Na galáxia Michelin, Portugal já tem 28 estrelas

Dois restaurantes portugueses trouxeram para casa mais duas estrelas Michelin. Portugal conta, agora, com 18 restaurantes com uma estrela e cinco com duas estrelas.

Portugal continua a dar cartas em todas as categorias. Desta vez foi na gastronomia, depois de trazer para casa mais dois restaurantes com as suas primeiras estrelas Michelin. Os critérios são exigentes, mas o país tem estado à altura, depois das nove estrelas angariadas o ano passado, os portugueses podem agora visitar 23 restaurantes em território nacional com, pelo menos, uma estrela Michelin.

Foram dois os restaurantes nacionais que angariaram as suas primeiras estrelas Michelin na edição de 2018 do Guia Espanha e Portugal, que pretendia destacar o crescente gosto pela alta gastronomia. A cerimónia decorreu em Tenerife, nas Canárias, e contou com cerca de 500 convidados, entre chef’s de cozinha, empresários e imprensa espanhola e portuguesa.

O restaurante Vista, em Portimão, do chef João Oliveira, alcançou a sua primeira estrela, assim como o Gusto, em Almancil, do alemão Heinz Beck e do italiano Daniele Pirillo. “As honras do ansiado galardão no país lusitano vão para os restaurantes Gusto, que deslumbra com pratos com vincado cariz mediterrânico internacional, e Vista, onde se assina uma equilibra proposta de linha moderna, sempre cimentada à volta dos produtos da zona e do mar”, dizia a Michelin, na divulgação das novidades para o próximo ano.

Portugal fica, assim, a contar com 23 restaurantes dignos de estrelas Michelin — 18 com uma estrela e cinco com duas estrelas. O ECO preparou uma fotogaleria para conhecer os nossos ‘Ronaldos’ da gastronomia.

Restaurantes portugueses premiados com Estrela Michelin

 

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Reciclagem tem 20 anos. Hoje reciclamos 12 elefantes por hora

Nos vinte anos da Sociedade Ponto Verde, recuamos no tempo até aos primeiros contentores de reciclagem. Já foram recicladas 7,5 milhões de toneladas de embalagens. 71% das pessoas já recicla.

O Gervásio demorou exatamente uma hora e doze minutos a aprender a separar as embalagens usadas. E você, de quanto tempo mais é que precisa?”. Esta frase soa-lhe familiar? É provável. Faz parte da campanha “Separar é Fácil”, da Sociedade Ponto Verde, de 2000, onde um chimpanzé, chamado Gervásio, mostrava ser capaz aprender a reciclar e tentava servir de exemplo, numa altura em que a palavra “reciclagem” chegava pela primeira vez às casas dos portugueses.

A Sociedade Ponto Verde (SPV) comemora vinte anos: em duas décadas foram reciclados 7,5 milhões de toneladas de resíduos.

Campanha “Separar é fácil” da Sociedade Ponto Verde, em 2000.

Dezassete anos depois da campanha, parece que a mensagem foi bem recebida, pelo menos pelos 71% que fazem diariamente a separação das suas embalagens. Nestas duas décadas de existência da Sociedade Ponto Verde, o país conseguiu reciclar 7,5 milhões de toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de três pontes Vasco da Gama.

Ricardo Barata recorda “perfeitamente” a campanha do chimpanzé Gervásio. Nessa altura, com sete anos, não tardou muito até perceber o conceito da palavra “reciclar”, ao mesmo tempo que surgiam os primeiros ecopontos, “aqueles grandes que são colocados em cima do passeio“, conta num vídeo institucional da SPV. Para o estudante de Direito, a reciclagem desempenha um papel fundamental na vida do ser humano, mas o ser humano também desempenha um papel fundamental na reciclagem. “Não há razões para não o fazer, ou se põe num saco ou se põe noutro. A questão é pôr no certo“.

De uma geração mais antiga, Isabel Silva recorda a primeira vez que ouviu falar de reciclagem, na altura em que a palavra “nasceu”. “Há uns anos nem se falava nisso [reciclagem]. Ia tudo para o lixo“, relembra. Nesse tempo só se reciclavam garrafas e a recolha era feita semanalmente. “À quinta-feira tínhamos de pôr um saquinho fora do contentor e durante algum tempo era só o meu saquinho que lá estava” nesse dia, conta.

Há uns anos nem se falava nisso [reciclagem]. Ia tudo para o lixo.

Isabel Silva

“Nos anos 90 não havia qualquer cuidado de tratamento”

A Sociedade Ponto Verde foi criada em 1996 e foi a “primeira entidade gestora a ser criada no país, e a sexta na Europa, para a gestão de um fluxo específico de resíduos, neste caso, o das embalagens”, diz Luís Veiga Martins, diretor geral da SPV. Antes disso, a maioria das autarquias limitava-se a recolher o lixo urbano para depois o colocar em “vazadouros/lixeiras, muitas vezes a céu aberto“. E Luís confirma as lembranças de Inês: “Os primeiros passos na recolha seletiva foram dados com a instalação de vidrões para a separação das embalagens de vidro”.

Hoje, as coisas são bastante diferentes. Não há saquinhos caseiros mas há ecopontos, mais precisamente 43 mil contentores espalhados pelo país. E até esses sofreram uma evolução. Passaram de “grandes e colocados em cima do passeio” para as chamadas “ilhas ecológicas“, que funcionam como contentores subterrâneos. No ano passado, a Câmara de Lisboa avançou com um investimento de 3,8 milhões de euros em mais de 500 contentores subterrâneos para resíduos urbanos. Para além do melhor aspeto estético, tornam-se mais higiénicos pois não libertam odores e têm uma capacidade superior aos contentores tradicionais.

Ilha Ecológica em CascaisCâmara Municipal de Cascais

Nos anos 90 não havia qualquer cuidado de tratamento, quer do ponto de vista do lixo doméstico, quer dos industriais”. Quem o diz é António Simões, da Sovena, a primeira empresa a assinar um contrato com a Sociedade Ponto Verde para redução e separação de lixo com a Sociedade Ponto Verde. O CEO da empresa de azeites e óleo industrial relembra o esforço que foi feito na altura para repensar o tipo de embalagens que havia, de forma a ser possível o processo de reciclagem. “Conseguimos reduzir de nove mil para seis mil toneladas a quantidade de embalagens que colocamos através da Sociedade Ponto Verde“, diz.

Conseguimos reduzir de nove mil para seis mil toneladas a quantidade de embalagens que colocamos através da Sociedade Ponto Verde.

António Guerreiro

Sovena

Educar as pessoas para a reciclagem foi um processo custoso mas com uma elevada taxa de sucesso: sete em cada dez lares já fazem a separação dos seus resíduos. E se, há uns anos, nem sequer se pensava numa alternativa às 311 lixeiras que existiam no país, nos anos 90 as coisas viriam a mudar. “Uma das primeiras grandes dificuldades foi a consciencialização pública para a problemática dos resíduos“, explica José Guerreira, ex-secretário de Estado do Ambiente.

“Nessa altura ainda estávamos muito na lógica de ‘o que fazer com os resíduos’ e não na lógica atual, que é de economia circular e valorização dos resíduos”, diz Augusto Mateus, ex-ministro da Economia num dos vídeos institucionais da SPV. “Estamos antes do ponto crítico de uma maratona, mas já com um percurso feito e a precisar de fazer muito mais”, acrescenta. Paulo Alexandre Ferreira, Secretário de Estado e Adjunto do Comércio, afirma que “em Portugal há um caminho que já foi percorrido na questão da separação dos resíduos, mas 30% das pessoas ainda não o faz” e defende ser fundamental haver essa melhoria e essa consciencialização.

Durante os últimos vinte anos, a Sociedade Ponto Verde investiu 50 milhões de euros em campanhas de sensibilização para a reciclagem, numa altura em que tudo era novo para os portugueses. Com isto, é possível desviar de aterro o equivalente ao peso de 12 elefantes por hora. Há, de facto, um valor associado a este processo de separação do lixo: foram criadas sete mil empresas, cerca de 16 mil postos de trabalho e uma faturação anual de 1,5 milhões de euros, de acordo com as últimas estatísticas do INE referentes a 2016. Para o PIB são encaminhados anualmente 71 milhões de euros.

Campanha “Numa Hora”; Sociedade Ponto Verde, 2013.

Apesar de todo este caminho percorrido até aqui, restam ainda alguns desafios pela frente. Para os próximos anos, o diretor da SPV revela ao ECO que pretendem “trabalhar para o aumento da quantidade de resíduos de embalagens separados e para a redução dos erros de separação“, para que seja possível “maximizar a valorização de resíduos de embalagem através da reciclagem ao menor custo“.

Este verão, a Sociedade Ponto Verde lançou a campanha “Reciclagem, Sempre!”, para apelar aos portugueses que separem as embalagens usadas, independentemente do sítio onde estejam: seja na praia, no café ou num festival.

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“Não se pode mudar tudo de cada vez que muda o Governo”

António Costa, no dia em que o Governo faz dois anos, respondeu a questões colocadas por 50 cidadãos. E, apesar da polémica, promete que vai repetir em 2019.

Faz hoje precisamente dois anos — 26 de novembro — que o atual Governo entrou em funções. Para celebrar a data, o executivo de António Costa leva a cabo um conjunto de iniciativas entre as quais se destaca um conselho de ministros extraordinário na cidade de Aveiro, seguido de uma sessão pública em que os membros do Governo responderão a questões colocadas por 50 cidadãos.

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Cristas acusa Governo de pedir consensos mas dinamitar pontes de diálogo

  • Lusa
  • 26 Novembro 2017

A presidente do CDS-PP questionou apelos a consensos quando o executivo dinamita "pontes de diálogo" e revela sectarismo na recusa das propostas centristas.

A presidente do CDS-PP defendeu hoje que António Costa “governa para a imagem”, fazendo lembrar “o tempo das crianças figurantes”, e questionou apelos a consensos quando o executivo dinamita “pontes de diálogo” e revela sectarismo na recusa das propostas centristas.

“Venham-me cá falar de consensos”, afirmou Assunção Cristas, argumentando que o executivo “é o primeiro a quebrar consensos alcançados – como no IRC -, é o primeiro a dinamitar quaisquer pontes de diálogo quando falta à verdade, quando revela sectarismo” na recusa de propostas de alteração ao Orçamento do Estado.

Na intervenção de encerramento da ‘escola de quadros’ da Juventude Popular, em Peniche (distrito de Leiria), a líder centrista procurou colar o Governo de António Costa ao de José Sócrates, sem nunca nomear o antigo primeiro-ministro socialista, em dois traços: o “governar para a imagem” e a má reação à crítica.

É o Governo que governa para a imagem, para a fotografia, para a propaganda, custe o que custar“, acusou, argumentando que o executivo que cumpre dois anos de legislatura “paga com dinheiro dos contribuintes, parece que agora sob a forma de vales de compras, avaliações sobre a sua performance e perguntas ao Governo, fazendo lembrar os tempos das crianças contratadas como figurantes”.

Assunção Cristas referia-se a um inquérito quantitativo de avaliação ao segundo ano do Governo, organizado pela Universidade de Aveiro, sob coordenação do professor Carlos Jalali, para o qual os participantes terão sido pagos, conforme revelou o semanário Sol. O jornal Observador noticiou que o pagamento foi feito em vales de compras.

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Polémica marca celebrações de dois anos de Governo

A ida do Governo a Aveiro para comemorar os dois anos de atividade está envolta em polémica. Alegadamente, os cidadãos escolhidos para questionarem os membros do executivo terão sido pagos.

Faz hoje precisamente dois anos — 26 de novembro — que o atual Governo entrou em funções. Para celebrar a data, o executivo de António Costa leva a cabo um conjunto de iniciativas entre as quais se destaca um conselho de ministros extraordinário na cidade de Aveiro, seguido de uma sessão pública em que os membros do Governo responderão a questões colocadas por 50 cidadãos.

Mas este encontro, que surge no âmbito de um estudo encomendado à Universidade de Aveiro, está envolto em muita polémica. Segundo avançou o Sol [acesso condicionado] na edição deste sábado, os cidadãos escolhidos para questionarem o Governo terão sido contratados e pagos. O jornal avançou mesmo que cada participante irá receber 200 euros, a que se juntam ainda despesas de transporte e de alimentação.

Segundo consta no portal do Governo, as perguntas serão elaboradas pelos cidadãos que “participam no inquérito quantitativo realizado pelo Govcopp, da Universidade de Aveiro, sob coordenação do professor Carlos Jalali, a propósito da avaliação do segundo ano do Governo”. E adianta que a iniciativa pretende “reforçar os mecanismos de participação cívica e aumentar o escrutínio das instituições públicas pelos cidadãos: ‘A avaliação anual do cumprimento das promessas presentes no programa de governo, com a participação de um grupo de cidadãos escolhidos aleatoriamente'”

O Governo relembra que a iniciativa já teve lugar o ano passado e que pretende dar resposta a um dos pontos do programa: melhorar a qualidade da democracia e reforçar os mecanismos de participação cívica.

Aliás, já no sábado à noite, o ministro do Planeamento e Infra-Estruturas tinha afirmado que as perguntas e os participantes na sessão deste domingo eram da responsabilidade da Universidade de Aveiro, tendo rejeitado que existissem pessoas contratadas.

A Aximage Comunicação e Imagem participa também na iniciativa através da definição técnica para constituição da amostra e terá sido da sua responsabilidade o recrutamento dos participantes.

As reações políticas não se fizeram esperar e a direita pede mesmo o cancelamento da iniciativa. O PSD fala em “encenação” e Assunção Cristas, líder do CDS, afirma que “se o governo tivesse um pingo de vergonha cancelaria a sessão”.

Já o PCP num curto comunicado, citado pela Lusa, considerou que a realização de estudos de avaliação da ação do Governo deve ter “como preocupação e prioridade” a resposta aos problemas da população e do país, sendo “criticável a sua transformação em atos de promoção pública”.

O balanço feito pelo…Governo

António Costa e os seus pares elaboraram um documento onde fazem o balanço em casa própria. O documento diz que no final do segundo ano da legislatura já tiveram início cerca de 80% das 1100 medidas inscritas no Programa de Governo. Destas, avança o documento, encontram-se em fase preparatória cerca de 26% do total de medidas inscritas, atingindo o valor de 54% o conjunto de medidas em fase de execução.

Das medidas em execução, o Governo relembra que algumas configuram compromissos plurianuais e que “podem por essa razão ter como horizonte, em termos de cumprimento integral, a legislatura”. Entre estas o executivo destaca o aumento do salário ou a expansão da educação pré-escolar.

Sobre os capítulos do programa de Governo, os domínios com execução superiores a 60% são, segundo se pode ler no documento, os capítulos “Virar a página da austeridade, relançar a economia e o emprego”, “um novo impulso para a convergência com a Europa”, “Prioridades às pessoas” e “Mais coesão, menos desigualdades”.

 

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Fotogaleria: Os mais encantadores mercados de Natal do mundo

  • ECO
  • 26 Novembro 2017

Dezembro ainda não chegou, mas já está na altura de planear as férias de Natal. Conheça os mercados de Natal que trazem magia à quadra natalícia por todo o mundo.

O último mês do ano está a chegar — e, com ele, todas as surpresas da época natalícia. As famílias portuguesas pretendem gastar menos com as prendas neste Natal e Lisboa foi nomeada o melhor sítio para as comprar. Mas os mercados de Natal fazem parte da tradição um pouco por todo o mundo. O site de viagens Momondo juntou os oito “mais encantadores”.

1. Mercado de Navidad – Madrid, Espanha

La Plaza Mayor, a praça principal de Madrid, recebe este mercado desde 1860. Tem 140 bancas onde se vendem “presentes misteriosos”. São presentes que os espanhóis distribuem no dia 28 de dezembro, o irónico “Dia dos Inocentes” — um dia equivalente ao Dia das Mentiras. Uma das grandes atrações é o presépio.

2. Christkindelsmärik – Estrasburgo, França

Christkindelsmärik ou Marché de l’Enfant Jésus — independentemente do nome utilizado, é um dos mercados mais antigos da Europa, pois já existe desde 1570. Pela cidade espalham-se trezentos chalés de madeira, distribuídos por onze aldeias temáticas. O mercado fica na Place de la Cathédral. Nele encontra-se sobretudo artesanato, decorações e especialidades sazonais. Se não bastar encher os sacos, os visitantes também podem encher a barriga. O vinho quente e os biscoitos bredele, de avelã, laranja, canela ou praliné, são duas das especialidades.

3. Dresdner Striezelmarkt – Dresden, Alemanha

Há 600 anos que os artesãos alemães se reúnem em Dresden. As cerca de 250 bancas formam o mercado mais antigo da Alemanha, que também conta com o maior arco de Natal do mundo. As crianças podem ainda divertir-se no parque de aventuras, com um teatro de marionetas, um carrossel e um caminho-de-ferro infantil. Os mais gulosos podem provar a iguaria que dá nome ao mercado, o Strüzel, um bolo com frutos. Também o pão de gengibre recheado de doce e coberto de chocolate faz as delícias dos visitantes.

4. Jardins Tivoli – Copenhaga, Dinamarca

Em Copenhaga, o mercado de Natal decorre no segundo mais antigo parque de diversões do mundo, os Jardins Tivoli. As árvores de Natal são às centenas e as luzes aos milhares. O lago congelado torna-se um ringue de patinagem e quem preferir uma perspetiva diferente pode subir ao The Star Flyer, um baloiço de 80 metros de altura com vista sobre a cidade. O ar cheira a amêndoas tostadas e as mãos enchem-se de æbleskiver, umas “pequenas almofadas de maçãs” que adoçam a boca dos visitantes. Outros, podem escolher as sanduíches de porco assado com couve roxa.

5. Stortorget Julmarknad – Estocolmo, Suécia

O mercado mais antigo da Suécia tem lugar no centro da Cidade Velha de Estocolmo entre quarenta bancas vermelhas. Cada uma delas é casa para o artesanato local ou para o glögg, um vinho quente doce com uma mistura aromática de especiarias. No mercado servem-se ainda bolachas de pimenta, pães de açafrão e carne de alce ou rena.

6. Piața Mare – Sibiu, Roménia

Este mercado de Natal festeja-se entre as três cordilheiras que rodeiam a Grande Praça, no centro histórico da cidade. Os cerca de 70 casebres são montras para a cerâmica, peles e brinquedos de madeira. Também não faltam um ringue de patinagem e um parque infantil. Aqui, o vinho quente acompanha o pão de gengibre, pão doce ou o Kürtőskalács, um bolo no espeto em forma de cone. As castanhas assadas também são presença habitual.

7. Mercado de Natal de Toronto – Toronto, Canadá

Longe da Europa, festeja-se entre ruas calcetadas e fachadas de tijolo industriais. Aqui, pode encontrar uma casa de gengibre em tamanho real. Nas bancas de madeira compram-se velas de cera de abelhas, brinquedos de madeira e até meias de bacon. No destino das destilarias bebe-se vinho, cerveja e bebidas brancas. A comida é bastante internacional, e vai das bratwursts alemãs aos waffles belgas, mas a gastronomia canadiana também é representada: o poutine, um prato canadiano que mistura batatas fritas com molho e coalhos de queijo branco.

8. A Praça Vermelha – Moscovo, Rússia

A feira de Natal da Praça Vermelha de Moscovo impressiona sobretudo pelo cenário, com a Catedral de São Basílio e as muralhas do Kremlin iluminadas. As vinte bancas vendem decorações de Natal e lembranças locais, como bonecas russas artesanais e outros brinquedos pintados à mão. Não dispensa um ringue de patinagem, um dos maiores de Moscovo. As bancas de comida exibem pratos tradicionais russos, como batatas assadas com cogumelos e pickles ou panquecas com caviar. O mercado prolonga-se até ao final de janeiro, uma vez que os russos o festejam no sétimo dia do ano.

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Cinco gadgets que deve espreitar nesta Cyber Monday

  • ECO
  • 26 Novembro 2017

O ECO foi à procura de bons negócios tecnológicos nesta segunda-feira de Cyber Monday. Encontrámos o assistente pessoal da Google a pouco mais de 20 euros e uma PS4 a 240 euros. Espreite estes cinco.

Chegou a Cyber Monday, a segunda-feira a seguir à Black Friday. É o dia em que a esmagadora maioria das lojas na internet apresenta grandes descontos nos mais variados produtos. É como uma onda de promoções que chega e leva tudo e todos, principalmente os mais viciados na poupança.

A pensar nesta ocasião, o ECO foi à procura de alguns dos negócios mais interessantes na área da tecnologia. Existem drones, assistentes virtuais, telemóveis ou outros equipamentos a preços mais reduzidos do que o habitual e que talvez queira conhecer. Descubra-os.

Google Home Mini

Encontrámos o novo assistente pessoal da Google por 24,49 euros no eBay, um desconto de 40% face ao preço normal. É uma espécie de coluna inteligente controlada por comandos de voz. Faz pesquisas na internet, toca música, marca eventos na sua agenda, responde a questões, realiza encomendas, conta piadas, entre muitas outras coisas. Este tipo de aparelho tem sido uma das grandes tendências deste ano e há quem os veja como a nova plataforma que, em breve, todos teremos em casa. Despache-se, porque está quase a esgotar.

Preço: 24,49 euros no eBay.

DJI Osmo Mobile

Costuma gravar vídeo com o telemóvel e não suporta imagens tremidas? Poderá transformar o seu smartphone numa autêntica câmara profissional com o DJI Osmo Mobile. Trata-se de um suporte com giroscópio, ou seja, é capaz de detetar o movimento e estabilizar instantaneamente a imagem. Pode mesmo correr com o suporte na mão: o vídeo final vai parecer um plano de filme de Hollywood. Esta segunda-feira, tem desconto de 30%.

Preço: 224,09 euros na AliExpress.

PlayStation 4 de 500 GB + Uncharted

Quer uma PS4 com desconto? Na Rádio Popular está a 239,99 euros e vem com o jogo Uncharted Lost Legacy. Trata-se da PlayStation 4 Slim de 500 GB de armazenamento e é uma consola que dispensa apresentações.

Preço: 239,99 euros na Rádio Popular.

DJI Phantom 4 Pro/Plus

Com quase 30% de desconto, encontrámos o DJI Phantom 4 à venda na AliExpress. É um dos drones comerciais mais vendidos no mercado e é capaz de filmar em qualidade Ultra HD 4K. O aparelho é usado, sobretudo, para captura de imagem aérea, mas tenha em atenção que existem leis para quem opera este tipo de equipamento em Portugal (conheça-as aqui).

Preço: 1.137,18 euros (Pro) ou 1.516,64 euros (Plus) na AliExpress.

Huawei P9 Lite

A par do P8, o P9 Lite da Huawei foi dos telemóveis de maior sucesso da marca chinesa no segmento de consumo mais generalista. Se procura um novo telemóvel, experimente este que está na GearBest com 21% de desconto face ao preço normal.

Preço: 145,28 euros na GearBest.

O ECO não se responsabiliza por extravios, falta de stock ou qualquer outro problema que possa ocorrer com a encomenda de um destes aparelhos. Antes de comprar, informe-se detalhadamente acerca das características destes equipamentos, a disponibilidade de stock e outros pormenores relevantes. No guia que preparámos para a Black Friday encontrará algumas dicas que, adaptadas ao mundo online, podem ser-lhe úteis.

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Governo prevê contratar 1.000 sapadores florestais até 2019

  • Lusa
  • 26 Novembro 2017

O Governo pretende contratar 1.000 sapadores florestais até 2019, que se vão juntar aos cerca de 1.500 profissionais hoje existentes. Capoulas Santos diz que medida tem anos de atraso.

O Governo pretende contratar 1.000 sapadores florestais até 2019, que se vão juntar aos cerca de 1.500 profissionais hoje existentes, afirmou o ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, indicando que a medida tem vários anos de atraso.

“Nos quatro anos anteriores a este Governo não foi criada nenhuma nova equipa de sapadores florestais, portanto estamos agora a recuperar praticamente uma década de estagnação nesta força, [para a qual se previa] que até 2003/2004 já tivesse efetivos que só em 2019 vai ter”, afirmou Luís Capoulas Santos, em entrevista à agência Lusa.

Neste sentido, o Governo prevê “juntar aos cerca de 1.500 sapadores florestais que já existem mais 500 no ano de 2018 e outros 500 no ano de 2019”, para que até ao final do mandato esta força destinada à prevenção dos incêndios disponha de um total de 2.500 profissionais.

O investimento em sapadores florestais vai ser realizado no âmbito do trabalho da Estrutura de Missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais, presidida por Tiago Martins de Oliveira.

Questionado sobre o trabalho já desenvolvido pela Estrutura de Missão, que funciona na dependência do primeiro-ministro, o ministro da Agricultura disse que haverá “um conjunto de decisões, em cascata, nos próximos meses” no âmbito da prevenção e combate a incêndios.

“Estamos a pretender fazer aquilo que é muito difícil, que é fazer depressa e bem, portanto temos de fazer com a velocidade possível, mas uma velocidade que seja compatível com soluções, que sejam soluções refletidas e soluções que possam ter efeitos positivos”, adiantou o governante, explicando que as medidas vão ter “várias consequências práticas” no âmbito do Ministério da Administração Interna e do Ministério da Agricultura.

Criada após os grandes incêndios de junho e de outubro, a Estrutura de Missão para a instalação do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais tem um mandato até dezembro de 2018.

“O que aconteceu neste ano de 2017 é algo que a História, os meios académicos, não deixaram de estudar exaustivamente, mas é algo que acho que não tinha ocorrido antes, portanto acho que houve um somatório de circunstâncias que tiveram a ver com situações específicas de clima, de período de seca prolongada, de conjugação de fatores – ventos, temperaturas, humidades – que se reuniram num momento e que provocaram esta catástrofe”, advogou Capoulas Santos.

Na perspetiva do tutelar da pasta da Agricultura, a lição a tirar do que aconteceu é: “se isso aconteceu, isso pode ser repetível”.

“Se estávamos não preparados ou não suficientemente alertados para que esse conjunto de fatores se reunisse nas mesmas circunstâncias, agora pelo menos estamos despertos para isso e sabemos que temos de ter um dispositivo que responda a esse caráter de excecionalidade”, reforçou o ministro.

Para “dar o exemplo” de como é possível gerir bem e de forma rentável a floresta, o Governo decidiu criar uma empresa pública para a gestão da floresta, que funcionará como entidade para arrendar ou comprar terras.

Ainda não está definido quando é que esta empresa pública começa a funcionar, mas o ministro da Agricultura assegurou que será “tão rapidamente quanto possível”, tendo as mesmas competências que uma entidade de gestão florestal (EGF).

Neste âmbito, o Governo pretende, “de alguma forma, antecipar-se à própria iniciativa privada” para demonstrar “como podem e devem ser constituídas as EGF”.

As EGF podem ser constituídas por cooperativas, empresas públicas, empresas municipais ou associações de agricultores, que estejam disponíveis para gerir uma determinada área mínima, em que pelo menos 50% dessa área é composta por prédios rústicos do minifúndio com uma área inferior a cinco hectares, beneficiando assim de incentivos fiscais.

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Pedro Nuno Santos: “Em matérias estruturantes vamos procurar o PSD e o CDS”

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz que os acordos à esquerda não impedem o PS de ouvir a direita.

Pedro Nuno Santos, secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares diz que os acordos à esquerda não impedem o PS de ouvir a direita. Nesse sentido defende que “em matérias estruturantes, vamos procurar o PSD e o CDS”.

“Não temos nas nossas posições conjuntas nenhuma norma que diga: ‘o PS está proibido de falar com o PSD e o CDS’. Não está e tem essa vontade em matérias estruturantes”, diz o secretário de Estado em entrevista publicada, este domingo, no jornal Público.

Para Pedro Nuno Santos a questão é simples. “O PS está no poder porque tem um acordo com outros três partidos e, portanto, não é a mesma coisa e nunca será. Há uma maioria que sustenta este Governo e que é composta pelo PS, pelo PCP, pelo BE e pelo PEV e são estes quatro partidos que, sustentando a maioria, têm de se entender sobre quase todos os assuntos, o que não quer dizer que algumas matérias que exijam um consenso mais alargado não sejam trabalhadas com o PSD e até com o CDS”.

Para Pedro Nuno Santos há “algumas reformas que foram identificadas pelo primeiro-ministro que, pela importância e pelo impacto estrutural que têm, justificam serem também trabalhadas com o maior partido da oposição em particular”.

Uma dessas medidas é a descentralização, — uma vez que o PSD é a segunda força autárquica do país — e as obras públicas.

“Se quisermos implementar um plano de obras públicas que pela sua natureza tem de ser implementado ao longo do tempo e por mais que nós achemos que merecemos governar, sabemos que não vamos governar para sempre e que precisamos que haja algum consenso para não haver avanços e recuos. É uma matéria em que o PSD deve ser achado”, afirma.

Mas isso, adianta Pedro Nuno Santos, não quer dizer que a geringonça fica posta em causa: “As coisas são compatibilizáveis“, adianta.

Aliás, sobre os acordos à esquerda, o governante é taxativo: “se estivéssemos só a cumprir os acordos, já tínhamos feito tudo e já tínhamos ido para casa”. Pedro Nuno Santos diz que “o Governo tem a capacidade de se renovar. Todos temos essa consciência, e vejo isso nas declarações do primeiro-ministro que tem vincado bem a necessidade de darmos um salto em frente nos próximos anos noutras áreas, e tenho visto isso também nos nossos parceiros”.

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Exonerações em Angola são só dança das cadeiras sem reformas

  • Lusa
  • 26 Novembro 2017

A consultora BMI Research, do Grupo Fitch, diz que a onda de exonerações em Angola significa apenas uma dança das cadeiras e não sinaliza a implementação das reformas para o crescimento.

“As perspetivas de crescimento continuam magras para além de 2018, já que vemos poucos sinais de que o novo Governo de Angola vá implementar o tipo de reformas necessárias para atrair investimento para a economia”, escrevem os analistas desta consultora do Grupo Fitch.

Na nota enviada aos investidores, e a que a Lusa teve acesso, os analistas escrevem que apesar de João Lourenço ter feito mudanças surpreendentes de pessoas em instituições estratégicas, nomeadamente o despedimento de Isabel dos Santos, não acreditamos que elas significam o início de um fôlego reformista“.

Pelo contrário, continuam, “acreditamos que ao instalar os seus ministros como líderes da companhia petrolífera nacional e do banco central, Lourenço está simplesmente a tentar estabelecer a sua rede de apoio e sair da sombra da família de dos Santos“.

Na opinião dos consultores da BMI, apesar dos discursos a favor da eliminação dos monopólios em áreas estratégicas como as telecomunicações e a construção, “é improvável que o novo Presidente consiga desafiar as redes de conluio que permitiram a sua chegada ao poder”.

A BMI antevê uma pequena subida da produção de petróleo, que “impulsionará o crescimento em 2018 para 3,2%, mas uma perspetiva de evolução relativamente sombria para o setor dos hidrocarbonetos vai fazer com que o crescimento económico de Angola se mantenha estruturalmente fraco, caindo para 2,4% em 2019″, conclui a BMI.

Desde que tomou posse, a 26 de setembro, na sequência das eleições gerais de 23 de agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos setores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.

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Arménio Carlos: “Ou o Governo negoceia com os sindicatos ou vai encontrar mais problemas”

  • ECO
  • 26 Novembro 2017

O líder da CGTP diz que "ou o Governo negoceia com os sindicatos ou vai encontrar mais problemas", e deixa uma aviso: a CGTP não abdica do valor dos 600 euros para o salário mínimo.

Arménio Carlos, secretário-geral da da CGTP deixa, este domingo, mais um aviso ao governo de António Costa. Arménio Carlos, em entrevista ao Diário Notícias , adianta que “ou o governo negoceia com os sindicatos, ou vai encontrar mais problemas”.

O líder da CGTP diz mesmo que “se porventura o poder político não ouvir os sindicatos da CGTP, serão os trabalhadores e o povo a fazerem-se ouvir“. E deixa um alerta: “Há uma coisa de que nós não abdicamos que é a de sermos coerentes com aqueles que representamos e, independentemente de quem esteja no Governo ou de quem tenha maioria na Assembleia da República, em primeiro lugar, sempre em primeiro lugar, estão os trabalhadores e as suas famílias”.

Arménio Carlos refere que este governo até ouve mas depois “não há consequência do ponto de vista das respostas”. Mas para a CGTP não basta estar a dialogar, é preciso que haja resultados. A precariedade de muitos trabalhadores portugueses continua a ser a preocupação do líder sindicalista.

Nesse sentido, o secretário-geral da CGTP adianta diz que “o que se verificou nos últimos tempos — provavelmente até porque a coisa estava a correr bem ao Governo com a situação económica, o desemprego a baixar, as sondagens também não estavam más –, foi um certo endeusamento, começaram-se a reinstalar algumas rotinas que vinham da experiência do passado. As tais rotinas administrativas, burocráticas do ‘sim, está bem’, mas continua tudo na mesma e, para nós, não pode ser assim.”

Questionado sobre se a CGTP vai voltar a estar fora de um acordo de concertação social caso o salário mínimo não chegue aos 600 euros, Arménio Carlos apenas refere: “está nas mãos do governo”.

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Bruxelas avisa que Novo Banco ainda pode pesar na dívida

  • Margarida Peixoto
  • 26 Novembro 2017

A Comissão Europeia diz que o Governo está a fazer o suficiente para cumprir a regra da dívida este ano. Mas é só porque está a usar uma margem de flexibilidade e a empurrar o esforço para o futuro.

O Novo Banco ainda pode vir a pesar na dívida pública. O risco é limitado, mas pode prejudicar o caminho de redução do rácio da dívida traçado pelo Governo português — sobretudo tendo em conta que a Comissão Europeia considera que o Executivo socialista está a empurrar o esforço de ajustamento para o futuro. O aviso consta do documento de trabalho preparado pelos peritos da Comissão Europeia no âmbito da avaliação do Projeto de Plano Orçamental, publicado esta quarta-feira.

“O mecanismo de capital contingente incluído no acordo de venda do Novo Banco pode resultar num risco limitado para o perfil de redução da dívida”, lê-se no documento dos peritos de Bruxelas que serviu de base à opinião emitida pelos comissários sobre a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2018.

O mecanismo de capital contingente incluído no acordo de venda do Novo Banco pode resultar num risco limitado para o perfil de redução da dívida.

Comissão Europeia

Documento de trabalho no âmbito da avaliação do Projeto de Plano Orçamental

Para chegar a acordo com a Lone Star para a venda do Novo Banco, o Governo aceitou um mecanismo de capital contingente: caso os rácios de capital do banco desçam, — pela via da desvalorização resultante da venda dos ativos do side bank, — de um determinado patamar (12,5%), o Fundo de Resolução será chamado a injetar capital. Mas para que o Fundo de Resolução tenha, ele mesmo, acesso a financiamento, o Governo aprovou um acordo-quadro onde prevê que o Estado se responsabiliza por colocar os meios necessários à disposição do Fundo.

No documento, os analistas da Comissão reconhecem que o rácio da dívida pública portuguesa deverá manter uma trajetória claramente descendente neste e no próximo ano. Depois de ter estabilizado em torno dos 130% do PIB, no período de 2013 a 2016, o peso da dívida deverá cair cerca de três pontos percentuais, para valores em torno dos 124% do PIB em 2018.

As projeções do Governo e da Comissão Europeia não são substancialmente diferentes — as de Bruxelas são ligeiramente mais negativas porque a Comissão projeta um défice orçamental superior à meta do Executivo para 2018. O próximo gráfico mostra o caminho esperado pelos comissários, e pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.

Como vai evoluir a dívida?

Fonte: Comissão Europeia

Mas a proximidade entre as projeções da Comissão e as do Governo não significa que Portugal esteja livre de preocupações. No documento, os analistas chamam a atenção para o facto de o país estar a empurrar o esforço de redução da dívida para o futuro.

Tendo em conta que Portugal deverá, de acordo com as projeções da Comissão, tirar partido da margem de manobra existente na regra [da dívida], será necessário um esforço de ajustamento maior no último ano do período de transição para garantir o cumprimento da meta.

Comissão Europeia

Documento de trabalho no âmbito da avaliação do Projeto de Plano Orçamental

Perante a “informação insuficiente” do Projeto de Plano Orçamental sobre os esforços do Executivo para cumprir as regras da dívida a que está sujeito, a Comissão segue-se pelos seus próprios cálculos. E de acordo com os números dos analistas, “Portugal não cumpre, prima facie, a regra transitória para a dívida nem em 2017, nem em 2018″. Isto porque o esforço de ajustamento estrutural projetado fica aquém do que seria necessário para cumprir. O desvio não é muito significativo (fica abaixo dos limites considerados relevantes) e por isso a Comissão aceita que o país está a fazer, por enquanto, o que é exigível.

Contudo, alerta que cumprir menos agora implica maior esforço no futuro. “Tendo em conta que Portugal deverá, de acordo com as projeções da Comissão, tirar partido da margem de manobra existente na regra [da dívida], será necessário um esforço de ajustamento maior no último ano do período de transição para garantir o cumprimento da meta”, lê-se no documento.

O último ano do período de transição é 2019. Como Portugal saiu do Procedimento por Défice Excessivo por referência às contas de 2016, durante os três anos seguintes está sujeito a um período transitório durante o qual ainda não tem de cumprir a regra de ajustamento que consta do Tratado Orçamental (uma redução de um vigésimo do valor da sua dívida que exceda o limite de 60% do PIB). Contudo, mesmo durante este período tem um esforço de ajustamento médio a que está obrigado. Este esforço de ajustamento, nota a Comissão, tornou-se “menos exigente” com a melhoria do cenário macroeconómico e o consequente crescimento mais acentuado tanto do PIB, como do PIB potencial.

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