Mais provisões arrastam Popular para prejuízos

  • ECO
  • 5 Maio 2017

A banca empresarial e de retalho do Popular pode estar mais forte. Mas o mesmo não se pode dizer do imobiliário. Esta unidade obrigou o banco a registar mais provisões, o que se traduziu num prejuízo.

Prejuízos. É o que o Banco Popular revela no primeiro trimestre deste ano. A instituição financeira espanhola registou um resultado negativo de quase 140 milhões de euros, o que foi determinado, segundo o banco, pelo aumento das provisões para fazer face aos ativos tóxicos presentes no portefólio imobiliário. Um problema que continua a pressionar os balanços dos bancos europeus.

“A atividade principal do banco [banca empresarial e de retalho] continua a mostrar a sua força, com lucros líquidos de 180 milhões de euros no primeiro trimestre”, afirma o Banco Popular no relatório para os primeiros três meses do ano. Mas isso não foi suficiente para manter o banco no verde. O Popular registou um prejuízo de 137 milhões de euros no trimestre, em comparação com um lucro de 93,6 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

"A atividade principal do banco [banca empresarial e de retalho] continua a mostrar a sua força, com lucros líquidos de 180 milhões de euros no primeiro trimestre. Por outro lado, o negócio do imobiliário perdeu 317 milhões de euros nos três meses até março.”

Banco Popular

Apesar do crescimento do negócio estratégico, a instituição financeira explica que o imobiliário registou perdas de 317 milhões. Nos três meses até março, o banco foi obrigado a colocar de parte mais 496 milhões para cobrir os ativos tóxicos nesta divisão — um aumento de 70% em relação ao período homólogo. Num tom mais positivo, o Popular afirma que a unidade de crédito está “estável”. Os empréstimos às pequenas e médias empresas cresceram 1,7%.

Emilio Saracho, chairman do Popular, já indicou que o banco terá de fazer um aumento de capital, mas só depois de reforçar a posição de capital da instituição através de alienações. Analistas estimam que o Popular pode precisar de até quatro mil milhões, muito mais do que o valor de mercado atual, de 2,9 mil milhões de euros.

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Warren Buffett já gostou mais da IBM

A Berkshire Hathaway, do conhecido investidor e magnata Warren Buffett, vendeu um terço das ações que detinha na gigante tecnológica IBM. A forte concorrência está entre os principais motivos.

Warren Buffett é um dos mais conhecidos investidores em todo o mundo e o maior acionista da IBM.DonkeyHotey/Flickr

Warren Buffett já esteve mais confiante do sucesso da IBM. Através do grupo Berkshire Hathaway, já vendeu um terço da posição que detinha na gigante tecnológica norte-americana. Buffett é o maior acionista da IBM, tendo começado a comprar títulos em 2011. No final de 2016, controlava já 8,65% da empresa.

Nessa altura, a posição de Buffett na IBM valia 13,5 mil milhões de dólares. Mas, agora, decidiu vender ações num montante avaliado em quatro mil milhões de dólares. O próprio confirmou a operação à CNBC e indicou que reavaliou as suas perspetivas quanto à capacidade competitiva da IBM.

Citado pelo Financial Times, Buffett disse: “Não avalio a IBM da mesma maneira que o fazia há seis anos, quando comecei a comprar. A IBM é uma companhia forte, mas tem também grandes e fortes concorrentes.” Sinal de pouca confiança por parte de um dos investidores mais conhecidos em todo o mundo — e não é para menos: dos 15 grandes investimentos do grupo Berkshire, a IBM foi o único a desvalorizar.

“Vendemos uma quantia razoável de ações”, disse Warren Buffett, que comprou os títulos a um preço médio de 170 dólares cada. Terá sido capaz de se desfazer de um terço deles no início deste ano, quando os títulos cotavam em Nova Iorque ligeiramente acima dos 180 dólares. Aposta certa: atualmente, três meses depois, as ações da empresa estão a valer ligeiramente menos do que 160 dólares.

"Não avalio a IBM da mesma maneira que o fazia há seis anos, quando comecei a comprar. A IBM é uma companhia forte, mas tem também grandes e fortes concorrentes.”

Warren Buffett

Investidor, líder da Berkshire Hathaway

Buffett não clarificou a que concorrentes se referia. Porém, o Financial Times lança algumas hipóteses: Amazon, Google e Microsoft são três grandes empresas que têm vindo a dar dores de cabeça à IBM. Concorrem ao nível dos sistemas informáticos na “nuvem” (cloud), uma das prioridades no negócio da empresa.

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Portugueses apostam muito. Estão a ganhar mais. Quanto?

Os portugueses estão a apostar mais nos jogos sociais. A Raspadinha domina, mas o Placard é o que mais cresce. Ainda assim, é o Euromilhões que gera o maior retorno. Até o Estado ganha mais.

Jogar? Sim. São muitos os portugueses que tentam diariamente a sorte, nomeadamente através dos jogos sociais da Santa Casa. Gastam milhares de milhões de euros para tentarem multiplicar o dinheiro que têm em carteira, principalmente através da Raspadinha que representa cerca de metade de todas as apostas feitas em Portugal. O Placard está a ganhar terreno, mas quem quer ficar excêntrico tem mesmo de ter sorte no Euromilhões.

“Em 2016 as vendas brutas dos Jogos Santa Casa foram de 2.775,2 milhões de euros, o que representou um crescimento inédito em volume de vendas. O aumento verificado neste ano foi de 534,9 milhões de euros, mais 23,9% do que o registado em 2015″, explica a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa no Relatório e Contas de 2016.

Para o crescimento das receitas dos Jogos Santa Casa há o maior apetite dos portugueses por estes jogos, mas também do “alargamento da base de apostadores, através da diversificação e rejuvenescimento da oferta”. Como assim? Há cada vez mais jogos. E o Placard, um dos mais recentes, está a ter grande adesão: “atingiu um volume de negócios de 385,4 milhões de euros, o que representou 72,1% do acréscimo global de vendas de 2016”.

Em 2016 as vendas brutas dos Jogos Santa Casa foram de 2.775,2 milhões de euros, o que representou um crescimento inédito em volume de vendas. O aumento verificado neste ano foi de 534,9 milhões de euros, mais 23,9% do que o registado em 2015

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

O Placard está já no pódio dos jogos preferidos, ficando atrás do Euromilhões. “O lançamento do M1LHÃO e as alterações introduzidas no Euromilhões mostraram-se eficazes na atenuação da tendência de queda de vendas do Euromilhões nos últimos anos tendo as suas vendas conjuntas registado um decréscimo de 1,3%”, mas para 809,7 milhões de euros.

Então, quem é o campeão de vendas? “A Raspadinha manteve-se como jogo mais vendido, com um volume de vendas de 1.359,1 milhões de euros”, diz a Santa Casa. Apesar do Placard se estar a impor perante os outros jogos, não consegue fazer frente à moda de raspar para (tentar) ganhar. “Conquistou terreno a todas as outras categorias de jogo, embora no caso da Raspadinha este efeito tenha sido menos significativo). A quota de vendas está nos 49%.

Retornos? Impressionantes (para alguns)

O dinheiro que os portugueses apostam é, em parte, devolvido à sociedade. Uma outra “fatia” é para prémios, quando os apostadores têm sorte ao jogo. Só no último ano os prémios atribuídos totalizaram 1.668,0 milhões de euros, mais 372,4 milhões de euros do que em 2015″, diz a Santa Casa. “Em 2016 a parcela das vendas brutas destinada a prémios foi de 60,1%, após ter-se registado um peso relativo de 57,8% em 2015 e de 56,7% em 2014”, nota.

A Santa Casa diz que “2016 foi mais um ano marcado pela distribuição de muitos e grandes prémios aos portugueses”. Muitos milhares de milhões para vários apostadores, alguns deles com retornos de outro mundo, especialmente no Euromilhões (que deu cinco primeiros prémios em Portugal, num valor global de mais de 219,5 milhões de euros). Com apenas uma aposta de seis euros, um apostador ganhou mais de 73 milhões. Ou seja, um retorno de 1.216.704.517%.

Se o maior prémio do Euromilhões gerou um retorno tão elevado, o segundo maior foi obtido com uma aposta de apenas um euro no Joker: 726.899.300%, ao pagar 7,26 milhões de euros. O Placard deu um prémio de 25.113 euros, mas foi precisa uma aposta de 50 euros. Ainda assim, o retorno ascendeu a 50.126%.

Fonte: Relatório e Contas de 2016 dos Jogos Santa Casa

 

Estado não joga, mas ganha (ainda mais)

Se os apostadores gastaram muito, mas também ganharam muito, o Estado ficou-se pelos ganhos. “Ao financiamento direto das boas causas acresce o montante entregue ao Estado sob a forma de imposto do selo”, diz a Santa Casa, revelando que foram entregues 183,6 milhões de euros em impostos, mais 12,2% que em 2015.

“O imposto do selo gerado pelos JSC neste último ano atingiu 183,6 milhões de euros, tendo registado um crescimento de 2,9% face a 2015, sobretudo motivado pelo aumento do valor em apostas, uma vez que o imposto resultante dos prémios atribuídos diminuiu, fruto da atribuição de um valor de prémios inferior nas categorias superiores a 5.000 euros. No entanto, a receita fiscal resultante das taxas que incidiram sobre as vendas (4,5% incluídos no valor da aposta) e sobre o valor dos prémios continuou a constituir uma parcela bastante significativa da receita fiscal do Estado em imposto do selo, tendo representado 12,2% do total da receita originada por este imposto”, nota.

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Revista de Imprensa Internacional

O centro das atenções da imprensa internacional está, nesta sexta-feira, nas eleições francesas que acontecem no próximo domingo. A passagem da reforma da saúde de Trump marca também a agenda.

As eleições presidenciais francesas deste domingo estão no centro das atenções dos jornais internacionais, num dia que está também a ser marcado pelas eleições regionais no Reino Unido, que poderão reforçar o poder de Theresa May. O dia está também a ser assinalado pelo rescaldo da passagem, na câmara dos representantes dos Estados Unidos, do projeto-lei da reforma de saúde da administração Trump que pretende acabar com o Obamacare.

Financial Times

Eleitores franceses preparam-se para se abster

As presidenciais francesas do próximo domingo marcam as primeiras páginas da imprensa internacional. No Financial Times é dado destaque à abstenção que ameaça sair vencedora na eleição que coloca frente a populista Marine Le Pen e Emmanuel Macron, visto por muitos como demasiado jovem para ocupar o cargo governativo mais importante em França. O jornal britânico destaca o facto de as sondagens apontarem no sentido de que milhões de eleitores venham a preferir abster-se ou inutilizar o seu boletim de voto em vez de assinalar a cruz sobre o nome de qualquer um dos dois candidatos.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

The Washington Post

Reforma de saúde dos Estados Unidos passa, por pouco, na câmara de representantes

Foi por pouco, mas foi o suficiente. Na última quinta-feira, os republicanos conseguiram fazer passar o polémico plano de reforma da saúde nos Estados Unidos na câmara de representantes. Vários jornais internacionais dão conta deste resultado. É o caso do The Washington Post. O jornal norte-americano dá conta dos esforços de última hora no sentido de fazer alterações no plano que permitissem alcançar a margem mínima de votos possível para fazer passar o projeto-lei que visa acabar com o sistema de saúde que tinha sido implementado pelo anterior presidente, Barack Obama. Para chegar ao terreno o documento ainda tem de ser validado pelo Senado, o que parece improvável.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Eleições locais no Reino Unido dão tração a May

Esta sexta-feira está a ser marcada no Reino Unido por eleições regionais. Segundo a Bloomberg, os primeiros resultados sugerem que Theresa May, líder dos conservadores, caminha no sentido de uma vitória esmagadora. Caso se confirme esse cenário, irá dar um novo fôlego à primeira-ministra britânica no sentido de esta conquistar uma maioria parlamentar no próximo mês que lhe permite navegar à vontade as negociações do Brexit.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Expansión

Popular fecha primeiro trimestre com prejuízos

O Banco Popular fechou o primeiro trimestre com prejuízos de 137 milhões de euros, agravando os resultados anteriores. A notícia é referida por vários jornais espanhóis, como o Expansión. O jornal explica que por de trás destes números está a constituição de perto de 500 milhões de euros, que visam acelerar o saneamento das contas do banco espanhol em dificuldades. Já o produto bancário registou lucros de 180 milhões, 34% aquém do valor registado no mesmo período do ano passado.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em espanhol/Acesso gratuito)

El País

China põe a voar avião para concorrer com a Boeing e a Airbus

O C-919, o primeiro grande avião de passageiros de médio alcance construído na China para competir com a Boeing e a Airbus já voa. A aeronave partiu do aeroporto internacional de Pudong rumo ao primeiro voo oficial. Para a China trata-se de a concretização de um sonho, tal como explica o El País. Desde a década de 1970 que a China pretendia fazer descolar o seu próprio avião civil. O novo avião precisa agora de conquistar a confiança dos consumidores, mas também das companhias aéreas chinesas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em espanhol/Acesso gratuito)

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Operação Marquês: Bava aderiu ao perdão fiscal

O ex- presidente da PT terá aderido ao RERTIII revela a investigação do ministério Público que conduz a Operação Marquês. Mas há mais. Dirceu, ex-ministro de Lula e a Ongoing estão sob escrutínio.

Parece um puzzle e envolve algumas das principais figuras da sociedade portuguesa. A Operação Marquês, em que o ex-primeiro-ministro José Sócrates é o principal arguido revela agora novos pormenores.

Segundo escreve o Jornal de Negócios na edição desta sexta-feira, o ex-presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava terá aderido ao perdão fiscal do Regime Excecional de Regularização Tributária que vigorou em 2012 (RERTIII), o mesmo que Ricardo Salgado usou para fazer regressar a Portugal parte dos 14 milhões que recebeu do construtor José Guilherme.

O Negócios escreve mesmo que a a confirmação de que Bava aderiu ao RERT III foi feita pelo Banco de Portugal, depois do juíz Carlos Alexandre ter determinado a quebra do sigilo. Em causa estão as suspeitas de que tanto Zeinal Bava como Henrique Granadeiro, ex-chairman da PT, teriam sido beneficiados com pagamentos suspeitos oriundos do GES, através da ES Enterprises, sociedade que terá funcionado como uma espécie de saco -azul para pagamento de favores, inclusive a José Sócrates, segundo diz a investigação.

A investigação pretende aferir se Bava aderiu ao perdão fiscal para trazer para Portugal o dinheiro que teria recebido através das contas na Suíça e em Singapura. Bava terá recebido 18,5 milhões de euros em 2011, a que se juntam mais 6,7 milhões de euros em 2007, segundo afirma a investigação.

Os pagamentos em causa seriam referentes aos ganhos obtidos pelos acionistas da telefónica com a distribuição de dividendos da PT e da separação da PT Multimédia, no âmbito da resposta à OPA da Sonae.

O ministério Público alega que o chumbo da OPA contou desde o início com o apoio de Sócrates devido a um acordo firmado entre este e Ricardo Salgado e que implicava o pagamento de 15 milhões de euros ao ex-primeiro-ministro.

Pagamentos a Dirceu

Mas os eventuais pagamentos através do GES não se ficam por aqui. O Negócios conta que os investigadores acreditam que Salgado terá feito pagamentos a José Dirceu, ex-ministro de Lula da SIlva. O objetivo era de que este atuasse junto das autoridades brasileiras como facilitador da operação que envolvia a PT e que veio a dar origem à Oi.

Segundo a investigação a PT terá alegadamente pago, entre julho de 2007 e junho de 2008, 511 mil euros. A que acresce, ente março de 2011 e julho de 2014, mais 1,23 milhões de euros desembolsados pela Espírito Santo Financial.

O intermediário desta “troca de favores” terá sido feito por Henrique Granadeiro, em reuniões em Reguengos de Monsaraz e em Nova Iorque.

Ongoing volta à ribalta

A empresa liderada na altura por Nuno Vasconcelos e Rafael Mora está também sob escrutínio. A investigação terá pedido ao Novo Banco esclarecimentos sobre os financiamentos concedidos desde 2006 ao grupo. Em causa estarão a descrição dos financiamentos à Ongoing Strategy Investments, à Insight Strategy Investments, à Ongoing TMT, à Ongoing Telecommunications, à RS Holdings e à Investoffice.

Também as aplicações financeiras feitas pela PT em fundos geridos pela Ongoing entre 2005 e 2012 estão a ser alvo de análise, tendo já sido pedido à CMVM mais informações.

Justiça investiga 4,5 milhões em conta de mulher de Ricardo Salgado

Ainda no âmbito da operação Marquês, as contas bancárias da Suíça da mulher de Ricardo Salgado estão também a ser investigadas. O Observador adianta que a investigação suspeita que uma offshore que será detida por Maria João Bastos Salgado terá recebido, através do GES, 4,5 milhões de euros.

A transferência terá acontecido a 22 de novembro de 2011, a partir de uma conta no banco Pictet, cujo proprietário é desconhecido e tinha como destino uma conta detida pela entidade offshore Begolino, no banco Lombard Odier.

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Avião chinês já voa. Veja o teste do C919

  • Lusa
  • 5 Maio 2017

O primeiro avião de passageiros de tamanho médio fabricado na China já voa. Realizou um voo teste inaugural a partir de Xangai, partindo para a concorrência com a Boeing e Airbus.

O primeiro grande avião de passageiros fabricado pela China realiza hoje o seu voo teste inaugural, com partida em Xangai, num importante marco para o país asiático, que ambiciona concorrer num mercado dominado por fabricantes ocidentais.

Desenvolvido pela estatal chinesa Commercial Aircraft Corp. (Comac), o modelo C919 visa competir com o Boeing 737 e o Airbus A320 nos aviões de até 160 assentos.

A empresa tinha planeado que o C919 começasse a voar em 2014 e que as primeiras encomendas fossem entregues em 2016, mas foi sucessivamente adiando devido a problemas com os fabricantes.

Caso o voo inaugural ocorra sem problemas, a Comam irá pedir a autorização das autoridades de avião civil da China e reguladores estrangeiros para começar a aceitar encomendas.

O desenvolvimento de um avião comercial para voos de longa distância insere-se nos objetivos de Pequim de transformar o país numa potência tecnologia, com capacidades nos setores de alto valor agregado, de acordo com o plano “Made in China 2025”. A Comac diz ter já 570 encomendas, sobretudo de companhias aéreas chinesas estatais.

Os poucos clientes estrangeiros que pretendem comprar o modelo chinês incluem a GE Capital Aviation Services e a Thailand’s City Airways.

Bao Pengli, vice-diretor do departamento de gestão de projetos da Comac, afirmou na quinta-feira que a empresa fabricará dois aviões por ano, até 2019, até estar certa de que pode realizar um voo seguro e só depois iniciará produção em série.

O avião terá entre 155 e 175 lugares e capacidade média para fazer viagens de 4.075 quilómetros.

A Comac disse que mais de 200 empresas chinesas e 36 universidades estiveram envolvidas na pesquisa e desenvolvimento do avião.

Mas o C919 conta também com tecnologia estrangeira, incluindo nos motores, que são fabricados pela CFM International, uma ‘joint venture’ entre a norte-americana General Electric e a francesa Safran Aircraft Engines.

O primeiro avião fabricado pela China, o bimotor para uso regional ARJ-21, transportou passageiros pela primeira vez em junho de 2016, oito anos depois do primeiro voo teste.

Aquele modelo rivaliza com aviões fabricados pela brasileira Embraer SA e a canadiana Bombardier Inc.

Nos últimos anos, o país asiático mostrou ser capaz de absorver tecnologia estrangeira com rapidez. Em duas décadas, passou de importador de aviões militares russos para produtor de jatos.

Na indústria ferroviária de alta velocidade ou no setor das energias limpas, as empresas chinesas passaram de colaboradores a concorrentes mais rápido do que antecipavam as empresas estrangeiras.

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Queda do petróleo dita nova descida dos combustíveis

Os preços dos combustíveis vão voltar a descer na próxima semana. Depois da forte queda na última atualização, há mais boas notícias para os consumidores fruto da descida do petróleo nos mercados.

Abastecer o depósito de combustível vai ficar mais barato na próxima semana. A forte queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais voltou a pressionar as cotações da gasolina e do gasóleo. Uma descida expressiva que vai permitir que os consumidores nacionais poupem mais alguns cêntimos por litro.

Tanto a gasolina como o gasóleo desvalorizaram nos mercados internacionais. A cotação média semanal, aquela que é considerada pelas petrolíferas na atualização semanal dos preços de venda dos combustíveis, registou mais uma queda acentuada. Com o petróleo a afundar 10% na semana, para mínimos desde o corte de produção da OPEP, o preço da gasolina caiu 4% e o do diesel registou uma descida de 4,72%.

Estas quedas, que se seguem a fortes descidas registadas já na semana anterior levando os preços de venda dos combustíveis a registarem a maior queda do ano, vão permitir poupar cerca de dois cêntimos por litro tanto no caso da gasolina como do gasóleo, de acordo com os cálculos do ECO com base em dados da Bloomberg.

Com estas descidas, o preço médio da gasolina simples de 95 octanas deverá cair dos 1,471 para cerca de 1,45 euros por litro. O gasóleo, o combustível mais utilizado em Portugal, está a ser vendido a 1,242 euros, em média, de acordo com os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia. Deverá baixar para cerca de 1,22 euros.

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Maria Luís: “Presidente não é uma entidade independente e técnica”

  • ECO
  • 5 Maio 2017

A ex-ministra das Finanças responde aos elogios de Marcelo Rebelo de Sousa sobre os resultados orçamentais do Governo. Maria Luís diz que prefere ouvir outras entidades mais "independentes".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa disse que os resultados orçamentais do Governo são sustentáveis. Mas o PSD parece não ter gostado desta onda de elogios por parte de Marcelo.

E o desagrado saiu pela voz da ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Em entrevista ao Dinheiro Vivo, Maria Luís diz que quando estamos a falar da sustentabilidade das contas públicas ” o Presidente da República não é uma entidade independente e técnica”.

A ex-ministra diz mesmo confiar mais na “UTAO, no Conselho de Finanças Públicas, nas próprias agências de rating, na Comissão Europeia ou no Fundo Monetário Internacional (FMI)”.

Mas o que disse afinal Marcelo?

“A seguir à Croácia [Portugal] é o país que tem a melhor evolução em termos de emprego. É uma grande alegria, mais uma, sobretudo por via do Eurostat, que é sempre muito rigoroso e muito duro nas estatísticas que apresenta, porque significa que parece confirmar-se o crescimento económico e, portanto, a criação de emprego.”, afirmou Marcelo.

Para Marcelo os números divulgados pelo Eurostat , na passada terça-feira, “faz esperar” melhores resultados no final do ano ” em matéria de crescimento da economia e do emprego do que aqueles que tinham sido previstos por todos”.

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Bolsa nacional corrige de máximos. Energia pesa

Após três sessões a acelerar para novos máximos, o PSI-20 arrancou no vermelho. O índice abriu a perder 0,41%, pressionado pelo universo EDP e pela Galp Energia.

A bolsa nacional abriu a última sessão da semana no vermelho, com o PSI-20 a fazer uma paragem após três sessões consecutivas de valorizações para máximos do início do ano passado. O índice bolsista nacional está a ser pressionado sobretudo pela quebra dos títulos das energéticas.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 0,41%, para os 5.214,07 pontos, com a maioria dos seus títulos a conhecerem perdas. Os títulos do universo EDP estão entre os principais responsáveis por esse recuo. As ações da EDP deslizam 0,53%, para os 3,19 euros, enquanto as da sua participada EDP Renováveis recuam 0,66%, para os 6,95 euros. No mesmo sentido segue a Galp Energia, cujos títulos perdem 0,68%, para os 13,90 euros, em sintonia com as cotações do petróleo nos mercados internacionais que deslizam em torno de 2%.

A pressionar o índice está também a Jerónimo Martins, cujas ações sofrem perdas de 0,42%, para os 16,75 euros, enquanto a Corticeira Amorim encabeça as perdas do índice luso: as suas ações recuam 4,56%, para os 11,40 euros.

Em alta, destaque para a Mota-Engil, cujas ações valorizam 0,77%, para os 32,63 euros. A construtora estende assim as fortes valorizações recentes. Ganhos muito ligeiros, registam as ações dos CTT: avançam uns escassos 0,09%, para os 5,67 euros. Estes são os únicos títulos a avançar neste arranque de sessão.

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Petróleo toca no valor mais baixo desde o corte da OPEP

A cotação do petróleo cai em torno de 2%. O barril de crude já vale menos de 45 dólares, o patamar mais baixo desde novembro do ano passado.

O petróleo conhece mais um dia de forte perdas nos mercados internacionais. O preço do barril recua em torno de 2%, com o crude norte-americano a recuar abaixo da fasquia dos 45 dólares, o que acontece pela primeira vez desde o acordo da OPEP, em novembro do ano passado. A culpa é da aceleração da produção da matéria-prima nos EUA.

A barril do crude recua 1,8%, para negociar nos 44,7 dólares. Trata-se da fasquia mais baixa desde 15 de novembro do ano passado, a escassos dias de os países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) terem acordado em colocar um travão na produção de petróleo. Já a referência europeia, o Brent transacionado em Londres perde 1,55%, para os 47,63 dólares, o que representa o patamar mais baixo desde o início de dezembro de 2016.

As fortes quedas das cotações nesta sexta-feira dão seguimento às já registadas nas últimas sessões, com o “ouro negro” a acumular uma desvalorização de mais de 10% na semana. Caso a tendência se mantenha, essa será a maior queda semanal desde o início do ano passado. A matéria-prima não consegue resistir à pressão negativa resultante do aumento da oferta disponível nos Estados Unidos.

“Estamos a assistir a uma forte reação e a uma mudança de humor”, afirmou Victor Shum, vice-presidente da IHS Energy, em Singapura. Os preços que “dispararam” para valores próximos dos 60 dólares após o acordo entre os países produtores estão a “regressar à realidade” perante o aumento da oferta americana, disse o especialista em petróleo.

Se de um lado, os membros da OPEP se tentam concertar no sentido de limitar a sua produção, nos Estados Unidos a tendência éoposta. Na semana passada, a produção de crude aumentou para 9,29 milhões de barris nos Estados Unidos, o que corresponde ao valor mais elevado desde agosto de 2015, indicam dados oficiais.

No lado oposto, a OPEP prepara-se para reunir-se a 25 de maio, ocasião em que poderá decidir se estende ou não os cortes de produção para a segunda metade do ano.

“É desapontante que os cortes de produção que temos assistido por parte da OPEP e outros produtores não tenha conseguido ter qualquer impacto até agora nos níveis dos inventários globais”, afirmou Ric Spooner, responsável pela estratégia de mercados da CMC Markets, em Sidney. “O mercado parece estar muito mais afastado de uma situação de equilíbrio do que se previa inicialmente. Existe a possibilidade de o petróleo cair para o limite mínimo dos 40 dólares a partir daqui”, antecipou o mesmo especialista.

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Fundação Ricardo Espírito Santo com salários em atraso

  • ECO
  • 5 Maio 2017

A queda do império Espírito Santo continua a causar estragos. A Fundação tem salários em atraso e nem o apoio da Santa Casa da Misericórdia parece suficiente para equilibrar as contas.

A queda do BES continua a causar estragos. Desta vez é a Fundação Ricardo Espírito Santo Silva (FRESS) que está novamente com salários em atraso. A denúncia é feita por um dos funcionários daquela instituição nas páginas do Diário de Notícias desta sexta-feira.

“Nas escolas os professores já não recebem há três meses e nas oficinas há dois”, afirma o trabalhador.

Edmundo Martinho, presidente da instituição que se dedica às artes e ofícios, também em declarações ao DN, confirma que há atrasos nos vencimentos “do mês de abril e uma parte do mês de março“. Edmundo Martinho adianta que a “situação deverá ficar regularizada nos próximos dias”.

O BES era o principal mecenas da instituição, pelo que a partir de 2014, o orçamento da FRESS contava apenas com receitas próprias e alguns apoios financeiros da Câmara Municipal de Lisboa. A situação alterou-se há um ano, quando a Santa Casa da Misericórdia assinou um acordo para garantir “a continuação das atividades da Fundação Ricardo Espírito Santo Silva”.

A Fundação registou em 2015 um prejuízo de um milhão de euros.

A instituição tem 97 funcionários e tem um museu de artes decorativas, várias oficinas, uma escola superior de artes e um instituto de artes e ofícios.

 

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Autárquicas: Costa vai a todos os distritos em campanha

  • Lusa
  • 5 Maio 2017

O secretário geral do PS vai estar em todos os distritos do país na campanha das autárquicas. PS quer ser novamente o partidos com maior presidência de câmaras e de freguesias.

O secretário-geral do PS vai estar em todos os distritos do país na campanha das autárquicas e o objetivo eleitoral dos socialistas é ser novamente o partido com maior número de presidências de Câmara e de freguesias.

Estas posições sobre a forma de participação de António Costa na campanha autárquica e sobre a meta eleitoral dos socialistas no ato eleitoral de 01 de outubro próximo foram assumidas pela secretária-geral adjunta dos socialistas, Ana Catarina Mendes, em entrevista à agência Lusa, na véspera da Convenção Nacional do PS, que juntará no sábado, em Lisboa, cerca de mil participantes, na sua maioria autarcas.

“Vamos levar à Convenção Autárquica do PS uma carta de princípios dos autarcas socialistas – documento que foi debatido ao longo dos últimos meses em todas as estruturas e que está agora pronto para ser aprovado”, declarou a “número dois” da direção dos socialistas, antes de se referir aos objetivos eleitorais do seu partido nas próximas eleições autárquicas.

“O PS é atualmente a força partidária mais votada em todas as autarquias e pretende continuar a sê-lo, garantindo a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)”, afirmou Ana Catarina Mendes.

"O PS é actualmente a força partidária mais votada em todas as autarquias e pretende continuar a sê-lo, garantindo a presidência da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE).”

Ana Catarina Mendes

secretária-geral adjunta do PS

Interrogada se, com esta meta, o PS não está a baixar a fasquia em relação ao resultado que obteve nas eleições autárquicas de 2013, em que conquistou 150 presidências de Câmara, Ana Catarina Mendes argumentou que “em democracia vence a força mais votada” e que “até ao momento da contagem de votos tudo é possível”.

“Prefiro concentrar-me na escolha dos melhores projetos e dos melhores protagonistas em cada um dos 308 municípios”, disse, salientando, em seguida, que o PS “já escolheu todos” os candidatos a presidentes de Câmara.

“Foi um processo tranquilo nas nossas estruturas, em que os critérios definidos no último congresso nacional foram cumpridos. Temos um partido mobilizado para disputar as eleições”, defendeu, especificando, depois, que o PS só não terá listas próprias em três municípios: Porto, Funchal e Satão.

Sobre o papel que será desempenhado por António Costa na campanha das autárquicas, a “número dois” da direção dos socialistas adiantou que “o secretário-geral do PS estará presente em todos os distritos em campanha eleitoral, ajudando os candidatos” do seu partido.

Confrontada com a acusação de a atual direção do PS ser centralista, já que impôs às estruturas locais o princípios da recandidatura dos presidentes de Câmara socialistas com menos de três mandatos, Ana Catarina Mendes recusou essa crítica e alegou que a aprovação dos critérios foi feita no último congresso nacional.

“Não há espaço mais democrático no PS do que o seu congresso, onde participam todas as estruturas. Os dois processos que foram avocados [Barcelos e Fafe, ambos no distrito de Braga] resultaram de divergências no interior das respetivas concelhias. Estou absolutamente tranquila, porque a esmagadora maioria das escolhas feitas pelas estruturas foi respeitada pela direção nacional”, justificou.

No plano político, Ana Catarina Mendes sustentou que o próximo mandato autárquico vai ser marcado pela execução do atual processo de descentralização e desvalorizou os atrasos registados no parlamento na aprovação do pacote legislativo do Governo.

“Uma transformação da dimensão daquela que está a ser preparada pelo Governo exige que se ouça o maior número de entidades possível. Estou confiante de que a descentralização será um processo desta legislatura e que o próximo ciclo autárquico já decorrerá sob a égide da descentralização”, declarou.

Nas próximas eleições autárquicas, em termos de projeto político, segundo Ana Catarina Mendes, o PS vai defender como princípio basilar a tese de que o Poder Local “deve ser espaço de democracia, de transparência e de promoção coesão territorial e social”.

“Creio que a descentralização trará maior democracia. Se houver maior descentralização de competências, haverá também maior responsabilização dos eleitos locais e, por essa via, a desculpa de que tudo é responsabilidade do Governo deixará de existir”, frisou.

Por outro lado, de acordo com a secretária-geral adjunta do PS, na sequência das próximas eleições autárquicas, os socialistas terão a possibilidade de “mudar – mudar para aquilo que vai ser o Poder Local do futuro”.

Ao nível dos centros urbanos, Ana Catarina Mendes advogou que a agenda “convoca os autarcas para respostas aos desafios das alterações climáticas ou da inovação social e económica (por exemplo, as startups)”, bem como da “captação de investimento”.

“A nossa convenção debaterá igualmente a questão dos direitos sociais, que, em primeiro lugar, são responsabilidade das autarquias e não apenas do Governo. Uma política de habitação, por exemplo, é um direito fundamental dos cidadãos e que tem de ser olhada com outra visão por parte dos nossos autarcas”, apontou, referindo ainda como desafios dos municípios as questões da cultura e da educação.

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