Não percebeu as contas do Governo? Estes 7 quadros explicam

O Governo já publicou o Programa de Estabilidade com previsões para a economia até 2021. Crescimento, défice, dívida, novas medidas na calha. Tudo resumido em sete quadros.

O Programa de Estabilidade já foi publicado no site da Assembleia de República, com as previsões para a economia para o resto da legislatura e até 2021.

São 57 páginas. Se não tiver tempo de as ler todas, o ECO faz-lhe o resumo do mais relevante em sete quadros que tentam antecipar a história da economia portuguesa para este ano e para os próximos quatro.

1. Economia sobe rápido, e depois mais devagarinho

Depois de a economia ter crescido 1,4% no ano passado, o Governo, tal como tinha prometido, reviu em alta as previsões para o PIB para este ano, alinhando-as com a previsão do Banco de Portugal que já tinha antecipado um crescimento de 1,8% para 2017. Depois deste “salto”, o Governo prevê que a economia cresça cada ano mais uma décima do que o ano anterior, até chegar a 2021 com o PIB a acelerar 2,2%.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

2. Menos peso das receitas + Menos peso das despesas = Menos défice

É verdade que o Governo prevê uma redução da despesa do Estado em percentagem do PIB (administrações públicas) até 2021. Se para este ano a previsão aponta para 43,3%, a tendência é para uma redução ligeira até aos 42,9% em 2021. Mas menos peso das receitas não significa mais défice, porque o peso da despesa também cai, a um ritmo superior. No mesmo período, passa dos 44,8 para os 41,7% do PIB.

O défice, se se confirmarem as contas do Governo, ficará em 1,5% do PIB este ano, baixa para os 1% no próximo, prevendo-se um inédito excedente orçamental nominal já a partir de 2020 (+0,4%).

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

3. Medidas na calha: da Função Pública ao apoio aos baixos rendimentos

Neste quadro, o Governo faz as contas do impacto orçamental das medidas que pretende adotar a partir do próximo ano. Talvez o mais relevante seja o gasto suplementar de 248 milhões de euros/ano com o descongelamento gradual das carreiras na Função Pública. Isto significa uma despesa adicional acumulada de quase mil milhões de euros em quatro anos, que será minimizada pelo encaixe adicional de IRS e contribuições para a segurança social pela via desse mesmo descongelamento salarial.

O Governo também inscreveu uma despesa extra de 200 milhões de euros no próximo ano para “apoiar os baixos rendimentos”. No Programa de Estabilidade do ano passado, o Executivo estimava introduzir em 2018 um crédito fiscal a famílias com baixos rendimentos, a viver abaixo do limiar da pobreza.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

4. Défice para todos os gostos: global, primário e estrutural

Neste quadro, o Ministério das Finanças faz estimativas não só para o défice global (que já falamos no ponto 2), mas também para o défice primário (que não tem em conta os juros do serviço da dívida pública) e para o défice estrutural (que não leva em conta os efeitos do ciclo económico, bem como as medidas não recorrentes).

Em relação ao défice primário, que já este ano será positivo em 2,7%, deverá chegar a 2021 nos 4,9%. Já o estrutural, deverá passar de um valor ainda negativo de 1,7% este ano, “zerando” em 2020, e registando um excedente (0,3%) em 2021, tal como manda o Tratado Orçamental.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

5. Será que é desta que a dívida baixa

Num ano em que se prevê que o Banco Central Europeu retire os estímulos monetários à compra de dívida pública, os investidores passarão a olhar com outros olhos para os fundamentais da economia.

No caso português, o motivo de maior preocupação é a dívida pública, que continua não só acima dos 60% de Maastricht, mas também acima da barreira dos 120%, que o mercado já olha como um nível preocupante.

Mas se as previsões do Programa de Estabilidade se confirmarem, em 2020 Portugal vai furar essa barreira, com o Governo a prever uma redução do rácio da dívida/PIB de 127,9% este ano, para 117,6% no final da década.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021 (Valores em % do PIB)

6. Previsões. Quem acerta mais?

Na elaboração do Programa de Estabilidade, o Governo apresenta não só as suas previsões, mas também as do Conselho de Finanças Públicas, Banco de Portugal, OCDE, Comissão Europeia e FMI.

Para o crescimento este ano, por exemplo, o Governo e o Banco de Portugal são os mais otimistas (1,8%). Já a OCDE (1,2%) e o FMI (1,3%) não partilham tanto do otimismo nacional.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

7. O défice de todas as cores

O mesmo exercício é feito para o défice (global, primário e estrutural) e para a dívida pública. Para este ano, repete-se a dose de otimismo relativo. O Governo espera um défice nominal global de 1,5%, mas as contas da OCDE continuam a apontar para 2,1%. O mesmo se passa com a dívida. A boa notícia é que ninguém prevê que Portugal volte a romper a barreira do défice dos 3%.

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

KPMG na mira dos supervisores por causa do BES Angola

  • ECO
  • 14 Abril 2017

Banco de Portugal encontrou indícios de violação das normas de auditoria e de ocultação de informação ao regulador por parte da KPMG em relação ao BES Angola, diz o Expresso.

A auditora KMPG está na mira dos supervisores Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por causa de falhas de supervisão da KPMG Portugal e KPMG Angola, a quem a instituição liderada por Carlos Costa aponta indícios de violação das normas de auditoria e de ocultação de informação em relação ao BES Angola.

De acordo com o Expresso (acesso pago), a 14 de agosto de 2014, dias depois da medida de resolução aplicada ao BES, o Banco de Portugal enviou ao Conselho Nacional de Supervisão de Auditorias (CNSA) um relatório onde evidenciava falhas de supervisão da auditora liderada por Sikander Sattar, tanto em Portugal como em Angola.

Na sequência desse relatório, a CMVM, que passou a supervisionar as auditoras desde janeiro do ano passado, tem aberto um processo de investigação à auditoria que a KPMG fez ao BES Angola. Separadamente, também o Banco de Portugal abriu um processo de investigação contraordenacional à auditora por causa dos serviços prestados pela KPMG Angola ao mesmo banco. Neste caso, o supervisor está a analisar um eventual incumprimento do dever de informação da auditora perante o Banco de Portugal.

No relatório enviado ao CNSA, referiu a instituição liderada por Carlos Costa que “nunca foram transmitidas pela KPMG quaisquer indícios sobre potenciais perdas associadas às irregularidades identificadas na carteira de crédito do BES Angola”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Como é que o petróleo pode baralhar as contas do Governo

No Programa de Estabilidade, o Governo faz uma simulação ao desempenho da economia portuguesa e da balança comercial caso o preço do petróleo suba 20%. O desemprego seguiria incólume.

A economia portuguesa deverá crescer aos bocadinhos até 2021, mas há fatores de risco que podem fazer descarrilar as previsões que o Governo português estimou no Programa de Estabilidade para os próximos cinco anos. Um dos dois principais choques salientados no plano está a variação do preço do petróleo: e se o barril valorizar 20%?

O Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer 1,8% este ano e irá gradualmente acelerar para 2,2% em 2021, num cenário em que o preço da matéria-prima não deverá afastar-se muito dos 56 dólares por barril, segundo as expectativas do Fundo Monetário Internacional (FMI) que estão incorporadas no Programa de Estabilidade. Porém, com uma expressiva subida do preço do petróleo, o desempenho económico será negativamente afetado sobretudo nos dois primeiros anos (2017 e 2018) antes de voltar a convergir com as estimativas do Governo a partir de 2019, segundo as simulações do Executivo.

Em sentido inverso, com um petróleo mais barato, as perspetivas do governo seriam facilmente superadas, com a economia apresentar crescimentos mais robustos sobretudo nos dois primeiros anos, convergindo nos últimos anos do plano.

Já o PIB nominal registaria poucas alterações dado que exclui a variação dos preços do desempenho da economia e, nesse caso, o impacto seria ligeiramente menos negativo do que o cenário base.

Impacto do petróleo no PIB

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

Depois do acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no final do ano passado para baixar a produção no cartel, ao qual se juntaram outros países com forte atividade petrolífera, como a Rússia, o preço do Brent subiu cerca de dez dólares por barril, estando a cotar-se atualmente nos 55,89 dólares. A OPEP quer, ainda assim, estabilizar a cotação à volta dos 60 dólares.

A valorização do ouro negro já está a ter impacto nos preços no consumidor. À conta da evolução do preço do barril de petróleo, a taxa de inflação abandonou definitivamente a zona de risco de deflação — em que os preços caem e deterioram a atividade económica. Em março, a inflação ficou nos 1,5% na Zona Euro. Excluindo os preços energéticos e dos bens alimentares, a inflação subjacente situou-se apenas nos 0,7%, longe da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

Impacto na balança comercial

A subida de 20% do petróleo teria também impacto na balança de bens. Portugal importa muitos bens energéticos pelo que a valorização da cotação do barril seria prejudicial ao saldo da balança comercial.

“Dado o peso das importações de combustíveis na balança de bens, esta aceleração do preço dos bens energéticos importados traduz-se num impacto negativo no saldo da balança comercial e, consequentemente, na capacidade de financiamento da economia“, estima o Ministério das Finanças.

Impacto do petróleo na balança comercial

Fonte: Programa de Estabilidade 2017-2021

Os especialistas salientam que um choque petrolífero não teria grande impacto no desemprego. Seria um impacto “reduzido devido a efeitos desfasados da atividade económica no emprego e por não se considerarem implicações adicionais sobre as condições financeiras da economia”, argumenta.

Ainda assim, na frente da dívida pública, o aumento dos preços do petróleo teria implicações negativas no rácio, que aumentaria por via do menor crescimento (ainda que ligeiro) do PIB nominal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Apoio aos baixos rendimentos vai custar 200 milhões ao Estado em 2018

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

O Governo prevê adotar uma "medida de apoio aos baixos rendimentos" em 2018 que vai representar uma perda de receitas de impostos no valor de 200 milhões de euros, segundo o Programa de Estabilidade.

No documento entregue na Assembleia da República, o Ministério das Finanças elenca as medidas previstas até 2021 e apresenta o impacto orçamental estimado de cada uma para cada ano, mas, no caso deste apoio às famílias de baixos rendimentos, não detalha o desenho da medida nem a forma como será implementada.

Ainda que não especifique como vai ser implementado este apoio, o Governo indica que “a medida de apoio aos baixos rendimentos terá um montante anual de 200 milhões de euros“.

No Programa de Estabilidade do ano passado, o Governo estimava introduzir em 2018 um crédito fiscal a famílias com baixos rendimentos, uma medida cujo impacto orçamental era também avaliado em 200 milhões de euros.

Em causa estava a atribuição de um complemento salarial a famílias de baixos rendimentos que, embora aufiram rendimentos do trabalho, continuam a viver abaixo do limiar de pobreza.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Descongelamento das carreiras públicas vai custar 564 milhões entre 2018 e 2021

  • Lusa
  • 14 Abril 2017

O Governo pretende descongelar a progressão nas carreiras dos funcionários públicos de forma gradual, uma medida que vai custar 564 milhões de euros em termos acumulados e líquidos entre 2018 e 2021.

“No caso do descongelamento gradual das carreiras dos funcionários públicos, haverá um incremento anual de 200 milhões de euros, pelo que no final de 2021, o aumento total da despesa líquida (despesas com pessoal líquidas de imposto e contribuições para a Segurança Social) face a 2017 será 564 milhões de euros“, lê-se no Programa de Estabilidade 2017-2021, que foi entregue pelo Governo à Assembleia da República.

O Ministério das Finanças espera que o “descongelamento gradual das carreiras” na Função Pública implique um aumento anual de despesa de 248 milhões de euros entre 2018 e 2021, o que totaliza um custo total de 992 milhões de euros ao longo destes quatro anos.

No entanto, a este aumento da despesa é preciso subtrair o aumento dos impostos sobre o rendimento esperado, de 30 milhões em cada ano num total global de 120 milhões de euros, bem como o aumento das contribuições para a Segurança Social, de 77 milhões de euros por ano num total acumulado de 308 milhões de euros.

Isto quer dizer que, em termos líquidos, o descongelamento das progressões nas carreiras públicas terá um custo global de 564 milhões de euros entre 2018 e 2021, ou de 141 milhões de euros por ano até 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Voltar a subir rendimentos e cortar o défice? Centeno diz que é possível

  • Margarida Peixoto
  • 14 Abril 2017

O ministro das Finanças está a contar com 248 milhões de euros para descongelar progressivamente as carreiras da função pública e 200 milhões para melhorar os baixos rendimentos.

Mário Centeno, ministro das Finanças, estará na Assembleia da República a defender o Programa de Estabilidade a 19 de abril. Na véspera deverá chegar o parecer do Conselho das Finanças Públicas sobre o documento.Paula Nunes / ECO

Baixar o défice, descongelar as carreiras dos funcionários públicos, atribuir descontos no IRS, atualizar as pensões — tudo ao mesmo tempo. É possível? Mário Centeno garante que sim. No Programa de Estabilidade para o período de 2017 a 2021, o ministro das Finanças traça planos orçamentais ambiciosos que colocam Portugal com um excedente orçamental e uma dívida pública abaixo dos 110% do PIB.

Depois de aprovar o documento em Conselho de Ministros, o Governo enviou esta quinta-feira a atualização do Programa de Estabilidade para a Assembleia da República: uma antecipação (decidida em Conferência de Líderes parlamentares na quarta-feira) aos planos iniciais, que apontavam para a entrega apenas a 19 de abril.

O documento, que chega ainda sem o parecer do Conselho das Finanças Públicas, traz o cenário macroeconómico atualizado para 2017 e projeta Portugal até 2021. As perspetivas do ministro das Finanças apontam para um país que vai crescer todos os anos um bocadinho mais depressa, até atingir os 2,2% em 2021.

Ao mesmo tempo, promete um défice orçamental a cair a ritmo acelerado — este ano deverá descer para 1,5% e em 2018 para 1% — atingindo-se um excedente a partir de 2020. Centeno projeta que em 2021 já haverá um superavit das contas públicas de 1,3% do PIB.

Para atingir estes resultados, assume o Governo, são precisas medidas de consolidação — mais precisamente, um conjunto de iniciativas que até 2021 vale 1.337 milhões de euros, excluindo medidas não repetíveis. Mas isso não implica que não haja margem para aplicar 248 milhões de euros no descongelamento das carreiras dos funcionários públicos, ou 200 milhões de euros numa nova medida de IRS, dirigida para os baixos rendimentos, defende o Executivo.

Qual é a estratégia de Centeno?

Para 2017, não estão previstas novas medidas. A revisão da meta do défice, que se tornou ligeiramente mais ambiciosa, passando de 1,6% para 1,5%, decorre de dois efeitos:

  1. O impacto de um final de 2016 com uma atividade económica a crescer mais do que o antecipado;
  2. O impacto dos primeiros três meses de execução orçamental, onde se verifica, entre outros efeitos, novamente uma contração da receita de capital e da despesa de investimento.

As novas medidas chegam em 2018. O Governo prevê aplicar um pacote de iniciativas com um impacto positivo no saldo de 699 milhões de euros: do lado da receita o ministro das Finanças está a contar com mais 461 milhões de euros (face a um cenário de políticas invariantes) e do lado da despesa promete cortar 238 milhões de euros.

Primeiro a receita: Centeno diz que vai gastar 200 milhões de euros numa “medida de apoio a famílias de baixos rendimentos, com o objetivo de aumentar a progressividade” do IRS. E por isso regista este impacto negativo na receita fiscal.

Para compensar, está a contar sobretudo com a renovação das contribuições extraordinárias sobre os setores bancário, energético e farmacêutico. Se nada fosse feito, estas contribuições expiravam no final deste ano, mas o ministro está a planear legislar no sentido de mantê-las ainda em 2018. Aqui Centeno espera ir buscar 321 milhões de euros — um valor que chega para dar o alívio no IRS aos baixos rendimentos, mas que não é suficiente para aumentar significativamente a receita.

Assim, o ministro soma mais algumas medidas: assume que quer mais 90 milhões de euros noutros impostos sobre a produção e a importação e conta com 167 milhões de euros dos fundos estruturais. O resto vem dos efeitos positivos do descongelamento das carreiras na função pública: essa medida implica mais despesa, mas também traz alguma receita acrescida em contribuições sociais e impostos sobre os rendimentos.

Agora vamos à despesa. A pressionar os gastos em alta estão as referidas progressões da função pública (248 milhões de euros), e uma promessa de investimento (162 milhões de euros).

Do lado dos cortes, os mais relevantes correspondem a 300 milhões de euros a menos nos consumos intermédios (excluindo as parcerias público-privadas), menos 180 milhões através da “contenção de outra despesa corrente”, e 152 milhões de euros de poupanças com juros, que o Governo justifica com o impacto da estratégia de pagamento antecipado ao FMI. A contenção do emprego público contribuirá com uma redução de 31 milhões de euros dos gastos.

A estratégia repete-se nos anos seguintes?

Não completamente. Em 2019 há desde logo uma diferença substancial do lado da receita: o Governo prevê acabar com as contribuições extraordinárias sobre a banca, energia e farmacêuticas. Mas continua a contar com mais um acréscimo de 90 milhões de euros em outros impostos sobre a produção e importação.

O efeito da medida de apoio aos baixos rendimentos já não se fará sentir, mas o descongelamento progressivo das carreiras na função pública é para continuar — aqui está previsto, aliás, um impacto de 248 milhões de euros todos os anos, até 2021. As poupanças com juros deverão repetir-se, embora ligeiramente mais curtas (134 milhões de euros) e espera-se um novo esforço de contenção das outras despesas correntes, na ordem os 90 milhões de euros. O pacote total das medidas vale um pouco menos do que o programado para 2018: está avaliado em 486 milhões de euros.

Para 2020 e 2021, a principal novidade é que o Governo, assumindo que renovava o mandato, já não estará a prever reduzir o número de efetivos da administração pública. O compromisso nesses anos é apenas manter o número de trabalhadores inalterado. As contas de 2021 serão influenciadas por um efeito extraordinário de 948 milhões de euros (outra tranche de pre-paid margins do Fundo de Estabilização Económica e Financeira). Caso contrário, as medidas previstas implicariam um efeito líquido no saldo de apenas 23 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mercados em baixa com nervosismo dos investidores

A bomba que os EUA lançaram sobre o Estado Islâmico no Afeganistão está a causar receio nos investidores. E nem mesmo os sinais fortes do mercado laboral foram suficientes para animar os índices.

As bolsas norte-americanas abriram no vermelho e no vermelho ficaram durante praticamente toda a sessão. Marcado pelas apresentações de resultados de três grandes bancos, mas também pela divulgação de dados positivos sobre a empregabilidade nos Estados Unidos, o dia fica para a história por motivos muito diferentes: as Forças Armadas largaram a maior bomba não nuclear do arsenal norte-americano sobre um complexo do Estado Islâmico no Afeganistão.

A notícia só se soube a poucas horas do fecho dos mercados em Nova Iorque. Mas se os índices já estavam mal, mal ficaram. O S&P 500, composto por muitas das maiores empresas do mundo, encerrou a cair 0,57% para 2.331,33 pontos. O industrial Dow Jones recuou 0,56% para 20.476,34 pontos. Já o tecnológico Nasdaq derrapou 0,41% para 5.811,16 pontos.

Mais uma vez, a escalada nas tensões geopolíticas entre alguns países e os Estados Unidos não estão a animar os mercados. O índice VIX da volatilidade do S&P 500, que mede o receio dos investidores, avança a passos largos há cinco sessões consecutivas. E apesar de ter estado a recuar mais de 5% esta sessão, escalou 1,97% logo após a notícia do bombardeamento no Afeganistão, numa localidade próxima da fronteira com o Paquistão.

O preço do petróleo, que estava a valorizar no momento da abertura das bolsas, está agora a cair pela segunda sessão consecutiva, após várias sessões de fortes ganhos. O contrato de WTI celebra-se em Nova Iorque na 53,04 dólares o barril, uma queda de 0,11%. Ainda no campo das commodities, o preço do ouro voltou a subir 0,83% para 1.285,9 dólares a onça. É a terceira valorização consecutiva da matéria-prima, o que mostra o apetite dos investidores por este ativo de refúgio.

No campo das empresas, JPMorgan Chase, Citigroup e Wells Fargo apresentaram resultados relativos ao primeiro trimestre deste ano. O JP Morgan não conseguiu pôr fim à maré de perdas e as ações do banco caíram pela quinta sessão consecutiva. O mesmo aconteceu com o Citigroup, ainda que ambos os bancos tenham apresentado lucros acima do esperado. Já o Wells Fargo, cujas contas puseram a descoberto um pequeno deslize nos lucros em relação ao esperado, encerrou a sessão a cair mais de 3%.

Este foi ainda um dia marcado pela baixa liquidez em véspera de feriado da sexta-feira santa, mas também pela revelação, por parte do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos, do número de pessoas que pediram subsídio de desemprego na semana que terminou a 8 de abril: foram 234.000, um número bastante inferior às estimativas dos analistas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal está mais generoso. Ajuda ao Desenvolvimento subiu

Pela primeira vez desde 2012 os níveis de Ajuda Pública ao Desenvolvimento aumentaram. Em 2016, cresceram 8,9% face ao ano anterior. Toda a UE também foi mais generosa em 2015.

Portugal dedicou 307 milhões de euros à Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD), em 2016, um valor que representa um aumento de 8,9% face ao ano anterior, invertendo assim a tendência de queda que se registava desde 2012 e que coincidiu com os anos da troika.

“Ao aumentar o seu investimento em cooperação para o desenvolvimento em percentagem superior ao crescimento da sua economia, Portugal alterou igualmente a descida que se vinha verificando no indicador APD face ao Rendimento Nacional Bruto, que subiu de 0,16% em 2015 para 0,17% em 2016″, sublinha um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Ainda assim, Portugal continua muito aquém daquelas que são as metas definidas nos Objetivos do Milénio.

"Ao aumentar o seu investimento em cooperação para o desenvolvimento em percentagem superior ao crescimento da sua economia, Portugal alterou igualmente a descida que se vinha verificando no indicador APD face ao Rendimento Nacional Bruto, que subiu de 0,16% em 2015 para 0,17% em 2016.”

Ministério dos Negócios Estrangeiros

Segundo o Ministério liderado por Augusto Santos Silva, esta alteração é “de natureza estrutural” e acompanha outras medidas que visam captar cofinanciamentos internacionais que se têm traduzido “num aumento do volume financeiro dos diferentes projetos a executar”.

Os países africanos de língua oficial portuguesa e Timor Leste continuam a ser os principais parceiros da cooperação portuguesa, recebendo 74% do investimento nacional em projetos de cooperação bilateral.

Estes dados já tinham sido avançados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), na passada terça-feira, quando foram divulgados os valores globais da APD em 2016.

Além disso, a própria Comissão Europeia revelou no mesmo dia que a Ajuda Pública ao Desenvolvimento concedida pela UE atingiu o “nível mais elevado de sempre, com 75,5 mil milhões de euros em 2016”, o que consolidou a posição da UE como maior doador mundial. Face a 2015, a APD europeia aumentou 11%. “A ajuda da UE tem aumentado pelo quarto ano consecutivo e atingiu o seu nível mais elevado até à data. “Em 2016 e no seu conjunto, a ajuda pública da UE ao desenvolvimento atingiu 0,51 % do rendimento nacional bruto da UE, tendo aumentado de 0,47 % em 2015″, revela o comunicado da Comissão Europeia.

Os países mais generosos neste capítulo foram o Luxemburgo ao atribuir 1% do seu Rendimento Nacional Bruto, Suécia (0,94%), Dinamarca (0,75%) e Alemanha (0,7%), que atingiu a meta definida pela primeira vez. No total 16 Estados-membros aumentaram a sua APD, enquanto cinco reduziram e sete mantiverem os valores das contribuições face a 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marisco e pastelaria sem glúten passam a pagar 23% de IVA

  • Lusa
  • 13 Abril 2017

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) considerou que o marisco e a pastelaria sem glúten devem ser tributados à taxa normal do IVA, de 23%, não podendo beneficiar da taxa de 6%.

O Fisco divulgou hoje uma série de informações vinculativas relativamente às taxas de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) que incidem sobre determinados produtos, nomeadamente marisco e pastelaria sem glúten, respondendo a questões levantadas por empresas que produzem e comercializam estes mesmos bens.

Num dos casos expostos, a empresa pede esclarecimentos ao Fisco sobre se a “mariscada sem glúten” que pretende comercializar “é enquadrável na verba 1.12 da lista I” do código do IVA, cuja taxa de imposto é de 6%, e esclarece que “o preparado é especialmente desenvolvido para poder ser consumido por pessoas intolerantes ao glúten não contendo este elemento em nenhum dos seus ingredientes”.

Na resposta, as Finanças consideram que “não é possível concluir” que o produto em causa “cumpre as regras atualmente em vigor, aplicáveis em todos os estados-membros, relativamente à prestação de informação ao consumidor sobre a ausência ou a presença reduzida nos géneros alimentícios de glúten”, uma vez que “não foi enviado o rótulo”, o que “impede verificar se está a ser cumprido” o regulamento europeu sobre normas de rotulagem.

Por isso, o Fisco entende que o produto ‘mariscada 800 gramas’ “não pode beneficiar da aplicação da taxa reduzida do imposto e está sujeito à aplicação da taxa normal de imposto”, de 23%.

Numa outra informação vinculativa, a AT é questionada por uma pastelaria sobre se os produtos ‘bolo de chocolate’ e ‘cheesecake’ podem ser tributados à taxa reduzida, tendo em conta que os referidos produtos “foram sujeitos a análises a comprovar que são isentos de glúten”.

Neste caso, o Fisco analisa as fichas técnicas dos produtos em causa e conclui que “não se afigura que os produtos em causa ‘bolo de Chocolate – XX’ e ‘cheesecake de frutos silvestres – XX’ se encontrem especialmente produzidos, preparados ou transformados de forma a responder às necessidades dietéticas especiais das pessoas com intolerância ao glúten”, pelo que “devem ser tributados à taxa normal” do IVA.

No escurinho do cinema

Os cachorros quentes vendidos nos cinemas são tributados com IVA a 13%, mas as pipocas comercializadas nos mesmos espaços já são abrangidas pela taxa mais alta, de 23%, uma vez que não são consideradas uma refeição.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) foi interrogada por uma empresa cuja atividade principal é a projeção de filmes e de vídeos, mas que exerce a título secundário a atividade de restauração, sendo que, nos bares dos cinemas que explora são vendidos – para além dos respetivos bilhetes de cinema – doces, bebidas, pipocas e cachorros quentes, ambos confecionados no local, ‘nachos’, ‘sushi’, entre outros alimentos”.

A questão levantada por esta empresa pretendia confirmar que a venda de pipocas e cachorros quentes se enquadra na verba 1.8 da Lista II do código do IVA cuja taxa é de 13%.

O Fisco entendeu que a venda de cachorros quentes nos bares dos cinemas da empresa em causa “é suscetível de integrar o conceito de ‘refeições prontas a consumir’, devendo a transmissão destes produtos alimentares ser tributada pela taxa intermédia do imposto”.

No entanto, a AT considerou que, apesar de as pipocas serem “produtos alimentares sujeitos a um processo de preparação, não integram o conceito de ‘refeição’ presente na verba”, determinando por isso que “a sua comercialização deve ser sujeita à taxa normal de imposto”, de 23%.

Na argumentação, as Finanças recordam que as refeições prontas a consumir nos regimes de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio são tributadas a 13% e que o conceito destas refeições foi já desenhado em instruções administrativas anteriores.

Num ofício dos serviços do IVA da AT, emitido em junho do ano passado, o Fisco determinou que se consideram “refeições prontas a consumir no regime de pronto a comer e levar ou com entrega ao domicílio os pratos ou alimentos acabados de preparar, prontos para consumo imediato, com ou sem entrega ao domicílio (‘take away’, ‘drive in’ ou semelhantes), designadamente, a transmissão de sopas ou pizzas ou outros pratos confecionados ou preparados, prontos para consumo imediato”.

Por isso, “a venda de cachorros quentes preparados nos balcões de cinema da [empresa] requerente, a pedido dos clientes, tem efetivamente enquadramento na verba 1.8 da Lista II”, sendo tributados a 13% em sede de IVA.

No entanto, a AT entende que “o facto de a verba se referir expressamente a ‘refeições’ legitima a não inclusão no seu âmbito de aplicação de todos e quaisquer produtos alimentares que sejam sujeitos a um processo de preparação ou confeção“, razão pela qual os serviços do Fisco têm considerado que a transmissão de sobremesas e de bebidas “não tem cabimento no âmbito de aplicação desta verba”.

Neste sentido, está sujeita à taxa de 23% de IVA a venda de churros, farturas ou gelados em ‘roulottes’ de pronto a comer, sublinhando o Fisco que “a venda de pipocas enquadra-se nesta mesma lógica” como não se trata de uma refeição, não é passível de ser tributada a 13%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pedro Marques no ECO Talks

  • ECO
  • 13 Abril 2017

O ministro do Planeamento, Pedro Marques, é o convidado do próximo ECO Talks, a realizar no dia 18 de abril, a partir das 09h00 no Altis Belém, em Lisboa.

O ECO vai promover um ECO Talks no dia 18 de abril, terça-feira, a partir das 09h00 no Altis Belém em Lisboa. E convidou o ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, para responder a todas as perguntas.

Na semana em que o ministro do Planeamento vai ao Parlamento explicar o Plano Nacional de Reformas (PNR), o ECO promove a discussão sobre as prioridades do governo, o que fez em 2016 e o que se propõe fazer este ano. Responsável político pela execução dos fundos comunitários e tutela de empresas de transporte como a TAP, Pedro Marques será também questionado sobre estes dois temas.

O ECO Talks é um novo formato de discussão, uma oportunidade para o ECO e para os nossos leitores confrontarem os decisores económicos, políticos e financeiros sobre os temas que estão a marcar a agenda e a atualidade. Será sempre transmitido em streaming, aqui no site do ECO, e na nossa página no Facebook. E com a participação dos nossos seguidores nas redes sociais. Se tiver interesse em assistir ao ECO Talks ao vivo, envie um pedido de registo para [email protected].

O primeiro ECO Talks realizou-se no passado dia 5 de dezembro e o convidado foi Pedro Passos Coelho. Vieira da Silva, Rui Moreira e Assunção Cristas foram também convidados destes encontros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsa já vai na segunda semana de perdas

É o encerrar da segunda sessão consecutiva de perdas no PSI-20. O índice acompanhou a tendência das praças europeias, pressionado sobretudo pelo BCP e pela Galp.

Esta quinta-feira encerrou a segunda semana de perdas no principal índice nacional. Numa sessão de pouca liquidez em véspera de feriado, o PSI-20 recuou 0,35%, pressionado pelo BCP e pela Galp. As bolsas estarão fechadas esta sexta-feira e também na segunda-feira. As negociações serão retomadas na terça-feira, dia 18 de abril.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fnac cresce em Portugal e Espanha com expansão de lojas

  • ECO
  • 13 Abril 2017

Retalhista francesa aumentou volume de negócios para quase 7,5 mil milhões de euros em 2016. Em Portugal e Espanha, ajudaram a expansão do número de lojas e as vendas online.

A Fnac registou um aumento de 7,4% no resultado operacional na sua atividade em Portugal e Espanha em 2016, beneficiando da aceleração da expansão de rede de lojas e do crescimento das vendas online nesta região.

“Na Península Ibérica, a atividade do grupo obteve vendas estáveis face a uma intensidade promocional forte, tanto em Portugal como em Espanha. Ambos os países beneficiaram de uma aceleração da expansão da rede de lojas, nomeadamente com a abertura de uma primeira loja Fnac Connect, e obtiveram um crescimento no canal Internet”, refere o grupo Fnac Darty em comunicado.

Em termos globais, a retalhista francesa obteve no ano passado um volume de negócios de 7.418 milhões de euros, traduzindo um crescimento de 2% face a 2015.

lucro aumentou 37% para os 74 milhões de euros, isto excluindo os custos não recorrentes associados à aquisição da Darty ocorrida no final de julho de 2016.

A Fnac, que está presente em Portugal desde 1998 e onde conta atualmente com 24 lojas, desenvolve atividade em mais oito países, incluindo França, Espanha e Brasil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.