BPI aumenta lucros para 313,2 milhões de euros

O banco liderado por Fernando Ulrich, que está a ser alvo da OPA do CaixaBank, encerrou exercício do último ano com lucros de 313,2 milhões de euros. É um aumento de 32,5% face a 2015.

O BPI fechou 2016 com lucros de 313,2 milhões de euros. Este resultado representa um aumento de 32,5% face ao exercício do ano anterior, tendo superado largamente as expectativas dos analistas à custa, em grande parte, da quebra nas provisões e do aumento dos lucros na atividade internacional. O contributo do BFA para as contas do banco liderado por Fernando Ulrich foi o mais elevado de sempre.

A expectativa dos analistas consultados pela Bloomberg era de que o BPI apresentasse um lucro de 244 milhões de euros relativo ao exercício de 2016, acima dos 236,4 milhões registados no ano anterior. O CaixaBI antecipava um valor mais expressivo: 266 milhões de euros, antecipando um aumento de dois dígitos na margem financeira.

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O banco explica, em comunicado enviado à CMVM, que o contributo da atividade doméstica aumentou em 58%, ascendendo a 147 milhões de euros. Já o contributo da atividade internacional aumentou 16%, continuando a representar a maior “fatia”: 166,3 milhões de euros.

No mercado nacional, é de destacar o crescimento expressivo da margem financeira (14,3%), num contexto de queda dos custos, mas especialmente a forte quebra nas provisões para créditos em incumprimento (-68,1%). No caso da atividade internacional é de salientar o forte contributo do BFA. “O lucro líquido do BFA atribuível ao BPI de 162,7 milhões de euros é o mais elevado de sempre”, refere o banco liderado por Fernando Ulrich.

BFA já rendeu 945 milhões

O BPI vendeu 2% do BFA à Unitel para “solucionar a situação de ultrapassagem do limite dos grandes riscos com que o Banco BPI estava confrontado, resultante da exposição do BFA a dívida pública angolana”, refere no comunicado dos resultados. Esta “operação de venda dos 2% do BFA será contabilizada no primeiro trimestre de 2017“, nota.

Atualmente, o banco detém 48,1% do capital do BFA e a Unitel 51,9%. Esta posição está valorizada nos capitais próprios em 449 milhões de euros, diz o banco, salientando que “o investimento de 3,3 milhões de euros no BFA em 1993 gerou, em 23 anos, um retorno de 945 milhões de euros“.

Dívida subordinada para cumprir rácio

Perante os resultados obtidos, a 31 de dezembro de 2016, o rácio Common Equity Tier 1 (CET1) estava em 11,4%, numa base “phasing in” (ou seja, com base nas regras aplicáveis em 2016), sendo de 11,1% com as regras totalmente implementadas. Em ambos os casos, o banco registou uma evolução positiva, mas para passar no teste à qualidade dos ativos do BCE, terá de emitir dívida subordinada.

“Tendo em conta os valores observados em 31 de dezembro de 2016, ajustados pelos factores ‘phasing-in’ 2017 e pela venda de 2% do BFA, o banco cumpre os novos rácios mínimos exigidos em matéria de CET1 e Tier 1”, refere o BPI. “Para um rácio de capital total de 12% (mínimo de Supervisory Review and Evaluation Process de 11,75% mais 0,25%), é necessária a emissão de dívida subordinada no valor de 206 milhões de euros“, salienta o banco.

“A blindagem dos estatutos do BPI e a ultrapassagem do limite dos grandes riscos pelo BFA foram fatores que pesaram negativamente na avaliação do SREP do BPI. É nosso entendimento que, estando resolvidas estas duas questões, o rácio de capital exigido ao BPI no âmbito do SREP deverá ser mais baixo“.

(Notícia atualizada às 17h32).

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PSI-20 avança. BCP recua pela quarta vez

  • Leonor Rodrigues
  • 26 Janeiro 2017

A bolsa nacional fechou a sessão a valorizar, mesmo com mais uma queda das ações do banco liderado por Nuno Amado. A puxar pelo índice português estiveram a EDP e as papeleiras.

Mais uma sessão, mais uma queda do BCP. O banco liderado por Nuno Amado voltou a cair pela quarta sessão consecutiva mas não conseguiu arrastar a bolsa portuguesa para o vermelho. O índice português avançou, suportado pelos ganhos da EDP, Jerónimo Martins e dos CTT.

Depois das perdas de ontem, o PSI-20 fechou a sessão de quinta-feira perto da linha de água mas a valorizar 0,2% para os 4.583,03 pontos. Apesar dos ganhos, o BCP voltou a destacar-se: perdeu 2,07%, com as ações a custarem 14,69 cêntimos, assim como os direitos, que desvalorizaram mais 13,46% para os 67,5 cêntimos. A EDP Renováveis também recuou 0,16% para os 6,09 euros e a Galp Energia 0,07% (13,99 euros).

A puxar pelo índice estiveram as papeleiras, que valorizaram mais de 3% devido à queda do euro, e a EDP. A elétrica teve uma sessão negativa na quarta-feira mas avançou cerca de meio por cento. Destaque positivo também para os CTT que subiram 0,97% para os 6,05 euros, para a Mota Engil, que valorizou mais de 2% e para a Jerónimo Martins (+0,03% para os 15,66 euros por ação).

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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Petróleo avança mais de 2%

  • Ana Luísa Alves
  • 26 Janeiro 2017

Depois da queda de ontem, o petróleo avança esta quinta-feira mais de 2%. O cumprimento do acordo estabelecido na OPEP leva a matéria-prima a ser negociada acima do teto fixado pelo cartel.

O preço do petróleo voltou a subir. O ouro negro está, esta quinta-feira, a valorizar mais de 2%, mesmo depois de ontem o aumento das reservas de crude norte-americanas terem feito cair o valor da matéria-prima. O preço por barril está a ser negociado acima dos 55 dólares.

Os futuros avançaram mais de 2% esta manhã, em Nova Iorque. A OPEP e os demais produtores de petróleo estão a cumprir o acordo assinado no dia 30 de novembro, que impôs um teto à produção petrolífera para equilibrar o mercado durante o ano, segundo avançou o ministro da Energia do Kuwait.

O ministro da Energia argelino, Noureddine Boutarfa, referiu esta quinta-feira que os países-membros da OPEP e os não-membros que também concordaram em baixar a produção estão a cumprir o teto fixado, e vão prosseguir com a redução em fevereiro. Em março, o comité que se juntou para monitorizar e avaliar o cumprimento do acordo e do corte na produção do outro negro vai reunir-se.

Durante a semana, os preços do barril de petróleo rondaram os 53 dólares. A Arábia Saudita referiu também que 80% da redução prevista pela OPEP já está a ser posta em prática desde 1 de janeiro, mas o CEO da BP disse, esta quarta-feira, que os inventários e reservas do petróleo continuam “muito altos” e a indústria petrolífera ainda vai enfrentar outros desafios este ano.

O mercado está a tornar-se “mais confortável com o facto de a OPEP estar a cumprir o acordo estabelecido”, salientou à Bloomberg Bart Melek, estratega da TD Securities, em Toronto. “A OPEP continua a informar-nos de que está a acelerar a redução da produção, portanto o mercado da oferta parece ainda mais disciplinado”, acrescentou.

O brent, transacionado em Londres, avança esta quinta-feira 2,12% para os 56,25 dólares o barril, e o crude, transacionado nos EUA, está a ser negociado nos 53,73 dólares o barril, com um avanço mais ligeiro, de 1,10%.

Editado por Mariana de Araújo Barbosa ([email protected])

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“BPI pode ser player mais ativo nas aquisições”

Chegou o dia de o BPI apresentar os resultados para 2016. Fernando Ulrich explica as contas numa conferência de imprensa que pode acompanhar aqui em direto.

O BPI apresenta hoje os resultados referentes a 2016. O banco liderado por Fernando Ulrich vai explicar as contas numa conferência de imprensa, que pode acompanhar aqui em direto. Isto numa altura em que é alvo de uma Oferta Pública de Aquisição da parte do CaixaBank, com o grupo catalão a oferecer 1,134 euros por cada ação que ainda não detém.

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Revive. Governo leva mais três monumentos a concurso público

A Casa de Marrocos, em Idanha-a-Velha, os Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, e a Quinta do Paço de Valverde, em Évora, vão a concurso público ainda no primeiro trimestre.

O Governo vai levar a concurso público a concessão de mais três imóveis, no âmbito do programa Revive. A Casa de Marrocos, na vila romana de Idanha-a-Velha, os Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha, e a Quinta do Paço de Valverde, em Évora, vão a concurso ainda no primeiro trimestre, adiantou ao ECO a secretária de Estado do Turismo.

Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha
Pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da RainhaWikimedia Commons

Os três imóveis fazem parte da lista de 30 monumentos abrangidos pelo Revive, programa lançado pelo Governo para recuperar e valorizar património histórico através do turismo. Os edifícios, onde se incluem mosteiros, conventos, castelos e fortes, vão a concurso público e a sua concessão ficará a cargo de grupos privados. Os investidores ficarão responsáveis por explorar estes monumentos como hotéis, restaurantes, museus ou espaços para eventos, sendo obrigados a abrir os espaços ao público.

A Casa de Marrocos foi construída durante o século XX e ainda está inacabada. “Crê-se que o solar tenha sido edificado sobre o antigo fórum romano”, pode ler-se no site do Revive. Já os Pavilhões do Parque D. Carlos I foram projetados nos finais do século XIX para serem um hospital, mas nunca chegaram a cumprir essa função. Serviram para albergar um quartel militar, uma esquadra da polícia e uma escola secundária, estando hoje desativados. Por fim, a Quinta do Paço de Valverde foi construída no início do século XVI e servia de local de descanso aos membros da diocese de Évora.

Quinta do Paço de Valverde, em Évora.
Quinta do Paço de Valverde, em Évora.Wikimedia Commons

Ao ECO, Ana Mendes Godinho refere que o Revive “está a suscitar interesse junto de investidores de renome internacionais”. Sem referir nomes, a secretária de Estado do Turismo adianta que já recebeu contactos de investidores espanhóis, americanos e brasileiros, havendo também procura por parte de portugueses.

Quanto ao tipo de investidores, há de tudo. “Os próprios imóveis têm dimensão diferente e fins diferentes. A mensagem que tem passado de que os imóveis serão só hotéis não é verdade. O objetivo é que, em conjunto com o Ministério da Cultura, imóvel a imóvel, sejam definidos os fins para que os imóveis poderão ser utilizados”, explica a governante.

Casa de Marrocos, na vila romana de Idanha-a-Velha.
Casa de Marrocos, na vila romana de Idanha-a-Velha.Rui Ornelas / Flickr

Para já, só um dos monumentos já está atribuído: a concessão do antigo Convento de São Paulo, em Elvas, ficará a cargo do grupo Vila Galé, que vai investir à volta de cinco milhões de euros para construir aqui um hotel de 64 quartos.

A mensagem que tem passado de que os imóveis serão só hotéis não é verdade.

Ana Mendes Godinho

Para já, não há expectativas sobre quando é que as restantes concessões estarão atribuídas. “É um programa em curso. Idealmente, o que pretendemos é que isto se transforme numa nova forma de vermos o património”, refere Ana Mendes Godinho. Aliás, diz, tem recebido “diariamente, de vários presidentes de câmaras, sugestões de novos imóveis para serem incluídos no programa, porque veem nele uma oportunidade de se encontrar uma forma de dar vida ao nosso património”.

“Esta também é uma forma de voltar a dar o património às pessoas. O modelo que encontrámos garante que o património será sempre público. Damos a concessão e, no final da concessão, o património retorna para a exploração por parte do Estado”, conclui a governante.

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Defesa do Consumo diz que cobrar taxas em pagamentos com cartões é ilegal

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2017

Associação Portuguesa de Direito do Consumo diz que cobrança de taxas em pagamentos com cartões de crédito, feitos em território nacional, é ilegal e exige a intervenção do Banco de Portugal.

Numa nota enviada à agência Lusa, a APDC aponta o caso das companhias aéreas do grupo Lufthansa, que “irão aplicar uma taxa sobre bilhetes pagos com cartão de crédito, emitidos em Portugal, com viagens a iniciar em Portugal”, violando, de acordo com a associação, a legislação nacional.

Segundo a APDC, “tais taxas estão proibidas” pelo decreto-lei 3/2010, de 05 de janeiro, que, no artigo 3.º, frisa que “ao beneficiário do serviço de pagamento é vedado exigir ao ordenante qualquer encargo pela utilização de um determinado instrumento de pagamento”.

“Há uma ignorância generalizada das leis e os direitos dos consumidores estão a ser violados. Cumpre ao Banco de Portugal ir na peugada de todos os prevaricadores”, disse à agência Lusa Mário Frota, presidente da APDC.

Mário Frota afirmou ainda que a cobrança de taxas por pagamentos com cartões de crédito tem sido reportada à associação noutros setores de atividade, como o aluguer de automóveis ou abastecimentos de combustíveis.

“Há empresas de rent-a-car a cobrar taxas fixas ao balcão e, no pagamento de combustíveis, um consumidor não paga a taxa, mas depois, à socapa, é-lhe descontado na conta bancária, dias mais tarde, 52 cêntimos. E só os mais atentos, que ligam aos extratos [bancários] se apercebem. O Banco de Portugal é a entidade responsável pelo cumprimento do decreto-lei e tem de agir”, exigiu.

O especialista em Direito do Consumo aconselhou ainda os consumidores que se sentirem lesados a apresentaram uma reclamação no livro destinado ao efeito: “Devem lavrar um protesto e ficar com o duplicado”, sustentou.

A Lusa contactou o grupo Lufthansa sobre a alegação da APDC e fonte da empresa respondeu que a companhia “leu com atenção a nota” da associação de consumidores, argumentando que “a estrutura de tarifas e taxas [do grupo] corresponde aos requisitos legais aplicáveis”.

Confirma que a partir de 07 de fevereiro as companhias aéreas do grupo (Lufthansa, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Swiss) “planeiam introduzir uma sobretaxa dependendo da forma de pagamento”, denominada OPC, e que esta se aplica a pagamentos feitos com cartões de crédito e sistema Paypal “para viagens que começam em Portugal, assim como na Polónia, Hungria, República Checa e Dinamarca”.

A taxa a aplicar em Portugal para bilhetes comprados na Lufthansa, Austrian Airlines e Swiss corresponde a 1,65% do preço do bilhete (até um valor máximo de 25 euros por cada bilhete) e a Brussels Airlines cobra um valor fixo de oito euros, disse a fonte da empresa alemã.

Adianta que, em Portugal, as companhias aéreas do Grupo Lufthansa “estão de momento a finalizar os pormenores” para introdução daquela taxa.

“Com a OPC, o Grupo Lufthansa pretende cobrir parte dos custos que advêm dessas formas de pagamento. Gostaríamos de relembrar que existem outras formas de pagamento a que não é aplicada esta sobretaxa”, refere, acrescentando que a referida taxa já é aplicada desde 2011 para viagens que começam na Alemanha, Reino Unido, Finlândia, Irlanda, Países Baixos, Suíça e Bélgica.

A agência Lusa colocou ao Banco de Portugal diversas questões sobre as situações denunciadas pela APDC, mas, até ao momento, não obteve resposta.

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Banif: Associação de Lesados pretende apresentar “milhares de queixas” à CMVM

  • Lusa
  • 26 Janeiro 2017

A Associação de Lesados do Banif (ALBOA) anunciou hoje, no Funchal, que vai criar um grupo de trabalho para ajudar os ex-clientes do banco a formalizar queixas por "venda fraudulenta".

“É muito importante que as pessoas [os ex-clientes] expliquem o seu caso de venda fraudulenta junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM)”, disse à Lusa Daniel Caires, um dos dirigentes da associação, após reunião com o presidente do Governo Regional da Madeira.

A ALBOA pretende tornar o caso dos lesados do Banif mais visível junto da entidade reguladora, fazendo aumentar o número de queixas, que atualmente ronda as 400.

“É muito importante que as queixas fiquem registadas junto da CMVM e só através de milhares de queixas é que o caso ganhará maior dimensão”, realçou Daniel Caires, explicando que o grupo de trabalho vai atuar durante o mês de fevereiro na Madeira, nos Açores e no continente.

A ALBOA representa 3.500 obrigacionistas subordinados que perderam 263 milhões de euros no processo de venda do banco ao Santander, bem como 4.000 obrigacionistas Rentipar (‘holding’ através da qual as filhas do fundador do Banif, Horácio Roque, detinham a sua participação), que investiram 65 milhões de euros, e ainda 40 mil acionistas, dos quais cerca de 25 mil são oriundos da Madeira.

A associação alega que milhares de ex-clientes do Banif adquiriam produtos bancários sem terem conhecimento efetivo dos mesmos nem dos riscos que representavam.

Entretanto, o presidente da associação, Jacinto Silva, explicou que o objetivo do encontro com o chefe do executivo madeirense, que aconteceu a pedido deste, visou apenas informá-lo sobre o “andamento da situação”, nomeadamente ao nível dos contactos com o Governo da República.

Já tivemos algumas reuniões com o mandatário do primeiro-ministro, na sequência das afirmações que ele fez na Assembleia da República de que o Estado português está interessado numa solução para os lesados do Banif, tal como aconteceu para os lesados do BES”, afirmou.

O responsável adiantou, contudo, que é necessário sentar à mesa mais entidades, nomeadamente os representantes do Santander Totta, banco que adquiriu o Banif por 150 milhões de euros em dezembro de 2015.

A venda aconteceu na sequência de uma resolução do Governo da República e do Banco de Portugal, através da qual foi criada a sociedade-veículo Oitante, para onde foi transferida a atividade bancária que o comprador não quis.

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Défice melhora 497 milhões de euros em 2016

Défice vai ficar abaixo de 2,3%. A receita fiscal beneficiou do programa de recuperação de créditos fiscais, revela o Ministério das Finanças.

O défice orçamental registado entre janeiro e dezembro, ou seja, em 2016, diminuiu 497 milhões de euros face a 2015. Este é o défice do ano passado em contabilidade pública e não em contabilidade nacional, a ótica que interessa às instituições europeias. Esse défice será apurado em breve pelo Instituto Nacional de Estatística, que o reportará ao Eurostat. Os dados foram revelados esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças.

Este resultado da execução orçamental do ano passado é inferior ao que inicialmente o Governo tinha projetado no Orçamento do Estado para 2016. Porquê? A receita (+2,7%) aumentou mais do que a despesa (+1,9%), principalmente devido a um controlo apertado da despesa: foram gastos menos três mil milhões de euros do que o previsto.

Assim, o Ministério das Finanças diz já estar em condições de dizer que o défice não será superior a 2,3% do PIB. “Este excelente resultado da execução em contabilidade pública permite antecipar que o défice não será superior a 2,3% do PIB”, lê-se no comunicado. O mesmo já foi dito por António Costa na Assembleia da República, no primeiro debate quinzenal de 2017, mas também pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Em 2016, o défice das Administrações Públicas (AP) diminuiu 497 milhões de euros (ME) face a 2015, situando nos 4.256 milhões de euros. Um desempenho que resultou do aumento de 2,7% da receita, superior ao crescimento de 1,9% da despesa. Face ao projetado no Orçamento do Estado (OE) de 2016, o défice ficou 1.238 milhões de euros abaixo do previsto, em grande medida resultante da contenção da despesa efetiva, que ficou 3.009 milhões de euros abaixo do orçamentado”, escreve o Ministério das Finanças em comunicado.

Além disso, o comunicado revela que o saldo primário das administrações públicas — o saldo sem os encargos dos juros da dívida portuguesa — melhorou 747 milhões de euros face a 2015. O saldo primário foi superior a quatro mil milhões de euros. A despesa primária (exceto os juros) cresceu 1,8%, um crescimento quatro pontos percentuais aquém do que estava previsto no OE2016.

Quanto à receita fiscal, o Ministério das Finanças revela que, “não obstante o acréscimo de 891 milhões de euros dos reembolsos fiscais, esta cresceu 2,4% em 2016. Porquê? “A receita fiscal beneficiou do programa de recuperação de créditos fiscais”, esclarece o comunicado. Está em causa o perdão fiscal, apelidado de PERES, com o qual o Estado arrecadou 551 milhões de euros, mas também o programa de reavaliação de ativos. “A receita contributiva cresceu 4,4%, em linha com o previsto para 2016, fruto sobretudo do crescimento de 5,2% das contribuições e quotizações para a Segurança Social, que acompanharam o forte crescimento do emprego”, acrescenta o comunicado.

Segundo o Ministério das Finanças, os pagamentos em atraso diminuíram 62 milhões de euros face a 2015. Também a dívida não financeira nas administrações públicas reduziu-se em 384 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 16h22)

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Resultados: PSI-20 vai a exame do mercado. Será que passa?

Arranca esta quinta-feira a temporada de resultados na praça nacional. Analistas esperam uma descida global dos lucros, mas há cotadas com desempenhos positivos. O PSI-20 passa no exame dos mercados?

À partida para mais uma temporada de resultados em Lisboa, as estimativas dos analistas apontam para um ano de 2016 pouco positivo para as empresas nacionais. Sem contar com o BCP e BPI, os lucros no índice nacional terão recuado 2,7% num ano em que em que economia portuguesa que deverá ter crescido pouco mais de 1,2%. Incluindo aqueles dois bancos, as contas são ainda mais negativas: -11%. Mas há fatores extraordinários a ter em conta.

É no setor financeiro onde vão estar centradas todas as atenções. O BPI é o primeiro a prestar contas. E Fernando Ulrich, presidente do banco alvo de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) dos catalães CaixaBank, deverá anunciar já esta quinta-feira um lucro de 244 milhões de euros relativo ao exercício de 2016, mais 2% do que no ano anterior. A explicar a melhoria de resultados terá estado o forte crescimento da margem financeira, em 13%, dizem os analistas do CaixaBI, cuja previsão de lucro é mais otimista: 266 milhões de euros.

Para o BCP, que só reporta os resultados a 6 de março, a estimativa dos analistas sondados pela Bloomberg sugere uma melhoria evidente face aos prejuízos de 250 milhões de euros registados nos nove primeiros meses do ano, devido sobretudo ao esforço do banco com provisões extraordinárias para cobrir o crédito em risco de incumprimento. Terá fechado o ano com um resultado líquido negativo menos pesado, de cerca de 85 milhões. Com um aumento de capital no valor de 1.300 e dois novos acionistas de referência em luta por protagonismo na estrutura acionista, Nuno Amado deverá anunciar uma nova vida no maior banco privado português.

“A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento”, referiu Albino Oliveira, da Patris Investimentos. “Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas”, frisou o responsável.

BPI dá o pontapé de arranque na earnings season nacional

Para Albino Oliveira há mais setores que deverão despertar a curiosidade dos investidores. “Tivemos já a divulgação das vendas preliminares do quarto trimestre de 2016 por parte de Sonae e Jerónimo Martins (fortes em ambos os casos). Resta agora conhecer a informação relativamente às margens, principalmente no que se refere à Sonae, tendo em conta os sinais positivos observados no terceiro trimestre e a manutenção do ambiente competitivo no setor do retalho em Portugal”.

Em relação à dona da cadeia de hipermercados Continente, os especialistas apontam para lucros de 173,4 milhões de euros, ainda assim menos 1% face a 2015. A Jerónimo Martins, que detém a marca Pingo Doce e que se apresenta como uma das favoritas dos analistas, beneficiou da venda da Monterroio à Fundação Francisco Manuel dos Santos para acumular um lucro de 500 milhões de euros só nos nove primeiros meses do ano. O consenso do mercado aponta para um lucro total de 439,7 milhões de euros em 2016 — não devendo contabilizar o negócio com a Monterroio por 310 milhões de euros.

"A banca será provavelmente um dos pontos de atenção neste período de reporte de resultados, nomeadamente o BCP, após a operação de aumento de capital anunciada e que está a decorrer neste momento. Os temas deverão permanecer os mesmos dos trimestres anteriores: (a) evolução da margem financeira, (2) carteira de crédito e (3) provisões constituídas.”

Albino Oliveira

Patris Investimentos

Habituada a ser o rei da temporada, a EDP terá melhorado o seu resultado líquido em 2% face a 2015. A elétrica liderada por António Mexia apresenta contas a 2 de março e deverá revelar um lucro de 932 milhões de euros, representando um terço dos lucros do PSI-20 no ano passado.

Marisa Cabrita, gestora de ativos da Orey Financial, salienta a “estabilização no segundo semestre do ambiente de negócios” que beneficiou “setores com maior volatilidade, como o energético e o bancário”. Por exemplo, a REN, que perdia mais de 20% dos lucros nos nove primeiros meses do ano, atenuou essa queda e terá encerrado o ano com uma redução de 14% para pouco mais de 100 milhões de euros. A EDP Renováveis, cujo lucro tombava mais de 70% entre janeiro e setembro, fechará o ano com menos 30% dos lucros que registou em 2015, de acordo com os analistas.

Albino Oliveira destaca ainda a Nos, os CTT e a Mota-Engil. Por razões diferentes.

“Os resultados da Nos, o segundo título no PSI-20 com pior performance nos últimos três meses (com pior performance apenas o BCP), no sentido de determinar até que ponto poderão revelar-se decisivos para poderem conduzir a uma inversão dessa tendência negativa. No que se refere aos resultados dos CTT, os números do quarto trimestre poderão ser importantes para o sentimento dos investidores relativamente à evolução operacional do negócio ao longo dos próximos meses”, explicou.

Quanto à construtora, “tendo em conta a decisão da empresa de divulgar números apenas numa base semestral, os números de 2016 assumirão provavelmente maior importância”.

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Dijsselbloem: FMI vai continuar no bailout grego

  • Marta Santos Silva
  • 26 Janeiro 2017

À medida que são retomadas as negociações para a continuação do terceiro resgate da Grécia, o presidente do Eurogrupo aproveitou para dissipar rumores de que o FMI fosse abandonar a troika.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) quer continuar a participar no terceiro resgate grego, afirmou esta quinta-feira o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, quando entrava na reunião com os restantes ministros das Finanças da Zona Euro. “Christine Lagarde assegurou-me que o FMI tem ainda intenções fortes de pertencer ao programa e de trabalhar com as outras instituições em Atenas”, esclareceu.

As declarações de Dijsselbloem surgem em reação a relatos nos media de que as autoridades europeias se estariam a preparar para continuar o resgate sem o apoio do FMI, por dificuldades em chegar a um consenso com a instituição liderada por Christine Lagarde.

O presidente do Eurogrupo e ministro das Finanças holandês procurou dissipar essas preocupações ao dizer que o FMI continua comprometido em participar no terceiro bailout à economia grega, mantendo a sua posição de que a Grécia tem de se comprometer com reformas credíveis. Jeroen Dijsselbloem encontrou-se com o ministro das Finanças grego, Euclid Tsakalotos, esta manhã de quinta-feira, embora não tenha comentado acerca do conteúdo da reunião.

Um pouco antes, o vice-presidente da Comissão Europeia Valdis Dombrovskis dizia aos jornalistas que as autoridades europeias estão a trabalhar para manter o apoio do FMI. “Estamos a trabalhar esperando que o FMI permaneça envolvido no programa”, explicou. “Também estamos a tentar averiguar que medidas seriam necessárias para assegurar a total participação do FMI”.

Não se espera que esta reunião do Eurogrupo resulte já na aprovação de reformas específicas para dar continuidade ao programa de resgate da Grécia, mas os membros do Eurogrupo vão aproveitar para avaliar o ponto de situação da economia grega e da “implementação das medidas de alívio da dívida a curto prazo apoiadas na última reunião do Eurogrupo”, lê-se na agenda da reunião.

Também Portugal está na agenda para este encontro dos ministros das Finanças da Zona Euro em Bruxelas. No comunicado conjunto emitido após a quinta missão de monitorização, realizada entre 29 de novembro e 7 de dezembro do ano passado, a Comissão Europeia e o BCE reclamaram a Portugal, uma “estratégia de consolidação clara para o curto e médio prazo”, defendendo que “há margem para aumentar a eficiência da despesa pública em Portugal”.

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Habitação: Banco CTT dá spread de 1,75%

Numa altura em que a maioria dos bancos está a dar crédito para compra de casa com spreads de 1,5%, Francisco Lacerda apresenta uma margem única de 1,75%. Mas é a TAER que importa, diz o banco.

O Banco CTT vai estrear-se na concessão de crédito à habitação com uma taxa ligeiramente acima do que está a ser praticado pelos restantes bancos a operar no mercado nacional. O banco detido pelos CTT está a oferecer um spread de 1,75%, nos empréstimos para a compra de casa. Para o ter é preciso subscrever poucos produtos.

Entre um conjunto de dez bancos a operar em Portugal, todos oferecem spreads valores inferiores a 2%. Uma realidade bastante distinta face a margens mínimas que chegaram a rondar os 4% durante o pico da crise. BCP e Santander Totta têm taxas mínimas que até agora só eram superadas pelo Bankinter, que dá 1,25%.

Oferta de spreads dos bancos

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Fonte: Bancos

“Estamos muito convencidos que havia espaço no mercado de crédito à habitação para um banco como os CTT, que se relaciona de uma forma diferente com os clientes”, disse Luís Pereira Coutinho, CEO do Banco CTT.

Os CTT entram neste mercado com uma taxa que fica ligeiramente acima da média, mas a diferença está nas exigências para conseguir obter esta margem única. Para estes 1,75%, o banco pede apenas a subscrição de uma conta ordenado, além de seguros de vida e da própria habitação. Ou seja, produtos comuns. Os seguros são disponibilizados pela Mapfre, com quem os CTT têm uma parceria há muitos anos. O banco dispõe-se a financiar até 80% da avaliação do imóvel, para um prazo máximo de 40 anos.

Desta forma, apesar do spread, o banco pretende apresentar uma Taxa Anual Efetiva Revista (TAER), ou seja, a taxa que considera todos os custos do crédito — e que deve ser tida em conta pelos clientes na comparação de créditos de diferentes bancos — mais baixa do que os seus concorrentes neste mercado.

“Frequentemente dá-se muita importância ao spread. Mas será que este é verdadeiramente o custo relevante? O custo que uma família tem com o crédito da casa vai muito para além do spread. É sobre o custo global [TAER] que a nossa proposta vai incidir, afirmou João Melo Franco, membro da comissão executiva do Banco CTT. E acrescentou: “somos claramente a melhor proposta para 80% das famílias portuguesas”.

Uma posição também reforçada pelo CEO do banco. “A proposta cumpre os objetivos de transparência e simplicidade, que vão para além do spread. Temos um grande produto”, disse Luís Pereira Coutinho.

Francisco Lacerda, presidente do grupo CTT, em entrevista concedida ao ECO recentemente já tinha afirmado que o Banco CTT iria conceder crédito à habitação com “custos baixos”. Ao mesmo tempo, tinha salientado que tal como nos restantes produtos já comercializados pelo banco pretendia ter um produto simples.

(Notícia atualizada às 16h32)

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Falha humana revela investimentos de George Soros

  • Juliana Nogueira Santos
  • 26 Janeiro 2017

A informação esteve no ar durante pouco tempo, mas chegou para perceber que o empresário apostou na descida das ações da banca, nomeadamente de um banco em particular.

Algumas das posições curtas do empresário George Soros foram expostas na página oficial do regulador da bolsa de valores holandesa devido a um “erro humano”. Embora tenham estado no ar por pouco tempo, foram reveladas posições que remontavam a 2012.

Este posicionamento caracteriza-se por ser uma aposta na queda de ações. Assim, Soros apostou que determinados títulos desceriam “de 0,2 a 0,5%”. O Financial Times avançou que algumas das posições incluíam apostas contra a banca, nomeadamente contra um banco em particular, o ING Groep NV. Esta foi aberta em junho e escalou até os 0,3%.

As regras europeias mudaram após a crise financeira e todos fundos de investimento têm de reportar as suas posições curtas aos reguladores, mas só aquelas que ultrapassam os 0,5% é que se tornam públicas. O regulador holandês publicou os detalhes de todas as posições curtas desde a aprovação da nova lei, o que fez com que centenas de negócios privados se tornassem públicos — ainda que por momentos. Este foi o caso de Soros.

Contactados pela Bloomberg, os representantes do empresário não teceram qualquer comentário a esta notícia.

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