Desempregado? Reprograma a tua vida

Nono bootcamp de programação da Academia de Código começa a 17 de abril. O curso tem disponíveis 20 vagas para pessoas interessadas em aprender a programar, independentemente da idade ou formação.

Curso da Academia de Código dura 14 semanas.Academia de Código

Estão abertas as candidaturas para o 9º bootcamp da Academia de Código. O projeto português arranca mais um curso de programação para desempregados, de maneira a fazer com que, a partir de novas competências, consigam abrir a possibilidade de ingressarem de outra forma no mercado de trabalho.

O curso de 14 semanas arranca a 17 de abril, em Lisboa, e tem como objetivo ajudar pessoas interessadas em aprender a programar a “reprogramarem” as suas vidas. O bootcamp de programação tem disponíveis 20 vagas para pessoas que queiram desenvolver competências na área da programação, independentemente da idade ou formação académica prévia, “que queiram aprender a programa num formato absolutamente imersivo e intensivo e, ao fim de três meses e meio, integrar o mercado de trabalho” como programadores juniores. A única condição é o domínio do inglês, “língua franca comum à aprendizagem de todas as linguagens de programação”, explica a Academia em comunicado.

Em dois anos, a Academia de Código recebeu mais de 5.000 candidaturas aos anteriores bootcamps. Os participantes contam, depois do curso, com uma taxa de empregabilidade de 96%, de acordo com dados da empresa. “É crescente a necessidade de programadores no mundo e em Portugal. (…) já tivemos vários casos de code cadets que receberam ofertas de trabalho antes de terminarem o bootcamp, o que é um aspeto extremamente positivo e revelador de que estamos a fazer um bom trabalho”, diz João Magalhães, CEO da Academia de Código, em comunicado.

 

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Ninguém confia na moeda do Azerbaijão, a melhor do mundo

  • Bloomberg
  • 27 Março 2017

Uma década de avanços foi o tempo necessário para que a moeda azerbaijana conquistasse alguma confiança. Só que as duas desvalorizações arruinaram a sua reputação.

Mesmo depois de uma alta que tornou o manat a moeda de melhor desempenho do mundo desde o início de fevereiro, a população do Azerbaijão não está convencida. A pouca confiança que as pessoas ainda tinham na moeda do país do Mar Cáspio — depois de ela ter perdido mais de metade de seu valor em 2015 — desgastou-se com os surtos de pânico e as oscilações bruscas do câmbio durante o ano passado.

“Não tenho nenhum dólar, mas se tivesse, eu não o trocaria por manat porque não é uma moeda confiável”, disse Tatyana Kryuchkina, que trabalha como contabilista numa empresa privada. “O manat continuou a perder valor no ano passado, mesmo depois de duas desvalorizações.”

O regresso da valorização da moeda ressalta a relação desequilibrada entre a economia, que caminha para uma recuperação após sua primeira contração em duas décadas, a inflação de dois dígitos e a turbulência cambial que complicaram a subsistência. Para aumentar ainda mais a incerteza, veio ainda a política monetária do banco central, que, de acordo com o Sberbank CIB, é “incoerente” porque absorve a liquidez do manat em leilões de depósito, ao mesmo tempo que distribui fundos significativos para dar apoio aos credores.

“A maior parte da população considera que a valorização atual do manat é temporária e a atribui a fatores sazonais”, disseram os analistas do Sberbank CIB Alexander Golinsky e Rodion Lomivorotov em um relatório. “Há fortes expectativas de que a desvalorização volte no segundo semestre de 2017, especialmente se os preços do petróleo caírem dos níveis atuais.”

Até o momento, a moeda do terceiro maior produtor de petróleo da antiga União Soviética aguentou uma queda de 10% no preço do petróleo Brent desde janeiro, fortalecendo-se 13% durante o mesmo período e superando os ganhos do lari da Geórgia e do peso mexicano, mostram dados compilados pela Bloomberg. Ela foi negociada com baixa de 1 por cento na quarta-feira.

Os azerbaijanos têm expressado a sua insatisfação com a moeda do país mantendo a maior parte de suas economias em moeda estrangeira. A proporção de depósitos em dólares aumentou de 79,6% no fim do ano passado para 81,3% em janeiro, de acordo com os dados mais recentes disponibilizados pelo banco central do país.

“Para nós, um indicador da confiança na moeda é a dolarização dos depósitos”, disse Paul Gamble, diretor senior da Fitch Ratings. “A dolarização dos depósitos aumentou durante as desvalorizações e continua muito alta. E não está a diminuir.”

Por enquanto, a confiança na moeda é escassa nas ruas da capital, Baku. “Acho que esta taxa de câmbio não vai durar muito tempo”, disse Fuad Agbabali, tradutor. “É uma tendência temporária e não um resultado das políticas económicas do governo.”

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Assunção Cristas calcula défice de 3,7% sem “cortes cegos” das cativações

  • Lusa
  • 27 Março 2017

Na passada sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística anunciou que o défice de 2016 em contas nacionais ficou nos 2,06%. A líder do CDS reagiu esta segunda-feira aos números.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu esta segunda-feira que o défice teria ficado em 3,7% e não em 2,1% se o Governo tivesse executado a despesa prevista, sem cativações que são “cortes cegos” nos serviços públicos.

“Fizemos a conta e verificamos que se o Governo tivesse executado a despesa que devia ter executado, e muitos disseram que o Orçamento era irrealista, o défice teria ficado em 3,7%, não 2,1%”, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, no final de uma visita à unidade de cuidados continuados da cooperativa social CERCITOP, em Algueirão, no concelho de Sintra.

Para a líder centrista, este cálculo ilustra “aquilo que o CDS tem vindo a sinalizar durante todo o ano: um garrote enorme nos serviços públicos, cativações que são cortes cegos na despesa, uma quebra brutal no investimento público, tem vindo a afetar muitas e muitas áreas”, como a da saúde.

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Terramoto Le Pen: Euro pode cair para abaixo da paridade

  • Marta Santos Silva
  • 27 Março 2017

Uma vitória de Marine Le Pen teria um impacto drástico na moeda única, que arriscaria a sofrer tanto ou mais do que a libra após o referendo do Brexit.

Mínimos de 15 anos: é para onde o euro poderá cair com uma vitória da candidata da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, nas eleições para o Eliseu, a 23 de abril. De acordo com economistas sondados pela Bloomberg, o impacto inicial de uma vitória de Le Pen sentir-se-ia no euro de forma semelhante ao do referendo do Brexit na libra.

Le Pen não é só má para a economia, como antevê um estudo da Euler Hermes e do Grupo Allianz divulgado na semana passada em que se prevê que uma vitória da candidata da Frente Nacional resulte numa queda do PIB desde os 1,6% registados em 2016 para 0,5% em 2018, assim como num aumento do défice e da dívida. Afinal, uma presidência Le Pen poderia ter impactos imediatos em toda a Zona Euro, em parte devido aos seus apelos a um referendo para que a França saia da moeda única e, eventualmente, da própria União Europeia.

Segundo 23 dos 38 economistas inquiridos pela Bloomberg, a moeda única desceria abaixo da paridade com o dólar logo no dia após a vitória de Le Pen. Cinco desses acreditam que o euro desceria abaixo dos 95 cêntimos de dólar. Uma queda desta magnitude levaria o euro para mínimos desde 2002, a última altura em que a moeda única europeia esteve abaixo da norte-americana.

A reação dos mercados seria muito negativa, já que os riscos de redenominação só estão a ser tomados em conta de forma muito modesta”, disse o economista Frederik Ducrozet à Bloomberg. O analista do Banque Pictet & Cie, de Genebra, está entre os que acreditam que o euro cairia abaixo do dólar.

Neste momento uma vitória de Le Pen é considerada bastante improvável. Embora a maioria das sondagens a coloquem a sair da primeira volta das eleições em primeiro lugar, preveem que seja derrotada por qualquer um dos adversários na segunda volta. O favorito neste momento é o independente Emmanuel Macron, que até já supera Le Pen na primeira volta nalgumas sondagens, seguido do candidato da direita, François Fillon, que tem estado envolvido em escândalos de empregos fictícios durante a campanha eleitoral.

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Estado não vai ter administradores no Novo Banco

A venda do Novo Banco está (mesmo) na reta final. O Governo e Bruxelas já conseguiram chegar a um meio-termo: o Estado mantém uma posição minoritária de 25%, mas vai ser um 'sleeping partner'.

A venda do Novo Banco está (mesmo) na reta final. Depois de vários meses de negociação com o Lone Star, o Governo conseguiu finalmente chegar a um meio-termo com Bruxelas: fica com 25% do capital, mas sem administradores no banco e sem poder de voto. Esta foi a condição das autoridades europeias para aceitar a participação do Estado na estrutura acionista em associação com o fundo norte-americano. Vai ter ações, a responsabilidade de capitalizar o banco no futuro caso venha a ser necessário, mas não vai ter direitos de participação na gestão.

A Direção Geral da Concorrência europeia (DG Comp) tinha uma posição de princípio contra a manutenção de uma participação acionista do Estado no capital do Novo Banco no quadro do negócio de venda ao Lone Star, apurou o ECO. Mesmo que fosse minoritária. Mas Bruxelas cedeu, depois de ter chegado a um acordo com o Governo português sobre a venda do banco de transição numa espécie de acordo de compromisso possível. Este era o resultado mais provável, como já tinha sido avançado por Marques Mendes, no comentário habitual de domingo. Já esta manhã, a comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

Citada pela agência Lusa, a comissária afirmou: “Claro que discutimos com as autoridades portuguesas, como discutimos com outras, se estiverem numa situação em que querem alterar compromissos. A nossa missão é assegurar que as alterações são equilibradas. Por isso, se alguém quer fazer algo, talvez favorecendo uma parte, então é preciso equilibrar isso assumindo compromissos noutra área. Mas o processo ainda está em curso, e é da responsabilidade das autoridades portuguesas garantir a venda”, afirmou.

O ECO sabe que o Estado ficará com uma participação de 25% — que poderá vender a qualquer momento, não havendo um período mínimo de lock up. Sem direito a voto e sem direito a lugares na administração. As ações, essas, deverão ser, ainda, ordinárias, por isso, o mais provável é a existência de um acordo parassocial que determine as condições de participação do acionista Estado. Qual é o objetivo? Afastar qualquer possibilidade de interferência do Estado no banco.

O ministro das Finanças, na conferência de Imprensa em que explicou os resultados do défice de 2016, na sexta-feira, afirmou: “Consideramos que há condições para um acordo”, sem adiantar mais dados, com a justificação de que as negociações estão em curso.

As condições não ficam por aqui. A contra-garantia do Estado caiu, mas não a garantia do Fundo de Resolução, para cobrir o valor dos ativos chamados problemáticos e os não-rentáveis, conceitos que não são exatamente a mesma coisa. Segundo apurou o ECO, será de mais de mil milhões de euros. No entanto, isto levanta outra questão: o impacto no défice. Esta condição foi negociada noutro tabuleiro, com o Eurostat. O organismo de estatística europeia aceitou que esta garantia dada pelo Fundo apenas pesará nas contas públicas à medida que é acionada. É uma forma de estender no tempo eventuais efeitos da execução desta garantia, já que o Fundo de Resolução está integrado no perímetro do Estado, embora seja uma responsabilidade dos bancos do sistema.

Neste acordo, o Lone Star compromete-se, por seu lado, a colocar 750 milhões de euros de capital no Novo Banco, e a reforçar a capitalização com mais 250 milhões de euros numa segunda fase, a curto prazo, revelou ao ECO uma fonte que acompanha as negociações. Contactado, o Lone Star escusou-se a fazer quaisquer comentários.

Tudo isto faz parte de um pacote que deve estar concluído até ao final desta semana. Por um lado, porque esta foi a data limite acordada para as negociações exclusivas entre o governo e o Lone Star. Mas, sobretudo, por pressão negocial de um dos fundos que compõem o Lone Star, que quer uma decisão do governo.

A capitalização do Novo Banco não termina aqui. Além disso, haverá uma terceira operação, que passa pela transformação de até 500 milhões de euros de obrigações em capital. Ou seja, os obrigacionistas passam a acionistas.

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Madrid entre as melhores alternativas a Londres do pós-Brexit

  • ECO
  • 27 Março 2017

Um inquérito de uma consultora britânica colocou a capital espanhola em terceiro lugar na lista das capitais europeias que podem suceder a Londres como centros financeiros após o Brexit.

Quando Londres deixar de ser a rainha das capitais financeiras, quem lhe sucederá no trono? Foi a esta pergunta que a consultora imobiliária britânica Savills tentou responder no seu estudo, em que analisou as características de várias capitais europeias que as poderiam tornar no novo polo do investimento imobiliário, capaz de assumir o lugar da City quando o Brexit a arrasar. E Madrid foi uma das eleitas.

A consultora considera a capital espanhola a terceira melhor opção, atrás de Amesterdão e Dublin e à frente de Frankfurt e Paris. Como principais fatores a favor de Madrid estão a sua cultura, um forte atrativo não só para os latinos mas também para os restantes, e o crescimento da sua economia. Se não fosse o mau domínio dos espanhóis da língua inglesa — apenas 22% deles conseguem falar fluentemente — teria ficado numa posição ainda mais alta na contagem.

E o Governo espanhol não se está a poupar a esforços para publicitar Madrid. O Instituto do Comércio Externo, o programa Invest in Spain, o PP de Cristina Cifuentes em Madrid e a própria Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), bem como algumas empresas imobiliárias como a Merlin Properties, cotada na bolsa Ibex 35, já começaram a sondar algumas empresas localizadas em Londres e a tentar convencê-las a mudarem-se para Madrid, explicou o site espanhol Cinco Dias.

Além da cultura, Madrid é uma das cidades com os custos mais baixos para empregados a nível de habitação e trabalho, quase três vezes abaixo dos valores praticados em Londres (a cidade mais cara dentro do estudo da Savills) e até em Paris. Só Frankfurt e Berlim competem ao nível de Madrid em termos de preços. As rendas de aluguer pagas pelas empresas, ainda que cresçam de ano para ano nas zonas mais solicitadas da capital espanhol, continuam a ser bem mais baixas que as de Milão ou Paris.

Assim sendo, foi precisamente a maior fluência no inglês, a par com a forte cultura e os preços mais competitivos, que colocaram Amesterdão no topo da contagem e à frente de Madrid. O segundo lugar de Dublin também é fácil de justificar, já que é a única outra capital europeia em que o inglês é a língua oficial, mas o facto de ter um ambiente fiscal menos pesado que o de outras cidades também pesou na hora da decisão. Frankfurt ocupa a quarta posição devido a ter no seu território a sede do Banco Central Europeu, o que permitiria às empresas que se deslocassem para lá estarem no coração financeiro da Europa. E Paris, no quinto lugar, foi escolhida por ser um centro cultural e social e por também ter uma economia estável. No entanto, há que ter em conta que os impostos para empresas e trabalhadores na capital francesa são muito altas.

O site espanhol CincoDías chamou a atenção (acesso livre / conteúdo em espanhol) analisando os resultados do inquérito da Savills, para o pormenor de que Londres continuará a ser uma cidade atrativa para o setor financeiro, e que Amesterdão e Dublin, entre outras cidades, podem vir a beneficiar se alguns bancos e seguradoras da City se mudarem para os seus territórios, mas que isso poderá não chegar para os tornar na nova capital cultural e cosmopolita como Londres tem sido até agora.

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Passaporte português: o quarto mais poderoso do mundo

Fazer uma viagem é sempre um prazer, mas quanto menos papel e burocracias forem necessários melhor. Para algumas nacionalidades é mais fácil do que para outras. Saiba quais.

Os detentores de um passaporte alemão são aqueles que enfrentam menos restrições no momento de viajar para outros países. E no caso português? Segundo o ranking elaborado pela Arton Capital, o passaporte português é o quarto mais poderoso do mundo, a par da Itália, Suíça, Holanda, Luxemburgo, Bélgica, Áustria, Estados Unidos e Coreia do Sul.

O passaporte português — à semelhança dos países colocados no mesmo lugar do rankingpermite viajar para 157 países sem ser necessário visto ou autorizações especiais. Já o passaporte alemão, o “mais poderoso do mundo”, na designação desta consultora, dá acesso a 160 países sem visto.

O segundo lugar na tabela é ocupado pela Suécia, cujo passaporte dá acesso a 159 países. O ano passado, a Suécia ocupava em ex-aequo o topo do pódio com a Alemanha.

Já a terceira posição é ocupada por um conjunto de países onde se encontra Espanha (que caiu uma posição face ao ano anterior), Dinamarca, Finlândia, França, Noruega, Reino Unido e Singapura. Deter um passaporte de todos estes países dá acesso livre a 158 outros países.

Mas para o Reino Unido, o Brexit poderá vir a ter consequências. Depois de acionado o Artigo 50 — o que ocorrerá esta quarta-feira — os especialistas, da Henley & Partners, uma outra consultora que faz um ranking idêntico, mas com base nos dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), admitem que é provável que os britânicos não tenham que obter visto para viajar para os 26 países do espaço de Schengen, mas podem vir a ser obrigados a solicitar algum tipo de autorização ou até mesmo a pagar alguma taxa de entrada na Europa, à semelhança do que acontece com outros cidadãos comunitários.

Finalmente, quanto aos menos poderosos, tanto a Arton Capital como a Henley & Partners consideram que o passaporte menos poderoso, ou seja, que abre menos portas, é o do Afeganistão, já que só permite viajar com liberdade para 24 países. Entre os mais restritivos também estão o Paquistão (27), Iraque (28), Síria (31) e Somália (33).

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Preço das casas acelera. Avaliações sobem há 11 meses

Os imóveis continuam a valorizar. As avaliações feitas pelos bancos na altura de concederem crédito aumentaram pelo 11º mês consecutivo, com o valor a atingir um máximo desde 2011

O valor das casas continua a aumentar a bom ritmo. A avaliação feita pelos bancos aos imóveis aumentou em fevereiro pelo 11º mês consecutivo, atingindo o valor médio de 1.109 euros por metro quadrado, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística. Está em máximos desde meados de 2011.

“O valor médio de avaliação bancária, realizada no âmbito da concessão de crédito à habitação, situou-se em 1.109 euros por metro quadrado em fevereiro, o que correspondeu a uma variação em cadeia de 0,3%”, nota o INE. Desde março do ano passado que os preços têm vindo a aumentar.

“Em comparação com o período homólogo, o valor médio de avaliação no total do país registou um crescimento de 5,7% em fevereiro”, acima dos 5,6% em janeiro, traduzindo-se numa aceleração do aumento do valor atribuído pelos bancos aos imóveis. Esta avaliação é relevante para os créditos, sendo que regra geral as instituições financeiras concedem créditos correspondentes a 80% do valor apurado.

Estes dados revelam uma manutenção da tendência de crescimento dos preços dos imóveis, sendo reflexo da maior abertura dos bancos na concessão de crédito para a casa — o que é visível através da queda dos spreads. Em 2016, os preços das casas aumentaram 7,1% relativamente ao ano anterior, tendo acompanhado o movimento ascendente que se tem vindo a registar há três anos consecutivos. Fruto desta evolução, as avaliações dos imóveis estão já em níveis de julho de 2011, pouco depois do resgate a Portugal.

Lisboa puxa pelo país. Algarve destaca-se

Esta evolução dos preços dos imóveis é influenciada positivamente pelo crescimento das avaliações feitas às casas na Área Metropolitana de Lisboa. O INE nota que a “variação de 0,5% e valor de avaliação de 1.348 euros por metro quadrado foi a que mais contribuiu para o acréscimo mensal observado no total do país”. Este aumento traduz o crescimento registado nos preços dos apartamentos.

O “valor médio de avaliação dos apartamentos fixou-se em 1.153 euros por metro quadrado em fevereiro, superior em 0,3% ao valor observado em janeiro”, sendo que “os crescimentos mais acentuados observaram-se na região do Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa”.

Quando comparado com o período homólogo, o valor médio de avaliação dos apartamentos aumentou 5,3% (variação de 5,2% em janeiro). O Algarve registou o acréscimo mais expressivo (97 euros por metro quadrado e variação de 7,8%). Olhando para as moradias, que têm uma avaliação média de 1.034 euros e o Algarve volta a destacar-se.

Em termos homólogos, o valor médio das moradias aumentou 5,9%, pelo segundo mês consecutivo. “Todas as regiões, com a exceção da Região Autónoma da Madeira e a Área Metropolitana de Lisboa, apresentaram variações iguais ou superiores ao mês anterior, tendo a do Algarve apresentado o maior acréscimo: de 10,8% em janeiro, para 12,1% em fevereiro”, diz o INE.

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Revista de imprensa internacional

  • Marta Santos Silva
  • 27 Março 2017

Trump escolhe o genro para reformar o Governo, 60% dos senadores espanhóis escondem o património, a Coreia do Sul pode pôr a Presidente impugnada na prisão, e outras três notícias desta segunda-feira.

Em semana de Brexit, Theresa May planeia encontrar-se com a líder escocesa Nicola Sturgeon antes de acionar o Artigo 50. Em Hong Kong, os líderes dos protestos de Hong Kong sob a égide Occupy receberam chamadas da polícia a informá-los que seriam alvos de processos judiciais no primeiro dia após a eleição da nova líder da província autónoma, e na Coreia do Sul a Presidente impugnada, Park Geun Hye, enfrenta prisão preventiva. Leia as seis notícias que marcam a atualidade mundial esta segunda-feira.

The Washington Post

Trump escolhe genro para reforma empresarial do Governo

Donald Trump escolheu o seu genro Jared Kushner, marido de Ivanka Trump, para liderar uma equipa que encontrará formas de reformar o Governo norte-americano utilizando ideias do mundo empresarial. A equipa poderá escolher privatizar algumas funções do Governo no processo. A maioria dos membros da equipa não têm experiência política. Leia a notícia completa no Washington Post. (Conteúdo em inglês / Acesso condicionado)

El Mundo

60% dos senadores “silenciosos” sobre o seu património

Dos 266 membros da câmara alta do Parlamento espanhol, 60% decidiu não responder a quaisquer perguntas sobre o seu património, colocadas pelo jornal El Mundo perante as imprecisões, omissões e erros nas declarações publicadas no site do Senado. “Cada um declara o que quer, mas o Senado não faz revisão”, disse um senador do PP ao jornal, que preparou um guia interativo para conhecer o nível de transparência de cada representante. Leia a notícia completa no El Mundo. (Conteúdo em espanhol / Acesso gratuito)

The Guardian

Theresa May vai reunir-se com líder escocesa antes de acionar Artigo 50

A primeira-ministra britânica vai reunir-se com Nicola Sturgeon, líder da Escócia, antes de acionar o Artigo 50, que desencadeia a negociação para a saída do Reino Unido da União Europeia, na quarta-feira. Sturgeon anunciara na semana passada a intenção de fazer um novo referendo à independência escocesa, tendo em conta que uma maioria dos escoceses votaram para permanecer na União Europeia. Espera-se que May reforce que o Reino Unido e a Escócia não “mais fortes juntos”, e que as quatro nações que compõem a União representam uma “força imparável” quando combinadas. Leia a notícia completa no The Guardian. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Straits Times

Procuradoria sul-coreana quer prisão para presidente impugnada

A procuradoria sul-coreana anunciou que vai procurar a prisão da Presidente impugnada, Park Geun Hye, por acusações que incluem ter aceitado subornos de grandes empresas. A audição no âmbito deste processo já foi agendada para quinta-feira, e se a procuradoria levar a sua avante a Chefe de Estado poderá ser presa durante até 20 dias enquanto decorre a investigação. Leia a notícia completa no Straits Times. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Le Monde

Campanha do PS francês dominada por “inquietude”

Benoît Hamon e a sua equipa da candidatura do Partido Socialista francês ao Eliseu estão desesperados e inquietos. “Estamos muito mal”, afirmou uma fonte ao Le Monde. “Está-se a tornar complicado, existe o risco de um esvaziamento fatal” do partido. Faltam menos de quatro semanas para a primeira volta e o candidato do partido do atual Governo aparece em quinto nas sondagens, tendo sido ultrapassado mesmo pelo candidato mais à esquerda, Jean-Luc Mélenchon, nas últimas sondagens. “Estarei na segunda volta das presidenciais”, garantiu Hamon numa entrevista este domingo. Leia a notícia completa no Le Monde. (Conteúdo em francês / Acesso gratuito)

South China Morning Post

Líderes de protestos icónicos em Hong Kong enfrentam processo judicial

Hong Kong escolheu uma nova Presidente — Carrie Lam — mas para os manifestantes dos icónicos protestos de 2014, sob a égide do movimento Occupy, as coisas parecem não ter mudado. No dia depois da eleição, os líderes do movimento foram contactados pela polícia para serem informados de que serão levados a tribunal pelas suas ações de protesto. No entanto, alguns dos contactados afirmaram que a decisão de fazer as chamadas no dia depois da eleição de Carrie Lam era um “cálice envenenado” deixado pelo antecessor. Leia a notícia completa no South China Morning Post. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

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Crédito no nível mais baixo em dez anos. Depósitos em queda

Apesar do aumento na concessão, o crédito às famílias continua em queda. O saldo recuou para o valor mais baixo em dez anos. Ao mesmo tempo, o valor aplicado em depósitos caiu para mínimo de 11 meses.

Os bancos estão a dar mais crédito? Estão, mas não tanto que permita que, em termos líquidos, o saldo dos empréstimos concedidos às famílias portuguesas seja, efetivamente, mais elevado. Assim, o crédito total a particulares continua a cair, tendo atingido o valor mais baixo em dez anos, isto ao mesmo tempo que os montantes confiados pelas famílias às instituições financeiras recuaram para um mínimo de quase um ano.

O saldo de crédito às famílias encolheu pelo nono mês consecutivo, de acordo com os dados do Banco Central Europeu (BCE). Registou, em fevereiro, uma quebra de 0,14%, com o saldo a encolher para 117,4 mil milhões de euros. É preciso recuar até fevereiro de 2007, há dez anos, para encontrar um valor tão baixo quanto o atual. Este resultado reflete essencialmente a manutenção da quebra no saldo dos empréstimos para a compra de casa.

Apesar de se ter assistido a um crescimento do financiamento para a compra de habitação, e da banca mostrar que está disponível para financiar estas operações ao reduzir os spreads exigidos, o saldo de crédito com este fim mostra que o ritmo a que são concedidos esses novos créditos é manifestamente reduzido face ao ritmo de amortização de empréstimos (fruto das taxas negativas dos indexantes). O saldo encolheu em 0,21%, em fevereiro, baixando para 95 mil milhões de euros, o mais baixo desde março de 2007.

O crédito para outros fins também está a encolher, com o saldo a cifrar-se em 8,7 mil milhões de euros, uma quebra de 0,39% face ao primeiro mês do ano, já os empréstimos ao consumo retomaram a tendência de crescimento. Depois da quebra em dezembro e janeiro, em fevereiro, de acordo com o BCE, o saldo destes empréstimos subiu 0,51% para 13,71 mil milhões de euros. Grande parte deste crédito ao consumo é destinada à compra de automóveis.

Menos crédito, menos depósitos

Ao mesmo tempo que se assiste a uma quebra no saldo dos créditos concedidos pelos bancos às famílias, estas mesmas famílias estão a retirar dinheiro dos bancos. Os dados do BCE mostram que o saldo de aplicações junto das instituições financeiras encolheu em fevereiro pelo segundo mês consecutivo para um mínimo de quase um ano. O montante total confiado aos bancos está, agora, em 141,84 mil milhões de euros.

Depois do aumento verificado em dezembro, altura em que muitos portugueses recebem subsídio de Natal, janeiro e fevereiro foram meses de quebra nos saldos dos depósitos, sendo que já antes de dezembro se tinha assistido a quatro meses consecutivos de redução dos saldos. Esta evolução traduz, em parte, o facto de as famílias estarem a consumir mais, encolhendo as poupanças, mas também reflete a procura por soluções mais atrativas para as poupanças. As OTRV são um exemplo.

Enquanto os depósitos até dois anos registaram um crescimento de 0,41%, para 65,34 mil milhões de euros, as aplicações de mais longo prazo continuam a encolher: 32,86 mil milhões de euros. E o saldo à ordem continua elevado. Havia, em fevereiro, 43,3 mil milhões de euros em contas sem qualquer tipo de remuneração, segundo dados do BCE, isto quando a taxa média das novas aplicações a prazo está no nível mais baixo de sempre: 0,33%.

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Europa: Aversão ao risco não afasta oportunidades de negócio

Os investidores estão mais cautelosos, mas não é por isso que vão deixar de ver oportunidades de fusões e aquisições na Europa. O Velho Continente é a região onde se registam mais operações.

Há uma maior aversão ao risco no mercado. Mas não é por isso que os investidores vão deixar de ver oportunidades para fusões e aquisições na Europa, este ano. A conclusão é de um estudo da CMS, que mostra que esta tendência já se verificava no ano passado, quando o número de operações começou a estabilizar.

Os investidores estão mais cautelosos em matéria de risco, mas vão continuar a encontrar oportunidades para fusões & aquisições no Velho Continente, em 2017, diz a CMS, num estudo que analisou a alocação de risco, incluindo tendências mais gerais, diferenças regionais e o impacto do negócio em mais de 3200 operações.

"Os compradores estão a ficar mais cautelosos. Os resultados de 2016 mostram todos os sinais de que os compradores estão a assumir menos riscos e a passarem-nos para os vendedores, revertendo a tendência favorável aos vendedores observada desde 2010.”

Stefan Brunnschweiler

Responsável do Grupo de Corporate e Fusões & Aquisições da CMS

O clima de negócio também foi semelhante em 2016. Stefan Brunnschweiler, responsável do Grupo de Corporate e Fusões & Aquisições da CMS, diz que “os compradores estão a ficar mais cautelosos. Os resultados de 2016 mostram todos os sinais de que os compradores estão a assumir menos riscos e a passarem-nos para os vendedores, revertendo a tendência favorável aos vendedores observada desde 2010”.

Segundo o estudo, a “alocação de risco varia em função do tamanho do negócio”, assim como conforme as “regras que se aplicam”. E dá o exemplo: “Para operações superiores a 100 milhões de euros, pagamentos adicionais em função de resultados obtidos são mais raros e o tipo de limites às responsabilidades muito mais baixos”.

Apesar desta aversão ao risco, a Europa continua a ser região onde se registam mais operações. Mesmo em comparação com a América do Norte. Mas este cenário pode mudar. “À medida que se tornaram claras as prioridades da nova Administração dos Estados Unidos, em particular a política ‘América em primeiro Lugar’, a maioria dos contribuidores considera que haverá uma subida drástica das operações de fusão e aquisição no curto prazo, nos Estados Unidos”, esclarece a CMS.

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Bruxelas estuda dissolução da EBA

  • ECO
  • 27 Março 2017

Comissão Europeia abre consulta urgente sobre o futuro da Autoridade Bancária Europeia. Paris e Frankfurt esperam assumir competências do supervisor depois de este sair de Londres após o Brexit.

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) pode ter os dias contados. A Comissão Europeia já deu o primeiro passo nessa direção. O vice-presidente da Comissão, Valdis Dombrovskis, abriu uma consulta pública sobre o futuro das três agências de supervisão financeira — EBA, dos mercados acionistas e dos seguros. A sua sugestão aponta para a dissolução da autoridade bancária e a transferência das suas competências para os outros dois organismos, avança o espanhol CincoDías (acesso livre, conteúdo em espanhol)

O documento sugere a fusão da EBA com a Autoridade de Seguros e pensões (EIOPA, sigla em inglês), sedeada em Frankfurt, “para maximizar sinergias”. Simultaneamente, “as competências relacionadas com a proteção do consumidor passariam para a Autoridade dos Mercados Acionistas (ESMA, sigla em inglês), que se encontra em Paris. Assim, nesta versão os 165 trabalhadores da EBA, que hoje se encontram em Londres, nas instalações em Canary Wharf, seriam distribuídos pelas duas capitais europeias.

A geometria sugerida pelo vice-presidente da Comissão, que é também responsável pelos mercados financeiros, permitiria a Bruxelas manter parte da supervisão do setor bancário, ainda que sem uma agência específica. Bruxelas evitaria assim outros cenários em que se entregaria totalmente a supervisão e regulação do setor bancário ao Banco Central Europeu (através do Mecanismo Único de Supervisão).

A consulta faz parte da revisão periódica dos reguladores, mas acaba por coincidir com o Brexit — o Capítulo 50 é acionado esta quarta-feira — e com o debate sobre a nova sede da EBA, o que converte este exercício no início de uma reorganização muito maior. São também cada vez mais os adeptos de uma simplificação das estruturas de vigilância europeia que permitiria reduzir o número de organismos satélites da União que, segunda revela o CincoDías ascendem a 45 agências externas com mais de 5.500 trabalhadores no total.

“A transferência da EBA, depois do Reino Unido sair da UE (…) representa uma oportunidade acrescida para refletir sobre a idoneidade do atual esquema de supervisão”, sublinha o documento de Dombrovskis.

"A transferência da EBA, depois do Reino Unido sair da UE (…) representa uma oportunidade acrescida para refletir sobre a idoneidade do atual esquema de supervisão.”

Valdis Dombrovskis

Vice-presidente da Comissão Europeia

A consulta pública decorre até dia 16 de maior, um tempo invulgarmente curto, porque a Comissão considera que as partes interessadas já tiveram muitas ocasiões, recentemente, para se pronunciarem sobre os organismos de supervisão. Mas a razão desta urgência, prende-se também com o facto de Bruxelas querer discutir o futuro das agências sediadas em Londres, como a EBA ou Agência do Medicamento logo nas primeiras rondas negociais com Londres.

Recorde-se que Lisboa é uma das capitais que europeias que está a fazer lóbi junto de Bruxelas para que a Agência do Medicamento se instale no país. Esse foi aliás, seguramente, um dos temas abordados entre o ministro da Saúde, Adalberto campos Fernandes e o comissário europeu da Saúde que esteve na passada quinta-feira em Portugal.

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