Turquia: Erdogan clama vitória, oposição quer recontar votos

Com quase 100% dos votos contados, o Presidente Erdogan já clamou vitória no referendo que lhe vai dar mais poderes. Oposição pede recontagem por causa de ilegalidades com boletins não oficiais.

Apoiantes do Presidente Erdogan manifestam-se junto da sede do partido AKP, fundado por Erdogan.Kostas Tsironis/Bloomberg

Mais de 99% dos votos contados. E a Turquia está prestes a dar mais poderes ao Presidente. Recep Tayyip Erdogan já clamou vitória no referendo constitucional que registou forte adesão. Os resultados ainda não são oficiais mas apontam para um triunfo mínimo do “Sim”. A oposição já pediu a recontagem dos votos.

De acordo com a agência de notícias estatal turca Anadolu, o “Sim” a mudanças que vão transformar o sistema parlamentar num regime presidencialista registou 51,36% dos votos, o equivalente a quase 25 milhões de votos. Por seu turno, o “Não” conquistou 48,64% dos votos, pouco mais de 23,6 milhões de votos.

Para Erdogan, que já clamou vitória no referendo, apesar de a oposição ter pedido a recontagem de pelo menos metade dos votos, o resultado representa um “grande sinal” de que os turcos querem proteger o futuro da nação. E disse esperar que a comunidade internacional, sobretudo os países aliados da Turquia, respeite os resultados do sufrágio popular.

Os resultados ainda não são oficiais. Ainda assim, o Presidente Erdogan já convocou o primeiro-ministro Binali Yildirim e os líderes dos partidos da direita Movimento Nacional e Grande União para felicitar-lhes pela vitória no referendo, segundo adiantou a Anadolu.

Com a provável vitória do sim, fica aberto o caminho para a concretização de 18 reformas constitucionais que vão atribuir ao Presidente o poder para designar ministros e altos responsáveis oficiais, nomear metade dos membros da mais alta instância judicial do país (HSIK), entre outros poderes que não tinha até agora.

Do lado da oposição, é exigida uma recontagem parcial dos votos, porque considera que a junta eleitoral alterou as regras após a votação ter começado. Em causa está o facto de ter dito que não aceitaria boletins que não apresentassem os selos oficiais da comissão de voto. Ainda assim, mudou de opinião quando a votação já tinha arrancando, aceitando boletins sem o selo estampado, “excetuando aqueles que se provem que tenha sido trazidos de fora”, conta a CNN

“Há uma cláusula clara na lei eleitoral que diz que os boletins não estampados são inválidos e a Alta Junta Eleitoral emitiu o seu aviso em conformidade com esta lei”, referiu Bulent Tezcan, vice-presidente do partido CHP.

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Os altos e baixos da dívida pública portuguesa

O percurso da dívida portuguesa parece uma etapa de montanha: existem algumas descidas, mas as subidas superam e muito. Para amortizar a dívida, cada cidadão teria de pagar mais de 23 mil euros.

Foram poucos os anos em que a dívida pública decresceu desde que existe democracia em Portugal. Mas na análise intranual é possível verificar algumas descidas nesta montanha: são poucas, cirúrgicas e a longo prazo foram mais do que compensados por subidas a pique. A forma “mais justa” de observar a evolução da dívida pública — na ótica de Maastricht, a que interessa às instituições europeias — e fazer comparações entre governos é calculando-a em percentagem do Produto Interno Bruto. Não só porque existe o limite europeu de 60% do PIB, mas também porque avalia a forma como determinado Governo conseguiu colocar a economia a crescer e, por isso, fazer diminuir o “peso” da dívida. Vamos decifrar esta cordilheira elencando os cumes e relevos que a fizeram até agora.

A dívida pública portuguesa em percentagem do Produto Interno Bruto de 1974 e 2016.
Fonte: Conselho de Finanças Públicas (até 2013) e Banco de Portugal.
Raquel Sá Martins

É entre 2005 e 2011 e entre 2011 e 2016 que se verificam as subidas mais íngremes da dívida pública portuguesa. Os contributos para esse aumento são mais complicados de explicar do que as interações geotectónicas. O principal abalo é explicado pelo empréstimo de 78 mil milhões da troika (resgate financeiro), a partir de 2011. Além disso, existiram várias falhas tectónicas que abalaram a dívida pública divididas por três categorias:

  • O impacto dos sucessivos défices primários (segundo o Conselho de Finanças Públicas representam 40% do total);
  • A dinâmica desfavorável entre os juros e o crescimento do produto (o chamado efeito dinâmico ou “bola de neve” (representam 30%);
  • O ajustamento défice-dívida (representa 30%);

O impacto dos défices é uma marca que acompanha quase todas as etapas desta evolução, mas com especial enfoque nos anos de 2005, 2009 (défice de -9,8%) e 2010 (défice de -11,2%). A partir de 2010, os anos de 2011 e 2012 foram especialmente afetados pelo que se chama o ajustamento défice-dívida, o que inclui o alargamento do perímetro das Administrações Públicas que trouxeram as dívidas de empresas públicas que anteriormente não contavam. Em 2011 e 2012, com a recessão em Portugal, foi claro o efeito “bola de neve” dada a diminuição do PIB nominal, o que se relaciona diretamente com o rácio da dívida pública.

É sempre importante recordar que, para Portugal cumprir os critérios definidos pelo Tratado de Maastricht, o défice das contas públicas tinha de ser inferior a 3% do Produto Interno Bruto — o que deverá acontecer em 2016 — e a dívida pública deve estar abaixo do limitar de 60% do PIB, o que não acontece desde 2003. Ou seja, há 14 anos.

Os resgastes dos bancos

Não há dúvidas de que os resgastes aos bancos portugueses nos últimos dez anos pressionaram a evolução da dívida. A desconfiança sobre Portugal aumentou, as taxas de juro de financiamento também e, por isso, o custo de suporte da dívida foi pesando cada vez mais nos Orçamentos de Estado. Mas a nacionalização ou resolução de bancos penalizaram ainda mais essa tendência.

Desde 2008, o sistema financeiro já recebeu 14.348 milhões de euros em apoios públicos, revelou o Tribunal de Contas no final do ano passado. Para este valor contribuem mais de três mil milhões de euros dos contribuintes gastos com o BPN e outros 2.255 milhões de euros gastos com o Banif, aos quais se soma ainda uma garantia pública no valor de 746 milhões de euros.

A fatura do BPN, por seu lado, já superou os três mil milhões de euros: vai em 3.241 milhões. O Tribunal notou ainda que as sociedades-veículo Parups, Parvalorem e Parparticipadas — criadas para gerir ativos do BPN — apresentavam capitais próprios negativos no montante de 2.201 milhões de euros (excluindo do passivo empréstimos do Estado no valor de 2.440 milhões) e ainda beneficiavam de garantias no valor de 3.098 milhões de euros, prestadas pelo Estado.

No caso do BES, o Fundo de Resolução tem 4.953 milhões em dívida cujo principal credor é o Tesouro. Ou seja, o Estado, que teve de se financiar para depois financiar a resolução em Novo Banco. O mais recente caso é o do Banif, uma fatura que custou ao Estado no mínimo 2.930 milhões de euros. Acresce agora a recapitalização da CGD em que o Estado vai ter de injetar até 2,5 mil milhões de euros.

As almofadas financeiras

Lembra-se da almofada endinheirada que o Executivo PSD/CDS criou? Esse facto foi até celebrado por Maria Luís Albuquerque, então ministra das Finanças, e criticado pela oposição. Este é o dinheiro que não se aloca a nenhuma despesa e fica em depósitos garantindo uma folga caso a dívida sofra choques nos mercados. O principal receio para Portugal é que a DBRS — a única agência de rating que torna a dívida atraente para os investidores — baixe a classificação da dívida pública portuguesa para o nível de lixo.

“Cofres cheios” foi a expressão utilizada pela ministra das Finanças social-democrata. Quão cheios? 17 mil milhões de euros. Mas este dinheiro não deixa de ser dívida e, por isso, conta para a acumulação da dívida portuguesa e tem de ser pago o juro relativo ao empréstimo em causa. Esta folga também traz encargos para o Estado, apesar de proteger a curto e médio prazo os potenciais choques que incidam sobre os mercados financeiros.

A almofada financeira também aumentou em 2016: a almofada de liquidez aumentou 41% em 2016, a maior subida desde 2012. Uma parte dos 9,3 mil milhões de euros devia ter sido utilizada na recapitalização da Caixa Geral de Depósitos mas a operação ficou para 2017 e uma parte do valor que sobrou serviu para pagar mais cedo o empréstimo ao Fundo Monetário Internacional.

Os défices não descem, a dívida sobe

O Estado tem défice, logo deve ser esse o único valor a acrescentar à dívida a cada ano, correto? Não é bem assim: “Embora o aumento da dívida pública decorra essencialmente da necessidade de financiar o défice das Administrações Públicas, existem outros fatores que podem influenciar a variação da dívida pública, em termos absolutos”, explica um apontamento de 2013 do Conselho de Finanças Públicas. Ou seja, existem gastos do Estado que, não estando incluídos no défice, têm de ser financiados contraindo mais dívida. O CFP resume algumas dessas operações em 2010, 2011 e 2012:

Para agravar as coisas, o Eurostat descobriu que Portugal estava a omitir a dívida de empresas públicas, dívida que não era incluída nas contas públicas. Ou seja, o país continuava a endividar-se, mas essa dívida não era contabilizada. Por exemplo: empresas públicas que não estavam no perímetro das Administrações Públicas e que, ao longo dos anos, foram integrando esse círculo, aumento assim o volume da dívida. O impacto dessa inclusão pode ser vista neste gráfico, segundo os cálculo do CFP:

Entre 2009 e 2012, a dívida pública deu um salto de 52%. Dessa percentagem, 44 pontos percentuais foram da responsabilidade do alargamento de perímetro, que absorveu o endividamento dessas entidades. “Os restantes 8 p.p. do PIB (aproximadamente 15% do total) ficaram a dever-se ao aumento do endividamento das entidades e operações reclassificadas, bem como ao endividamento que o Estado teve que efetuar para assegurar o financiamento das empresas públicas reclassificadas (EPR), substituindo-se ao mercado financeiro”, explica o CFP.

Numa visão mais alargada no período a considerar, a conclusão é semelhante: “O acréscimo de 72 p.p. do PIB do rácio da dívida entre 1999 e 2012 encontra-se repartido, aproximadamente, na mesma proporção que a registada nos quatro anos mais recentes, tendo o universo das Administrações Públicas, sem considerar as reclassificações de entidades e operações e o financiamento às EPR, sido responsável por 60 p.p. desse incremento“, lê-se no mesmo documento.

Uma das formas de “atrasar” o aumento da dívida é também ter pagamentos em atraso aos fornecedores. Contudo, independentemente destes vários fatores, o acumular de défices negativos desde que há democracia pesam na dívida. E, por sua, o “peso” da dívida, por causa dos juros que são pagos anualmente, começa a aumentar o défice anual.

A evolução do PIB

A recessão portuguesa ajudou para o agravamento da dívida, ainda que em volume esta também tenha aumentado. O cálculo da dívida pública em percentagem do PIB dita que se o Produto Interno Bruto aumentar, então a dívida pública “pesa menos”, mesmo que em termos absolutos continue igual. Em 2009, a economia portuguesa contraiu 1,9% seguida de uma evolução positiva de 2,6% em 2010. Mas os dois seguintes foram de recessão crítica: em 2011, o PIB desceu 2,1 e em 2012 caiu 4,4%, prejudicando assim o rácio da dívida.

“Desde o final de 2008, o rácio da dívida registou um significativo incremento de 52 p.p. do PIB (passando de 72 para 124% do PIB em 2012), decorrente dos acréscimos anuais verificados, os quais foram sempre superiores a dez pontos percentuais”, lê-se na análise à dívida pública feita pelo CFP em 2013. “O crescimento do rácio foi acentuado pela quebra do PIB nominal“, explica o Conselho de Finanças Públicas no mesmo documento.

Para amortizar os 241,1 mil milhões de euros de dívida, cada cidadão teria de pagar mais de 23 mil euros.

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Polícia brasileira acusa 63 pessoas no caso “Carne Fraca”

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

A polícia brasileira deduziu acusação sobre 63 pessoas suspeitas de estarem implicadas no escândalo da carne adulterada que, em março passado, impôs fortes restrições às exportações do país.

A Polícia Federal brasileira deduziu acusação sobre 63 pessoas suspeitas de estarem implicadas no escândalo da carne adulterada que, em março passado, impôs fortes restrições às exportações do país, informou hoje a força de segurança.

As denúncias foram assinadas pelo comissário Mauricio Morcardi Grillo e agora a Procuradoria deverá manifestar-se sobre o assunto, no prazo de cinco dias, como adianta a agência espanhola de notícias EFE.

Os acusados respondem pelos crimes de tráfico de influências, corrupção, uso de processo proibido ou de substâncias não permitidas, falsidade, associação criminosa e peculato, entre outros, acrescentou a Polícia.

“Os crimes cometidos afetaram diretamente a saúde pública por omissão de quem devia fiscalizar e pelos interesses criados por empresas que comercializam aqueles produtos alimentícios, em desacordo com as normas”, acrescentou o comissário, no relatório que elaborou, citado pela agência espanhola.

"Os crimes cometidos afetaram diretamente a saúde pública por omissão de quem devia fiscalizar e pelos interesses criados por empresas que comercializam aqueles produtos alimentícios, em desacordo com as normas.”

Mauricio Morcardi Grillo

Comissário da Polícia Federal brasileira

A operação que ficou conhecida no Brasil como “Carne Fraca” começou a 17 de março e atingiu várias empresas do setor, como a JBS, uma das maiores exportadoras de carne do mundo, e a BRF – Brasil Foods, e pôs sob suspeita mais 21 companhias do ramo, que tiveram de suspender temporariamente as licenças de exportação.

O escândalo surgiu depois da descoberta de produtores que subornavam fiscais sanitários para vender carne em mau estado ou adulterada com produtos químicos, “pondo em risco a saúde dos consumidores”, visando apenas “aumentar os lucros dos empresários”, segundo a acusação.

A Polícia Federal indicou ainda que foi possível descobrir que muitos dos funcionários utilizavam familiares para ‘lavar’ o dinheiro que recebiam dos empresários envolvidos no escândalo.

A operação provocou uma crise internacional, razão pela qual perto de vinte países impuseram limitações à importação de carne brasileira.

Na maioria dos casos, os embargos limitaram-se às 21 arcas frigoríficas investigadas, embora muitos dos países que proibiram a importação de carne brasileira tenham levantado as restrições. Entre os que impuseram a proibição contam-se alguns dos clientes mais importantes do Brasil, como Hong Kong, China, Chile e Egito,

A 20 de março, a Comissão Europeia garantiu que estava a acompanhar a investigação a fraudes envolvendo carne brasileira e que todas as empresas envolvidas no processo estavam impedidas de exportar para a União Europeia (UE).

A carne brasileira é exportada para mais de 150 países, com mercados principais como Arábia Saudita, China, Hong Kong, Singapura, Japão, Rússia, Holanda e Itália.

No Brasil, em 2016, as vendas de carne de aves atingiram 5,9 mil milhões de dólares (5,4 mil milhões de euros na cotação de hoje) e de carne bovina 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros), segundo os dados oficiais.

Estimativas do Governo brasileiro admitem que o escândalo da carne adulterada poderá custar perdas, no mercado externo, na ordem dos 1.500 milhões de dólares (1.400 milhões de euros), por ano.

O ministro da Agricultura do Brasil, Blairo Maggi, anunciou entretanto que vai fazer uma visita, em maio, à China, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Europa, “para intensificar as negociações com os importadores de carne brasileira”.

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“Sim” ganha vantagem no referendo turco que visa reforçar poderes do Presidente

  • ECO
  • 16 Abril 2017

Primeiros resultados indicam que o "Sim" vai à frente no referendo da Turquia que visa reforçar os poderes do Presidente.

Os primeiros resultados do referendo constitucional da Turquia colocam o “Sim” às mudanças que vão reforçar os poderes do Presidente, embora a margem seja curta.

Dos mais de 86% dos votos já contados, 52,87% são votos favoráveis às alterações que visam alterar o sistema parlamentar para um regime presidencialista, face os 47,13% de turcos que não pretendem mudanças constitucionais. Os números, não oficiais, estão a ser atualizados regularmente pela agência de notícias estatal turca Anadolu através do Twitter.

São cerca de 58 milhões de turcos vão pronunciar-se este domingo, em referendo, sobre uma reforma constitucional proposta pelo Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que substitui o sistema parlamentar por um regime presidencialista.

O referendo é polémico. A vitória do “sim” permitirá ainda concretizar 18 reformas constitucionais que fornecem ao Presidente o poder para designar ministros e altos responsáveis oficiais, nomear metade dos membros da mais alta instância judicial do país (HSIK), declarar o estado de emergência e emitir decretos.

Para os apoiantes de Erdogan, o mentor desta consulta eleitoral, as alterações à Constituição vão introduzir a estabilidade de que o país necessita. Os opositores receiam que apenas signifique mais um passo em direção a um regime autocrático controlado pelo atual “homem-forte” da Turquia.

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Ryanair avisa passageiros para irem três horas antes do voo devido à greve

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

A Ryanair está a avisar os clientes que vão viajar, a partirdo Porto, para chegarem com uma antecedência de três horas ao horário previsto do voo, por causa da greve parcial dos seguranças.

A companhia aérea Ryanair está a avisar este domingo os clientes que vão viajar, a partir do Aeroporto do Porto, para chegarem com uma antecedência de três horas ao horário previsto do voo, por causa da greve parcial de seguranças.

“Fomos avisados de atrasos na segurança do Aeroporto de Porto. Pedimos aos clientes para chegar com a maior antecedência possível ao aeroporto, de preferência três horas antes do horário previsto do voo, para assim terem tempo suficiente para passarem a segurança e chegarem à porta de embarque 30 minutos antes do horário previsto do voo. Pedimos sinceras desculpas por qualquer inconveniente causado”, lê-se num aviso da Ryanair Costumer Services que está a ser enviado este domingo aos clientes via correio eletrónico.

A Lusa contactou a Ryanair via ‘chat’ (conversa em tempo real via Internet) e a companhia aérea ‘low cost’ (baixo custo) explicou que o pedido para chegar com a “maior antecedência” se relaciona “apenas” com o facto de haver “uma greve” em curso e reiterou o pedido para o cliente chegar com “três horas de antecedência” ou seja, quem tiver, por exemplo, um voo às 08h00 da manhã deverá chegar às 05h00.

Fonte das relações públicas da ANA Aeroportos disse que desde que a greve começou, na quinta-feira transata, dia 13 de abril, que “nenhum aeroporto em Portugal registou atrasos ou cancelamento de voos”.

Na página da ANA Aeroportos de Lisboa na rede social Facebook pode ler-se, todavia, que aquela empresa informa “todos os passageiros que, em virtude da greve anunciada para as empresas de Segurança, é previsível que o processamento de passageiros nos aeroportos nacionais sofra constrangimentos nos próximos dias 13 a 17 de abril”.

A ANA Aeroportos recomenda ainda aos passageiros que viagem nesses dias referidos de 13 a 17 de abril, que “procurem ou aguardem as instruções transmitidas pelas suas companhias aéreas, deslocando-se para os aeroportos de acordo com aquele contexto” e sugerem ainda aos passageiros para “procedam ao despacho de bagagem no ‘check-in’ para reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão”.

A greve parcial dos trabalhadores de empresas de vigilância e segurança privada dos aeroportos nacionais começou na madrugada de quinta-feira para exigir revisão de salários e horários, e esperavam-se constrangimentos para os passageiros.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação Civil (SITAVA) avançou hoje que a greve parcial dos trabalhadores das empresas de vigilância e segurança privada registou uma adesão superior a 50% nos aeroportos de Lisboa e Porto.

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É precário do Estado? Saiba como pode deixar de ser

  • Marta Santos Silva
  • 16 Abril 2017

O projeto de portaria do Governo já define como muito do processo vai decorrer. Saiba se é elegível para o PREVPAP e, se sim, como deve proceder para concorrer à regularização.

A sigla não é pequena: PREVPAP. É o Programa de Regularização Extraordinária dos Vínculos Precários na Administração Pública. Esta que tem sido uma bandeira do Governo de António Costa, cujo combate à precariedade vai incluir também os quadros do Estado, está finalmente a ganhar forma, com a elaboração de uma portaria que esclarece melhor o processo através do qual os trabalhadores com vínculos precários mas que cumprem necessidades permanentes vão passar a ter contratos correspondentes. Saiba se é abrangido pelo programa e como deve proceder para participar, assim como aquilo que pode esperar.

Sou abrangido pelo processo do PREVPAP?

À partida, desde que não seja professor, pode pertencer a qualquer carreira. A proposta desenvolvida pelo Governo a que o Público teve acesso esclarece que o regime pode ser usado na administração direta e indireta do Estado, incluindo na Administração Local e no setor empresarial. O regime inclui pessoas com horário completo ou com horário a tempo parcial — um ponto de contenção inicial em que parece que o Bloco de Esquerda, que defendera repetidamente que o número de horas de trabalho não poderia ser um critério de exclusão, levou a sua avante — desde que estejam sujeitas a um horário fixo, assim como a um “poder hierárquico”.

Os professores são quem fica de fora, conforme está explícito na portaria: a exceção ao PREVPAP são as carreiras “em relação às quais exista legislação reguladora de integração extraordinária de pessoal”. Também quem está a prestar serviço em regime de substituição fica excluído de participar no programa.

Quando começa?

Por agora, a portaria é apenas um projeto, mas o Governo espera, segundo o Público, conseguir publicá-la no final da próxima semana. Depois disso, há um período de 10 dias para serem constituídas as comissões bipartidas. Quando as comissões estiverem criadas, o programa tem condições para começar. O trabalhador tem 60 dias para pedir uma avaliação da sua situação.

Quem vai fazer a avaliação?

Vão ser 14 comissões bipartidas, uma para cada Ministério, e incluirão representantes da tutela, assim como das Finanças e do Trabalho, e também dos trabalhadores, nomeadamente dos três sindicatos da Função Pública, a FESAP, a Frente Comum e o STE.

Como posso participar?

O trabalhador que esteja interessado em ser considerado para o PREVPAP deve enviar um requerimento à comissão bipartida do seu serviço. O documento a preencher vai estar disponível numa área específica do Portal do Governo, e incluirá, segundo o Público que já acedeu ao formulário, perguntas sobre a situação laboral da pessoa. É possível autorizar que a restante documentação pessoal seja transmitida automaticamente, não sendo preciso, assim, submeter nada além do formulário, que pode ser enviado por correio ou por email.

Que requisitos devo cumprir?

Para passar na avaliação da comissão bipartida e do dirigente do serviço, o trabalhador tem de cumprir uma necessidade permanente de um serviço sem ter um vínculo contratual adequado para esse trabalho. Quem indica se o trabalho de cada funcionário se trata de uma necessidade permanente é o dirigente máximo de cada serviço, mas a comissão bipartida associada pode depois rever essa decisão se não a considerar adequada.

Quanto tempo vai demorar a ter resposta?

Após a submissão de uma candidatura, o presidente da comissão de avaliação tem dois dias para passar o processo ao dirigente do serviço, que o deve devolver dentro dos dez dias seguintes, indicando se o trabalhador cumpre uma necessidade permanente. A comissão não tem limite de tempo para, depois disso, rever ou não a decisão dos serviços. Finalmente, o parecer da comissão deve ser homologado pelo Governo.

E se deixar passar o prazo?

Se um trabalhador não se candidatar dentro dos 60 dias que lhe são atribuídos para o fazer, os dirigentes dos serviços podem, nos 30 dias seguintes, enviar uma lista de pessoas que poderiam ser abrangidas mas não enviaram o requerimento, dando assim uma outra opção a quem possa não se candidatar inicialmente.

Como vai funcionar a integração?

O processo de integração vai decorrer até dezembro de 2018 e ainda não se tornou claro como vai acontecer. Enquanto Mário Centeno parece favorecer o concurso público, o primeiro-ministro António Costa nem sempre tem tido a mesma posição. Numa entrevista recente com a Renascença, António Costa afirmou que todos os precários que fossem considerados passíveis de serem integrados sê-lo-iam, não através de um concurso mas de outra forma, e sem limite ao número de pessoas. Mário Centeno, o ministro das Finanças, tem por sua vez falado sempre em concursos públicos de entrada para as vagas permanentes que se criariam. A proposta de lei que o Governo prepara atualmente deverá responder a essa questão.

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CaixaBank: “BPI é bem gerido mas tem problema de eficiência”

Administrador financeiro do grupo catalão que comprou o BPI diz que o banco é bem gerido por Fernando Ulrich, apresenta rácios de solvência saudáveis mas tem um problema: falta-lhe eficiência.

O CaixaBank diz estar 100% concentrado no BPI, banco cuja compra foi finalizada em fevereiro deste ano. Para o administrador financeiro do grupo catalão, o banco português é bem gerido por Fernando Ulrich, apresenta bons níveis de solvência mas tem um problema de eficiência.

Questionado pelo jornal elEconomista (acesso livre/conteúdo em espanhol) sobre um eventual interesse no Popular, o CaixaBank considerou que o “foco está colocado no BPI”. “Deram-nos as chaves há apenas dois meses e estamos concentrados em crescer de forma orgânica”, declarou Javier Pano, CFO do CaixaBank, para quem o negócio do banco português funciona muito bem.

“A rede tem uma grande atividade comercial e há um dia-a-dia em que estamos focados. É um banco bem gerido, sem problemas de solvência ou liquidez, que é o principal de uma companhia financeira, mas tem um problema de eficiência“, declarou o responsável.

"A rede tem uma grande atividade comercial e há um dia-a-dia em que estamos focados. É um banco bem gerido, sem problemas de solvência ou liquidez, que é o principal de uma companhia financeira, mas tem um problema de eficiência.”

Javier Pano

Administrador financeiro do CaixaBank

O CaixaBank é dono de quase 85% do BPI desde fevereiro passado, depois de ter lançado uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) obrigatória na qual investiu quase de 650 milhões de euros. Pablo Forero será o próximo presidente executivo do banco português, substituindo Fernando Ulrich que passa a chairman da instituição. Mudanças que deverão ser aprovadas na próxima assembleia geral do BPI, marcada para o próximo dia 26 de abril.

“Portugal está a melhorar em todas as frentes”

Na mesma entrevista, Pano manifestou algum otimismo em relação a Portugal e à recuperação da sua economia. “Está a cumprir com os seus compromissos e está a melhorar em todas as frentes”, disse o administrador.

Ainda assim, não deixou de considerar que o país ainda “tem muito futuro à sua frente” depois de ter “superado adequadamente uma situação complicada”. E salientou que a economia tem vindo a acelerar nos últimos trimestres.

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Turquia vai às urnas para reforçar poderes do Presidente

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

É um eleitorado fraturado que vota este domingo em consulta decisiva para futuro da Turquia. Referendo pretende substituir o sistema parlamentar por um regime presidencialista.

Cerca de 58 milhões de turcos vão pronunciar-se este domingo, em referendo, sobre uma reforma constitucional proposta pelo Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que substitui o sistema parlamentar por um regime presidencialista.

Se a reforma for aprovada, o cargo de primeiro-ministro é eliminado e os seus poderes são transferidos para o chefe de Estado.

A vitória do “sim” permitirá ainda concretizar 18 reformas constitucionais que fornecem ao Presidente o poder para designar ministros e altos responsáveis oficiais, nomear metade dos membros da mais alta instância judicial do país (HSIK), declarar o estado de emergência e emitir decretos.

Para os apoiantes de Erdogan, o mentor desta consulta eleitoral, as alterações à Constituição vão introduzir a estabilidade de que o país necessita. Os opositores receiam que apenas signifique mais um passo em direção a um regime autocrático controlado pelo atual “homem-forte” da Turquia.

Na reta final da campanha as sondagens mais credíveis indicavam que o “sim” e o “não” ao novo sistema presidencialista estavam praticamente empatados, com alguns estudos de opinião a referirem-se a apenas meio ponto de diferença.

"Se Deus quiser, a nossa nação, aqui e no estrangeiro, avançará em direção ao futuro depois de ter sido feita a escolha esperada.”

Recep Tayyip Erdogan

Presidente da Turquia

No sábado, Erdogan e a oposição promoveram os últimos comícios de campanha para tentar convencer o grande número de eleitores indecisos para um escrutínio que se prevê muito disputado.

O chefe de Estado e, na prática, o líder do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, islamita-conservador, no poder desde finais de 2002) participou em quatro iniciativas eleitorais e o seu primeiro-ministro em cinco, todas em Istambul.

O dirigente do Partido Republicano do Povo (CHP, social-democrata), Kemal Kiliçdaroglu, optou por permanecer nos arredores de Ancara, enquanto o pró-curdo Partido Democrático dos Povos (HDP, esquerda) terminou a campanha em Diyarbakir (sudeste), a região do país com maioria de população curda.

Este domingo, após ter votado, Recep Tayyip Erdogan defendeu que o referendo em curso no país com vista ao reforço dos seus poderes é um escrutínio para garantir o futuro da Turquia.

“Se Deus quiser, a nossa nação, aqui e no estrangeiro, avançará em direção ao futuro depois de ter sido feita a escolha esperada”, declarou Erdogan, depois de votar em Istambul, realçando que o referendo não é um escrutínio “vulgar” para transformar o sistema de governo da Turquia.

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Greve dos trabalhadores da vigilância não afetou voos

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

A greve parcial dos trabalhadores das empresas de vigilância e segurança privada nos aeroportos nacionais não está a causar perturbações nos voos, disse o porta-voz da ANA - Aeroportos de Portugal.

Segundo Rui Oliveira, a greve convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação civil (SITAVA) não causou atrasos, nem cancelamentos de voos nos aeroportos nacionais.

A Lusa tentou contactar o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação civil para obter os dados de adesão ao quarto dia de paralisação, mas não foi possível até às 11h30.

No primeiro dia de greve, na quinta-feira, o sindicato indicou uma adesão de 60% no aeroporto de Lisboa e de 50% na infraestrutura do Porto.

A paralisação, que é de duas horas diárias, no início dos turnos, visa exigir a revisão de salários e horários.

O SITAVA acusa as empresas de vigilância e segurança privada de não aceitarem rever os salários, congelados desde 2011, e de desregularem os horários de trabalho destes trabalhadores, estimados em mais de mil.

Por seu lado, a Associação de Empresas de Segurança já lamentou a greve parcial e afirmou que as propostas do sindicato mostram-se “seriamente comprometedoras da sustentabilidade financeira das empresas”, ao implicarem um “incremento direto de custos superior a 30%, ameaçando, com isso, a destruição definitiva de emprego neste setor“.

Ao esperar que o “processamento de passageiros nos aeroportos nacionais sofra constrangimentos”, a ANA recomendou aos viajantes “que procurem ou aguardem as instruções transmitidas pelas suas companhias aéreas, deslocando-se para os aeroportos de acordo com aquele contexto”.

A empresa gestora dos aeroportos portugueses aconselha ainda os passageiros a despacharem bagagem no ‘check-in’, para reduzir o número de peças a rastrear no controlo de bagagem de mão, que é feito pelos trabalhadores destas empresas, e assim minimizar o impacto da paralisação.

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Apetro: “Não há espaço para reduzir preços” dos combustíveis

  • ECO
  • 16 Abril 2017

Para a associação de empresas petrolíferas, o elevado nível de impostos retira margem de manobra para as gasolineiras baixarem preços dos combustíveis.

António Comprido, secretário-geral da Apetro (Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas), diz que não há espaço “para reduzir significativamente os preços” dos combustíveis devido ao elevado nível de impostos sobre o setor.

Em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios, Comprido argumenta que é preciso justificar que o negócio seja rentável e que, nesse sentido, a margem bruta entre 10% e 12% inviabiliza qualquer baixa nos preços do gasóleo e gasolina tendo em conta o peso fiscal.

“Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais”, declarou aquele responsável.

"Todo o aumento no ISP [imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos] é refletido no preço ao consumidor. Não podia ser de outra maneira. Não há margem de comercialização nos combustíveis que permita absorver alterações fiscais.”

António Comprido

Secretário geral da Apetro

 

Adiantou que a margem bruta do setor se situa entre os 12 e 14 cêntimos por litro, “o que significa que em relação ao preço de venda ao público está na casa dos 10% e 12%”, precisando a estrutura de custos do petróleo desde que sai da refinaria.

“O produto em si, que sai da refinaria, custa até 25% do custo total. Depois, dependendo se é gasolina ou gasóleo, entre 55% é 65% é imposto. Somando os dois, chegamos aos 85% ou 90%. O que sobra é a tal margem bruta que cobre todos os custos e ainda a margem líquida”, referiu.

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Coreia do Norte falhou lançamento de novo míssil

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

A Coreia do Norte falhou este domingo na tentativa de lançar um novo míssil, revelou a ministra da Defesa sul-coreana.

“A Coreia do Norte tentou testar hoje de manhã um tipo de míssil não identificado, na zona de Sinpo, na província de Hamkyong, mas acreditamos que o teste falhou”, refere a ministra num comunicado divulgado este domingo, citado pela Agência France Presse.

A Coreia do Norte tinha mostrado este sábado vários mísseis balísticos, incluindo um possível novo projétil de alcance intercontinental, num desfile militar para assinalar o aniversário do fundador do país, numa altura de grande tensão com os Estados Unidos.

No dia que marcou o 105º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, avô do atual líder norte-coreano, o regime fez desfilar pelo centro de Pyongyang e sobre camiões um tipo de projétil nunca antes exibido em público e que poderá ser um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) de combustível sólido, escreveu a agência Efe.

No início do ano, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, que presidiu sábado ao desfile, advertiu que o país estava a ultimar o desenvolvimento de um ICBM que seria capaz de atingir território norte-americano.

Agora, além de mostrar mísseis de médio alcance Musudan e o misterioso e temido KN-08, que é lançado a partir de uma plataforma móvel e ainda não foi testado com êxito, desfilaram na praça Kim Il-sung vários dos últimos desenvolvimentos do regime como o Pukguksong-1 e Pukguksong-2, exibidos em público pela primeira vez.

O primeiro foi um míssil balístico lançado a partir de um submarino (SLBM) e o segundo, um projétil de médio alcance lançado a partir de uma plataforma móvel e que foi testado pela primeira vez em fevereiro e voltou a ser testado a 05 de abril, um ensaio que levou Washington a responder com o envio de um porta-aviões com propulsão nuclear para a península.

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Desconto da tarifa social do gás natural mantém-se em 31,2%

  • Lusa
  • 16 Abril 2017

O Governo voltou a fixar em 31,2% o desconto da tarifa social do gás natural que irá vigorar no próximo ano, a partir de 01 de julho, confirmou à Lusa a Secretaria de Estado da Energia.

Assim, o Governo opta por manter o valor do desconto para as famílias economicamente vulneráveis face ao ano gás que termina em 30 de junho de 2017.

Na segunda-feira, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) divulga a proposta de tarifas transitórias de gás natural para o período de 01 julho de 2017 até 30 de junho de 2018, a qual será depois submetida à apreciação do Conselho Tarifário, antes da sua fixação pelo Conselho de Administração da ERSE.

De acordo com o Programa Nacional de Reformas, em março passado existiam 36.777 contratos de gás natural com tarifa social, instrumento que foi criado em 2011, tendo em 2016 passado a ser atribuído de forma automática, tal como a tarifa social de eletricidade.

Os descontos na fatura de gás natural para as famílias carenciadas são totalmente suportados pelos restantes consumidores, com a integração do apoio social extraordinário ao consumidor de energia (ASECE) na tarifa social, enquanto os descontos na eletricidade são suportados pelas empresas produtoras de eletricidade.

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