Governo quer Laboratório Militar a produzir mais medicamentos

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Governo quer que Laboratório Militar produza mais medicamentos para fornecer o Serviço Nacional de Saúde. Investimento de mais de 16 milhões de euros resultará na produção de oito novos medicamentos.

Num investimento de mais de 16 milhões de euros, os Ministérios da Saúde e da Defesa querem aumentar a produção de medicamentos pelo Laboratório Militar para fornecer o Serviço Nacional de Saúde. De acordo com o Público (acesso condicionado), o despacho aprovado pelo Governo entregou, entretanto, ao Infarmed e ao laboratório em causa a tarefa de fazer um levantamento da legislação que vai ter de mudar.

Da lista de oito medicamentos que deverão passar a ser produzidos pelo Laboratório Militar fazem parte um anti-inflamatório, um corticosteróide para o tratamento da Doença de Addison, um produto que altera a resposta do organismo à luz, um modificador biológico que normaliza o crescimento do cabelo, uma substância usada na prevenção de infeções oftalmológicas em recém-nascidos, um sedativo, um antituberculoso e um medicamento para a Doença de Wilson.

“O tempo expectável para a readaptação do Laboratório Militar, após disponibilização de meios financeiros, humanos e de equipamentos, estima-se no mínimo em 24 meses”, revela o relatório, tornado público numa resposta do Ministério da Saúde ao CDS. Além do investimento de 16,75 milhões de euros na modernização do instituto, espera-se também a contratação de mais 20 técnicos de várias áreas.

Nos últimos anos, o Laboratório Militar tem garantido o fornecimento ao SNS de 12 medicamentos, que de outra maneira não estariam disponíveis.

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SDC convoca assembleia-geral extraordinária para 27 de fevereiro

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Antigo grupo Soares da Costa convocou uma assembleia-geral extraordinária para 27 de fevereiro para retirar a empresa de bolsa.

A SDC Investimentos (ex-grupo Soares da Costa) anunciou segunda-feira a convocação de uma assembleia-geral extraordinária para 27 de fevereiro, em Lisboa, para deliberar sobre a perda da qualidade de sociedade aberta, ou seja, retirar a empresa de bolsa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SDC Investimentos refere, na ordem de trabalhos da reunião, convocada a pedido dos acionistas Investéder e Oceanlotus, que caso seja aprovada a perda da qualidade de sociedade aberta, sejam alterados os estatutos e a assembleia delibere atribuir ao conselho de administração mandato para a concretização das decisões aprovadas.

Este pedido não é surpreendente já que a Investéder tinha admitido que o pretendia fazer e surge depois da holding detida pelos gestoras da empresa ter superado a fasquia dos 90% no capital da SDC. Em dezembro, os acionistas da SDC Investimentos aprovaram um aumento de capital de 5,9 milhões de euros, também em assembleia-geral extraordinária.

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ADSE quer dar acesso privilegiado na ortopedia, oftalmologia e oncologia

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

A ADSE, quer celebrar acordos com hospitais e clínicas privadas nas áreas de ortopedia, oftalmologia e oncologia para garantir um tratamento prioritário aos beneficiários.

O subsistema de saúde dos funcionários públicos e aposentados do Estado, a ADSE, quer celebrar acordos com hospitais e clínicas privadas nas áreas de ortopedia, oftalmologia e oncologia para garantir um tratamento prioritário e com menos encargos para os beneficiários do subsistema, avança o Público (acesso condicionado) esta terça-feira.

Esta é mais uma das medidas inscritas no plano estratégico que começou a ser discutido esta segunda-feira no Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da ADSE. Este plano prevê também a celebração de mais acordos com prestadores de saúde “privilegiados” ou “preferenciais”, que garantam preços mais baixos ao instituto e aos seus beneficiários. No seu Plano Estratégico para os próximos três anos, a entidade pública considera “cruciais” esses novos elos e realça a intenção de passar a prestar ela mesma cuidados de saúde, através da participação em unidades já existentes, ou da construção e gestão de novas unidades próprias.

A celebração de acordos em áreas específicas já começou o ano passado com dois prestadores na área oncológica: a Fundação Champalimaud, em Lisboa, e a Lenitudes/Maio Clinic, em Santa Maria da Feira. Contudo estas entidades ainda não assumam a designação de “prestadores de cuidados de saúde privilegiados”, mas o modelo acordado é esse. Ao longo de 2018 e nos próximos anos, a experiência poderá ser alargada a especialidades como a ortopedia ou a oftalmologia, entre outras, disse a direção da ADSE ao Público.

 

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Unidos contra poluição do Tejo, partidos pedem mais fiscalização

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Unidos contra a poluição do Tejo, partidos querem revisão de licenças ambientais das empresas que operam no rio e aumentar a sua fiscalização.

Os partidos estão em sintonia no que toca à poluição do Tejo: querem a revisão das licenças ambientais das empresas que operam no rio e exigem um reforço da fiscalização. Depois de António Costa ter garantido, a semana passada, que a redução das emissões de descarga vai mesmo avançar, estes grupos políticos com representação parlamentar juntam-se à luta, avança o Público.

Neste mesmo sentido, o Ministério do Ambiente anunciou, na segunda-feira, que a limitação imposta à Celtejo (isto e, a redução de 50% do volume diário de descargas efluentes no Tejo) vai ser prolongada por mais 30 dias.

Funcionários da empresa Ambipombal com a ajuda de seis camiões fazem a sucção da espuma que cobre a água do Rio Tejo junto ao açude de Abrantes. Paulo Cunha/LUSAPaulo Cunha / LUSA

No entender do partido socialista, há três pontos fundamentais que precisam de ser endereçados: a “remoção da matéria orgânica acumulada no fundo das albufeiras, depositada sob a forma de sedimentos”, a “revisão das licenças ambientais das empresas que operam no rio Tejo, seguindo os princípios ‘adaptar’ e ‘mitigar’, em face da nova realidade deste recurso hídrico” e a limitação do “volume de efluentes rejeitados pela empresa Celtejo, enquanto não estiver concluído o plano de investimentos previsto pela empresa”.

Já o Bloco de Esquerda faz questão de realçar que “o problema da poluição do rio Tejo tem responsáveis identificados e uma história de propostas apresentadas num passado recente”. Por outro lado, o deputado Pedro Soares destaca, positivamente, a decisão do Governo no sentido do encerramento da empresa Fabrióleo e da imposição de limites à produção da Celtejo.

Para os comunistas, o foco tem de estar na fiscalização. A parlamentar Paula Santos defende, deste modo, que “no imediato é necessário o reforço das ações de fiscalização pelas autoridades competentes para garantir o cumprimento da legislação em vigor em matéria ambiental”. O PCP enfatiza, no entanto, que não será necessário aumentar os meios humanos e técnicos para concretizar essa mudança.

Direita quer tribunal especializado

Até à direita, as opiniões convergem neste mesmo sentido. O PSD demarca como prioridade o cumprimento das licenças de descarga e realça a necessidade de “ajustar e flexibilizar essas licenças às oscilações de caudais”. Os social-democratas pedem ainda a instalação de “sistemas de monitorização permanente, quer nos rios quer no interior das fábricas”, de modo a “garantir a sua consulta independente e autónoma, sem intervenção da empresa em causa”. Neste ponto, divergem, contudo, dos comunistas, exigindo mais recursos humanos e técnicos, bem como a criação de um “tribunal especializado em ambiente e recursos naturais que tenha recursos especializados, quer no apoio, quer assessoria dos magistrados nestes assuntos”.

Fiscalização é também eleita como palavra de ordem pelo CDS, que acrescenta: “[é] inquestionável a necessidade de revisão das licenças de descarga emitidas”.

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Maré vermelha em Lisboa. PSI-20 cai mais de 2% até mínimos de setembro depois de mini-crash global

A bolsa nacional sofre perdas acentuadas, condicionada pelo tombo de quase 4% do BCP num dia em que não há títulos que escapem às quedas.

A praça lisboeta não resiste ao mini-crash que inunda os mercados acionistas um pouco por todo o mundo. O PSI-20 abriu a perder acima de 2%, com o índice a recuar até mínimos de setembro. BCP derrapava 4% arrastando o PSI-20, num dia de perdas transversais para os principais títulos cotados em Lisboa, mas também na Europa.

O PSI-20 abriu a desvalorizar 2,89%, nível mínimo desde o fecho de 20 de setembro do ano passado, seguindo agora a perder 2,38%, para os 5.276,61 pontos. Não há cotadas do índice luso que escapem ao vermelho.

A queda da praça lisboeta segue em sintonia com as pares europeias que dão seguimento ao mini-crash de Wall Street na segunda-feira e ao da Ásia já nesta nesta terça-feira. O índice Stoxx 600 recua perto de 3%, naquele que é o pior registo desde o Brexit.

O ponto de ignição para este sell-off está nos EUA e na subida das yields da dívida soberana, depois de dados divulgados na passada sexta-feira terem mostrado um aumento dos salários dos trabalhadores norte-americanos ao ritmo mais elevado desde 2009. Números que fizeram soar os alarmes relativamente à subida da inflação e também relativamente a uma eventual aceleração do ritmo de subida dos juros na maior economia do mundo.

BCP cai quase 4% e arrasta Lisboa

Entre as cotadas nacionais, o BCP acaba por ser o principal destaque negativo, num dia em que as suas ações abriram a perder em torno de 4%, seguindo agora a desvalorizar 3,35%, para os 28,87 cêntimos.

BCP em forte queda

As energéticas também pesam no sentimento lisboeta, com destaque para a Galp Energia que vê os seus títulos perderem 1,51%, para os 14,7 euros, acompanhando também o recuo das cotações do petróleo nos mercados internacionais. Por sua vez a EDP e a EDP Renováveis, têm as suas ações a perderem 0,78% e 1,94%, respetivamente, para os 2,675 e 6,835 euros.

Também Jerónimo Martins não escapa ao vermelho, apesar de ter visto o seu preço-alvo melhorado por parte da Kepler Cheuvreux, dos 14,45 para os 15 euros. As suas ações perdem 1,4%, para os 16,525 euros nesta sessão.

Mas a maior queda cabe às ações da Novabase e da Mota-Engil. A tecnológica recua em bolsa 5,94%, para os 2,85 euros por ação, enquanto a construtora desliza 4,16%, para os 3,575 euros.

(Notícia atualizada às 8h40)

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Bruxelas pressiona Governo a reduzir proteção de contratos sem termo

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Comissão Europeia considera "excessiva" a proteção concedida aos trabalhadores que beneficiam de contratos sem termo e pede que seja reduzida, para estimular a contratação.

Ainda que elogie o plano do Governo português para penalizar a contratação a prazo, a Comissão Europeia não se poupa a críticas noutras áreas da reforma da lei laboral. Bruxelas diz que muito pouco está a ser feito no sentido de reduzir o “excesso de proteção” dos trabalhadores, que já estão nos quadros, isto é, que beneficiam de contratos permanentes ou definitivos, defendendo que estes chamados “efetivos” deviam ser mais fáceis de despedir, adianta o Diário de Notícias.

“Há espaço para ir mais longe em reformas que reduzam a proteção laboral excessiva nos contratos permanentes em países como Portugal e Espanha”, sublinha o estudo da Direção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros sobre “os efeitos de longo prazo da grande recessão no mercado de trabalho” publicado, esta segunda-feira.

Numa altura em que, por cá, os partidos e os parceiros sociais se juntam ao Governo para conversar sobre a redução da segmentação do mercado de trabalho, a Comissão Europeia faz assim questão de lembrar que o problema não está só nas formas precárias de contratação. “Embora as recentes reformas do mercado de trabalho tenham melhorado os incentivos à criação de emprego, alguns aspetos do regime jurídico são ainda suscetíveis de desencorajar as empresas de contratar trabalhadores por tempo indeterminado”, é destacado no documento referido.

Bruxelas considera, de facto, que os maiores problemas, nesta área, são a incerteza e a falta de clareza que os empregadores enfrentam relativamente aos “custos do despedimento individual de trabalhadores permanentes sem justa causa”.

Esta não é a primeira vez que a Comissão deixa este aviso. Na avaliação do semestre europeu, Bruxelas já tinha aconselhado Portugal a desblindar os vínculos mais estáveis, uma vez que a luta contra a precariedade não pode ser o único estímulo à contratação, na economia.

Em Portugal, quase quatro milhões de trabalhadores beneficiam de contratos sem termo. No terceiro trimestre do último ano, esse grupo cresceu 4,6% face a igual período de 2016 — o que reflete uma expansão mais lenta do que aquela sentida pelos precários (expandiram-se homologamente 5,1%).

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Bitcoin derrapa 15%. Já espreita os 5.000 dólares

A bitcoin volta a estar sob pressão nesta terça-feira, perante o aperto do cerco dos reguladores e os receios dos investidores. Face ao máximo histórico em meados de dezembro, a moeda virtual cai 68%.

Novo dia, nova derrapagem na bitcoin. O valor da moeda digital volta estar sob forte pressão nesta terça-feira, com esta a tombar 15%, tendo já estado a negociar abaixo da fasquia dos 6.000 dólares.

A bitcoin segue a desvalorizar 15%, para os 6.012 dólares, naquele que é o patamar mais baixo desde o final de outubro do ano passado. Este deslize estende para 68% a perda acumulada pela bitcoin desde o máximo histórico registado há apenas mês e meio.

Com a regulação a apertar e vários olhos postos no fenómeno das moedas virtuais, a pressão vendedora que assola a bitcoin intensifica-se.

Bitcoin sob pressão

Fonte: Reuters

A quebra de valor da bitcoin acontece depois de na passada sexta-feira, o economista Nouriel Roubini, conhecido por ter previsto a crise financeira global de 2008, ter classificado o fenómeno das criptomoedas como “a mãe de todas as bolhas”, e que esta está “finalmente” a estoirar.

Já na segunda-feira, o banco central chinês afirmou que vai apertar a regulação relativamente à participação de investidores nacionais em operação de emissões iniciais de moeda (ICO) internacionais e de moeda virtual, considerando que o risco no setor ainda é elevado.

Também na sexta-feira, pelo menos três bancos anunciaram que já não vão permitir que os seus clientes comprem bitcoin usando cartões de crédito. JP Morgan, Bank of America e Citigroup estão entre este conjunto de instituições. Já nesta segunda-feira, foi a vez do Lloyds Bank tomar uma decisão idêntica.

A ordem de proibição entrou em vigor esta segunda-feira e aplica-se a todos os clientes do Lloyds e entidades do grupo: Bank of Scotland, Halifax e MBNA, sendo que a medida não se aplica aos cartões de débito.

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Família Gulbenkian sem poderes para travar a venda da Partex

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

A eventual venda da Partex, a petrolífera da Fundação Gulbenkian, não estará a ser bem recebida por vários membros da família Gulbenkian. Mas o clã não tem poderes para travar a alienação.

A possibilidade de a Partex ser vendida não estará a ser bem recebida por vários membros da família Gulbenkian, revela o Jornal de Negócios (acesso pago) esta terça-feira. Contudo, não tem poderes para travar a alienação da empresa de petróleos, já que a decisão está nas mãos do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian.

“A Partex não pertence à família, pertence à Fundação Calouste Gulbenkian. A FCG não é a família Gulbenkian”, disse fonte oficial da Fundação ao Jornal de Negócios, porque “para a Partex ser vendida, se for vendida, o conselho de administração tem de aprovar. A família, que não tem assento no conselho de administração, não tem voto”.

A Partex não pertence à família, pertence à Fundação Calouste Gulbenkian. A FCG não é a família Gulbenkian. Para a Partex ser vendida, se for vendida, o conselho de administração tem de aprovar. A família, que não tem assento no conselho de administração, não tem voto.

Fonte oficial da Fundação Calouste Gulbenkian

A Fundação está neste momento a negociar com os chineses da CEFC China Energy, que compraram os seguros ao Montepio, a venda da Partex, uma empresa que tem suscita interesse no mercado ao longo dos anos, mas cujas propostas não eram satisfatórias. A venda da posição poderá render à Fundação 500 milhões de euros, o valor pelo qual estavam avaliadas, em 2016, as várias posições em empresas de petróleo e gás em Omã e Abu Dhabi.

A família Gulbenkian tem apenas um membro no conselho de administração — Martin Essayan, bisneto de Calouste Gulbenkian, que, segundo a Fundação, deu luz verde ao arranque das negociações com os chineses. A Fundação tem justificado esta eventual alienação com uma questão de coerência, dada a aposta que tem vindo a fazer nas energias renováveis. Segundo a fundação o petróleo representa 18% das suas receitas.

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Hoje nas notícias: Bruxelas pressiona Governo a cortar na proteção dos contratos sem termo

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A pressão de Bruxelas sobre o Governo português para diminuir a proteção dos trabalhadores com contratos sem termo e o consenso dos partidos com representação parlamentar contra as empresas que poluem o Tejo marcam o dia. Destaque também para a venda da Partex, que não pode ser travada pela família Gulbenkian, e para a decisão do Governo de aumentar a produção de medicamentos concretizada pelo Laboratório Militar.

Partidos unidos contra empresas que poluem o Tejo

No que diz respeito à necessidade de medidas urgentes para travar a poluição do Tejo, os partidos com representação parlamentar estão em sintonia: pedem a revisão das licenças ambientais das empresas que operam no rio e exigem fiscalização mais eficaz. Os grupos políticos acabam de expressar a vontade de que o valor das autorizações das emissões de descarga sejam reduzido, depois de o primeiro-ministro ter confirmado, na semana passada, que a essa diminuição vai mesmo avançar.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre).

Governo quer Laboratório Militar a produzir mais medicamentos

Os ministros da Saúde e da Defesa querem que o Laboratório Militar produza mais medicamentos para fornecer o Serviço Nacional de Saúde. A operação deverá implicar um investimento estimado de 16 milhões de euros. O Infarmed e o laboratório foram, entretanto, incumbidos pelo Governo de fazerem um levantamento da legislação que será preciso alterar.

Leia a notícia completa no Público (acesso livre).

Bruxelas pressiona Governo a cortar na proteção dos contratos sem termo

Bruxelas elogias os planos do Governo português para penalizar a contratação a prazo, mas não poupa crítica relativamente à proteção dos trabalhadores que já estão nos quadros, que considera excessiva. “Há espaço para ir mais longe em reformas que reduzam a proteção laboral excessiva nos contratos permanentes em países como Portugal e Espanha”, sublinha um estudo da Direção-Geral para os Assuntos Económicos e Financeiros. Basicamente, Bruxelas defende que os “efetivos” deviam ser mais fáceis de despedir.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso livre).

Família Gulbenkian não consegue travar venda da Partex

Apesar de alguns membros do clã Gulbenkian estarem contra a venda da Partex, a família não tem poder para travar essa transação. A decisão sobre o futuro da empresa de petróleos está, na verdade, nas mãos do conselho de administração da Fundação Calouste Gulbenkian. “A Partex não pertence à família, pertence à Fundação Calouste Gulbenkian. A FCG não é a família Gulbenkian”, disse fonte oficial da FCG ao Negócios. Recorde-se que a família não tem assento (e, portanto, não tem voto) nesse conselho de administração.

Leia a notícia completa no Negócios (acesso livre).

 

Inspeção aperta cerco às viagens de finalistas

Depois de ter recebido a denúncia de que estão a ser realizados, em contexto escolar, atos de promoção de viagens de finalistas, a Inspeção-Geral da Educação e da Ciência está pronta para aumentar a pressão sobre as escolas. Dezenas de atos inspetivos já foram realizados e vários presidentes de associações de estudantes e diretores de escolas foram interrogados.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso condicionado).

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Depois de mini-crash em Wall Street, bolsas asiáticas estão em queda

Os principais índices asiáticos registam perdas acentuadas nesta terça-feira. Mercados não resistem aos receios da pressão inflacionista. Japão cai 5%.

O medo parece imperar nos mercados. Depois do mini-crash na Europa e nos EUA, segue-se um sell-off na Ásia. Os principais índices bolsistas asiáticos registaram perdas acentuadas na sessão desta terça-feira, com destaque para a queda de perto de 5% da bolsa de Tóquio. Os receios inflacionistas refletem-se no sentimento negativo dos investidores que antecipam os efeitos negativos sobre as empresas.

O índice japonês Nikkei recuou 4,73%, a maior perda diária desde novembro de 2016, até mínimos de quatro meses. Já o índice de Taiwan tombou 5%, na maior queda desde 2011, enquanto o Hang-Seng de Hong-kong derrapou 4,2%.

O ponto de ignição para este sell-off está nos EUA e na subida das yields da dívida soberana, depois de dados divulgados na passada sexta-feira terem mostrado um aumento dos salários dos trabalhadores norte-americanos ao ritmo mais elevado desde 2009. Números que fizeram soar os alarmes relativamente à subida da inflação e também relativamente a uma eventual aceleração do ritmo de subida dos juros na maior economia do mundo.

Os analistas também dizem que as mudanças de liderança na Reserva Federal dos EUA também tendem a “irritar” os mercados. De salientar que a Fed tem um novo líder, Jerome Powell, que sucedeu a Janet Yellen este mês.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 6 Fevereiro 2018

Das negociações em torno de aumentos salariais na Autoeuropa ao debate sobre a era digital na banca. Veja o que vai marcar o dia.

A comissão de trabalhadores e a Autoeuropa continuam a discutir aumentos salariais, num dia que também será marcado pela discussão da nova era digital no setor bancário e pela proposta, por parte da CIP, de uma nova política industrial. Em Madrid, António Costa e Mariano Rajoy fazem um ponto da situação dos temas debatidos na última cimeira entre os dois países. Saiba o que vai marcar o dia.

Continuam as negociações na Autoeuropa

A comissão de trabalhadores e a administração da Autoeuropa encontram-se a partir das 13h30 para continuar a debater os aumentos salariais para 2018 e 2019. A comissão de trabalhadores exige um aumento de 6,5% este ano (com um mínimo de 50 euros) mas a administração propõe uma subida de 3% este ano, e de 2% em 2019.

Cimeira discute era digital no setor bancário

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) e a SIBS promovem uma cimeira dedicada à nova era digital e tecnológica no setor bancário. O evento conta com a presença do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, bem como o presidente da APB, Fernando Faria de Oliveira.

CIP propõe nova política industrial em Portugal

A CIP – Confederação Empresarial de Portugal apresenta hoje o documento “O Conceito de Reindustrialização, Indústria 4.0 e política Industrial para o século XXI – O Caso Português”. A confederação liderada por António Saraiva defende a necessidade de uma nova política industrial em Portugal.

Costa e Rajoy em almoço de trabalho

António Costa reúne-se esta terça-feira com o chefe do executivo espanhol, Mariano Rajoy, para discutir temas da atualidade bilateral, europeia e internacional. No almoço de trabalho, no Palácio da Moncloa, em Madrid, será feito um ponto de situação dos temas debatidos na última cimeira entre os dois países.

Brexit em nova ronda de negociações

Começa hoje em Bruxelas nova ronda negocial sobre o Brexit. Em debate estará o período de transição — de dois anos a contar da saída do Reino Unido da União Europeia — que Londres quer que seja 29 de março de 2019.

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Esquerdas insistem em mudar a legislação laboral. O que defendem?

  • Cristina Oliveira da Silva
  • 6 Fevereiro 2018

O Governo já prometeu medidas no âmbito do mercado de trabalho e apontou para o combate à segmentação. Os partidos que apoiam o Executivo querem ir mais longe e reverter medidas da troika.

A legislação laboral tem sido motivo de particular atenção dos partidos mais à esquerda. A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, já disse que as alterações à lei do trabalho são “o maior desafio do atual momento político” e também Jerónimo de Sousa, do PCP, insistiu na eliminação de normas que considera gravosas.

Uma dessas normas — a anulação dos cortes no pagamento de horas extra, introduzidos no âmbito do programa de ajustamento — acabou recentemente travada no Parlamento com os votos contra do PS, PSD e CDS, que remeteram o assunto para concertação social. Mas há outros temas em jogo.

O PS já disse que a prioridade é o combate à precariedade. E o Executivo já deixou algumas pistas quanto ao que pode vir a mudar no âmbito da contratação a prazo, embora sem se comprometer com datas de entrada em vigor. O ministro do Trabalho já levou o tema da segmentação do mercado de trabalho à concertação social e o Primeiro-Ministro indicou entretanto que uma das medidas a apresentar “entre este mês e o próximo” é a diferenciação das contribuições para a Segurança Social consoante o tipo de vínculo.

Neste caso em concreto, o que está em causa é o Código Contributivo: a lei até já prevê a subida dos descontos das empresas em três pontos percentuais quando estão em causa contratos a termo resolutivo (excluindo situações concretas) e a redução, em um ponto, no caso de contratos por tempo indeterminado, mas a medida nunca teve aplicação prática, estando ainda por regulamentar.

O Bloco também já defendeu mexidas nos descontos, mas apontando apenas para o aumento da TSU para contratos a prazo — aliás, a não redução das contribuições é um dos compromissos previstos no acordo assumido com o PS.

Os partidos que apoiam o Governo querem ir mais longe e exigem mudanças concretas na legislação laboral. Nas jornadas parlamentares comunistas, o PCP traçou as prioridades, que passam pela revogação de normas introduzidas no âmbito da troika. Pelo Bloco de Esquerda, Catarina Martins também aumenta a pressão, exigindo mudanças ainda este ano.

Estas são algumas das matérias já defendidas pelos partidos mais à esquerda:

  • Férias. Durante o programa de ajustamento, o Código do Trabalho deixou de prever a majoração de três dias de férias (para 25 dias) consoante a assiduidade, ainda que a negociação coletiva possa prever regimes diferentes. PCP e BE querem regressar aos 25 dias úteis.
  • Banco de horas. A revogação de mecanismos de adaptabilidade individual e do banco de horas individual é outras das medidas apontadas. E o próprio programa do Governo assume a eliminação do banco de horas individual, ou seja, por acordo entre empregador e trabalhador, remetendo esta figura “para a esfera da negociação coletiva ou para acordos de grupo, onde deve estar a regulação da organização do tempo de trabalho”.
  • Caducidade. No âmbito da contratação coletiva, os partidos mais à esquerda defendem a reposição do princípio do tratamento mais favorável e querem ainda acabar com a caducidade dos contratos coletivos de trabalho.
  • Compensações. Os partidos que apoiam o Governo têm vindo a defender a reposição dos montantes das compensações por despedimento, cortados durante o programa de ajustamento.
  • Despedimentos. O Bloco de Esquerda quer revogar as alterações introduzidas no âmbito do despedimento por extinção de posto de trabalho, defendendo ainda a eliminação do despedimento por inadaptação.

Outra área alvo de mudança é o regime de transmissão de estabelecimento, mas, aqui, as alterações já foram aprovadas e resultam de um texto comum do PS, BE e PCP.

O ministro do Trabalho já rejeitou, no Fórum TSF, alterações profundas à lei laboral mas também já recusou uma reivindicação apresentada pelo patronato no âmbito da discussão do salário mínimo: manter inalterada a legislação. Falta agora saber o que vai mudar.

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