Novo Banco vende operação bancária na Venezuela

O banco informou hoje, em comunicado à CMVM, que vendeu a operação que detinha na Venezuela, prosseguindo “a estratégia de desinvestimento de participações internacionais”.

Num comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a instituição bancária diz que “celebrou com a BancaAmiga – Banco Microfinanciero, da Venezuela, um contrato promessa de compra e venda dos ativos e passivos da Sucursal na Venezuela do Novo Banco”.

A instituição liderada por António Ramalho alerta entretanto que “a concretização do contrato promessa acima referido encontra-se dependente do cumprimento de certas condições e da obtenção das necessárias aprovações, nomeadamente junto do Banco de Portugal e da autoridade reguladora do setor financeiro na Venezuela”.

Caso consiga concretizar a venda, o Novo Banco deixará de ter qualquer atividade bancária na Venezuela.

Esta transação representa mais um importante passo no processo de desinvestimento de ativos não estratégicos do Novo Banco, prosseguindo este a sua estratégia de foco no negócio bancário doméstico”, diz o Novo Banco.

O banco está há muitos meses num processo de reestruturação, que culminou no dia 31 de março com a venda de 75% do capital da instituição ao fundo norte-americano Lone Star que vai fazer no imediato uma injeção de 750 milhões no capital do Novo Banco, prevendo-se mais 250 milhões no espaço de três anos.

Mas para aliviar o balanço da instituição, a equipa liderada por António Ramalho tem vindo a proceder à alienação de ativos não core, nomeadamente participações internacionais.

A operação do Novo Banco na Venezuela, iniciada em 2012, tinha 49 colaboradores, registando 4 milhões de euros em recursos e 2,2 milhões de euros em crédito.

O banco não desvendou o valor de encaixe com a venda.

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Selo do carro de valor inferior a 10 euros deixa de ser pago

  • ECO
  • 1 Maio 2017

Isenção para carros com mil de cilindrada e matriculados entre 1981 e 1989 e para as motos de 120 a 350 cc com matrícula de 1997 a 2016.

A notícia é avançada na edição de de hoje do Diário de Notícias (conteúdo pago): Os proprietários de carros e de motos sujeitos a imposto único de circulação (IUC) inferior a dez euros vão deixar de pagar este tributo.

E os que o fizeram de 20 de dezembro em diante estão a receber, ou vão receber, a devolução do dinheiro, adianta o diário. “Esta é a consequência imediata de uma alteração ao código que regula o antigo selo do carro e que passou a limitar a cobrança deste imposto a um patamar mínimo de dez euros”, recorda o DN.

De acordo com o levantamento feito pelo jornal, são vários os veículos que pagam um IUC abaixo de dez euros.

Estão nesta situação as motos de 120 a 350 centímetros cúbicos de cilindrada, cujo IUC varia neste ano entre os 5,56 euros e os 7,87 euros (caso a cilindrada oscile entre 251 e 350 e a matrícula tenha sido feita entre 1997 e 2016). Ou ainda os automóveis ligeiros de passageiros até mil de cilindrada e matriculados entre 1981 e 1989. A tabela do IUC prevê que neste caso o imposto seja de 7,91 euros, o que está abaixo do atual limite mínimo de cobrança”, diz o levantamento do DN.

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Entradas no Museu Berardo passam a ser pagas a partir de 1 de maio

  • Lusa
  • 1 Maio 2017

As entradas no Museu Berardo, em Lisboa, vão passar a custar cinco euros a partir de hoje, ficando as entradas gratuitas reservadas aos sábados e dias especiais, como o Dia Internacional dos Museus.

De acordo com o museu instalado no Centro Cultural de Belém (CCB), a partir de hoje, 01 de maio, entra em vigor um preçário que apenas isenta de pagamento as crianças até aos seis anos, passando a ser cobrado um bilhete único, que permitirá o acesso a todas as exposições do Museu Coleção Berardo.

Os adultos vão pagar cinco euros e haverá descontos de 50% (2,5 euros) para os visitantes dos sete aos 18 anos, mais de 65 anos ou com mobilidade reduzida.

As entradas gratuitas vão ser reservadas para os sábados, durante todo o dia, e em dias especiais como o Dia Internacional dos Museus, a 18 de maio, ou no Dia da Mãe, a 07 de maio, para as mães que forem realizar atividades pedagógicas com os filhos no museu.

Durante os dias 18 e 20 de maio, adultos e famílias poderão participar gratuitamente em diversas atividades que se realizam em torno da Coleção Berardo.

No Dia Mundial da Criança, a 01 de junho, a entrada será gratuita até aos 12 anos.

O Museu Berardo abriu em junho de 2007 — com entradas gratuitas desde então — e um acervo inicial de 862 obras da coleção de arte do empresário José Berardo avaliadas um ano antes em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie’s.

Em novembro do ano passado, o protocolo de 10 anos para cedência de obras da coleção Berardo e manutenção do museu no CCB, que terminava em 31 de dezembro de 2016, foi renovado por mais seis anos entre o colecionador e o Estado, através do Ministério da Cultura, que exigiu a cobrança de bilhetes a partir de 2017.

Desde a abertura, o Museu Coleção Berardo recebeu mais de 6,6 milhões de visitantes, um milhão só em 2016, quando se cumpriram os 10 anos da assinatura do protocolo celebrado entre o colecionador Berardo e o Estado, segundo números da entidade.

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Passos Coelho diz que desemprego caiu e emprego aumentou com o anterior governo

  • Lusa
  • 1 Maio 2017

O líder do PSD afirmou este domingo em Viana do Castelo que a tendência de diminuição da taxa de desemprego e do aumento da criação de emprego registou-se durante os anos do anterior governo.

“Quando olhamos para os dados do Instituto Nacional Estatística (INE), para medir o que se passou com o emprego e com desemprego, verificamos que de 2014 a 2016 a população empregada aumentou em cerca de 176 mil”, referiu.
Passos acrescentou que “a população empregada, apenas em 2016, representou cerca de 32% deste valor o que significa que quase 70% desse emprego, criado desde 2014 até 2016, foi gerado até 2015”.

Para o líder do PSD, que discursava perante cerca de 300 pessoas num jantar comemorativo do 1.º de maio, organizado pelos Trabalhadores Social-Democratas (TSD), “a população desempregada decaiu 282 mil pessoas”.

“Quando olhamos apenas para o ano de 2016 esse ano deu um contributo de 26%, quer dizer de um quarto da baixa de desemprego que foi registada. Quase 75% do desemprego que caiu, caiu entre 2014 e 2015”, sustentou.
Pedro Passos Coelho acusou o atual Governo de ser “ridículo” por ter outra leitura daqueles números.

O ridículo que é alguém hoje quer fazer, às vezes até explicitamente, a afirmação de que é agora que o desemprego está a cair e que é agora, com esta nova solução de Governo, que o emprego cresce. Cresceu menos do que aquilo que cresceu nos dois anos antecedentes e decresceu, no caso o desemprego, bastante menos do que aquilo que decaiu nos dois anos anteriores”, disse.

Passos Coelho disse também que “a prova dos bons resultados” da reforma laboral que o anterior governo” fez está na redução do emprego precário.

O emprego que tem sido criado no novo quadro da legislação laboral, 70% é criado com contratos sem termo. A precariedade, que está mais associada a contratos a termo certo, representa cerca de 30% do emprego criado”.

Disse que “ainda hoje há quem não se conforme com isso e quem ache que estes resultados não são bons, são maus e que, portanto, considera que o Governo ainda não está a fazer uma política suficientemente de esquerda enquanto não reverter esta reforma laboral”.

“Apesar de amanhã (segunda-feira) ser 1º de maio e de ainda não ter havido uma greve geral, foi preciso chegar à véspera do 1º maio para que se pudesse ouvir uma ameaça de possível greve geral se o Governo não virar suficientemente à esquerda, imaginem. Quer dizer, se não reverter a reforma laboral que foi feita”.

Passos adiantou que, “até hoje ninguém ouviu um pio” do Governo, apesar de questionado pela CGTP, sobre a possibilidade de ter “um compromisso com as associações patronais para não reverter a lei laboral”.

“Não sei porquê. Porque o Governo pronuncia-se sobre quase tudo”, frisou.

Sobre o descongelamento das carreiras na função pública, Passos Coelho alertou que o processo “custa imenso dinheiro”, mas referiu que depois de ouvir a posição do Governo sobre o assunto ficou “com a ideia de que o Governo quer dar aos trabalhadores a ideia oposta”, a de que o descongelamento das carreiras “só custa para o futuro, porque o tempo de congelamento não conta para nada”.

“Se não conta para nada não sei porque não descongelam já? Se não tem custos? O princípio do descongelamento das carreias advém, justamente, do pressuposto de que no dia em que se descongelar tem que se reconhecer o tempo de serviço”, frisou.

O líder do PSD voltou a falar da “guerra movida contra o Banco de Portugal e contra o governador do Banco de Portugal”, acusando o PS e o Bloco de Esquerda de quererem “deitar a mão” às reservas do Banco de Portugal “não para pagar a dívida” do país mas para “repor rendimentos e, ao mesmo tempo, reduzir o défice, como se de um milagre se tratasse”.

“Se conseguissem deitar a mão às reservas do Banco de Portugal seria uma maravilha o défice nos próximos dois ou três anos. Depois de se rapar o fundo ao tacho talvez seja mais difícil resolver o problema mas, daqui até lá, a geringonça seria uma maravilha”, afirmou.

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1.º de Maio: Trabalhadores do comércio e serviços em greve para reivindicar gozo do feriado

  • Lusa
  • 1 Maio 2017

Os trabalhadores dos serviços e do comércio estão hoje em greve para reivindicar o gozo do feriado do Dia do Trabalhador, melhores salários e o respeito pelos seus direitos.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Serviços e Comércio (Sitese), filiado da UGT, marcou uma greve para os trabalhadores das empresas de distribuição, que querem gozar o feriado de 01 de Maio, melhores condições de trabalho, o fim da precariedade e o respeito pela negociação coletiva.

De acordo com um comunicado do sindicato, a paralisação marcada para o Dia do Trabalhador abrange os trabalhadores das empresas filiadas na Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED).

Também o sindicato dos trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) emitiu um pré-aviso de greve para hoje, para todos os trabalhadores do setor, que irão assinalar o Dia do Trabalhador com ações de luta por todo o país.

De acordo com um comunicado do CESP, filiado na CGTP, os trabalhadores do LIDL de Silves vão estar em greve, enquanto os seus colegas dos entrepostos da Marateca e de Torres Novas têm concentrações marcadas.

Para o Jumbo de Alverca e o Continente de Portimão estão previstas greves e para o Pingo Doce de Espinho e o Minipreço da baixa de Coimbra estão marcadas concentrações e desfiles.

Está também marcada uma greve dos trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Chaves, com concentração e desfile pela cidade.

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Cowork: trabalhar longe dos escritórios convencionais

  • Juliana Nogueira Santos
  • 1 Maio 2017

O futuro do trabalho é a flexibilidade e os espaços de cowork são sinónimo disso. O ECO deixa cinco sugestões de espaços para criar novas ideias.

São cada vez mais as pessoas que decidem deixar de trabalhar para lá das portas de um escritório fixo e passam a trabalhar remotamente a partir de casa ou de qualquer outro sítio. Muitas são também aquelas que, ao enveredarem pelo caminho do empreendedorismo, deixam de ter acesso a um sítio fixo onde possam ter o seu escritório. Os espaços de cowork foram criados para mitigar estas dificuldades que as novas modalidades de trabalho têm trazido.

Freelancers, nómadas ou empreendedores encontram nestes novos centros de escritórios uma oportunidade de, como explica ao ECO Ana Redondo, Global Manager do LEAP Center, organizarem bem os seus negócios: “Empreendedores e atuais empresários procuram sobretudo opções flexíveis e de baixo custo, que os permita crescer de forma rápida, eficaz e desenvolver contactos facilmente, por isso passam a optar por modalidades de trabalho que possam representar a melhor escolha custo/benefício.”

Assim, estes espaços permitem alugar temporariamente uma mesa e uma cadeira, com acesso à rede de internet, às acomodações básicas como casas de banho, café e água, durante períodos que podem ir desde um dia até à domiciliação anual. Ficam para trás preocupações com aspetos estratégicos e burocráticos como contratar fornecedores, negociar preços e discutir contratos.

Juntar para inovar

Se todas as facilidades são um fator muito atrativo para esta nova geração de trabalhadores, o espaço criativo e inovador que se vive dentro destes espaços é o fator decisor. Ao juntar várias pessoas de várias áreas de negócio num mesmo espaço aumenta-se a probabilidade de interdisciplinaridade e de cooperação, valores indispensáveis atualmente.

Ainda assim, as regras e boas maneiras não podem ser descuradas nesta opção.“O principal desafio num espaço de cowork é saber trabalhar em comunidade de forma responsável. Tal como num escritório tradicional, num escritório partilhado também existem regras e é importante que sejam cumpridas para manter a harmonia da boa convivência”, informa Ana Redondo.

Outra das modalidades oferecidas por muitos dos espaços é o da criação de escritórios virtuais, em que a empresa é sediada no centro, mas não tem um espaço físico, havendo apenas a possibilidade de receber o correio e de atendimento telefónico no mesmo.

Este é o caso do LEAP, um centro de escritórios que além de ter à disposição espaços de cowork, permite também a domiciliação em regime de escritório virtual. E os resultados têm sido positivos: “O LEAP encerrou o ano de 2016 com uma taxa de ocupação de 100%, sendo que serviço de cowork registou uma taxa de ocupação de 88% e o serviço de escritórios virtuais registou um crescimento de 9%”, garante a Global Manager da marca.

No LEAP Center, sediado no centro empresarial das Amoreiras, os planos de cowork vão dos 50€ semanais aos 140€ mensais, sendo que a hipótese de escritório virtual localiza-se entre os 25€ e os 100€ mensais.

E será esta uma moda que vai passar rapidamente? “São cada vez mais as pessoas que escolhem o seu local de trabalho, fora dos escritórios convencionais, e certamente esta tendência irá permanecer”, confirma Ana Redondo.

Assim, são muitos os fatores a considerar na escolha de um espaço de cowork, desde os serviços oferecidos, até à possibilidade de escolha de um lugar fixo, sem esquecer o mais importante: o preço. Deixamos outras sugestões de espaços, tanto na cidade de Lisboa, como no Porto, para que a preocupação principal continue a ser o sucesso do negócio.

Coworklisboa

O Coworklisboa instalou-se no LxFactory em 2010 e desde então têm juntado ideias e projetos diferentes no mesmo espaço. Com várias opções de mesas, desde o lugar flexível à mesa dupla, os planos incluem acesso à internet, serviço de impressões e uma área de lounge para aqueles que trabalham bem melhor quando estão relaxados.

Planos: De 12€ a 250€

Morada: Lx Factory, Edíficio I, 4.º Andar – Lisboa

Contactos: [email protected] | 216 066 960

Lisbon WorkHub

Na revitalizada zona do Braço de Prata, em Lisboa, o Lisbon WorkHub apresenta-se como uma solução mais direcionada para o trabalho a longo prazo, visto que oferece planos de domiciliação mensais. Estes dão direito não só a uma mesa e a uma cadeira, mas também à utilização da cozinha, da internet e dos serviços de receção, 24 horas por dia. O espaço conta também com 10 startups residentes, entre as quais a Cerveja Independente Musa e a Adegga.

Plano mensal: 120€

Morada: Rua Amorim, 2 | Lisboa

Contactos: [email protected] | 218 680 445

OPO-LAB

Fundado em 2010 no Porto, o OPO-LAB assume-se como um centro multidisciplinar focado no ramo artístico, desde a arquitetura até à construção ou ao design. Para além do Fab Lab, um laboratório equipado para transformar qualquer ideia numa peça, este centro conta com um espaço de cowork com capacidade para 40 trabalhadores.

Planos: De 10€ (sem IVA) a 400€ (sem IVA)

Morada: Rua D. João IV, 643 – Porto

Contactos: [email protected] | 913 224 395

Cru Cowork

Sediada no coração do quarteirão das Artes no Porto, uma zona acessível e bem servida de serviços, a CRU Cowork tem vários espaços à disposição, desde mesas partilhadas a ateliers individuais, passando também pelo escritório virtual que inclui não só domicílio fiscal como receção de correspondência e utilização da sala de reuniões.

Além dos espaços de trabalho, a CRU Cowork conta com um estúdio e um laboratório de fotografia, uma oficina de serigrafia e espaços dedicados para workshops. Entre grandes decisões e negócios, os coworkers podem jogar pingue-pongue e descontrair no pátio.

Planos: De 25€ (sem IVA) a 90€ (sem IVA)

Morada: Rua do Rosário, 211 – Porto

Contactos: [email protected] | 935 600 904

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Mendes: “António Costa tem um tique socrático”

  • ECO
  • 30 Abril 2017

Marques Mendes criticou António Costa pela forma como (não) respondeu a Passos Coelho sobre as nomeações para o Conselho das Finanças Públicas. E afirma que o BE recuou em toda a linha na Dívida.

“António Costa tem muitas qualidades, mas tem um tique socrático que deveria corrigir”, afirmou Luís Marques Mendes no comentário semanal na SIC. A propósito da forma como o primeiro-ministro respondeu a Pedro Passos Coelho em relação às nomeações para o Conselho das Finanças Públicas, Marques Mendes não poupou Costa.

“António Costa e José Sócrates são diametralmente opostos em matéria de seriedade, de responsabilidade, António Costa para muito melhor, na minha opinião. Mas são muito parecidos numa coisa, que é controlar as entidades independentes, não gostar das críticas, e é por isso que [o primeiro-ministro] esteve mal na Assembleia da República. Quando Passos Coelho perguntou “explique lá porque é que vetou os nomes para o Conselho de Finanças Públicas”, a obrigação de um deputado é perguntar, a obrigação de um primeiro-ministro é responder. No momento em que não responde, está incomodado, é o tal tique socrático, Sócrates também era assim. E deveria corrigir isso.”

As críticas ao primeiro-ministro estenderam-se, depois, aos próprios vetos para o Conselho das Finanças Públicas. “Depois, além de ter estado mal no Parlamento, também não foi muito inteligente em vetar estes nomes, sobretudo um dos nomes que está em causa, que é uma senhora italiana [Teresa Ter Minassiam] que já esteve no FMI. Sabe porquê? Além de muito competente, quem a conhece, sabe que é muito amiga de Portugal e a circunstância de estar aqui num órgão independente iria ajudar a credibilidade externa de Portugal”. Nomes, recorde-se, propostos conjuntamente pelo Banco de Portugal e pelo Tribunal de Contas. O Conselho das Finanças Públicas está ainda à espera de duas novas nomeações. “António Costa quis agradar aos interesses paroquiais internos do PCP e do BE, mas se tivesse vistas maiores, dava a aprovação e ganhava em termos de credibilidade lá fora”, insistiu.

O relatório sobre a reestruturação da Dívida Pública não passou ao lado do comentário de Marques Mendes.” Este grupo de trabalho é das maiores surpresas. É um recuo do Bloco de Esquerda em toda a linha”, assinala. Mendes reconhece que é na boa direção, mas recorda que foram militantes do BE a assinar o manifesto dos 74, que sugeria uma reestruturação ‘hard’ da dívida. Ao contrário do que é proposto agora. Mendes afirma, aliás, que algumas das medidas propostas são precisamente o que Pedro Passos Coelho andou a fazer quando foi primeiro-ministro.

Marques Mendes afirma, de qualquer forma, que o relatório é uma imprudência. “Um relatório desta natureza, por partidos, ainda por cima, que estão no poder é um ruído que não ajuda nada a tranquilizar os mercados, os investidores e as agências de rating. Deixa sempre um ruído desnecessário, não me parece que seja um ato de grande prudência. E depois algumas medidas são mesmo muito imprudentes. Por exemplo, felizmente o governo já disse “nem pensar, não fazemos isso”… chamar à atenção que o IGCP tem de mudar a sua política, em vez de fazer emissões de dívida a longo prazo, deve fazer a curto prazo, porque os juros são mais baixos. É demagogia completa. Deixem o instituto trabalhar, porque é das coisas boas que temos. Felizmente, o governo já se demarcou disto”.

Mendes analisou também a proposta para aumentar os dividendos do Banco de Portugal. “A mim, não me surpreende nada, porque qualquer coisa em que esteja metido direta ou indiretamente Mário Centeno… há sempre aqui umas questiúnculas com Carlos Costa. Aquilo é um problemazinho pessoal, pessoal, pessoal”. Para Mendes, “Centeno está por detrás de tudo isto, evidentemente”.

O grupo de trabalho, promovido pelo PS e pelo BE, defendeu que as provisões do Banco de Portugal devem ser mais baixas, para ser possível, em contrapartida, aumentar os dividendos. Mendes acrescenta, de resto, que a medida serviria “para baixar o défice” e não a dívida pública. O Presidente da República já matou essa ideia, dizendo que o governo não está a pensar nesta medida, acrescentou.

“Em função de tudo isto, não vai mudar nada. Muita parra e pouca uva. Até que a Europa, um dia, decida pegar neste assunto, senão não vai acontecer nada. Em segundo, o governo, habilmente, demarcou-se. Pôs um secretário de Estado lá dentro, mas depois, um pé lá, um pé cá.”

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As oito tendências do turismo para o Fórum Económico Mundial

  • Juliana Nogueira Santos
  • 30 Abril 2017

A organização avaliou o comportamento da indústria do turismo e destacou oito tendências que têm de ser tidas em conta por todos os envolvidos. A digitalização é uma delas.

O panorama da indústria do turismo está em constante mudança: os viajantes já não são os mesmos, as suas necessidades são cada vez mais vastas e a competitividade entre mercados e entre empresas é maior que nunca. Tendo isto em conta, o Fórum Económico Mundial analisou o comportamento da indústria entre 2015 e 2017 e identificou oito tendências que a irão afetar a curto, médio e longo prazo.

A organização pretende com isto providenciar dicas para que os operadores aproveitem da melhor forma os pontos fortes e melhorem, o mais depressa possível, os pontos fracos. E o caminho a seguir aponta para a digitalização e para a colaboração direta entre os governos e as empresas privadas…

Os turistas de ontem não são os de amanhã

Se antigamente viajar era um luxo que não era acessível a todos, hoje em dia, devido à diminuição dos preços praticados pelas operadoras e das barreiras fronteiriças, viajar transformou-se num bem quase essencial. Segundo as estatísticas do Fórum Económico Mundial registaram-se 1,24 mil milhões de chegadas internacionais em 2016, comparativamente com as 25 milhões de chegadas nos anos 50.

Os destinos favoritos também sofreram mudanças. Se antes a América do Norte e a Europa eram os continentes que recebiam mais turistas, mercados como Índia, Angola, Tailândia e Vietname estão a subir no top de preferências.

Com a classe média a encher a maior parte dos lugares nos aviões e os millennials a constituírem-se como uma nova geração de viajantes que quer descobrir outros sítios e outras culturas, é preciso criar uma cadeia de valor mais forte, que se centre no utilizador final e que consiga corresponder às expectativas deste.

Novos viajantes, o mesmo sistema

Ainda que os turistas se tenham tornado mais flexíveis, o mesmo não aconteceu com as infraestruturas e a burocracia. O Fórum Económico Mundial alerta para a existência de barreiras à mobilidade, como a dificuldade na obtenção de vistos e a burocracia nos próprios aeroportos, que “não nos deixam mais seguros, mas que dificultam o crescimento, a criação de emprego e a tolerância entre culturas”.

A organização aplaude soluções como os acordos regionais e propõe um modelo compreensivo de “viagem inteligente” que pressupõe a utilização de novas tecnologias para melhorar a experiência dos passageiros. Seriam então criados vistos, fronteiras e infraestruturas inteligentes que facilitem as viagens e, ao mesmo tempo, as tornem mais seguras.

Insegurança geopolítica é o novo normal

Desde o ataque às Torres Gémeas em 2001, os países e os operadores viram-se obrigados a reforçar as medidas de segurança em torno dos movimentos turísticos. Estima-se que desde esse ano até 2010 tenham sido investidos 7,4 mil milhões de dólares em melhorias.

Com turistas alertados para os riscos e dispostos a partilhar dados pessoais em troca de maior segurança nestes movimentos, o Fórum Económico Mundial afirma que a tecnologia tem de ser utilizada para reforço da cadeia de valor, começando pelo fator de segurança. A insegurança geopolítica e o terrorismo têm de ser vistos pelos operadores como fatores constantes e não como acontecimentos esporádicos, para o qual só se tomam medidas de resolução.

A organização propõe que se adote um sistema global, em que se avance para o desenvolvimento de fronteiras virtuais. Este novo sistema pede uma harmonização dos sistemas de inteligência e de partilha de informação, para que o que seja tido em conta à entrada de um país não sejam as considerações do país de origem, mas sim as características de cada viajante.

A quarta revolução industrial chegou para ficar

O setor da aviação tem acolhido com muita facilidade as inovações tecnológicas disruptivas e prevê-se que esta tendência se mantenha. Os próprios viajantes adotam já ferramentas inovadoras, como plataformas de booking e agregadores de voos e hotéis. Agora é preciso que este fenómeno se estenda a outras áreas, para que toda a indústria se mantenha competitiva.

Como já foi dito, a digitalização tem de chegar às fronteiras, aos sistemas de segurança e aos serviços de apoio ao cliente. O Fórum Económico Mundial garante ainda que a automatização em de chegar à mão de obra. Com isto em mente, prevê-se que a digitalização na aviação valorize em mais 305 mil milhões de dólares a indústria, permitindo assim aumentar os lucros e os benefícios para quem viaja.

Há empregos, mas onde está o talento?

O setor das viagens e do turismo emprega uma em cada dez pessoas em todo o mundo, com estudos a demonstrarem que, por cada 30 turistas que chegam a um destino, um novo posto de trabalho é criado. A influência socioeconómica da atividade não se pode negar, ainda assim, nem tudo é bonito e brilhante para quem quer trabalhar nesta indústria.

A imagem de uma formação insuficiente, agregada a uma carreira pouco atrativa e sem grandes oportunidades de progressão tem pairado sobre esta indústria, que se vê com dificuldades em atrair talentos, tanto para posições mais técnicas, como para cargos de administração. Segundo a organização, esta falha no recrutamento pode custar uma redução de 610 mil milhões de dólares no produto interno bruto global.

Para mitigar esta falha, a organização propõe uma parceria mais estreita entre o setor privado e o público para melhorar a oferta curricular nas universidades e criar programas de formação para garantir a sustentabilidade do mercado.

Sustentabilidade é um dever

Tem crescido entre aqueles que percorrem o mundo a consciência das repercussões locais e ambientais daquele que é apelidado de “turismo de massas”. Embora seja difícil medir quantitativamente o impacto das atividades turísticas, problemas como a utilização hídrica, a produção de resíduos, o consumo de energia e a deterioração do património natural e cultural já são notórios nos destinos mais populares.

Assim, será importante controlar não só as emissões de dióxido de carbono e a dependência do petróleo, dois problemas alocados à atividade aérea, mas também os problemas que podem surgir nos sítios de chegada, para que o turismo se torne cada vez mais sustentável.

Infraestruturas tornaram-se um obstáculo

O turismo tem desempenhado um papel muito importante na economia dos países. A prova disso está bem perto de nós, com os indicadores económicos portugueses a melhorarem cada vez mais, fruto dos milhares de turistas que vão chegando. Ainda assim, e no panorama global, o investimento no melhoramento e na construção de novas infraestruturas não tem sido proporcional a estes ganhos.

Os aeroportos já são pequenos demais, os estabelecimentos hoteleiros são poucos e os transportes públicos não aguentam com tantos utilizadores. As infraestruturas não são auxílios, mas sim obstáculos para aqueles que viajam.

O Fórum Económico Mundial alerta assim para a importância da manutenção das infraestruturas, para o diálogo entre governos e privados e para o estabelecimento de uma rede de infraestruturas sustentável e funcional, para que os países consigam dar conta da crescente procura.

Século XXI pede regulação adequada

Ainda que o turismo se tenha globalizado, o setor da aviação ainda está um passo atrás no que toca à regulação. Existem ainda restrições “antiquadas e protecionistas” que não permitem que as companhias aéreas efetuem certas operações financeiras, como procurar novos investidores e juntarem-se a outras empresas da área.

Assim, o Fórum Económico Mundial alerta para a necessidade de liberalização do mercado, não esquecendo as normas de segurança essenciais, para que o espaço aéreo se torne também num espaço globalizado.

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CDS-PP pede presença urgente do ministro da Agricultura no Parlamento por causa da seca

  • Lusa
  • 30 Abril 2017

Centristas pedem audição urgente de Capoulas Santos na Comissão de Agricultura e Mar.

O CDS-PP anunciou hoje que requereu a presença urgente do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Capoulas Santos, no parlamento para esclarecer as medidas de mitigação dos impactos da seca na agricultura.

Num requerimento entregue na Assembleia da República, o grupo parlamentar do CDS-PP pede uma audição de Capoulas Santos na Comissão de Agricultura e Mar, uma vez que considera “urgente a implementação de medidas de apoio aos agricultores”.

O ministro da Agricultura anunciou, na semana passada, que iria constituir uma comissão interministerial para “acompanhar a evolução da situação de seca em Portugal e equacionar medidas que se revelem necessárias tomar”.

Nesse sentido, o CDS-PP sublinha que “é de todo o interesse perceber quais as atribuições da nova comissão”, uma vez que, na sequência da seca de 2012, foi constituído um grupo de trabalho para acompanhamento e avaliação dos impactos da seca e criada uma comissão interministerial de prevenção, monitorização e acompanhamento dos efeitos da seca e das alterações climáticas para aprovar medidas urgentes.

No entanto, “não é conhecida nenhuma atuação recente desta comissão interministerial ou eventuais medidas que esteja a prever para minimizar os efeitos da seca que se avizinha”, adianta.

No requerimento, o CDS-PP refere que “a fraca pluviosidade ocorrida neste outono/inverno, cujo nível se mantém abaixo do normal, está a provocar sérios prejuízos na atividade dos agricultores, quer ao nível da alimentação animal (prados, pastagens e culturas forrageiras), quer do desenvolvimento vegetativo de diversas outras culturas”.

O partido indica ainda que as barragens estão com níveis de armazenamento baixo ou mesmo críticos em alguns casos e os dados disponíveis apontam para uma manutenção de ausência de precipitação significativa, o que leva à previsão do agravamento da situação, além de várias organizações já terem manifestado “enorme preocupação, nomeadamente com a falta de água para garantir a realização das culturas e com consequências ao nível da produção de pastagens suficientes para a alimentação animal.

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Temer assegura que Brasil continua a trabalhar “com ou sem os protestos”

  • Lusa
  • 30 Abril 2017

Programa de reformas do presidente brasileiro foi contestado sexta-feira numa greve geral mas Michel Temer garante que o país vai continuar a trabalhar.

O Presidente brasileiro, Michel Temer, que tem em curso um duro programa de reformas, contestado na sexta-feira numa greve geral, afirmou hoje que o país “continua e vai continuar a trabalhar, com ou sem protestos”.

Temer disse aos jornalistas, em São Paulo, que o “povo brasileiro é otimista” e garantiu que, “aconteça o que acontecer”, não deixará de trabalhar “pelo bem do país”.

O presidente considerou que as “objeções e contestações” às reformas laborais e económicas que propôs “são típicas de uma democracia plena como a que o país vive” e acrescentou que com o tempo será reconhecida a sua “necessidade”.

Uma das reformas mais polémicas, que foi aprovada esta semana na câmara baixa do Parlamento e deve ainda ser discutida no Senado, propõe amplas mudanças nas leis laborais.

A proposta faz parte de uma série de medidas promovidas pelo Governo para tentar a recuperação da economia, após uma profunda recessão.

A alteração das regras de acesso às pensões de reforma também faz parte do pacote que, segundo o Governo, se destina a modernizar a legislação laboral, transmitir confiança aos investidores e impedir o colapso do sistema de pensões.

O Governo defende, ainda, que as reformas vão permitir uma recuperação do mercado de trabalho e podem contribuir para pôr fim à elevada taxa de desemprego, que no primeiro trimestre deste ano chegou aos 13,7%, o que significa que 14,2 milhões de brasileiros estão desempregados.

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Presidente ucraniano retira cidadania a deputado que propôs arrendar Crimeia

  • Lusa
  • 30 Abril 2017

Anúncio foi feito pelo líder do Partido Radical ucraniano, Oleg Liashkó, na sua página de Facebook.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, retirou a cidadania a Andréi Artemenko, depois de o deputado ter proposto arrendar à Rússia a anexada península da Crimeia, como solução para o conflito entre os dois países.

Segundo a agência de notícias espanhola EFE, o anúncio é feito pelo líder do Partido Radical ucraniano, Oleg Liashkó, na sua página de Facebook.

“Conseguimos. O presidente da Ucrânia assinou hoje o decreto para retirar a cidadania [a Andréi Artemenko] por ter aceitado deliberadamente, em 2005, a cidadania do Canadá. Os traidores que desrespeitam a Constituição não podem servir o Estado”, escreveu Liashkó.

A lei ucraniana prevê que os cidadãos que adquiram a cidadania de outro país de forma voluntária e deliberada podem ser privados da cidadania ucraniana.

O deputado Andréi Artemenko propôs em fevereiro que a Ucrânia arrendasse a Crimeia à Rússia, por um prazo de entre 30 a 50 anos.

“Decorrido esse tempo, realizar-se-á um referendo na Crimeia, sob supervisão das estruturas internacionais, para decidir definitivamente sobre a soberania da península”, defendeu, na altura, o deputado.

Questionado sobre o tema, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu que é impossível haver um acordo com os Estados Unidos sobre a Crimeia como contrapartida para Washington levantar as sanções contra a Rússia.

“Não há nada para falar”, assegurou Peskov, sublinhando que Moscovo está absolutamente contra novas consultas públicas sobre a Crimeia e que a soberania russa sobre esse território está fora de qualquer discussão.

A Rússia anexou a Crimeia em março de 2014, depois de meses de confrontos na Ucrânia que levaram à mudança de governo em Kiev e depois de ter entrado no território e ter feito um referendo considerado ilegal pela comunidade internacional.

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Regras do fundo de resgate europeu não permitem redução do juro proposta por PS e BE

  • Lusa
  • 30 Abril 2017

PS e Bloco de Esquerda propõem uma reestruturação dos empréstimos europeus, através da diminuição dos juros para 1% e do alargamento do prazo de pagamento para 60 anos.

Uma redução da taxa de juro dos empréstimos europeus concedidos no programa de resgate, conforme propõem PS e Bloco de Esquerda, não é permitida pelas regras do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), segundo fonte oficial.

“Qualquer redução adicional desta taxa de juro resultaria na necessidade de apoio direto dos Estados-membros da zona euro e de transferências orçamentais, o que não seria possível no enquadramento legal do FEEF/Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)”, disse um porta-voz do organismo à agência Lusa.

O grupo de trabalho do PS e Bloco de Esquerda sobre a dívida pública propõe, entre as medidas apresentadas na sexta-feira, uma reestruturação dos empréstimos europeus, através da diminuição dos juros para 1,0% e do alargamento do prazo de pagamento para 60 anos.

A notícia de que as regras do FEEF — o fundo de resgate europeu e que emprestou 26.000 milhões de euros a Portugal durante a crise financeira — não permitem essa reestruturação tinha sido avançada pelo Jornal de Negócios e foi agora confirmada à agência Lusa por fonte oficial.

“Graças às condições de empréstimo do FEEF, Portugal beneficia de maturidades muito longas (20,8 anos de maturidade ponderada) e uma taxa de juro muito baixa (atualmente 1,88%) em cerca de 26.000 milhões do empréstimo concedido pelo FEEF”, recorda a instituição.

Nesse sentido, o fundo de resgate afirma que estas “taxas baixas e maturidades longas produzem poupanças consideráveis no orçamento português: 0,4% do Produto Interno (PIB) em 2012, 0,6% do PIB em 2013, 0,7% em 2014 e 0,7% em 2015”.

“Estas poupanças vão continuar por anos e providenciar espaço orçamental para Portugal”, garante o Fundo, explicando que estas taxas resultam do “baixo custo de financiamento do FEEF mais adicionado de uma pequena taxa adicional”.

O FEEF observa que “Portugal tem um elevado peso da dívida e, por isso, é critico que exista uma redução contínua da dívida pública, necessidades de financiamento bem geridas e políticas que impulsionem o crescimento”.

“Neste respeito, a performance de Portugal na redução do défice público em 2016 é um passo na direção certa”, defende.

O FEEF foi criado como um mecanismo temporário para resolver a crise pelos Estados-membros do euro em junho de 2010 e forneceu apoio financeiro a Portugal, Grécia e Irlanda. O FEEF já não providencia assistência financeira – agora essa tarefa está ao cargo do MEE, liderado por Klaus Regling.

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