Macron e Le Pen. Quem defende o quê?

São dois candidatos que passaram à segunda volta nas presidenciais francesas. Um defende a permanência no euro, o outro quer sair. Conheça o que mais separa Emmanuel Macron de Marine Le Pen.

Montagem por Raquel Sá Martins
Há muito a dividir Emmanuel Macron de Marine Le Pen. Em comum, só um pormenor: são candidatos fora do sistema.Montagem por Raquel Sá Martins

Um defende a permanência no euro, o outro nem por isso. Um prefere a globalização, o outro é pelo protecionismo e pelo fecho das fronteiras. Passaram à segunda volta das eleições presidenciais, separados por quase nada. Mas o fosso largo e profundo que se estende entre Emmanuel Macron e Marine Le Pen é muito maior do que os 2,22 pontos percentuais que os afastam nos resultados da primeira volta. No próximo dia 7 de maio, um dos dois será escolhido para Presidente da República de França. Eis o que os distingue, de acordo com a Bloomberg:

Infografia por Raquel Sá Martins
Fonte: BloombergInfografia por Raquel Sá Martins

Visões diferentes do futuro

Uma França a funcionar em pleno, com crescimento económico a bom ritmo, é um caminho que ambos imaginam diferente. Melhor: têm visões praticamente antagónicas. Emmanuel Macron é pela permanência do país na União Europeia, enquanto Marine Le Pen quer seguir as passadas do Reino Unido e sair. É uma das principais bandeiras de campanha da líder da Frente Nacional, que desde o início da corrida deixou os mercados muito, muito nervosos. Esta segunda-feira, dia de rescaldo da primeira volta das eleições, os investidores ficaram um pouco mas aliviados.

As ideias de Macron, mais ao encontro da visão republicana, são mais socialistas. As de Le Pen são claramente nacionalistas. Por exemplo, enquanto o candidato do movimento En Marche! promete uma maior flexibilização para as empresas, a candidata da Frente Nacional opta por dar mais direitos aos trabalhadores de nacionalidade francesa. A ideia de reinstaurar o controlo de fronteiras e criar um teto máximo para a imigração legal de 10.000 entradas no país por ano.

Se são separados por um fosso, há uma coisa que também têm em comum e que lhes valeu a chegada à segunda volta: são candidatos completamente fora do sistema. Vieram para carimbar um ponto final na tradicional separação entre esquerda e direita em França. É isso que, no fundo, os une. Mas que vale tão pouco quando prometem exatamente o contrário um do outro.

Vale a pena, por isso, olhar para como veem Donald Trump, o novo Presidente dos Estados Unidos que, tal como Macron e Le Pen, também veio para acabar com o status quo. Macron opõe-se à medidas mais polémicas (como a ideia de construir um muro na fronteira com o México), enquanto Le Pen defende que Trump na Casa Branca abona mais a favor da França. O candidato socialista é favorável, para já, às sanções à Rússia. Marine Le Pen é contra elas.

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Bolsas de Nova Iorque festejam eleições francesas

Os investidores respiraram de alívio com a vantagem de Macron sobre Le Pen e as bolsas norte-americanas subiram mais de 1%, apesar da desvalorização do petróleo.

Wall Street fechou como abriu: em alta, com as bolsas a valorizarem mais de 1%, depois de a vantagem conseguida por Emmanuel Macron sobre Marine Le Pen na primeira volta das eleições presidenciais francesas ter tranquilizado os investidores. A manchar a fotografia esteve o petróleo, que baixou da fasquia dos 50 dólares por barril.

O S&P 500 subiu 1,08%, para os 2.374,15 pontos, impulsionado pelo setor financeiro, que disparou mais de 3%, o maior ganho diário que registou desde 1 de março. Já o tecnológico Nasdaq avançou 1,24%, para os 5.983,82 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valorizou 1,05%, para os 20.763,89 pontos.

O derrotado do dia foi o petróleo, que desvalorizou pela sexta sessão consecutiva, penalizado pelos receios dos investidores de que haja novo aumento das reservas norte-americanas. O crude negociado em Nova Iorque, que também começou o dia a festeja a vitória de Macron, acabou por desvalorizar à volta de 0,8% e baixou da fasquia dos 50 dólares por barril, para os 49,22 dólares.

Esta semana, os investidores esperam, também, receber mais novidades sobre a “enorme” reforma fiscal planeada por Donald Trump, que já disse que irá fazer um anúncio sobre este assunto na quarta-feira. E este poderá ser um momento determinante para os mercados norte-americanos, antecipam os analistas.

“Houve receio de que o revés com as reformas no setor da saúde pudesse travar os planos de Trump quanto às reformas fiscais, mas o anúncio desta semana vai colocar os ’touros’ em ação, mesmo quando a euforia com as eleições francesas já tiver passado”, refere um analista da IG, citado pelo MarketWatch.

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Assembleia-geral da Associação Mutualista Montepio adiada para 9 de maio

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Os mutualistas iam votar a passagem da Caixa Económica Montepio Geral a sociedade anónima, permitindo a entrada de novos investidores no capital do banco.

A assembleia-geral extraordinária da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), marcada para esta segunda-feira para decidir sobre a passagem do banco Montepio a sociedade anónima, não se vai realizar por falta de quórum suficiente, ficando marcada para 9 de maio. O adiamento da assembleia dos associados já era previsível, uma vez que, pelas regras, para que a reunião desta primeira convocatória se realizasse teriam de estar representados dois terços dos associados com direito de voto, sendo que a AMMG tem cerca de 600 mil associados.

Assim, a reunião realizar-se-á apenas na data e lugar da segunda convocatória, dia 9 de maio, pelas 21:00, no Coliseu de Lisboa, confirmou à Lusa fonte do Montepio. Neste encontro já não há quórum mínimo.

Esta assembleia-geral extraordinária serve para os associados deliberarem a passagem a sociedade anónima da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG), detida na totalidade pela Associação Mutualista. Esta alteração já foi aprovada pela assembleia-geral da CEMG, assim como os novos estatutos, e falta agora a ratificação dos associados da casa-mãe para concluir o processo.

O processo de transformação do banco em sociedade anónima começou em março de 2016, por exigência do Banco de Portugal.

Segundo os novos estatutos do banco como sociedade anónima, a alteração implica que a Associação Mutualista deixe de ter 100% do capital social do banco, uma vez que os atuais detentores de títulos do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral passam a ser acionistas do banco.

De acordo com fonte da associação mutualista, uma vez que esta tem 275 milhões de euros em unidades de participação e 115 milhões de euros estão dispersos, a associação fica com 94,7% do capital social e os restantes acionistas com 5,3%.

A passagem a sociedade anónima, ao permitir que o capital social da CEMG seja aberto, abre a possibilidade de novos investidores estratégicos entrarem no seu capital, tendo sido falada a possibilidade de a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa o fazer.

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Marcelo sobre França: Tudo o que fortaleça a pertença à União Europeia é bom

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

Ressalvando que um chefe de Estado de outro país não pode comentar as eleições de França, o Presidente da República admitiu que o que fortalece a unidade da UE é positivo.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou esta segunda-feira que tudo o que fortaleça a pertença da França à União Europeia e o espírito europeu é bom e tudo o que o enfraqueça é mau.

Este foi o único comentário que Marcelo Rebelo de Sousa quis fazer sobre as eleições francesas deste domingo, em que os dois candidatos mais votados foram o liberal pró-europeu Emmanuel Macron e a líder da extrema-direita francesa Marine Le Pen, anti União Europeia, que se vão defrontar numa segunda volta, no dia 7 de maio.

“Em geral, penso que tudo o que, noutro país nosso parceiro na União Europeia, fortaleça a União Europeia, a pertença à União Europeia, o espírito europeu, da minha ótica é bom. Tudo o que enfraqueça, da minha ótica, não é bom”, declarou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que isto era “o máximo” que podia dizer sobre as eleições presidenciais em França, porque “o Presidente da República Portuguesa não deve comentar eleições de outro país qualquer”.

“E aqui não é sequer um país qualquer. É um parceiro da União Europeia, onde temos uma comunidade enormíssima, importantíssima de portugueses e de luso-descendentes, e que certamente têm sensibilidades muito diversas e votaram de formas muito diferentes”, salientou.

Segundo os resultados definitivos publicados esta segunda-feira pelo Ministério do Interior francês, o independente Emmanuel Macron venceu a primeira volta das presidenciais francesas com 24,01% dos votos, à frente da líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, que conseguiu 21,30% dos votos.

O candidato conservador François Fillon, do partido republicano, ficou na terceira posição com 20,01% dos votos, seguido pelo candidato da esquerda radical Jean-Luc Mélenchon com 19,58% dos votos.

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PS: Helena Roseta vai criar lei de bases da habitação

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

A deputada independente do PS, Helena Roseta, vai poder criar a lei de bases da habitação. PS argumenta que este é o único direito social sem lei de bases.

O presidente do grupo parlamentar do PS, Carlos César, disse esta segunda-feira que o partido vai apresentar uma proposta de lei de bases de habitação, que está a ser preparada pela deputada independente do PS Helena Roseta. “A deputada Helena Roseta tem referido, e com razão, que a habitação é o único direito social da Constituição que nunca teve uma lei de bases. Vamos, por isso, aproveitar o trabalho que ela tem vindo a desenvolver e iniciar um processo de audições que nos permita reforçar a qualidade da proposta a apresentar”, adiantou Carlos César, numa nota enviada à Lusa.

Para o presidente do grupo parlamentar do PS, a deputada Helena Roseta tem feito um “excelente trabalho” na área da habitação, destacando-se o empenhamento no processo legislativo de alteração do Novo Regime do Arrendamento Urbano, no Programa Nacional de Realojamento e na alteração do regime do arrendamento apoiado.

“Agora que tenho luz verde, vou apresentar a minha proposta, as várias audições que pretendo fazer e, depois, vamos ver se tem apoio e se vai para a frente”, declarou à Lusa a deputada Helena Roseta, escusando-se a adiantar informações sobre a proposta e o processo de audições e de participação pública. Segundo a deputada independente do PS, “o trabalho já está bastante adiantado” e “muito brevemente” vai ser tornado público. “Em maio, seguramente, haverá notícias”, frisou.

O direito à habitação é o único direito social da Constituição da República que não tem uma lei de bases.

Helena Roseta

Deputada independente do PS

“Ao contrário de todos os outros direitos sociais, o direito à habitação é o único direito social da Constituição da República que não tem uma lei de bases”, reforçou Helena Roseta, advogando que “é essencial” criar a lei de bases da habitação.

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Autoridades francesas investigam Peugeot por suspeitas de manipulação de emissões

O grupo que detém a Peugeot e a Citröen é suspeito de ter instalado dispositivos nos motores diesel para manipular as emissões de gases poluentes.

As autoridades francesas abriram investigações ao grupo PSA, que detém as marcas Peugeot e Citröen, por suspeitas de manipulação das emissões de gases poluentes. A notícia é avançada pela agência noticiosa AFP, que dá conta de que a investigação judicial foi aberta esta segunda-feira pelo procurador público de Paris, que recebeu do Ministério da Economia francês um relatório a denunciar estas manipulações. A PSA, liderada pelo português Carlos Tavares, já negou as suspeitas.

As suspeitas das autoridades francesas apontam para que a PSA tenha feito exatamente o mesmo que o grupo Volkswagen admitiu ter feito em 2015: instalou um dispositivo nos motores diesel que permite manipular as emissões de gases poluentes, de forma a que estas fiquem abaixo dos limites impostos pela regulação europeia.

O grupo PSA, por seu lado, refere que ainda não foi notificado da existência desta investigação, garante que cumpre com a regulação europeia e nega a utilização de qualquer dispositivo fraudulento.

A investigação é aberta depois de, em fevereiro, o organismo francês de proteção dos consumidores, o DGCCRF, ter denunciado que, além da Volkswagen, também o grupo PSA, a Renault e a Fiat Chrysler recorrem a este tipo de dispositivos para manipular os níveis de emissões.

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Acesso à reforma antecipada vai ser mais limitado: CGTP e UGT contra

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 24 Abril 2017

Reforma antecipada exigirá 40 anos de descontos aos 60 de idade, o que limitará as saídas face ao regime que hoje vigora. CGTP e UGT querem regras mais abrangentes.

O Governo promete reduzir os cortes aplicados nas reformas antecipadas de pessoas com longas carreiras contributivas, mas, por outro lado, também vai limitar as saídas para este regime na Segurança Social. A solução desagrada às estruturas sindicais.

Atualmente, o regime transitório em vigor permite a saída de trabalhadores que reúnam duas condições: 60 anos de idade e 40 descontos. Mas as regras que estão a ser negociadas, e ainda sujeitas a mudanças, são mais restritivas, uma vez que só permitem o acesso à pensão antecipada a trabalhadores que aos 60 anos de idade contem 40 de descontos. Um exemplo: se no regime atual um trabalhador com 61 anos de idade e 40 de descontos pode pedir a pensão antecipadamente, no futuro regime essa possibilidade está vedada, porque esta pessoa só tinha 39 anos de descontos aos 60 de idade. Esta pessoa terá de esperar pela idade normal de reforma: 66 anos e três meses em 2017, mais um mês em 2018 e continuando a evoluir no futuro.

CGTP e UGT estão contra este princípio. A CGTP defende, aliás, que qualquer pessoa deve poder aceder à reforma antecipada sem cortes a partir dos 40 anos de contribuições, independentemente da idade. Em declarações ao ECO, Arménio Carlos entende que a maioria dos trabalhadores com 60 anos já terá hoje 40 anos de descontos, o que significa que, tendo por base a proposta do Governo, a maioria poderá passar à reforma antecipada. Mas com cortes, algo que a Inter contesta.

Por seu turno, a UGT entende que as reformas antecipadas devem estar disponíveis para trabalhadores com menos de 60 anos de idade, ainda que sujeitas a penalização. Com 60 anos de idade e 40 de descontos, os cortes devem ser eliminados, defende Sérgio Monte.

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Marcha de Macron propaga-se às bolsas europeias. PSI-20 sobe

Tanto o PSI-20 como as principais bolsas europeias valorizaram esta segunda-feira, um dia depois da primeira volta das eleições presidenciais francesas. O índice francês valorizou mais de 4%.

A bolsa lisboeta seguiu a marcha que a vitória de Emmanuel Macron impulsionou nos mercados internacionais. A crescente confiança de que Marine Le Pen não vai vencer na segunda volta das eleições francesas animou os investidores.

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Já há mais dinheiro em certificados do Tesouro que em Aforro

O total aplicado em certificados do Tesouro superou as quantias depositadas pelos portugueses em certificados de aforro, pela primeira vez, em março. A culpa está na diferença dos retornos.

Certificados de Aforro ou do Tesouro? Os aforradores portugueses não têm dúvidas: é tempo de “colocar todas as fichas” em certificados do Tesouro. A evolução das quantias aplicadas nos dois produtos de poupança do Estado atestam isso mesmo. Em março, e pela primeira vez, o valor investido em certificados de Tesouro superou as quantias aplicadas em certificados de Aforro. Um produto que já tem quase 60 anos.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal no seu boletim estatístico de abril, indicam que no final de março, o valor total investido em certificados do Tesouro ascendeu a 12.530 milhões de euros. Este montante compara com os 12.467 milhões de euros que estavam depositados em certificados de aforro no mesmo período. Ou seja, já há mais 63 milhões de euros investidos em certificados do Tesouro do que em Aforro. Esta inversão é o reflexo de uma tendência que já não é nova e que surge devido ao forte desequilíbrio das remunerações oferecidas pelos dois produtos.

Tesouro em alta e Aforro em queda

Fonte: Banco de Portugal

Em março, o valor depositado em certificados de Aforro caiu pelo quinto mês consecutivo, com o nível de retirada de dinheiro a ser o mas elevado desde agosto de 2012: 168 milhões de euros. Este montante eleva para 455 milhões de euros o total retirado no primeiro trimestre deste ano dos certificados de Aforro, a maior fuga trimestral desde 2012. O fim do prémio nos certificados de Aforro no final de março deste ano não não será alheio ao desinvestimento nesse produto de poupança. Os Certificados de Aforro perderam o prémio extraordinário de 275 pontos base, o que dita uma queda acentuada na remuneração auferida. Numa altura em que a Euribor a três meses está negativa, a taxa deverá descer para cerca de 0,6%.

Ao mesmo tempo que os Certificados de Aforro registam fortes resgates, os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) continuam a atrair aforradores. Os dados do Banco de Portugal mostram que em março foram captados 464 milhões de euros nestes títulos. Trata-se do crescimento mensal mais elevado desde janeiro de 2015, o mês anterior a este produto sofrer um corte acentuado na remuneração oferecida. Naquela ocasião, os CTPM captaram 1.472 milhões de euros.

Apesar da redução da remuneração sofrida naquela ocasião, a remuneração bruta dos CTPM é bastante mais atrativa face aos 0,671%, em termos brutos, oferecidos na subscrições de certificados de Aforro da série D realizadas neste mês de abril. No primeiro ano, os CTPM remuneram com uma taxa de juro bruta de 1,25% no primeiro ano. Nos quatro anos seguintes a remuneração sobe gradualmente para atingir um valor médio de 2,25%, em termos brutos, nos cinco anos de aplicação.

Mas também em comparação com os depósitos a prazo, os retornos oferecidos pelos CTPM são bastante mais atrativos. A remuneração dos depósitos a prazo está no patamar mais baixo dos últimos 14 anos. Os bancos ofereceram uma taxa de juro média de 0,33% nas novas aplicações a prazo, a mais baixa desde pelo menos janeiro de 2003.

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Trump reúne senadores enquanto crescem tensões com a Coreia

A detenção de mais um cidadão americano em território coreano e a ameaça de detonação de aeronaves norte-americanas aumentam tensões entre a Coreia do Norte e EUA. Trump convoca reunião com senadores.

É já esta quarta-feira que Trump irá discutir a atitude a tomar em relação à Coreia do Norte. Os receios aumentam com a ameaça de detonação de aeronaves e mais uma detenção de um cidadão americano em território coreano, eventos do último fim de semana. O presidente chinês apela a que nenhuma das partes “piore a situação tensa”.

O vice-presidente Mike Pence declarou este fim de semana que “todas as opções estão na mesa” em relação à Coreia do Norte. Na reunião de quarta-feira estarão presentes as quatro figuras principais para a decisão de Trump: o secretário de estado Rex Tillerson, o secretário da defesa Jim Mattis, Dan Coats, director da National Intelligence e Joseph Dunford, o chefe dos Joint Chiefs of Staff.

A Coreia deteve um cidadão americano este fim de semana impedindo-o de abandonar o país, no qual dava aulas na universidade. É o terceiro cidadão americano retido no país. John Kelly, da Homeland Security acredita que apesar de “a Coreia do Norte representar maioritariamente uma ciber ameaça para os EUA, isso pode mudar”, tendo em conta a possibilidade da nação asiática possuir um míssil capaz de atingir os Estados Unidos. A Coreia do Norte declarou que estava pronta a afundar uma aeronave norte-americana para demonstrar a sua força militar. Este receio aumenta com a aproximação do 85.º aniversário do Exército coreano, a realizar-se esta terça-feira.

O presidente norte-americano esteve em contacto com o presidente chinês, Xi, que tem tentado acalmar os ânimos. O ministro chinês afirma que Xi “espera que todas as partes relevantes resfriem e evitem fazer algo que piore a situação tensa” que se vem a verificar.

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Possibilidade de todos os precários pedirem avaliação do processo satisfaz FESAP

  • Lusa
  • 24 Abril 2017

José Abraão mostrou-se "relativamente" satisfeito, depois de ter recebido a garantia de que nenhum trabalhador ficará excluído da possibilidade de requerer a avaliação do seu processo.

A FESAP saiu hoje “relativamente satisfeita” de uma reunião com o Governo, depois de ter tido a garantia de que todos os trabalhadores em situação precária no Estado vão poder pedir a avaliação do seu processo.

“Saímos daqui relativamente satisfeitos, quando nos dizem que não haverá nenhum trabalhador que fica excluído da possibilidade de requerer a avaliação do seu processo”, seja um ‘recibo verde’, trabalhador em ‘outsourcing’ ou em regime de substituição, afirmou aos jornalistas o secretário-geral da FESAP, José Abraão, no final de uma reunião no Ministério das Finanças.

O sindicalista sublinhou que “todos esses processos irão ser avaliados, tendo em vista à demonstração de que satisfazem necessidades permanentes nos serviços e, com isso, passarem de um contrato precário a um permanente”.

Os secretários de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, e do Tesouro, Álvaro Novo, já receberam a FESAP para discutir o processo de regularização de precários do Estado, a vão ouvir ainda esta tarde o STE – Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e a Frente Comum.

Os encontros ocorrem duas semanas depois de o Governo ter enviado um projeto de portaria aos sindicatos da Função Pública no qual esclarece que o programa de regularização de precários será alargado a todas as carreiras da Função Pública, mesmo as que têm regras próprias de vinculação, ficando de fora apenas os professores, uma vez que estes se encontram abrangidos por um concurso de vinculação extraordinária.

“Recebemos do Governo a abertura para fazer alguns ajustamentos [à portaria], clarificando, de tal modo que não fiquem dúvidas, que qualquer trabalhador que detenha situação precária pode recorrer a avaliação do seu processo sem excluir ninguém”, afirmou José Abraão.

O sindicalista afirmou que essa foi “uma das grandes preocupações” deixadas pela Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) ao Governo: “Não faria sentido nenhum deixar ninguém para trás depois de tantos anos de precariedade sem que o seu próprio processo fosse avaliado”, defendeu.

Outra preocupação levantada pela FESAP diz respeito aos trabalhadores das autarquias: “Foi-nos dito que vai ser feito um levantamento exaustivo no que diz respeito aos trabalhadores das autarquias e que lá para outubro estará concluído, tendo em vista um processo de regularização semelhante, mais uma vez, para que ninguém fique para trás”, disse o dirigente.

A FESAP mostrou-se disponível também para participar nas comissões de avaliação bipartida (entre ministérios e sindicatos), uma vez que “o projeto de portaria vai sofrer alterações, de tal modo que já não há presidentes com voto de desempate”.

Desta forma, disse José Abraão, a portaria, com as alterações que foram comunicadas e com as propostas feitas pela FESAP, “não tem hoje nenhuma dificuldade”.

“Para nós é importante é um projeto de diploma, que há de ser aprovado, a dizer a forma como os trabalhadores verão os seus processo regularizados e, naturalmente, a sua situação passar para uma situação estável: um contrato permanente”, disse.

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Metro quadrado: Lojas em zonas de charme

  • ECO + JLL
  • 24 Abril 2017

Hoje damos a conhecer duas excelentes oportunidades para a instalação de lojas em 2 edifícios inteiramente reabilitados, localizados em zonas centrais e de grande visibilidade em Lisboa.

Estrela 24: loja com 179 m²

Um dos edifícios situa-se em frente à Assembleia da República, na esquina da Calçada da Estrela com a Rua Correia Garção e é constituído por 2 lojas – uma das quais ainda disponível com 179 m² – e 8 apartamentos exclusivos.

Os bairros lisboetas da Estrela e São Bento são muito tradicionais e fortemente residenciais, povoados de comércio local com muito charme, como é o caso das lojas de antiguidades e alguns dos mais conhecidos restaurantes da capital, como o XL, Café de São Bento, Boca Café, Il Matriciano e Pátio das Cantigas.

Ficou interessado? Saiba mais.

Rua Castilho 69: loja com 180 m²

A outra loja, com 180 m², localiza-se na Rua Castilho nº 69, ao lado da marca francesa Gerard Darel, e integra um edifício residencial com 12 apartamentos.

A Rua Castilho prolonga a elegância da sua vizinha Avenida da Liberdade, conjugando hotéis e moda premium. É uma artéria comercial muito dinâmica e cosmopolita muito frequentada por executivos e estrangeiros que procuram lojas de prestígio e hotéis de 5 estrelas, como o Ritz Four Seasons, Hotel Intercontinental e Altis.

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