Faz 18 anos? Parabéns! Vai receber um cheque para visitar museus

Cultura para todos foi o projeto mais votado no primeiro orçamento participativo. São 3,2 milhões de euros para 38 projetos. Para o ano há mais e com mais dinheiro - cinco milhões.

O projeto mais votado no âmbito do primeiro orçamento participativo chama-se Cultura para Todos. A seleção foi feita entre 600 projetos que concorriam aos 3,2 milhões de euros reservados a esta iniciativa inédita a nível mundial. Mas só vão ser executados dois a nível nacional e 36 a nível regional.

Maria Manuel Leitão Marques revelou esta manhã no Bom dia Portugal da RTP que o projeto vencedor “Cultura para Todos engloba três medidas: a primeira, um programa de incentivos para a doação de livros para bibliotecas no qual o doador recebe em troca um cheque livro; a segunda é um cheque cultura para todos os jovens que fazem 18 anos, o seu presente de aniversário, que durante um ano lhes permite o acesso gratuito a museus e espaços culturais e, finalmente, a criação de uma base de dados online gratuita para livros digitais em braille e áudio”.

O segundo mais votado foi na área da historiografia e tauromaquia, anunciou a responsável, especificando que se tratada de “deixar o registo histórico desta tradição”, ainda que haja quem não concorde com ela, admitiu.

Maria Manuel Leitão Marques fez um balanço “muito positivo” desta iniciativa e por isso, o Executivo decidiu voltar a inscrever a medida no Orçamento do Estado para 2018 e aumentar a sua dotação para cinco milhões de euros. Outra das alterações introduzidas será alargar o âmbito das áreas nas quais poderão ser apresentadas propostas de projetos de investimento, para haver “uma maior possibilidade de combinação de políticas públicas”.

Já Graça Fonseca, secretária da Modernização Administrativa na SIC Notícias sublinhou um outro detalhe revelador do “sucesso da iniciativa”. “Foram 80 mil portugueses a votar de todas as regiões. Não foram apenas jovens”, sublinhou. Questionada sobre a pequena dimensão da dotação do Orçamento participativo, a secretária de Estado lembrou que o Executivo até deu mais 200 mil euros do que estava inicialmente previsto, mas admitiu que a opção foi “começar de forma cautelosa”, até porque esta é uma iniciativa inédita.

A implementação do projetos vai ser feita a partir de agora.

 

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Bloco quer incluir rendimentos prediais e de capitais no IRS

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Catarina Martins entende que os ganhos com rendas de casa, ações e juros de contas a prazo também deviam ser tributados em sede de IRS para beneficiar a classe média.

O Bloco de Esquerda quer incluir rendimentos prediais e de capitais na tributação do IRS, abrangendo assim ganhos com rendas de casa, ações e juros de contas a prazo. A proposta está a ser negociada com o Governo, avançou a líder bloquista em entrevista à CMTV.

“Há rendimentos que não são do trabalho, que não são salários nem pensões. São pessoas que têm muitos rendimentos de capital ou de propriedade e que deviam ser obrigadas a englobá-los para pagarem uma taxa proporcional”, afirmou Catarina Martins, que entende que a medida pode beneficiar a classe média.

A líder do Bloco de Esquerda também quer desdobrar o segundo e o terceiro escalões de IRS, admitindo fazê-lo no prazo de dois anos.

No que toca a pensões, Catarina Martins entende que é possível ir além dos aumentos ao nível da inflação, apontando para uma folga de 100 milhões de euros. Números da bloquista indicam que o aumento de pensões e de outros apoios custou 700 milhões de euros mas o aumento do emprego gerou 800 milhões de euros de receita.

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Sonae fecha acordo de fusão da SportZone com a JD Sprinter

O memorando de entendimento já tinha assinado em março. Agora foi dado o ok final. Grupo ibérico vai passar a ser o segundo maior na área da venda a retalho de artigos de desporto.

O acordo está fechado e a fusão vai avançar. A JD Sports e a JD Sprinter Holdings, duas lojas de retalho britânico, e a Sport Zone vão fundir os negócios na Península Ibérica. O memorando de entendimento já tinha sido assinado em março, mas esta manhã foi enviado um comunicado ao mercado a anunciar que o acordo estava concluído.

“A Sonae – SGPS, SA SON 2,38% vem pelo presente informar que, na sequência do Memorando de Entendimento anunciado em março de 2017, chegou, através de uma das suas subsidiárias, a Sonae MC Modelo Continente SGPS, S.A., a um acordo com a JD Sports Fashion Plc, a Balaiko Firaja Invest S.L. e a JD Sprinter Holdings 2010, S.L. (JD Sprinter), que prevê a combinação da JD Sprinter e da Sport Zone, essencialmente nos mesmos termos que os previamente anunciados ao mercado”.

Ora estes termos ditam que as britânicas JD Sprinter e JD Group vão ser acionistas do novo grupo juntamente com a Sonae, com participações de 20%, 50% e 30%, respetivamente. O grupo ibérico vai passar a ser o segundo maior na área da venda a retalho de artigos de desporto, e vai ter um volume de negócios agregado superior a 450 milhões de euros. A fusão das empresas resulta na criação de uma rede com 287 lojas, 191 em Espanha e 96 em Portugal.

O objetivo, com esta fusão, é ganhar economias de escala, assegurar uma melhor rentabilidade do negócio e beneficiar do know how de cada um dos acionistas.

Em março, quando foi anunciada a assinatura do memorando o mercado reagiu bem, com as ações do grupo a valorizar e os analistas a sublinharem que o acordo era positivo porque ia potenciar os lucros da retalhista. A Sonae troca um negócio com uma avaliação negativa “por 30% numa operação que poderá valer 450 milhões de euros”, mostrando que a administração da cotada portuguesa está “disposta a adotar ações mais decisivas para dar a volta aos resultados do negócio não-alimentar”, disse na altura um analista do Haitong.

Esta manhã não é diferente. A retalhista de Paulo Azevedo abriu o dia a cotar 0,42% para os 0,964 cêntimos. Já hoje o Haitong refere que a confirmação da operação tem um impacto “neutral” sobre o título, referindo que “o fecho do acordo vem em linha com os prazos previstos pela empresa [Sonae] e que os termos finais são genericamente os mesmos que tinham sido revelados em março”. Ainda assim o banco de investimento considera que esta “transação é decisiva para o negócio de desporto da Sonae”.

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BCP pressiona Lisboa. Mota-Engil avança mais de 1%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 14 Setembro 2017

O banco liderado por Nuno Amado voltou às quedas, arrastando consigo o PSI-20. A destacar-se no início de sessão esteve a Mota-Engil, que subia mais de 1%.

Depois de quatro sessões a fechar em terreno positivo, o PSI-20 abre a sessão desta quinta-feira pouco abaixo da linha de água. A pressionar o índice português está o BCP, que abriu a perder cerca de 0,20%, mas já expandiu as perdas para mais de 1%. A acelerar estava a Mota-Engil, que já acumula ganhos de 10% desde o início do mês.

Com dez cotadas a perder, seis em terreno positivo e duas inalteradas, o banco liderado por Nuno Amado é o que mais se destaca nas perdas, tendo começado o dia a cair 0,28%. Entretanto, nos primeiros minutos de negociação, este aumentou as suas perdas para 1,17%, com cada ação a cotar nos 0,2113 euros.

A queda inicial de 0,06% do principal índice bolsista português, que cotava nos 5.165,83 pontos, foi também impulsionada pelos deslizes da elétricas EDP e EDP Renováveis, que caiam 0,12% para os 3,34 euros e 0,35% para os 7,05 euros respetivamente. No mesmo setor, a Galp Energia contrasta com os pares, registando uma subida de 0,39% para 14,15 euros.

A destacar-se pela positiva está a Mota-Engil, que iniciou o dia a valorizar 1,08% para 2,72 euros. A empresa liderada por António Vasconcelos da Mota é destacada pelos analistas do BPI, visto que já valorizaram mais de 10% desde o início deste mês. “De acordo com o CaixaBank BPI Equity Research, as perspetivas para o 1º semestre melhoraram, a carteira de encomendas atingiu os 3,1 milhões de euros e o número de novos projetos atingiu o máximo histórico”, afirmam os analistas. Para além disto, este preveem “uma recuperação do mercado doméstico, assente no concurso para a construção do novo hospital em Lisboa (durante este mês), na atribuição de mais de 100 licenças para novos hotéis em Lisboa e no Porto e na construção do novo aeroporto.”

As restantes praças europeias seguem tingidas de vermelho, com o espanhol IBEX-35 a cair 0,15%, o italiano CAC-40 a deslizar 0,23% e o alemão DAX a perder 0,16%. Em dia em que o Banco de Inglaterra apresenta a sua decisão para as taxas de juro do país, que se espera virem a manter-se baixas, o índice londrino FTSE cai 0,11%. O Stoxx 600 também se retrai, perdendo 0,06%.

A registar quedas está também o preço do petróleo com o barril do Brent, referência para o mercado português a cair 0,24% PARA 55,03 dólares.

(Notícia atualizada às 8h30 com mais informações)

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IRS: novo escalão e mínimo de existência custa 230 milhões de euros

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Segundo escalão vai ser desdobrado: rendimentos entre sete e 12 mil euros estarão sujeitos a uma taxa de 24,5%, quatro pontos abaixo da atual. Escalões mais altos não vão beneficiar.

O Governo vai criar um novo escalão de IRS entre os sete e os 12 mil euros, que estará sujeito a uma taxa de 24,5%, abaixo da taxa de 28,5% que abrange hoje estes contribuintes. Com esta medida e com o novo mínimo de existência, o Executivo conta gastar 230 milhões de euros, acima dos 200 milhões previstos no Programa de Estabilidade, escreve o Diário de Notícias.

O desdobramento do segundo escalão não ficará por aqui: estará prevista uma nova redução, mas a concretizar-se apenas em 2019. A taxa ficará nos 22,5%.

Atualmente, o segundo escalão de IRS engloba rendimentos coletáveis entre sete e 20 mil euros. Será dividido em dois em 2018, e os contribuintes com rendimentos até 12 mil euros sentirão a redução da taxa. Acima daquele valor, continuarão abrangidos pela taxa de 28,5%. A medida não terá efeitos sobre os escalões mais altos de IRS porque o Governo já garantiu que vai arranjar forma de travar benefícios.

A revisão do segundo escalão custa 150 milhões de euros, avança o DN citando fontes próximas do processo. Além disso, o aumento do mínimo de existência — abaixo do qual não há cobrança de imposto — vai implicar 80 milhões de euros. Este limiar está hoje nos 8.500 euros anuais mas deverá avançar 8.850. Ao todo, o Governo estima gastar 230 milhões.

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Proposta do Governo para o OE será de “continuidade”, diz Costa

  • Lusa
  • 14 Setembro 2017

As medidas fundamentais do Orçamento para 2018 serão o descongelamento das carreiras da Administração Pública e o aumento da progressividade do IRS, garantiu o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro salientou esta terça-feira que a proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2018 será de continuidade face a 2016 e 2017, com “reposição” de rendimentos e redução do défice e da dívida pública.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de hora e meia com o Grupo Parlamentar do PS, que teve como temas centrais o Orçamento do próximo ano e a estratégia de Portugal para a próxima década no que respeita a investimentos e fundos comunitários.

“O próximo Orçamento será de continuidade face à linha que temos vindo a seguir com reposição dos rendimentos das famílias, criação de condições de investimento e redução sustentada do défice e da dívida pública“, declarou o líder do Executivo.

Confrontado com a intenção manifestada por dirigentes do Bloco de Esquerda e do PCP de que o país terá de dar passos mais acelerados em matéria orçamental no próximo ano, António Costa desdramatizou essa posição. O primeiro-ministro classificou mesmo essas reações do Bloco de Esquerda e do PCP como “muito positivas”. “É o trabalho que temos estado a fazer em conjunto e que temos sempre feito, demonstrando que é possível fazer avanços na melhoria das condições de vida dos portugueses e da economia do país”, respondeu.

De acordo com o primeiro-ministro, a linha a seguir passa pela introdução de “avanços sustentados na melhoria das condições de vida, consolidando simultaneamente as finanças públicas”. “É esse o caminho que temos feito em conjunto”, insistiu.

Interrogado sobre quantos novos escalões aceita o Governo criar em sede de IRS, António Costa recusou-se a entrar em detalhes, apenas referindo que as medidas fundamentais do Orçamento para 2018 serão o descongelamento das carreiras da Administração Pública e o aumento da progressividade do IRS.

“Mas não vale a pena estarmos a falar de medidas isoladas, porque as medidas só valem no seu conjunto – e só teremos as medidas todas no seu conjunto quando as negociações estiverem todas concluídas. No dia 13 de outubro, quando o Orçamento for entregue na Assembleia da República, então, seguramente, haverá a tradicional conferência de imprensa no Salão Nobre do Ministério das Finanças”, disse.

Neste contexto, António Costa reforçou que as medidas do Orçamento “não serão fechadas individualmente”, porque a proposta orçamental “é um todo e cada uma delas influencia as demais”.

“Quando for possível juntar as diferenças peças que compõem o Orçamento, então poderemos estabelecer qual foi o ponto ótimo de satisfação das diferentes pretensões. Pretensões que têm de simultaneamente satisfazer a continuação da melhoria das nossas finanças públicas, a contribuição sustentada para a redução da dívida, a melhoria das condições de investimento, a continuidade de uma política económica de crescimento e de criação de emprego e, também, a reposição do rendimento das famílias”, acrescentou.

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Governo quer cortar 170 milhões de euros às tarifas da luz em 2018

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

Executivo vai recomendar que a ERSE desconte o valor na definição dos preços da luz do próximo ano, cuja proposta de atualização será apresentada em outubro.

O Governo anulou parcialmente um diploma do Executivo anterior que autorizava os produtores de eletricidade a recuperarem nas tarifas de luz os custos com a tarifa social e a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE). De acordo com dados recolhidos pelo Público, estão em causa cerca de 100 milhões de euros que o Executivo considera que foram cobrados ilegalmente em 2015 e 2016, beneficiando sobretudo a EDP mas também a Endesa [acesso condicionado].

O diploma do Executivo anterior foi publicado na véspera de eleições legislativas e o despacho que o anula parcialmente saiu esta quarta-feira em Diário da República.

Aos 100 milhões de euros somam-se outros 73 milhões, que o Governo estima que tenham sido pagos a mais à EDP por distorções no mercado de serviços de sistemas e que levaram à sobrecompensação de algumas das suas centrais protegidas com contratos CMEC. O Público escreve que este valor foi avançado no Parlamento pelo secretário de Estado da Energia, que adiantou à Lusa que a empresa já foi notificada para se pronunciar sobre a devolução deste valor.

O Governo vai então recomendar que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) desconte estes 173 milhões de euros na definição dos preços da luz do próximo ano e a proposta de atualização vai ser apresentada em outubro. A ERSE está também a calcular o acerto de contas entre a EDP e o consumidores no âmbito dos CMEC.

O despacho publicado ontem já é do conhecimento das empresas que têm dez dias úteis para se pronunciarem.

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Governo vai proibir jogos de futebol em dias de eleições

  • ECO
  • 14 Setembro 2017

A lei que proibirá a realização de eventos desportivos em dia de eleições não terá efeito imediato, com os quatro jogos de dia 1 de outubro a realizarem-se na mesma.

O Governo vai fazer aprovar uma lei para proibir a realização de jogos de futebol em dia de eleições, depois de a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter marcado partidas em dia de eleições em três anos seguidos — nas legislativas de 2015, nas presidenciais de 2016 e, agora, nas autárquicas do próximo dia 1 de outubro. Ainda assim, esta não terá efeito nestas últimas.

A intenção do Governo, avançada nesta manhã de quinta-feira pelo Diário de Notícias (acesso livre), foi acompanhada de uma proposta apresentada à LPFP para a alteração das datas dos quatro jogos marcados para o dia das autárquicas, contudo, e justificando-se com o calendário apertado devido à participação dos três grandes nas competições europeias, a Liga afirmou que não ia mudar os jogos. Em causa estão as 72 horas de descanso obrigatório entre jogos, bem como “a obrigatoriedade de libertação de jogadores para as seleções nacionais, no dia 2 de outubro.”

Após analisar esta questão, a Comissão Nacional de Eleições reiterou que seria desaconselhável a realização de eventos como jogos de futebol no dia das eleições autárquicas porque podem potenciar a abstenção. Na mesma comunicação, a Comissão refere que “acresce que a manutenção das condições de tranquilidade pública no dia da eleição, que todos desejamos, recomenda que se evite estimular concentrações significativas de cidadãos, especialmente em ambiente de potencial conflitualidade”.

Entre os partidos, Pedro Passos Coelho desvalorizou a coincidência, afirmando que tem os portugueses “numa conta bastante mais elevada do que às vezes se parece poder extrair das enormes preocupações que outros políticos vêm trazendo para o espaço público” e que estes “não deixarão de votar”. Para o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português a sobreposição não será “a mais recomendável” ou “desejável”, mas, para Jerónimo de Sousa, “é preciso confiar nos portugueses“.

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Plataforma do malparado já tem gestor executivo

José Correia pode ser um ilustre desconhecido do público, mas é conhecido dos bancos. É um gestor habituado às reestruturações de empresas e foi escolhido para liderar a nova plataforma do malparado.

A Caixa Geral de Depósitos, o Millennium bcp e o Novo Banco já escolheram o gestor executivo para a plataforma de gestão do crédito malparado, apurou o ECO junto de fontes que acompanham o processo. O nome de José Correia não é presença nas páginas dos jornais, e pode surpreender por isso, mas a experiência profissional do gestor em matéria de reestruturação de empresas foi decisiva.

Como o ECO revelou esta segunda-feira, os bancos fundadores da plataforma – que vai assumir a figura jurídica de Acordo Complementar de Empresas (ACE) – já fecharam o memorando de entendimento que define as regras e a governação desta nova entidade. E uma das primeiras decisões foi a escolha de um gestor, que teria de ter um perfil empresarial e não bancário. “Para defender os interesses dos bancos já lá estão os seus representantes”, confidenciou ao ECO uma fonte que participou nestas negociações.

José Correia já foi consultor da Deloitte e, mas recentemente, acompanhou processos de reestruturação de empresas, nomeadamente nas áreas dos transportes e das cerâmicas. O ECO sabe também que Esmeralda Dourado, dada inicialmente como a gestora escolhida, vai ter um papel relevante na plataforma, mas, por decisão pessoal, apenas de caráter consultivo.

Agora, falta a assinatura formal do memorando de entendimento para José Correia passar para a criação jurídica do ACE, condição necessária para a operacionalização da plataforma do malparado. Ainda nesta segunda-feira, o secretário de Estado-adjunto das Finanças, Mourinho Félix, afirmou que esta entidade avança em 2018.

Curiosamente, a plataforma de gestão do crédito malparado da banca – criado para permitir, entre outras coisas, a avaliação e venda de créditos comuns aos vários bancos – surge num momento em que o malparado está a cair. Aliás, o montante do crédito malparado detido pela banca nacional caiu para um novo mínimo. Segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira, no final de julho, os empréstimos de cobrança duvidosa ascendiam a 15.392 milhões de euros. Este valor é o mais baixo em quase cinco anos. E a redução deve-se sobretudo à componente das empresas.

O problema dos bancos portugueses não é apenas o malparado, os conhecidos Non Performing Loans (NPL), mas também os NPE, ou Non Performing Exposure. Dito de outra forma, são créditos concedidos que estão identificados numa espécie de antecâmara do malparado. E as autoridades europeias, particularmente a EBA (European Banking Authority), exigem aos bancos nacionais planos credíveis de redução dos referidos NPE, além do malparado propriamente dito, e por isso a necessidade de criação desta plataforma de créditos.

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5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

  • Marta Santos Silva
  • 14 Setembro 2017

Entre grandes decisões de política monetária no Reino Unido e antevisões de outras nos Estados Unidos, esta quinta-feira traz ainda os números do turismo.

Os turistas que passaram por Portugal em julho e a maneira como foram servidos, os valores da inflação nos Estados Unidos, a política monetária britânica — tudo isto são novidades que esta quinta-feira vai trazer. O salão automóvel de Frankfurt abre ao público e os ministros da Administração Interna europeus reúnem-se em Bruxelas para falar de terrorismo.

INE conta como foi o turismo em julho

Como se portou o turismo em Portugal em julho? O primeiro dos grandes meses da época alta a ser tratado pelo Instituto Nacional de Estatística deverá mostrar, com a divulgação do relatório da Atividade Turística de julho, o quando este setor contribuiu para a economia nacional e como se compara com a evolução positiva nos meses anteriores.

Inflação nos EUA vai chegar para a Fed?

Os analistas acreditam que a inflação nos Estados Unidos subiu a um ritmo mais elevado do que o que se antevia. Esta quinta-feira são conhecidos os dados de agosto, que vão permitir saber quão perto está o país dos objetivos do banco central, a Federal Reserve.

Banco de Inglaterra decide juros… baixos

O Banco de Inglaterra apresenta a sua decisão para as taxas de juro do país, que se espera virem a manter-se baixas — a taxa de referência continua num nível recorde, de apenas 0,25%. Ao que tudo indica, a maioria dos membros do comité de política monetária do Reino Unido querem manter a atual perspetiva, devido ao crescimento lento da economia e pouca inflação.

Abertura do salão automóvel de Frankfurt ao público

O salão onde as grandes marcas automóveis alemãs se esforçam por mostrar que podem fazer melhor do que o que mostraram durante o escândalo das emissões de Diesel está a ser marcado por carros elétricos e outras inovações como a condução autónoma. Também de Frankfurt pode vir outro tipo de novidade — o membro do conselho governativo do BCE Jens Weidmann vai prestar declarações às 17h30 que podem servir de pistas para a política monetária europeia.

Ministros da Administração Interna falam de terrorismo

É em Bruxelas que se vai reunir o Conselho de Justiça e Assuntos Internos, com os ministros dos Estados-membros da União Europeia que tutelam essa área e presença de Constança Urbano de Sousa. Em cima da mesa, principalmente, estará a ameaça terrorista na sequência do atentado nas Ramblas, em Barcelona, reclamado pelo autointitulado Estado Islâmico. Também serão abordadas as questões das migrações e de um acordo entre a União Europeia e o Canadá para manter um controverso registo conjunto do nome de passageiros.

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A autarquia do PS (quase) sem dívida criticada pelo PSD e BE

Há praticamente 30 anos gerida pelo Partido Socialista, a Mealhada é o município com o menor índice de dívida. A oposição critica a opção, acusando o executivo de prejudicar os serviços públicos.

A Mealhada é o município com o melhor índice de dívida total, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios de 2016. O atual executivo socialista quer ir ainda mais longe, atingido zero euros de dívida, tal como já registou em 2013 e 2014. No entanto, não é imune às críticas da oposição: os oponentes às autárquicas elencam outros tipos de custos que os cidadãos tiveram de comportar derivado da inexistência de dívida.

Este município do distrito de Aveiro é ainda o que tem menor passivo por habitante. A média nacional é de 654 euros. Contudo, nesta autarquia do distrito de Aveiro, se todos os habitantes (mais de 20 mil, segundo os Censos de 2011) forem chamados a pagar o passivo, cada um teria de pagar 50,4 euros. Porquê? O atual presidente eleito pelo PS, Rui Marqueiro, justifica a decisão ao ECO: “A determinada altura, num mandato que não o meu, percebeu-se que Portugal ia entrar numa crise difícil, o que abria muitas restrições ao crédito. Iniciou-se uma estratégia de não depender de financiamentos bancários que eram cada vez mais caros dado que também passou a haver mais travões ao endividamento municipal”.

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios 2016

O objetivo de zero euros de dívida só não é atingido, refere Marqueiro, por causa de compromissos de entidades onde o município tem participações. “Há dívidas que são do setor local, nomeadamente da Associação Nacional de Municípios, que nós temos (legalmente) de relevar nas nossas contas”, assinala o socialista. Não há empréstimos bancários. O executivo camarário garante ainda que paga a horas e admite haver uma potencial dívida que ainda está em litígio, mas para qual diz já ter constituído uma provisão.

O que diz a oposição? Tanto a coligação PSD/CDS como o BE estão unidos nas críticas à estratégia da câmara socialista: o município ficou parado nos últimos quatro anos devido à imposição de dívida zero. “A câmara municipal não pode estar constantemente a fazer uma campanha de propaganda a favor de uma ausência de dívida quando ela é provocada pela falta de investimento público no município“, afirma, ao ECO, Dilan Granjo, o candidato bloquista à câmara. O BE aponta como pontos fracos os transportes, o ordenamento do território, os serviços de saúde, a falta de um canil municipal e os edifícios em ruínas.

Já Hugo Silva, o candidato da coligação PSD/CDS/MPT/PPM, acusa o executivo municipal de estar “capturado por uma única bandeira pública que é terem zero euros de dívida e zero euros de custos de financiamento”. “Estamos reféns como município de uma bandeira que, na prática, nos afasta do desenvolvimento”, considera o social-democrata, ao ECO, apontando várias falhas: parque industrial subdesenvolvido, inexistência de mercado de arrendamento, pouca capacidade de atração de novos residentes e empresas, os serviços de saúde e a mobilidade.

A questão dos transportes é levantada por ambos os candidatos como uma das principais falhas do atual executivo. “A câmara diz que qualquer serviço de transportes não seria rentável. É um facto, mas acima da questão da rentabilidade está a qualidade de vida dos munícipes“, argumenta Hugo Silva. Dilan Granjo refere que “só há uma carreira pública de transporte (escolar) para a qual o município paga 1.400 euros por dia no contrato de concessão com a Transdev. Não é, de todo, um bom serviço para os munícipes”.

Apesar de reconhecer que a qualidade de vida do ponto de vista ambiental e acessibilidades mantém-se, Hugo Silva aponta o dedo a Rui Marqueiro por apostar numa “máquina de comunicação” com eventos que “não trazem desenvolvimento económico”: “Vendemos a cara do presidente em vez do destino turístico”, atira, referindo que apostará no turismo e na atração de novas empresas se chegar à presidência. “Historicamente, o PS tem afastado grande investimento”, acusa. O BE vai mais longe: “Se não tivéssemos fundos europeus, não investíamos de todo e o município estaria ainda pior do que está”, conclui Dilan Granjo.

Tanto PSD como BE reconhecem que é necessário manter as contas saudáveis, mas recusam-se a manter a estratégia do atual executivo. “Não entrarei numa competição pelo menor valor de dívida”, promete Hugo Silva, assinalando que essa “guerra” não acrescenta nada à população. A promessa do Bloco é que não irá promover uma “política irresponsável”: “Embora o BE queira mais investimento público, não nos pomos à parte da responsabilidade de manter as contas municipais sãs”, garante Dilan Granjo.

Em 2016, o município tinha 469.473 euros de dívida e cerca de 12 milhões de euros de receita média. Qual a receita? Rui Marqueiro aponta os baixos custos com pessoal — “não há luxos”, garante –, a estratégia de gastar consoante o que se tem e ainda a diversidade de fontes de receita. E, claro, os fundos comunitários ajudam. “A nossa estratégia é não fazermos mais do que aquilo que podemos”, resume. O atual presidente, que se recandidata, admite que “é sempre possível criticar ou elogiar isso”, mas tem uma certeza: “Depois os munícipes é que pagam as más contas”.

O ECO contactou a candidata da coligação CDU, Isabel Lemos, mas não obteve resposta até à publicação deste artigo.

O índice de dívida total é o rácio entre a média da receita corrente e a dívida total.

Quem são os outros melhores?

Não é só a Mealhada que regista índices de dívida baixos. Pampilhosa da Serra tem um índice semelhante, acompanhada de perto por outros municípios de pequena e média dimensão.

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios 2016

Entre os municípios de grande dimensão, Sintra foi o município que menor índice de dívida registou em 2016. A autarquia tem uma dívida total de 22 milhões de euros, mas receitas na ordem dos 146 milhões de euros. A dívida total era de 73 milhões de euros em 2014. No caso dos sintrenses, se cada habitante (mais de 377 mil, segundo os Census 2011) fosse chamado a pagar o passivo da autarquia, cada um teria de pagar 68,5 euros.

Na lista dos 50 municípios com menor índice de dívida só aparece mais uma autarquia de grande dimensão. É o caso do Porto onde a dívida total diminuiu de 98 milhões de euros em 2014 para 43 milhões de euros em 2016. No mesmo período, a média da receita corrente continuou estável nos 156 milhões de euros.

Quem são os piores?

Em Portugal, o município que regista o pior índice de dívida é Fornos de Algodres, do distrito da Guarda, que tem menos de cinco mil habitantes. Apesar de a dívida estar a diminuir gradualmente, esta autarquia continua com uma dívida total superior a 28 milhões de euros face aos 4,9 milhões de euros de receita média. Este município, que é de pequena dimensão, é o que tem mais passivo por habitante: cada cidadão teria de pagar 5.717 euros para amortizar o passivo da autarquia.

Fonte: Anuário Financeiro dos Municípios 2016

Entre as autarquias de média dimensão, o Cartaxo, do distrito de Santarém, é o que regista o pior índice. A dívida total é de 46 milhões de euros face a 11 milhões de euros de receita média. O mesmo acontece em Portimão e no Fundão.

Gondomar e Vila Nova de Gaia são os dois municípios de grande dimensão cujo índice é superior a 1,5. Ou seja, a dívida total é 1,5 vezes superior à média da receita corrente. No caso de Gondomar, em 2016, a dívida estava nos 95 milhões de euros face a uma receita média de 57 milhões de euros. Já Vila Nova de Gaia registou 166 milhões de euros de dívida face a uma receita média de 106 milhões de euros.

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Caso Tecnoforma, que envolvia Relvas e Passos, arquivado

  • ECO
  • 13 Setembro 2017

O Ministério Público decidiu arquivar, cinco anos depois da abertura, o caso relacionado com a Tecnoforma, que envolvia o ex-primeiro-ministro Passos Coelho. Muitos dos factos já tinham prescrito.

O Ministério Público decidiu arquivar o processo sobre as suspeitas de favorecimento da empresa Tecnoforma na altura em que o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho lá trabalhava. De acordo com o comunicado publicado no site do DCIAP, parte dos factos já tinham prescrito mesmo quando foi tomado conhecimento público deles.

Tal como avançaram o Observador e o Público, o Ministério Público arquiva assim o processo, cinco anos após a sua abertura, que envolvia a ligação entre Pedro Passos Coelho e Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local. O caso envolvia suspeitas de abuso de poder e prevaricação, assim como de corrupção.

 

Lê-se no comunicado: “Verificou-se que, em relação a parte dos factos, os mesmos já se encontravam prescritos três anos antes do seu conhecimento público e da abertura do inquérito pelo Ministério Público. Com referência à data em que se iniciou o inquérito, de acordo com o despacho final, não existem elementos probatórios suficientes que permitam concluir que a Tecnoforma tenha, de algum modo, sido favorecida, lícita ou ilicitamente, pela Secretaria de Estado da Administração Local”.

Ao Público, Pedro Passos Coelho não comentou o arquivamento, mas o ex ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas disse estar satisfeito. “Não esperava outra decisão que não fosse esta com a objetividade e a clareza do arquivamento”, afirmou ao Público, e acrescentou: “Fui maltratado. Espero que pessoas como a arquiteta Helena Roseta – que tem responsabilidades públicas – venha agora pedir desculpa por aquilo que disse”.

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