimas consequências” não só na CGD, mas também na estabilidade do sistema bancário, “com séria repercussão no próprio sistema económico“.

É esse o principal argumento do regulador do setor bancário: a divulgação da lista detalhada dos 50 maiores devedores da Caixa Geral de Depósitos será um problema para o banco público, mas também trará problemas de confiança no restante setor financeiro. Citado pelo Negócios, o Banco de Portugal refere que este caso traz “ameaças graves ao elo de confiança absolutamente indispensável à atividade bancária e à sua supervisão“. De realçar que a correspondência trocada não vai ser divulgada.

Segundo a instituição liderada por Carlos Costa, “a informação em causa, pela sua sensibilidade, é suscetível de ter impactos perniciosos na estabilidade do sistema financeiro nacional – interesse público que o Banco de Portugal tem por missão prosseguir”. O Banco de Portugal invoca várias matérias que podem ser afetadas, nomeadamente o acesso ao crédito, questões concorrenciais, segredo comercial e a intimidade da vida privada dos cidadãos e das empresas.

Além de estar preocupado com os efeitos da decisão no imediato, Carlos Costa mostra preocupação com decisões futuras que sejam no mesmo sentido. O Banco de Portugal argumenta que este acórdão do Tribunal da Relação “corre o sério risco de se tornar legitimadora da revelação de informação com impacto perturbador da estabilidade da instituição de crédito em causa e do próprio sistema financeiro (e mesmo económico), bem como na confiança e eficácia da supervisão”.

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Patrões e sindicatos querem portarias de extensão, mas há um ponto que gera discórdia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 17 Fevereiro 2017

Concertação social discute hoje mudanças nas portarias de extensão. Confederações sindicais e patronais defendem este instrumento, mas o consenso não é o mesmo quando o tema é a retroatividade.

Tanto as confederações sindicais como as patronais defendem a emissão de portarias de extensão, mas há um ponto que gera discordância. Em causa está a retroatividade das cláusulas pecuniárias, que pode abranger os salários mínimos negociados em contratação coletiva e outras matérias relacionadas com pagamentos.

O Governo começa a discutir esta sexta-feira com os parceiros sociais “mudanças no enquadramento das portarias de extensão e o estabelecimento de prazos legais de emissão dos avisos e das portarias”, indica a ordem de trabalhos da reunião.

As portarias de extensão alargam a todo o setor as condições de trabalho negociadas em contratação coletiva, que podem abranger matérias diversas: organização do tempo de trabalho, pagamento de horas extra ou salários mínimos de cada categoria profissional são apenas alguns exemplos. Num primeiro momento, os acordos que resultam da negociação coletiva abrangem apenas trabalhadores e empregadores filiados nas associações subscritoras — só com portarias de extensão estas condições são alargadas a todo o setor.

É dos poucos temas em que patrões e sindicatos estão do mesmo lado: todos defendem a emissão de portarias de extensão. Com a troika em Portugal, o Governo de Passos Coelho começou por bloquear a figura, uma medida que gerou críticas aos parceiros sociais e até motivou uma carta dos patrões ao Fundo Monetário Internacional, argumentando que a contratação coletiva estava paralisada. No final de 2012, o Executivo determinou um conjunto de critérios restritivos para a emissão destas portarias e as críticas continuaram. Já em 2014, os critérios acabaram por ser alargados. Em termos genéricos, as portarias podem ser emitidas se, nomeadamente, a parte empregadora que subscreveu o acordo contar com um número de associados “constituído, pelo menos, em 30% por micro, pequenas e médias empresas”, indica a resolução do Conselho de Ministros que hoje vigora.

Tanto a CGTP como a UGT querem voltar ao regime antigo, quando não existiam critérios para a publicação de portarias de extensão e esta era apenas uma decisão do Governo, que emitia estes instrumentos com regularidade. E do lado dos patrões, as confederações continuam favoráveis à extensão de convenções coletivas. A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) também prefere um regime “sem critérios” para a publicação mas entende que os que se aplicam agora são “abertos”. “Preferíamos o regime antigo [antes da existência de critérios] mas não nos opomos à manutenção deste”, diz o presidente João Vieira Lopes ao ECO.

O que pode então dividir patrões e sindicatos? A retroatividade das cláusulas pecuniárias. A resolução do Conselho de Ministros em vigor diz que, no máximo, estas normas só podem ser retroativas ao primeiro dia do mês da publicação da portaria de extensão. Mas há portarias que surgem muito depois de publicada a convenção coletiva cujas regras vão ser estendidas. De acordo com Sérgio Monte, da UGT, “em alguns casos, as portarias de extensão chegam a ser publicadas com dois anos de atraso”.

Face a isto, a UGT quer fixar “prazos rigorosos” para a publicação de portarias, apontando para “dois ou três meses”. A questão dos prazos é, aliás, um dos pontos que o Governo leva a debate.

“O problema da retroatividade só existe porque as portarias são publicadas com muito atraso”, diz Sérgio Monte.

Neste contexto, a CGTP quer garantir que, no caso de extensão, as condições pecuniárias negociadas entre patrões e sindicatos têm efeito desde “o início da convenção”, afirma João Torres. A UGT também defende o pagamento retroativo mas nota que isso pode trazer dificuldades acrescidas a algumas empresas quando está em causa o pagamento de muitos meses acumulados — por isso insiste na publicação atempada de portarias de extensão.

Pelos patrões, a CCP afirma: as portarias de extensão “devem ser publicadas com maior brevidade possível” e as cláusulas pecuniárias “não podem ter efeitos retroativos”, porque isso comporta “problemas financeiros” às empresas abrangidas. Vieira Lopes vê com bons olhos a atual resolução do Conselho de Ministros neste ponto.

João Machado, da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) também está contra os efeitos retroativos se estes implicarem o pagamento acumulado referente a vários meses: “Depende do período de que estejamos a falar”, salienta, já que isso pode “sobrecarregar demasiado as empresas”. Também por isso, defende que a publicação de portarias deve ser “mais expedita”.

Para os patrões, as portarias de extensão são importantes porque evitam a concorrência desleal. Sem este instrumento, há empresas que podem praticar condições inferiores às negociadas em contratação coletiva, nomeadamente tabelas salariais mais baixas — basta não estarem filiadas nas associações sindicais que subscrevem o acordo. Ao mesmo tempo, a inexistência de portarias de extensão “acelera a tendência para a fraude”, lesando o Estado, diz Vieira Lopes. Já os sindicatos entendem que só com portarias de extensão é possível ter mais trabalhadores protegidos.

O tema vai a debate na concertação social pouco depois de a OCDE ter apresentado um relatório sobre as reformas laborais entre 2011 e 2015, onde defende que as portarias de extensão devem ter critérios de representatividade mais “desafiantes” ainda que “realistas”.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Novabase vai distribuir metade dos lucros pelos acionistas. São 4,7 milhões de euros em dividendos, ou 15 cêntimos por ação. Destaque ainda para os juros portugueses, depois do compromisso do BCE.

Última sessão da semana, mas não faltam motivos de interesse na bolsa, que já conhece o substituto a Maria João Carioca (de saída para a Caixa Geral de Depósitos). A Novabase vai propor um dividendo de 15 cêntimos, pretendendo distribuir metade dos lucros que teve em 2016. Nota ainda para o mercado de dívida, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter aberto a porta ao alargamento das compras de dívida, com benefícios para Portugal.

PSI-20 já tem líder

foi encontrado o substituto a Maria João Carioca na liderança do Euronext Lisboa. Trata-se de Paulo Rodrigues da Silva, ex-administrador executivo da equipa de António Domingues na Caixa Geral de Depósitos (CGD), fez grande parte da sua carreira na Vodafone. Começa uma nova era na bolsa portuguesa.

Novabase dá metade dos lucros

As ações da Novabase ganham 15 cêntimos desde o início do ano. É justamente este valor que a administração da tecnológica vai propor como dividendo. No total, são 4,7 milhões de euros que vão para o bolso dos acionistas, metade do lucro que a Novabase registou em 2016.

Bombeiro BCE ao serviço

As atas do BCE foram bastante esclarecedoras: o banco central quer comprar mais dívida dos governos da Zona Euro para manter a eficácia do seu programa de compra de ativos públicos na região. O compromisso dos responsáveis monetários levou a taxa das obrigações a 10 anos a cair mais de dez pontos base para um nível abaixo de 4%. Vão continuar assim?

A conjuntura da economia

O Instituto Nacional de Estatística (INE) atualiza esta sexta-feira a Síntese Económica de Conjuntura (janeiro), uma publicação que fornece indicações seguras acerca das tendências do crescimento da procura, da produção, do rendimento e dos preços. Além disso, a autoridade estatística atualiza a evolução dos preços na produção industrial e anuncia as previsões agrícolas, ambos indicadores relativos a janeiro.

Espanha vai a exame

É sexta-feira, é dia de ratings. A agência Moody’s pronuncia-se ao final da tarde sobre rating de Espanha, um dos principais parceiros comerciais de Portugal. Vão também a exame das agências de notação financeira a Holanda (DBRS), a Finlândia (Fitch) e os fundos de resgate europeus EFSF (Moody’s) e ESM (Moody’s).

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Dombrovskis vem a Lisboa na próxima semana

  • Cristina Oliveira da Silva, Margarida Peixoto e
  • 17 Fevereiro 2017

O vice-presidente da Comissão Europeia vem a Portugal para uma visita que deverá incluir encontros com os principais órgãos de soberania. Valdis Dombrovskis vai encontrar-se com os parceiros sociais.

O vice-presidente da Comissão Europeia para a Estabilidade Financeira vai estar em Portugal na próxima sexta-feira, dia 24 de fevereiro. Valdis Dombrovskis é o responsável pelo euro e virá no âmbito do diálogo com os Estados-membros para discutir questões económicas e sociais no contexto do Semestre Europeu, apurou o ECO junto de fonte oficial da Comissão Europeia. Nesse mesmo dia, Dombrovskis vai encontrar-se com os parceiros sociais.

O foco estará, depois de divulgadas as Previsões de Inverno, no número do défice de 2016, mas também no Programa de Estabilidade e Crescimento que terá de ser apresentado pelo Governo em abril. A 1 de março, segundo o calendário provisório, o INE vai divulgar o défice de 2016, valor que terá depois de ser confirmado pelo Eurostat. Em causa está a saída do procedimento por défices excessivos que, mesmo com um défice inferior a 2,5% imposto pela Comissão Europeia, pode não acontecer devidos a outros riscos tal como o impacto da capitalização da CGD.

Segundo o Expresso, o Executivo português vai rever em alta a meta do crescimento económico para 2017, ultrapassando os 1,5% inscritos no Orçamento do Estado para 2017. O Semestre Europeu prevê exatamente que se discutam as reformas estruturais e as políticas orçamentais mas também os desequilíbrios orçamentais macroeconómicos excessivos. Além das questões económicas, Dombrovskis vai se focar também nas questões sociais: o vice-presidente da Comissão Europeia vai reunir-se com os parceiros sociais no âmbito da visita a Portugal.

Além dessa reunião, a agenda parlamentar que consta do site da Assembleia da República revela que Valdis Dombrovskis vai estar logo ao início da manhã, às 9h, na Comissão de Assuntos Europeus. A audição ao vice-presidente da Comissão Europeia servirá para esclarecer os deputados sobre o relatório relativo a Portugal no âmbito do Semestre Europeu.

Além disso, esta quarta-feira foram divulgados dados que revelam que o Governo não cumpriu a meta que negociou com a União Europeia quanto à redução de funcionários públicos. Em vez de eliminar os 10 mil postos de trabalho na função pública — uma meta que Centeno chegou a diminuir para um terço –, o Governo aumentou o emprego público em 2016: foram requisitados mais 4.843 trabalhadores, furando assim o acordo com a UE.

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CGD: CDS mantém-se, mas PSD pode sair da comissão

  • ECO e Lusa
  • 16 Fevereiro 2017

A esquerda continua a atacar PSD e CDS por causa das investidas na comissão de inquérito à CGD. A indignação do PSD pode levar à saída dos sociais-democratas, mas o CDS garante que fica até ao fim.

O PSD vai decidir a sua posição política relativa à comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, revelou esta quinta-feira o deputado Hugo Soares, no mesmo dia em que José Matos Correia (PSD) se demitiu da presidência deste órgão parlamentar. Mas o CDS não deixou a questão em aberto: João Almeida garantiu que o partido “não abandona os lugares a que tem direito pelo funcionamento normal da democracia”.

No final de uma reunião de mesa e coordenadores da comissão, que decorreu à porta fechada, Hugo Soares revelou que “o PSD comunicou hoje ao vice-presidente [Paulo Trigo Pereira (PS)], que assumiu hoje a liderança dos trabalhos da comissão de inquérito] que vai ponderar qual é a sua posição política futura face a esta comissão”.

“Já ontem [quarta-feira] dissemos que aquilo que estava a acontecer nesta comissão era um atropelo democrático e um boicote ao funcionamento das instituições. Foi isso que se veio a verificar”, sublinhou o deputado social-democrata.

PCP e PS unidos nas críticas

O PS criticou esta quinta-feira o PSD e o CDS-PP devido ao impasse nos trabalhos da comissão de inquérito à gestão da CGD, lamentando o novo incidente provocado pela demissão do presidente deste órgão parlamentar, José Matos Correia. Já o PCP criticou a postura do PSD e do CDS-PP na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD, considerando que os partidos da oposição ao Governo socialista pretendem tornar os trabalhos num número de circo.

A vontade sobre o apuramento da verdade esbarrou com a vontade de tornar esta comissão num número de circo.

Miguel Tiago

Deputado do PCP

Lamentamos que tenha sido criado mais um incidente e mais ruído nesta comissão. O PS continua empenhadíssimo e esperamos que o PSD e o CDS façam a sua reflexão rapidamente”, afirmou o deputado João Paulo Correia (PS). Do lado do PCP, Miguel Tiago afirmou que o “PSD e o CDS pretenderam marcar nova reunião para a semana, demonstrando que a vontade sobre o apuramento da verdade esbarrou com a vontade de tornar esta comissão num número de circo”.

Segundo o deputado comunista, o PSD e o CDS-PP “queriam exacerbar os poderes da comissão de inquérito”, ao apresentarem requerimentos para que as comunicações trocadas entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) António Domingues fossem usadas na comissão parlamentar, algo que a esquerda (PS, BE e PCP) chumbou formalmente na reunião de quarta-feira. “Como não conseguiram fazer número, introduziram agora nova perturbação que adia novamente o avanço dos trabalhos“, salientou.

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