Tribunal arquiva processo contra o BES por alegada “inércia” de advogados

A alegada entrega fora de prazo da tradução de ofícios em francês por parte da CMS Rui Pena & Arnaut levou a que o juiz extinguisse o processo que envolvia Ricardo Salgado e 30 outros gestores.

Processo envolvia Ricardo Salgado e 30 gestores do BES, Haitong Bank (ex-BESI) e KPMG.Mário Cruz / Lusa

“Inércia.” Esta é a justificação do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa para extinguir um processo contra Ricardo Salgado e outros 30 gestores do antigo Banco Espírito Santo (BES), Haitong Bank (ex-Banco Espírito Santo Investimento) e KPMG, movido por 39 fundos estrangeiros que participaram no último aumento de capital do BES.

A notícia foi avançada pelo jornal Público e a ação cível, a cargo do escritório de advogados CMS Rui Pena & Arnaut, reclamava uma indemnização de 106 milhões de euros por alegada informação enganosa que constaria no prospeto do aumento de capital de junho de 2014 e que determinou uma perda total para os acionistas, lembra o jornal.

Para arquivar o processo, o tribunal justifica-se com alegada negligência do escritório de advogados, que não terá entregado a tempo a tradução de ofícios, na ótica do tribunal. Em contrapartida, o gabinete de advogados garante que o fez a tempo e contesta a contagem de prazos feita pelo tribunal.

O Público cita a sentença e refere que o pedido de extinção do processo foi solicitado por advogados de vários acusados e pela KPMG, alegando-se que “o processo esteve a aguardar impulso processual dos autores por um período superior a seis meses”. Em causa está uma curta tradução de francês para português, considerada relevante para o processo.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do escritório CMS Rui Pena & Arnaut refere que “a decisão erra quanto aos factos e quanto ao direito”: “Quanto aos factos porque, contrariamente ao que na mesma se refere, nunca o processo esteve parado por seis meses. Há um erro na contabilização deste prazo. Quanto ao direito porque, contrariamente ao que lhe era legalmente exigido, o tribunal não notificou as autoras avisando do seu entendimento sobre o decurso do prazo e informando que, caso não fosse dado andamento ao processo, julgaria deserta a instância”, garante.

Sobre isso, a sentença, citada pelo Público, refere que “a verificação de uma situação de negligência na promoção do andamento do processo não depende, necessariamente, de prévia notificação sobre as consequências da sua inércia”.

Fonte oficial da CMS Rui Pena & Arnaut confirma, por fim, que “haverá lugar a recurso, sendo que o próprio tribunal poderá rever esta decisão sem necessidade de fazer subir o recurso, uma vez que a lei lho permite, quando este tenha errado na determinação da norma jurídica aplicável ou na qualificação jurídica dos factos”. Além disso, de referir que a lei permite que um novo processo seja aberto exatamente nos mesmos termos, desde que não haja prescrição do procedimento, algo que só deverá acontecer em janeiro de 2018.

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BCP: Sonangol aumenta posição “nos próximos meses”

A petrolífera angolana foi ao aumento de capital do BCP. Manteve a posição no capital do banco, mas vai aumentar "paulatinamente" a percentagem que tem "ao longo dos próximos meses".

Enquanto a Fosun aumentou a posição no capital do banco liderado por Nuno Amado, a Sonangol não o fez. Foi ao aumento de capital, mas manteve a posição relativa, embora esteja disposta a reforçar. O ECO sabe que Isabel dos Santos vai aumentar a exposição “nos próximos meses”, mas esse reforço será feito de forma faseada.

O BCP anunciou que a operação foi “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros que vai permitir ao banco reembolsar os CoCos e reforçar os rácios de capital.

Os maiores acionistas deram um forte contributo para este resultado. De um lado, a Fosun que aproveitou a operação para ganhar peso no capital do banco — admitiu chegar a 30% do capital –, do outro a Sonangol, que tinha 14,87%. Tinha, e continua a ter, sabe o ECO. Ou seja, acompanhou a operação a operação na mesma proporção, mas quer mais.

A empresa liderada por Isabel dos Santos quer “aumentar paulatinamente, ao longo dos próximos meses”, a sua posição no banco liderado por Nuno Amado. A Sonangol já tinha pedido ao Banco Central Europeu para aumentar a posição. Recebeu no final do ano passado “luz verde” para passar dos 20%, algo que fará de forma faseada.

(Notícia em atualização)

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Tribunal holandês decide a favor de subsidiárias da Oi

Um tribunal holandês decidiu não converter em falência os processos de suspensão de pagamentos aos quais estão sujeitos dois veículos financeiros da operadora Oi no país.

A Corte Distrital de Amesterdão não aceitou converter em falência os processos de suspensão de pagamentos dos veículos financeiros da Oi na Holanda, Oi Brasil Holdings e Portugal Telecom Internacional Finance. A decisão foi tomada com base nas leis holandesas, informou esta terça-feira a empresa em comunicado submetido aos mercados.

A notícia já tinha sido avançada pela Reuters, citando “pessoas que tiveram acesso aos documentos do tribunal”. Assim, estas subsidiárias holandesas da Oi continuarão a operar ao abrigo do estatuto de suspensão de pagamentos, refere a agência. De acordo com o comunicado submetido à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários pela participada Pharol, a Oi “ainda não teve acesso à tradução do inteiro teor da decisão”.

A Oi é a maior operadora brasileira de telecomunicações, mas encontra-se sujeita a um processo de recuperação judicial. Esta quinta-feira, a administração autorizou a diretoria a analisar a possibilidade de converter em ações parte da grande dívida que a operadora tem. Há ainda duas outras propostas externas para salvar a Oi da falência, mas que estão, para já, em segundo plano.

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Finanças deve facultar documentos à comissão parlamentar

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2017

O Tribunal da Relação de Lisboa determinou que o Ministério das Finanças faculte os documentos pedidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos.

O Tribunal da Relação de Lisboa determinou que o Ministério das Finanças faculte os documentos pedidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos, justificando a grande relevância da atividade desta comissão no apuramento da verdade.

No recurso para o TRL, a Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão da CGD pediu a quebra de segredo profissional relativamente ao Ministério das Finanças.

Na decisão, a que a agência Lusa teve hoje acesso, o Tribunal entendeu estar perante um conflito de dois interesses de ordem pública, mas “atendendo ao interesse de grande relevância da atividade da comissão parlamentar de inquérito, no apuramento da verdade”, decidiu que “prevalece o dever de cooperação do Ministério das Finanças”, quanto às matérias pedidas, em detrimento do sigilo profissional, devendo o mesmo ser levantado.

No recurso, a comissão invoca a necessidade de aceder aos documentos em segredo para “avaliar os factos que fundamentaram a necessidade de recapitalização da CGD, incluindo as efetivas necessidades de capital e de injeção de fundos públicos e as medidas de restruturação do banco”.

O levantamento do segredo profissional pelo Ministério das Finanças destina-se também, refere a comissão parlamentar de inquérito, a “apurar as práticas de gestão da CGD no domínio da conceção e gestão de créditos desde o ano de 2000 pelo banco, em Portugal e respetivas sucursais no estrangeiro, “escrutinando em particular as posições de crédito de maior valor e/ou que apresentem maiores montantes em incumprimento ou reestruturados.

Recorde-se que este também já tinha sido o entendimento do Tribunal da Relação relativamente à Caixa Geral de Depósitos que era obrigada a levantar o dever de sigilo bancário e profissional do banco, autorizando a instituição a revelar esta informação ao Parlamento. Salvaguardada continua, contudo, a correspondência da Caixa. Assim, os deputados da comissão de inquérito iam ter acesso a lista detalhada dos 50 maiores devedores da Caixa, os 50 maiores créditos em incumprimento, contabilizados por devedor, a lista dos 50 grupos económicos maiores devedores à CGD, mais uma vez discriminando quais se encontram em incumprimento, a data do crédito, entre outras informações.

Mas Caixa não quer entregar a lista dos maiores créditos concedidos pelo banco do Estado. Numa carta enviada à comissão de inquérito à gestão da Caixa, com data de 23 de janeiro, a Caixa diz que “não pode prestar as informações solicitadas”.

Assim, pediu para anular o acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa que obriga à divulgação da lista dos maiores devedores do banco do Estado aos deputados na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. Mas este pedido não é um recurso para o Supremo.

Por sua vez, tanto o Banco de Portugal como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) querem ser ouvidos pelo Tribunal da Relação de Lisboa, na sequência da decisão dos juízes que obriga a instituição a prestar toda a informação pedida pela comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos, à exceção da correspondência trocada.

Entretanto, António Domingues já entregou no Parlamento a correspondência que trocou com o Ministério das Finanças quando ainda era gestor do BPI e antes de ter assumido a direção da Caixa. Domingues inicialmente recusava-se entregar a correspondência, mas acabou por aceder, contudo os deputados ainda vão ter de decidir o que fazer com os documentos.

 

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Adenda ao acordo de concertação social assinada

Já está: depois da crise política da Taxa Social Única, o Governo substituiu a medida pela redução do PEC e hoje já assinou com os parceiros uma adenda ao acordo de concertação social.

A adenda ao compromisso tripartido para um acordo de concertação social de médio prazo foi assinado esta sexta-feira. Governo, patrões e UGT acordaram na retirada da descida da TSU e a entrada da redução do PEC, sendo que a CGTP ficou fora do acordo, tal como em dezembro. Esta reunião realizou-se uma semana e um dia depois do Conselho de Ministros aprovar a redução progressiva do Pagamento Especial por Conta.

A adenda é subscrita por Vieira da Silva, ministro do Trabalho, Carlos Silva, secretário-geral da UGT, João Machado, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal, e Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português.

A 25 de janeiro, o PSD, o BE, o PCP e o PEV chumbaram o decreto do Governo que previa uma descida temporária da TSU dos empregadores, em 1,25 pontos percentuais, como compensação pelo aumento do salário mínimo nacional para os 557 euros este ano. Na sequência do chumbo, o primeiro-ministro, António Costa, reuniu-se nessa quarta-feira de tarde com os parceiros sociais.

No dia seguinte, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma redução de 100 euros no PEC para todas as empresas sujeitas ao seu pagamento já a partir de março e até 1 de janeiro de 2019 e de mais 12,5% do remanescente da coleta paga por cada empresa. No mesmo dia, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião semanal do Conselho de Ministros, Costa anunciou que seria feita uma adenda ao acordo de Concertação Social, de modo a que os parceiros possam confirmar que se “reveem” nas soluções alternativas ao chumbo da TSU.

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BCP: Procura superou oferta no aumento de capital

A procura total registada no aumento de capital representou cerca de 122,9% do montante da oferta, revela o BCP. Assim, a operação foi "totalmente subscrita".

O BCP concluiu com sucesso o aumento de capital. Foi “totalmente subscrito”, sem recurso à tomada firme por parte dos bancos colocadores, tendo em conta que a “procura total registada no presente aumento de capital representou cerca de 122,9% do montante da oferta” realizada pelo banco liderado por Nuno Amado.

“No exercício de direitos de subscrição foram objeto de subscrição proporcional 13,94 mil milhões de ações, representativas de cerca de 98,4% do total de ações a emitir no âmbito da presente oferta, tendo ficado disponíveis para rateio 225.6 milhões de ações” que foram fortemente disputadas pelos investidores. Os pedidos de suplementares excederam em “cerca de 14,3 vezes o número disponível”, diz o banco.

A operação foi, assim, “totalmente subscrita”, sendo que o número total de ações solicitadas pelos investidores acabou por superar em 22% o número de títulos em oferta no âmbito do aumento de capital de 1.330 milhões de euros que vai permitir ao banco reembolsar os CoCos e reforçar os rácios de capital.

“A liquidação financeira das ações subscritas no exercício dos direitos de subscrição ocorre na presente data e a liquidação financeira das ações atribuídas em rateio deverá ocorrer a 7 de fevereiro de 2017”, sendo as novas ações do banco deverão começar a ser negociadas a 9 de fevereiro na bolsa de Lisboa, diz em comunicado à CMVM.

(Notícia atualizada às 17h25)

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Processo de Salgado em segredo de justiça até 2018

  • ECO
  • 3 Fevereiro 2017

O juiz Carlos Alexandre diz que a investigação é complexa e que a equipa precisa de mais tempo. Por isso, o processo vai ficar em segredo de justiça durante mais um ano e oito meses.

O juiz Carlos Alexandre decidiu que o processo que está a investigar Ricardo Salgado e a insolvência do Banco Espírito Santo (BE) vai ficar em segredo de justiça até setembro de 2018. Porquê? O juiz justifica a decisão com a complexidade do caso.

A Sic Notícias avança que a equipa que está à frente do processo em que Ricardo Salgado está envolvido e que está a investigar a queda do BES diz que precisa de mais tempo. Por isso, o processo vai ficar em segredo de justiça durante mais um ano e oito meses. A equipa conta com a colaboração das entidades suíças e luxemburguesas e é coordenada pelo Eurojus.

Mas porquê? O juiz Carlos Alexandre refere a especial complexidade deste processo, no qual Ricardo Salgado foi constituído arguido e que investiga a queda do banco no verão de 2014.

O antigo presidente do BES também foi constituído arguido na Operação Marquês, o caso de corrupção que envolve o antigo primeiro-ministro José Sócrates. O juiz Carlos Alexandre proibiu Salgado de sair do país sem autorização, além de não poder contactar com os restantes arguidos da Operação Marquês e com algumas pessoas com ligações ao Grupo Espírito Santo.

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Lisboa sobe quase 3%. BCP brilha, Mota também

Foi a maior subida diária da bolsa nacional desde meados do ano passado. Parte da subida deveu-se a um ajuste técnico, mas o restante traduziu as subidas do BCP, Mota-Engil e da Galp Energia.

A bolsa nacional brilhou entre as praças europeias. Num dia de ganhos modestos, o PSI-20 fechou a valorizar quase 3%, a maior subida diária desde meados do ano passado. Parte do ganho é meramente técnico por causa dos direitos do BCP, mas outra parte é resultado do bom desempenho dos títulos do banco liderado por Nuno Amado. A Mota-Engil e a Galp Energia também deram um forte contributo para a valorização da bolsa de Lisboa.

Enquanto a generalidade dos índices europeus registou ganhos entre 0,3% e 0,7%, o índice de referência da bolsa nacional encerrou a última sessão da semana com uma valorização de 2,77% para os 4.622,82 pontos. É preciso recuar até 20 de junho para encontrar uma subida de mais expressiva — acima dos 3%. Este forte desempenho traduz, contudo, em parte, o facto de a Euronext ter removido o valor dos direitos do BCP que estava a ser utilizado para o cálculo do PSI-20.

“O valor do PSI-20 está hoje a refletir o ajuste da diferença resultante do valor que estava incorporado referente aos direitos e o valor efetivo das ações”, diz a Euronext. Removido o valor referente a esses direitos, o ajustamento extraordinário efetuado pela Euronext levou a um impacto positivo na cotação do índice entre 1% e 2%.

Este efeito técnico catapultou o índice que, ainda assim, ganhou ainda mais à conta do BCP. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado encerraram a sessão a valorizar 3,9% para os 16,79 cêntimos, sendo que durante a sessão chegaram a apresentar um ganho de 7,05%, isto num dia em que os juros da dívida se mantiveram acima dos 4%. Apesar da correção após Marcelo Rebelo de Sousa anunciar que a Fitch não vai mudar nada, a taxa a dez anos seguia nos 4,167%.

 

Além do BCP, a puxar pela bolsa esteve também a Mota-Engil. A construtora disparou 5,23% para 1,65 euros depois de um ministro da Tanzânia ter confirmado que um consórcio composto pela empresa portuguesa e outra construtora turca venceu um contrato para a construção de um percurso de caminho-de-ferro com cerca de 400 quilómetros para ligar o leste africano a regiões interiores e mais remotas do Burundi e do Ruanda. O contrato está avaliado em mil milhões de euros.

Também a Galp Energia deu o seu contributo para o desempenho do índice nacional ao apresentar uma valorização de 1,76% para 13,84 euros, numa sessão de ganhos ligeiros para o petróleo. A EDP Renováveis seguiu a tendência positiva, valorizando 1,73% para 6,05 euros, sendo que a EDP acalmou os ânimos na bolsa nacional ao encerrar a sessão com uma desvalorização de 0,11%.

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Saiba quem são os desportistas mais bem pagos do mundo

  • ECO e Lusa
  • 3 Fevereiro 2017

Cristiano Ronaldo foi, segundo a Forbes, o desportista mais bem pago no mundo no último ano. Ficou à frente de Messi, mas também dos melhores jogadores de basquetebol dos EUA.

O futebolista português Cristiano Ronaldo, que representa o Real Madrid, foi em 2016 o desportista mais bem pago no mundo, tendo auferido 88 milhões de dólares (cerca de 82 milhões de euros), revelou a revista Forbes.

De acordo com a publicação, no ano em que conquistou a Liga dos Campeões com o emblema espanhol e o Europeu com Portugal, Ronaldo recebeu 56 milhões de dólares em salários e 32 milhões de dólares em patrocínios.

Logo a seguir ao português aparece o argentino Lionel Messi, futebolista do FC Barcelona, com 81,4 milhões de dólares (75,6 milhões), e o basquetebolista norte-americana Lebron James, dos Cleveland Cavaliers, com 77,2 milhões de dólares (71,74 milhões).

O tenista suíço Roger Federer, com 67,8 milhões dólares (63 milhões), e o também basquetebolista norte-americano Kevin Durant, dos Golden State Warriors, com 56,2 milhões (52,2 milhões) aparecem no quarto e quinto posto, respetivamente.

Enquanto Ronaldo é o atleta com maior salário, Federer é o desportista que mais dinheiro recebe de patrocínios, com 60 milhões de dólares (55,7 milhões).

As tenistas Serena Williams e Maria Sharapova são as únicas mulheres que integram a lista dos 100 atletas mais bem pagos do ano passado, surgindo no 40.º e 88.º lugar respetivamente. A norte-americana ganhou 28,9 milhões de dólares (26,8 milhões), enquanto a russa ficou pelos 21,9 milhões (20,3 milhões).

O golfista Jordan Spieth, de apenas 23 anos, é o atleta mais novo que aparece na lista, ocupando a nona posição com um total de 52,8 milhões de dólares (49 milhões), enquanto o “papel” de mais velho cabe ao também golfista e também norte-americano Phil Mickelson, de 46 anos. É oitavo, com ganhos de 52,9 milhões de dólares (49,1 milhões).

No “campeonato” das empresas desportivas, a Gestifute, do português Jorge Mendes, que representa Ronaldo e José Mourinho, entre outros, aparece no oitavo lugar com 72,7 milhões de dólares (67,5 milhões) auferidos em comissões. Com 290,6 milhões de dólares (270 milhões), a empresa norte-americana Creative Artists Agency encabeça a lista.

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Marcelo inverte tendência. Juros corrigem

Fitch? Vai manter o rating. Quem o garantiu foi o Presidente da República, acabando com o suspense no mercado. Os juros, que estavam a subir, inverteram a tendência mas continuam acima dos 4%.

Marcelo Rebelo de Sousa falou, os investidores ouviram. No dia em que a Fitch vai rever o rating de Portugal, o Presidente da República antecipou-se ao revelar que a agência de notação financeira não vai fazer qualquer alteração, uma declaração que levou à inversão dos juros da dívida nos mercados. Ainda assim, a taxa a dez anos continua acima dos 4%.

A taxa das obrigações a dez anos chegou aos 4,207%, aproximando-se novamente de máximos de três anos. Contudo, inverteu a tendência, baixando mesmo da fasquia dos 4,1%. Segue, agora, estável, nos 4,12%, à semelhança do que se regista nos restantes países do euro, perante o fim do suspense em torno da revisão da Fitch.

Juros aliviam com Marcelo

Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)
Fonte: Bloomberg (Valores em percentagem)

A Fitch mantém o rating de Portugal, à espera das decisões das instituições europeias”, verificando-se que “em três pontos está a haver uma evolução que é positiva”, como é o caso do saldo primário, da balança de pagamentos nas relações com o exterior e do crescimento económico, revelou Marcelo Rebelo de Sousa.

Esta é a segunda boa notícia. A primeira foi que a “UTAO já reconhece que o défice, nos cálculos dela, já vai em 2,6%, mas admite que lhe faltam elementos e não conta com algumas das que chama medidas extraordinárias e que provavelmente não são. O que quer dizer que, pouco a pouco, nos vamos aproximando daquilo que vai acabar por ser o défice à volta de 2,3% ou um bocadinho abaixo. Isso é boa notícia”, defendeu o Presidente da República.

É preciso confirmar estes números nos próximos meses e é preciso que as instituições europeias, olhando para isso e para a evolução do sistema financeiro, reconheçam que Portugal está a dar passos”, sublinhou Marcelo.

O IGCP revelou hoje que Portugal está de regresso aos mercados de financiamento. O Tesouro português conta emitir entre 1.000 e 1.250 milhões de euros em obrigações a cinco e sete anos na próxima quarta-feira, 8 de fevereiro.

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Plano de recapitalização vai deixar Caixa “mais sólida”

O novo presidente do banco público deixa claro que "há que cumprir aquilo a que nos comprometemos com a Direção-Geral da Concorrência".

O plano de recapitalização desenhado por António Domingues vai permitir à Caixa Geral de Depósitos (CGD) “ser mais sustentável, ser mais sólida e ficar com melhores rácios de capital“, acredita Paulo Macedo.

No dia em que visitou agências da CGD, o novo presidente do banco público deixou claro que “há que cumprir aquilo a que nos comprometemos com a Direção Geral da Concorrência“. E isto inclui a rescisão com dois mil trabalhadores até 2019. “O conselho de administração que entrou há dois dias irá analisar quais são os aspetos do plano [de reestruturação]. Mas há compromissos já estabelecidos e não faz sentido que as sucessivas administrações estejam sempre a alterar os compromissos do Estado”, sublinhou.

No fim, acredita, “os clientes ficarão muito satisfeitos de ter uma Caixa mais sólida, mais estável e mantendo a sua liderança”.

Para o seu mandato, Paulo Macedo traça como “grandes objetivos macro” garantir a “confiança e credibilidade” da CGD, manter o “papel decisivo na atividade das empresas“, “continuar a ser os melhores na área do crédito à habitação” e assegurar as necessidades de “segmentos de clientes muito importantes”, como os universitários e os seniores. Tudo isto “a par da solidez e de uma reestruturação em termos das políticas de risco e de crédito, que permita à Caixa avançar de forma sólida e rentável”.

O plano de recapitalização definido por António Domingues, que já está a decorrer, será implementado em várias fases e prevê uma injeção de capital de 5,1 mil milhões de euros. Questionado sobre se este montante será suficiente, Paulo Macedo não tem ainda uma resposta. “Em dois dias não lhe garantirei nada desse assunto. Parece-me um plano bastante robusto. Parece-me, sobretudo, que é um plano que já foi aprovado, submetido, partilhado com diversos stakeholders e, nesse sentido estamos confiantes de que é um bom plano para a Caixa“, disse apenas.

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Wall Street arranca bem com empurrão do emprego

  • Marta Santos Silva
  • 3 Fevereiro 2017

Os três índices abriram a subir, após o mês de janeiro ter registado a maior subida no emprego nos EUA dos últimos quatro meses.

A bolsa norte-americana abriu no verde esta sexta-feira, impulsionada pelos bons resultados do emprego nos Estados Unidos, que aumentou mais do que o esperado, com a criação de 227 mil novos salários em janeiro.

Os três índices de referência norte-americanos abriram a sessão a subir, impulsionados pelos bons resultados do emprego. O índice industrial Dow Jones era o que mais subia à hora de abertura: 0,59% para os 20.001,60 pontos, seguido de perto pelo principal índice, o S&P 500, que subia 0,42% para os 2290,51 pontos. Também a subir estava o índice tecnológico Nasdaq, a ganhar 0,25% para atingir os 5650,32 pontos.

Os valores inesperadamente bons do emprego são os últimos do mandato de Barack Obama e os primeiros a ser divulgados na presidência de Donald Trump. Janeiro foi melhor do que se pensava, com a criação de 227 mil novos empregos comparativamente com os 157 mil criados em dezembro.

A taxa de desemprego subiu, fixando-se nos 4,8%. Já o aumento dos salários desiludiu, mantendo-se abaixo do que seria desejável: o salário à hora cresceu 2,5%. “Não temos visto uma aceleração muito significativa no aumento dos salários, como anteciparíamos tendo em conta quão perto estamos do emprego total”, disse à Bloomberg o economista Ryan Sweet, da Moody’s Analytics. “Acho que vem aí, mas vai levar um pouco mais de tempo”.

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