Lisboa avança. BCP sustenta ganhos, Novabase brilha

A bolsa nacional continua a valorizar. A praça portuguesa regista uma subida ligeira, beneficiando do desempenho positivo dos títulos do BCP. O setor energético ajuda, a Novabase dispara.

A bolsa nacional soma e segue. O índice português avança pela sexta sessão consecutiva, beneficiando do desempenho positivos dos títulos do BCP numa sessão de ganhos também do setor energético. A Novabase dispara quase 15%.

O PSI-20 soma 0,22% para 5.345,32 pontos. Esta é já a sexta sessão consecutiva de ganhos do índice de referência nacional que eleva para quase 15% a subida acumulada desde o início de 2017. Na Europa, a tendência é igualmente positiva.

A puxar pela bolsa nacional está o BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado estão a subiu 0,83% para 24,15 cêntimos, isto depois de terem subido mais de 4% na sessão anterior.

As empresas do setor energético dão uma ajuda ao desempenho positivo da bolsa nacional, especialmente a EDP Renováveis que soma 0,24% para 7,20 euros. A EDP recua e a Galp Energia está praticamente inalterada num dia de queda dos preços do petróleo.

A Mota-Engil cede 0,1% para 3,10 euros depois da forte subida na sessão anterior, sendo que nesta sessão a forte valorização cabe à Novabase. A tecnológica dispara 14,69% para 3,67 euros depois de revelar um dividendo extraordinário de 50 cêntimos por ação.

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Morreu Hugh Hefner, fundador da revista Playboy

  • Lusa e ECO
  • 28 Setembro 2017

Hugh Hefner morreu de morte natural, na mansão da Playboy em Los Angeles. Várias celebridades já prestaram homenagem ao milionário, que se tornou o símbolo da revolução sexual.

O fundador da revista Playboy, Hugh Hefner, morreu esta quarta-feira à noite, aos 91 anos. Estava em casa, na Mansão Playboy, em Los Angeles, de acordo com o que foi avançado pela empresa Playboy Enterprises. De acordo com um comunicado divulgado pela revista, Hefner morreu de causas naturais e rodeado pela família.

Fundou a Playboy em 1953 e tornou-se o símbolo da revolução sexual, depois de lhe ter sido negado um aumento de salário de cinco dólares (4,25 euros) pela revista Esquire, e desde então construiu um império conhecido mundialmente, avaliado em vários milhares de milhões de dólares.

Em entrevista à CNN, com 82 anos, Hefner disse “eu nunca vou crescer“. “Ficar jovem é tudo para mim. Com a mente de um jovem, decidi há muito tempo que a idade não importa e enquanto as senhoras… pensarem o mesmo, para mim está tudo bem”.

Em outubro de 2015, juntamente com o editor de conteúdos da revista, Hefner decidiu acabar com as fotos de nus integrais da Playboy. Mas, essa ideia foi “um erro” para o filho e atual diretor criativo da revista, Cooper Hefner, que decidiu voltar com os nus em fevereiro deste ano.

"O meu pai teve uma vida excecional e com forte impacto como um pioneiro dos media e da cultura e também como uma voz que liderou alguns dos mais relevantes movimentos culturais dos nossos tempos ao defender a liberdade de expressão, os direitos civis e a liberdade sexual. ”

Cooper Hefner

Filho de Hugh Hefner

Várias celebridades já reagiram à morte do milionário, incluindo figuras públicas que fizeram parte das famosas equipas da Playboy. Nancy Sinatra, filha do lendário Frank Sinatra, escreveu no Twitter que “um dos homens mais gentis que já conheci. Vá com Deus, Hugh Hefner”. O ator Rob Lowe também expressou o seu pesar, “Tive muitas conversas fascinantes com Hugh Hefner. Que homem interessante. Uma lenda de verdade. É o fim de uma era!”.

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Michel Temer arguido por suspeita de obstrução à justiça e organização criminosa

  • Lusa
  • 28 Setembro 2017

O presidente do Brasil foi oficialmente constituído arguido em processos de obstrução à justiça e organização criminosa. Deputados votarão para a abertura de um julgamento criminal.

O Presidente brasileiro, Michel Temer, foi esta quinta-feira oficialmente constituído arguido numa denúncia em que é acusado da prática dos crimes de obstrução à Justiça e organização criminosa, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro passado.

A notificação foi entregue pelo deputado Fernando Giacobo, secretário da Câmara dos deputados (câmara baixa parlamentar), que disse aos jornalistas que cumpriu essa tarefa “com tristeza, pelo momento que atravessa o Brasil, com todo um mar de corrupção”.

Fernando Giacobo também cumpriu a mesma missão ao notificar os ministros da Presidência, Eliseu Padilha, e a Secretária-Geral, Wellington Moreira Franco, incluídos na mesma denúncia em que o órgão de Justiça brasileiro acusa Michel Temer.

O Presidente já passou por uma situação semelhante em 29 de junho, quando foi notificado pela câmara baixa do pedido de abertura do processo de corrupção passiva apresentado contra ele pela PGR. Nesse primeiro caso, porém, as acusações foram rejeitadas numa votação no plenário da câmara baixa.

Como aconteceu com a primeira queixa, o processo tramitará agora na Comissão de Constituição e Justiça da câmara baixa, que analisará o caso em quinze sessões e preparará um relatório que será enviado ao plenário desse órgão legislativo. Depois, os deputados decidem, numa votação no plenário, se autorizarão ou não o Supremo Tribunal Federal (STF) a analisar a possível abertura de um julgamento criminal contra Michel Temer.

Nos bastidores do Congresso brasileiro, a possibilidade de Michel Temer ser processado é considerada quase impossível, já que a oposição minoritária não conseguirá atingir os votos necessários para dar andamento a esta denúncia. Se assim for, como aconteceu com a primeira acusação de corrupção passiva, o caso só poderá ser retomado pelos tribunais brasileiros quando Michel Temer deixar o cargo de Presidente.

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Combustíveis: Governo pede a Bruxelas para investigar preços

  • ECO
  • 28 Setembro 2017

Em causa está a divergência dos preços dos combustíveis em Portugal face ao resto da Europa, que poderão ou não indiciar "concertação de preços ou abuso de posição dominante.

“Desvios significativos e sistemáticos” face aos valores internacionais. Este é o argumento que levou o Governo a pedir a Bruxelas uma investigação aos preços dos combustíveis em Portugal. O Diário de Notícias avança esta quinta-feira que Jorge Seguro Sanches, Secretário de Estado da Energia, já enviou uma carta à Comissão Europeia (acesso pago), onde pede que seja investigado se há ou não “concertação de preços ou abuso de posição dominante”.

O pedido foi feito numa carta enviada a Margrethe Vestager, comissária europeia da Concorrência, onde Seguro Sanches solicita a verificação da conformidade com as regras dos mecanismos que levam à formação do preço final dos combustíveis, em especial nos índices Platts.

“Nos últimos anos, tem vindo a verificar-se uma conjuntura de sucessivos aumentos de preço dos combustíveis que não refletem o mercado internacional“, com repercussões “extremamente negativas” na economia nacional e junto dos consumidores, adiantou o Secretário de Estado numa carta, a que o Diário de Notícias teve acesso.

No mesmo documento o governante admite que “muitas têm sido as explicações avançadas”, nomeadamente atribuindo-os, em alguns momentos, a “eventuais comportamentos das empresas petrolíferas a operar em Portugal, os quais poderão consubstanciar infrações às disposições legais“.

Neste sentido, o governante pede a “avaliação e verificação das regras de concorrência, dos mecanismos que conduzem aos índices Platts/NWE /Roterdão, dos produtos refinados à saída das refinarias no Norte da Europa que servem de referência à fixação de preços à saída das refinarias em Portugal, assim como das cotações Platts/ /MED Lavera para a zona do Mediterrâneo”.

Os Platts cotados em Roterdão servem de referência às refinarias no Noroeste europeu e os de Lavera às refinarias do Mediterrâneo.

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TV é a principal fonte de acesso a notícias em Portugal

  • Lusa
  • 28 Setembro 2017

A TV domina, mas as redes sociais "têm um peso expressivo nos hábitos noticiosos dos portugueses", sendo que 13,3% dizem ser esta a sua principal fonte de notícia.

A televisão continua a ser a principal fonte de acesso a notícias em Portugal, enquanto na Internet os telefones inteligentes (‘smartphones’) ganham terreno ao computador, concluiu o Reuters Digital News Report 2017 hoje divulgado.

“A televisão continua a ser um pilar fundamental no quotidiano informativo dos portugueses, sendo utilizada por 54,5% dos inquiridos, ganhando 2,0 pontos percentuais face a 2016”, enquanto a “Internet surge em segundo lugar com 31,5%, descendo 3,2 pontos percentuais” face ao ano passado, refere o estudo.

O Reuters Digital News Report 2017 é o sexto relatório anual do Reuters Institute for the Study of Journalism e o terceiro a contar com informação sobre Portugal, tendo como parceiro estratégico o OberCom – Observatório da Comunicação, que colaborou na conceção do questionário para o mercado português.

O estudo refere que, em termos de pagamento por notícias, “mais de um terço dos inquiridos adquiriram algum jornal em papel na semana anterior à da resposta ao inquérito e cerca de 10% efetuaram algum pagamento por notícias ‘online’ durante o último ano”.

A análise, coordenada em Portugal por Gustavo Cardoso, Miguel Paisana e Ana Pinto Martinho, investigadores da OberCom e membros do CIES-IUL, conclui ainda que o país “continua a ser dos onde mais se confia nas notícias”.

As redes sociais “têm um peso expressivo nos hábitos noticiosos dos portugueses”, sendo que 13,3% dizem ser esta a sua principal fonte de notícia, contra 11,8% em 2015 e 15,9% em 2016.

“Se tivermos em conta o acesso a redes sociais em geral (e não apenas enquanto fonte principal de notícias), verificamos que 62% dos inquiridos utilizam este recurso, ou seja, os portugueses recorrem a redes sociais para aceder a notícias, mas esta ainda não é a sua principal forma de acesso”, refere o estudo.

O Facebook destaca-se no acesso a notícias em Portugal, com mais de metade (54,3%) a afirmar que usa a rede social, seguida da plataforma de ‘streaming’ Youtube.

“Note-se que o Facebook tem vindo a perder utilizadores, em termos de consumo noticiosos”: em 2015, 67% dos inquiridos afirmavam utilizar ssa rede para se informar, sendo que no ano passado caiu para 62,7%.

“O dispositivo mais utilizado para aceder a notícias é o ‘laptop/desktop PC, seguido do ‘smartphone’, que continua a ganhar um peso significativo na relação dos portugueses, não só com as notícias, mas com a Internet em geral”, aponta, explicando que “a tendência observada nos três anos da análise indica que o PC está a perder importância, neste quadro de análise, com o ‘smartphone’ a ganhar cada vez mais importância”.

Em 2017, mais de dois terços (66,6%) dos inquiridos disse utilizar o computador para aceder a notícias e mais de metade (51,4%) afirmou recorrer ao ‘smartphone’.

No que respeita à confiança em notícias, em geral, “verificamos que os portugueses continuam a destacar-se face aos restantes países inquiridos, embora nestes três anos tenha vindo a decrescer (58,4% dos inquiridos dizem, em 2017, confiar em notícias – em 2015 esse valor era de 66% e em 2016 de 59,6%)”.

O inquérito que serve de base a este projeto foi aplicado a mais de 70 mil indivíduos em 36 países. No caso de Portugal, o inquérito de 2017 foi foi aplicado pela YouGov a uma amostra representativa da população portuguesa, tendo sido inquiridos este ano um total de 2.007 indivíduos.

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Rebelo de Almeida: “Turismo não deve ser o salvador da pátria”

Impostos, alojamento local, TAP e novo aeroporto. Para Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Vila Galé, o turismo é importante para Portugal mas "não deve ser o salvador da pátria". No ECO24.

Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé, em entrevista no ECO24.Paula Nunes/ECO

Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo hoteleiro Vila Galé, diz que “não há turistas a mais” em Portugal e que, apesar da importância do turismo para o país, não se deve fazer do setor “o salvador da pátria”, até porque, “se for excessivo e dominante”, acaba por ser desinteressante para si próprio.

Impostos, alojamento local, TAP e novo aeroporto de Lisboa foram outros temas abordados na entrevista ao ECO24, o programa de economia do ECO em parceria com a TVI24.

“Turismo não deve ser o salvador da pátria”

O turismo é um setor vital para o país. Vale um quinto nas exportações portuguesas e representa mais de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal. Ainda assim, Jorge Rebelo de Almeida considera que “não se deve fazer do turismo o salvador da pátria”.

Porquê? “Porque se for excessivo e dominante, o turismo acaba por ser desinteressante para si próprio”, explicou Rebelo de Almeida.

O gestor salientou que “o turismo tem sido o motor do desenvolvimento da economia e deu uma boa imagem do país”, sobretudo no período da crise. Referiu ainda que Portugal deve aproveitar o boom no turismo para aumentar a sua notoriedade internacional.

“Estamos a receber mais visitantes do que nunca”, frisou. Não há turistas a mais? “Não devemos cair no disparate de dizer que temos turistas a mais. Temos é de saber distribuí-los pelo país”, frisou.

"Não devemos cair no disparate de dizer que temos turistas a mais. Temos é de saber distribuí-los pelo país.”

Jorge Rebelo de Almeida

Presidente do Vila Galé

“Comparando com Brasil, Portugal é um paraíso na carga fiscal”

A cadeia Vila Galé está presente em Portugal e no Brasil. Jorge Rebelo de Almeida conhece melhor do que ninguém a competitividade fiscal de cada país. “Se fizermos um mapa comparativo com a carga fiscal com o Brasil, isto aqui é uma maravilha, é um paraíso. No Brasil, levamos com uma carga fiscal à séria”, disse.”

“No Brasil, pagamos de imposto direto 65% sobre a faturação de hotéis… costumo fazer o raciocínio rápido e dizer assim: se em Portugal houvesse um imposto desses podíamos fechar o Ministério das Finanças e o único imposto era aquele porque a receita por aí gerada sobre a faturação bruta era de tal forma elevada que daria para não haver mais impostos”, explicou o presidente do Vila Galé.

“Algum setor empresarial vai discordar daquilo que eu digo: se comparar com o Brasil, a carga fiscal em Portugal não é pesada a nível empresarial. A nível pessoal é muito mais pesada. Hoje a carga do IRC sobre as empresas é menor em Portugal do que é no Brasil”, disse na entrevista desta quarta-feira.

"Se fizermos um mapa comparativo com a carga fiscal com o Brasil, isto aqui é uma maravilha, é um paraíso. No Brasil, levamos com uma carga fiscal à séria.”

Jorge Rebelo de Almeida

Presidente do Vila Galé

“Airbnb não me faz confusão nenhuma”

A expansão do alojamento local também não ficou à margem da entrevista. Sendo um concorrente ao negócio hoteleiro, Jorge Rebelo de Almeida aplaude o contributo deste setor em forte crescimento para a economia.

“Temos um problema de criticar boas ideias que surgem. O Airbnb é uma coisa que não me faz confusão nenhuma. Não é hotelaria. É uma modalidade que tem clientes, que cria riqueza para o país, que ajudou a recuperar muitas casas, gerou muito emprego para muita gente quando começou a surgir”, respondeu o dono da cadeia hoteleira Vila Galé.

“Tirará clientes ao Vila Galé, mas não definitivamente”, disse. “Não devemos tratar como clientela de pé descalço porque são turistas que regressam dentro de dez anos”, frisou ainda.

Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé, com o jornalista Pedro Pinto, da TVI.Paula Nunes/ECO

“TAP nunca teve lógica de ajudar turismo”

Em relação ao papel da TAP, Jorge Rebelo de Almeida declarou que a transportadora aérea portuguesa “nunca teve uma lógica de ajudar o turismo”. “Hoje continua a não ter, mas é um elemento importante para o turismo“, disse.

“Se calhar não tem de ter essa lógica de ajudar o turismo. Tem de fazer o seu negócio e quando cada um faz bem as suas coisas, isso é bom para todos”, disse ainda.

“Lisboa precisa de novo aeroporto”

Quanto ao novo aeroporto de Lisboa, o presidente do Vila Galé diz que é uma inevitabilidade se se quer que o turismo continue a crescer. “Podemos puxar pela imaginação mas sem acessos o turismo não cresce”, referiu Jorge Rebelo de Almeida. “Vemos isso no Porto, com a entrada da Ryanair. Sem transporte aéreo não há crescimento do turismo”, exemplificou.

Portela+1? “O que me agradaria é ter uma solução expansiva como seria possível em Alcochete. Uma solução que nos desse para crescer no futuro”, disse.

"Podemos puxar pela imaginação mas sem acessos o turismo não cresce.”

Jorge Rebelo de Almeida

Presidente do Vila Galé

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5 coisas que vão marcar o dia

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 28 Setembro 2017

O Conselho das Finanças atualiza as projeções para as finanças públicas, Carlos Costa fala em conferência sobre a dívida e o INE divulga dados de confiança dos consumidores e clima económico.

O Conselho das Finanças Públicas atualiza esta quinta-feira as projeções para as finanças públicas entre 2017 e 2021. A presidente deste organismo, Teodora Cardoso, também estará presente, à tarde, numa conferência promovida pelo Fórum da Competitividade, sobre dívida pública e crescimento económico, que contará ainda com a presença do governador do Banco de Portugal e vários economistas. A transformação digital continua hoje em debate no 27º Digital Business Congress e há ainda espaço para novas estatísticas do INE. Veja o que marca o dia.

CFP atualiza projeções para finanças públicas

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) atualiza esta quinta-feira as projeções para as finanças públicas entre 2017 e 2021. O organismo liderado por Teodora Cardoso apresentará o relatório “Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2017-2021 – Atualização”. Este exercício tem em contas medidas já adotadas e estabelece as condicionantes que se colocam no médio prazo à política orçamental caso não haja novas medidas de política.

Carlos Costa em conferência sobre dívida pública

O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, participa na conferência “A Dívida Pública e o Crescimento Económico em Portugal”, organizada pelo Fórum para a Competitividade. A iniciativa, que homenageia Medina Carreira, conta ainda com intervenções dos economistas Daniel Bessa, Paulo Trigo Pereira e Teodora Cardoso.

Como evolui a confiança dos consumidores?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) publica dados dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores, relativos a setembro. A confiança dos consumidores diminuiu em agosto, interrompendo a evolução positiva registada desde o início de 2013, e depois de, no mês anterior, ter atingido o valor máximo da série iniciada em novembro de 1997. No mesmo dia, o Eurostat também avança indicadores do clima económico.

Transformação digital continua em debate

O ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, marca presença no 27.º Digital Business Congress, organizado pela APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações. Na quarta-feira, o presidente da APDC, Rogério Carapuça, avisou que a transformação digital está a acelerar de forma “exponencial” e que “haverá uma destruição maciça de postos de trabalho”.

Google tem até hoje para corrigir práticas ilegais

A Google tem até hoje para alterar as suas práticas. Em junho, a Comissão Europeia aplicou uma multa recorde, de mais de 2,4 mil milhões de euros, à gigante tecnológica, por esta ter abusado da sua posição dominante no mercado de motores de busca. As autoridades europeias deram depois 90 dias à empresa para corrigir estas práticas ilegais. Se não o fizer, pode vir a ser sujeita a multas que podem chegar a 5% das receitas globais médias da Alphabet, a casa-mãe da Google.

 

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Brexit pode comprometer capacidade de financiamento do BEI

O alerta é dado pelo próprio presidente do Banco Europeu de Investimento. A saída do Reino Unido da UE implica a perda de um dos quatro maiores acionistas do banco.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) poderá ver comprometida a sua capacidade de financiamento na sequência do Brexit. O alerta foi dado pelo presidente da instituição sedeada no Luxemburgo que recorda que, com a saída do Reino Unido, o banco vai perder um dos seus principais acionistas.

Werner Hoyer, num encontro com jornalistas no Luxemburgo, lembra que a saída do Reino Unido implica perder um acionista com 16% do capital do banco (39,19 mil milhões de euros, a par da Alemanha, França e Itália).

Estrutura acionista do BEI a 1 de julho de 2013

Além disso, acrescenta, o facto de o Reino Unido não ter um banco de fomento faz com que esteja altamente dependente do BEI para financiar projetos, que vão desde os túneis em Londres, aos projetos de eólicas, passando por habitações sociais. Ativos de elevada qualidade que também ajudam a instituição a manter o seu rating AAA.

Em causa estão empréstimos do BEI a promotores no Reino Unido na ordem do 54 mil milhões de euros. A perda de acesso a este financiamento já foi, aliás, sublinhada pelo ministro britânico das Finanças, Philip Hammond.

O responsável garante que o Brexit será “uma situação em que todos perdem”, sem exceção. Num tom descontraído, Werner Hoyer, quando lhe foi colocada a primeira questão sobre as consequências da saída do Reino Unido frisou: “Estava bem disposto, até agora”.

O Brexit é um verdadeiro desafio para nós. É uma situação em que todos perdem.

Werner Hoyer

Presidente do BEI

As implicações da saída do Reino Unido ainda estão a ser estudadas e negociadas e apesar das “conversas positivas” que têm sido levadas a cabo, Werner Hoyer lembra que a decisão comunitária é negociar a uma só voz. “Os Estados membros, a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu decidiram negociar com o Reino Unido em conjunto. Fazemos parte dessa equipa. Não temos negociações paralelas”, garante Werner Hoyer. “Claro que, o senhor Hammod, com quem tive um diálogo muito, muito positivo, preferiria falar bilateralmente connosco, porque tem em jogo interesses chave. Mas a UE não o permite e não vamos minar a posição negocial do senhor Barnier”, sublinhou o presidente do BEI.

Esta posição negocial conjunta exige uma concertação entre instituições que funcionam com base num orçamento — como a Comissão — e instituições que assentam no mercado de capitais, como o BEI. Werner Hoyer está confiante que não há riscos para os investidores do BEI ou para o seu rating AAA, porque “a qualidade da carteira de ativos é inquestionável”, mas também “porque o modelo de negócio é sólido“. Aos Estados membros, o presidente do BEI pede “uma promessa de lealdade, dizendo que apoiam o atual modelo de negócio” porque, se a instituição perder a notação AAA “vai-lhes custar muito”. “Em especial os países que mais precisam de nós. O Luxemburgo, a Alemanha ou a Áustria podem viver bem com menos projetos do BEI, mas o sucesso que tivemos em Chipre ou os grandes progressos na Grécia poderão estar em risco, se não insistir na estabilidade do nosso modelo de negócio”, alertou.

Para já o presidente do BEI afasta a necessidade de contribuições em dinheiro por parte dos Estados membros, porque as reservas do banco “são enorme”.

Não creio que venham a ser necessárias contribuições em dinheiro, porque as nossas reservas são enormes.

Werner Hoyer

Presidente do BEI

Com a saída do Reino Unido, a solução poderá passar, admite o responsável, pela “transformação de parte das reservas em capital aumentado assim o montante do capital social”. “É algo que os Estados membros podem engolir mais facilmente porque não têm de pagar um cêntimo em dinheiro”, justifica.

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Governo tem nas mãos margem de 980 milhões no Orçamento de 2017

  • Margarida Peixoto
  • 27 Setembro 2017

A execução orçamental segue a bom ritmo. Mesmo descontando os impactos negativos esperados por Mário Centeno para o segundo semestre, há neste momento margem de 0,5% do PIB.

Em 2016, Mário Centeno chegou a um défice de 2% do PIB, quando a meta era de 2,4%. Este ano pode repetir o brilharete.

A julgar pelos números da execução orçamental, e pelas explicações do próprio Governo sobre o andamento das contas, o Executivo tem neste momento nas mãos uma margem de 980 milhões de euros face ao que estava desenhado no Orçamento do Estado deste ano. Acreditando nos números iniciais, e se não se verificarem derrapagens nos últimos quatro meses do ano (pressupostos que não são 100% seguros), o défice no final do ano até pode ficar bem abaixo da meta de 1,5% do PIB.

Mário Centeno, ministro das Finanças, tem demonstrado forte confiança no cumprimento da meta do défice deste ano. Isto apesar de, nos últimos dois meses, ter vindo a sublinhar que há 1.500 milhões de euros de impactos negativos nas contas que só se vão verificar nos últimos meses de 2017. Porque é que o ministro está assim tão confortável com os números?

Os dados da execução orçamental que têm vindo a ser publicados pela Direção-Geral do Orçamento justificam, por enquanto, bastante confiança. E podem até dar gás ao BE e ao PCP nas reivindicações que fazem para o Orçamento do Estado de 2018 — o documento está neste momento a ser negociado, e um dos principais pontos de discórdia, o alívio do IRS, está preso por uma diferença de 400 milhões de euros.

Mas vamos por partes. Quando Mário Centeno desenhou o Orçamento do Estado para 2017, projetou um défice em contabilidade de caixa de 4.763,4 milhões de euros. Este valor era compatível com a meta de défice de 1,6% do PIB, a primeira a ser apresentada para 2017. Mais tarde, a meta foi revista para 1,5%.

Face a 2016, os números do Orçamento pressupunham uma degradação do défice em contas públicas na ordem dos 581 milhões de euros. Ou seja: na ótica de caixa, o défice até pode aumentar, que isso corresponde a um défice na contabilidade que interessa a Bruxelas (ótica de compromisso) mais baixo do que o verificado no ano passado. Em termos simples, a diferença entre a ótica de caixa e a de compromisso é que a primeira regista as receitas e as despesas no momento em que os fluxos saem, ou entram, de caixa. Enquanto a ótica de compromissos regista os valores no momento em que o compromisso é assumido, independentemente de ser pago logo no mesmo momento, ou mais tarde. Pode ler mais sobre os vários tipos de défice aqui.

O que dizem os dados da execução orçamental entre janeiro e agosto? Mostram uma melhoria face a 2016 na ordem dos 1.900 milhões. Isto é, em vez de o saldo orçamental em contas públicas se estar a degradar, como estava implícito no OE2017, está a melhorar.

Perante estes dados, o ministro das Finanças deixou um aviso: há 1.500 milhões de euros que vão prejudicar as contas nos últimos quatro meses do ano. Este impacto deve-se, fundamentalmente, a três razões:

  1. O pagamento do subsídio de Natal aos funcionários públicos está a ser feito de forma diferente face a 2016. Agora apenas 50% é pago em duodécimos, sendo o resto pago em novembro. Isto alivia a despesa com pessoal durante dez meses, mas há-de pesar depois. O ministro não referiu, mas a situação repete-se com os pensionistas, que recebem 50% do subsídio de Natal entre novembro e dezembro.
  2. Ao contrário do que aconteceu em 2016, este ano não se vai verificar o impacto positivo da receita do PERES (Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) que foi considerado one-off. Estão em causa quase 392 milhões de euros, segundo números do OE2017.
  3. E também não se vai verificar o impacto positivo da devolução das pre paid margins da União Europeia, no valor de 264 milhões de euros.

Ora, há que subtrair estes 1.500 milhões de euros à melhoria de 1.900 milhões de euros que a execução revela até agosto. Feita a conta, a melhoria ‘real’ passa para apenas 400 milhões de euros face ao ano passado.

Contudo, é preciso não esquecer que Centeno esperava que o défice em contas públicas, na verdade, subisse (nos tais 581 milhões de euros). Introduzindo este elemento, chega-se a uma margem atual na ordem dos 980 milhões de euros.

O que é que esta margem significa?

Esta ‘margem’ de 980 milhões de euros é o mesmo que dizer que há uma ‘folga’ no Orçamento? Não necessariamente — e é por isso que este artigo se refere a ‘margem’, e não a ‘folga’.

O ECO contactou três peritos — que preferiram não ser identificados — para validar as contas. Todos validaram o exercício, desde que os pressupostos estejam corretos. Isto é: para que os números sejam estes, é preciso assumir que o défice em contas públicas apresentado no OE2017 corresponde à meta definida perante os portugueses e a Comissão Europeia de 1,5% do PIB (ou 1,6%, como inicialmente). É preciso assumir que não houve rubricas suborçamentadas, que os ajustamentos entre a contabilidade de caixa e a de compromisso se mantêm constantes, e que os 1.500 milhões de euros de impactos negativos identificados pelo Executivo estão corretos.

Mas dois dos especialistas — ambos com experiência na análise de resultados orçamentais — deixaram um alerta: são raros os orçamentos com folgas. É mais comum haver rubricas suborçamentadas que, ao longo do ano, acabam por anular os desvios positivos. Daí que considerem prudente não assumir já metas mais exigentes do que 1,5%, sob risco de o que agora parece um desvio positivo acabar por se transformar na tábua de salvação da execução orçamental lá para o final do ano.

Há também que contar com o potencial impacto da recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. A forma de contabilização da injeção de capitais públicos ainda está a ser discutida entre o Instituto Nacional de Estatística e o Eurostat, mas o efeito negativo no défice pode chegar aos 2,1 pontos percentuais. O que significa que se Centeno cumprir a meta definida, o resultado final do défice salta para 3,6% do PIB (um desvio considerado significativo por Bruxelas face ao limite dos 3%). Mas basta o valor do défice antes do efeito CGD ficar uma décima abaixo da meta para que o desvio fique dentro do limite aceitável (0,5 pontos percentuais).

Além disso, quanto mais baixo for o défice deste ano, mais difícil se torna o exercício orçamental de 2018 — que tem de continuar a consolidar para cumprir as regras europeias, lembrou um perito da equipa das Finanças ao ECO. Mais: politicamente é difícil para o Governo justificar perante o BE e o PCP porque é que os serviços públicos continuam com tantas restrições orçamentais (ou porque é que o IRS não pode descer mais depressa, ou porque é que o descongelamento de carreiras tem de ser faseado, etc.) se o défice está já tão baixo. Daí que o Executivo possa optar por usar parte desta margem para aliviar a pressão junto dos serviços. Mas ter essa “opção” não deixa de ser uma novidade face aos anos anteriores.

Contactado, o Governo não quis comentar os números do ECO. “O Ministério das Finanças não se vai pronunciar sobre essa questão. Além dos comentários do comunicado de imprensa de ontem, mantêm-se neste momento as previsões contidas no Programa de Estabilidade,” respondeu fonte oficial. Em baixo pode ver as previsões do Programa de Estabilidade.

Previsões do Programa de Estabilidade

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

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Estará Michel Combes de saída da Altice?

Segundo um jornal francês, Michel Combes, CEO da Altice e líder da operadora francesa SFR, terá o cargo em risco devido a resultados pouco satisfatórios e ao regresso de Armando Pereira à telecom.

Conferência de imprensa no dia em que a Altice anunciou compra da parte da Prisa na Media Capital. À direita, Michel Combes. À esquerda, Alain WeillHenrique Casinhas/ECO

Michel Combes, o presidente executivo da Altice e líder da operadora SFR em França, poderá ter os dias contados no grupo. De acordo com o jornal francês La Tribune, que cita duas fontes próximas da telecom francesa, resultados pouco satisfatórios e o regresso do português Armando Pereira à operadora serão dois fatores a ameaçar a cadeira do gestor nestes cargos de topo do grupo franco-israelita.

Segundo o jornal, por um lado, apesar de Michel Combes ter tomado as rédeas da SFR em 2015, a subsidiária da Altice terá perdido 2,5 milhões de clientes desde 2014. Concretamente no segmento mobile, a operadora tem vindo a aumentar o número de clientes, mas à custa de promoções, indica o La Tribune

Some-se a isso uma derrapagem ligeira do ARPU (average revenue per user, ou receita média por subscritor) no segundo trimestre deste ano, de 22,6 euros para 22,5 euros. Verificou-se o mesmo fenómeno no que toca ao segmento da internet.

Por outro lado, o português Armando Pereira, parceiro de Patrick Drahi e um dos fundadores da Altice, está de regresso à SFR — e, segundo afirmou uma fonte ao jornal francês, a relação com Michel Combes não será a melhor, ainda que a Altice diga o contrário.

Apesar de não ser certo que o gestor esteja a pressionar no sentido de uma saída de Combes do grupo, isso provará, ainda assim, que a gestão de Combes não estará a produzir os resultados pretendidos. O jornal acrescenta que Armando Pereira é conhecido por isso mesmo: ser o ativo principal de Drahi no que toca a reestruturar, cortar custos e limpar as subsidiárias do grupo Altice.

É “pura fantasia”, garante a Altice

Em comunicado enviado ao La Tribune, a Altice “contesta formalmente” estas informações, garantindo “haver um alinhamento completo na gestão do grupo”. “Uma equipa liderada por Michel Combes, também CEO da Altice, com Armando [Pereira] como vice-CEO do polo das telecomunicações nos próximos meses, e Alain Weill na parte dos media”, indicou fonte oficial ao jornal francês.

“Alain [Weill] recebeu, aliás, a missão de preparar a estrutura de convergência da companhia”, acrescentou a mesma fonte oficial. E concluiu: “A estratégia do grupo é clara, os acionistas e a gestão estão perfeitamente alinhados. O resto é pura fantasia.”

Tanto Armando Pereira como Michel Combes, Alain Weill e o próprio Patrick Drahi estiveram em Lisboa este verão, na apresentação do negócio da compra da Media Capital, dona da TVI, pela sua subsidiária, a PT Portugal, dona da Meo.

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Jorge Rebelo de Almeida no ECO24: “Airbnb não me faz confusão nenhuma”

Jorge Rebelo de Almeida foi o convidado do ECO24. Recorde aqui os principais momentos da entrevista ao presidente do grupo hoteleiro Vila Galé.

No Dia Mundial do Turismo, Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo hoteleiro Vila Galé, foi o convidado do ECO24, programa de economia do ECO em parceria com a TVI24. Recorde aqui os principais momentos da entrevista.

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Confederação do Turismo Português defende criação de ministério próprio para setor

  • Lusa
  • 27 Setembro 2017

O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, defendeu esta quarta-feira a criação de um Ministério do Turismo que liberte o sector de constrangimentos.

“A CTP irá apresentar uma proposta, ainda não aprofundada, ao atual executivo para encontrar um modelo de ‘governance’ que integre, entre outras iniciativas, um Ministério do Turismo”, afirmou Francisco Calheiros durante um encontro a decorrer em Vila Nova de Gaia para assinalar o Dia Mundial do Turismo.

O responsável destacou a “importância de encontrar um novo modelo de ‘governance’ que não se limite à gestão do turismo enquanto atividade económica, mas que o liberte de constrangimentos e potencie toda a sua capacidade de gerar emprego e riqueza”.

Para Francisco Calheiros, “o bom momento” que o turismo atravessa atualmente “não é um fenómeno passageiro”, mas não deve ser tomado “como garantido”, razão pela qual “há compromissos que têm que ser assumidos [e] há medidas por tomar para assegurar a competitividade e sustentabilidade do turismo”.

“Os vários instrumentos financeiros criados para capacitar e fortalecer o tecido empresarial devem agora ser utilizados na modernização, internacionalização e adoção de novos modelos de negócio das organizações, de forma a garantir a sua sustentabilidade em períodos menos favoráveis”, realçou, destacando ainda a “necessidade de integrar o turismo num modelo de sustentabilidade ambiental, essencial ao equilíbrio da paisagem e do património”.

Defendendo que o país tem “margem para crescer nos principais países emissores e mais ainda em mercados de grande dimensão como os EUA, a China, o Japão e a Coreia”, o presidente da CTP considera que falta em Portugal “uma solução definitiva para garantir mais ligações aéreas, dado que o aeroporto de Lisboa se encontra no limite da sua capacidade”.

“Há que ter a coragem de assumir de que nada serve apostar em projetos estruturantes e de grande dimensão, se não mantivermos suficientemente aberta a principal porta de entrada em Portugal, ou se continuarmos a permitir que os turistas que chegam de fora do espaço Schengen esperem horas para conseguir sair do aeroporto, porque os serviços de estrangeiros e fronteiras não funcionam”, criticou.

“Turistificação e gentrificação das cidades”

O responsável considera ainda que “há muitos desafios para superar”, nomeadamente situações como a “turistificação e gentrificação das cidades”, o impacto do turismo na mobilidade e no modelo de desenvolvimento dos espaços urbanos e a pressão ambiental.

“Há um debate público alargado a fazer sobre estas matérias (…), a CTP está disponível e pronta para fazer este debate”, adiantou, frisando que “os agentes do sector privado não podem continuar excluídos das decisões”.

Ainda sobre desafios e apostas do turismo para o futuro, Francisco Calheiros assinalou que “a formação e qualificação das pessoas que se dedicam à atividade turística assume um papel essencial, tal como a adoção de um quadro legislativo que respeite e siga a especificidade desta indústria”.

Um ano depois de apresentar o ‘Turismo em Movimento — Roteiro para a Competitividade’, um projeto da CTP — Confederação do Turismo Português, em parceria com a PwC – Pricewaterhousecoopers, Francisco Calheiros aproveitou para deixar alguns números de 2017 que “ficará para a história como o ano em que o turismo cresceu em quase todos os indicadores: dormidas, hóspedes, proveitos, regiões, mercado interno e mercado externo”.

“A região Porto e Norte é extraordinário exemplo deste sucesso. Os últimos dados do INE indicam que a região regista, em valores acumulados a julho, 2,3 milhões de hóspedes e mais de quatro milhões de dormidas, o que representa um aumento de 8,2% face ao ano anterior”, revelou.

Ao longo do último ano foram também registadas 53 milhões de dormidas, 22 milhões de passageiros nos aeroportos e 15,5 milhões de euros em exportações.

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