Ministro Adjunto diz que vistos ‘gold’ são positivos

  • Lusa
  • 14 Junho 2018

Pedro Siza Vieira sublinhou em Viseu que os vistos 'gold' têm permitido atrair "muito investimento para o país", considerando que os resultados são positivos.

O ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, sublinhou hoje, em Viseu, que os vistos ‘gold’ têm permitido atrair “muito investimento para o país”, considerando que os resultados são positivos.

Os vistos ‘gold’ “têm permitido atrair muito investimento para o país, o que nos parece positivo”, realçou Pedro Siza Vieira, que falava aos jornalistas após a participação no início do VIII Congresso dos Advogados Portugueses, que decorre em Viseu.

Apesar de considerar positiva a medida, o membro do Governo reconheceu que “a faculdade” de criação de postos de trabalho tem sido “muito pouco utilizada” na atribuição de autorizações de residência no âmbito deste programa.

Face a essa questão, frisou, o Governo “adotou, no ano passado, um conjunto de alterações legislativas, no sentido de tentar flexibilizar um maior recurso a essa faculdade”.

Hoje, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu o fim da atribuição de vistos ‘gold’ para estrangeiros que invistam em Portugal, por considerar que apenas promove a especulação imobiliária e crime económico.

O projeto de lei que o BE vai dar entrada no parlamento visa acabar com um regime de atribuição de vistos que, segundo este partido, desde a sua criação, só criou emprego em nove ocasiões, num universo de mais de 5.000 casos.

Segundo dados estatísticos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras revelados em 07 de junto, em termos acumulados, desde a sua criação até maio, foram concedidos 5.930 vistos pelo requisito da aquisição de bens imóveis, 338 por transferência de capital, e 11 pela criação de, pelo menos, 10 postos de trabalho.

Pedro Siza Vieira sublinhou que as suspeitas de crime económico estão “a ser investigadas pela justiça”, considerando que esses casos são “uma situação pontual”, não acreditando que se “justifique um alarme, relativamente ao sistema no seu todo”.

Durante a participação na sessão de abertura no VIII Congresso dos Advogados Portugueses, o ministro salientou a necessidade de o sistema de justiça se alterar face às mudanças da sociedade, reiterando a intenção do Governo de continuar a investir neste setor.

“O Governo está comprometido na modernização e na capacitação do sistema da justiça, para que possamos prosseguir aquilo que tem sido um esforço muito grande na redução das pendências, na modernização do acesso ao direito e na flexibilização e melhor resposta por parte do sistema da justiça”, afirmou aos jornalistas o governante.

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Plataforma portuguesa de casting de “pessoas autênticas” Sonder chega a Barcelona

  • ECO
  • 14 Junho 2018

É o primeiro passo na internacionalização da agência portuguesa que conecta pessoas a campanhas publicitárias

A startup portuguesa Sonder, plataforma que conecta pessoas “autênticas” a campanhas publicitárias, chegou ao mercado espanhol com a abertura de um escritório em Barcelona. É na cidade catalã que se inicia a internacionalização da startup no setor publicitário.

A operação em Barcelona será gerida por Marina Muñoz Fortuny, ex-jornalista de moda que trabalhou durante dois anos na agência de comunicação Dfusióe, em conjunto com mais dois colaboradores. Apesar de ser o primeiro escritório além-fronteiras, a Sonder conta já com 200 agenciados em Espanha, e participou em campanhas do Banco Popular, Endesa e Iberdrola.

Aquilo que nos diferencia dos outros é o que nos torna únicos. É sobre isso que estamos a construir, e é essa autenticidade, essa coragem de viver pelas próprias regras, que procuramos nas pessoas, que procuramos instigar na sociedade”, explica Fred Canto e Castro, CEO da Sonder, em comunicado.

No vídeo de lançamento podem ver-se várias pessoas pelas ruas da cidade espanhola, que preenchem os requisitos descritos pelo fundador da agência de casting. O catálogo de sonders inclui travestis, reformados e até um antigo sem-abrigo.

O objetivo da Sonder é ser o maior marketplace do mundo em casting de publicidade. A Coca-Cola, Dove, Lamborghini e H&M são algumas das marcas multinacionais com as quais a plataforma colaborou em campanhas de marketing e publicidade.

A agência conta com mais de dois mil agenciados, metade dos quais já trabalharam para 30 países diferentes. No ano passado, a empresa abriu escritórios no Porto, e faturou mais de 500 mil euros.

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Draghi dá gás às bolsas. Lisboa não evita perdas

A bolsa nacional terminou o dia no vermelho por causa do mau desempenho das papeleiras. Fechou em contraciclo com os ganhos europeus, depois de BCE assegurar juros mínimos até ao verão... de 2019.

Foi dia de Banco Central Europeu (BCE) e Mario Draghi não desiludiu os investidores. Depois de o italiano assegurar que os juros na Zona Euro não vão subir até ao verão de 2019, as bolsas inverteram o rumo para fechar o dia em alta. Já a bolsa de Lisboa não conseguiu evitar as perdas.

O PSI-20, o principal índice português, encerrou a cair de 0,1% para 5.677,81 pontos, com nove cotadas no vermelho. Destaque para as ações das papeleiras Navigator e Altri, que recuaram 2,76% e 1,7%, respetivamente. Apesar das perdas na praça portuguesa, o dia acabou por ser positivo no cenário europeu. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, valorizou 1,4% e as bolsas de Frankfurt e Milão tiveram ganhos superiores a 1%.

“Os falcões [que têm uma postura mais conservadora em relação aos estímulos] apontavam para uma subida em junho do próximo ano antes da reunião, mas tendo em conta as novas orientações que o BCE deu hoje sobre as taxas de juro, os mercados teriam de fazer uma nova avaliação dos ativos”, disse Arne Petimezas, da AFS Group, citado pela Reuters.

“Não me parece que os falcões estejam neste momento por cima”, acrescentou.

Draghi revelou esta quinta-feira que os estímulos monetários vão terminar no final do ano. Mas antes do fim do programa, haverá uma redução do ritmo mensal de aquisições de 30 mil milhões para 15 mil milhões a partir de setembro. Sobre os juros, o presidente do BCE afirmou e reafirmou que não promoverá qualquer subida até ao verão de 2019, pelo menos, se o cenário para a inflação assim o exigir.

Voltando à praça portuguesa, entre os bons desempenhos destacaram-se a EDP e EDP Renováveis, com subidas de 0,18% e 2,26%, respetivamente. Em ambos os casos, as valorizações surgem depois das melhorias das avaliações atribuídas pelo BPI.

Para a EDP Renováveis, que viu aquele banco aumentar o preço alvo em 13% até aos 9,15 euros, as ações subiram para o valor mais elevado de sempre esta quinta-feira, encerrando nos 8,355 euros.

(Notícia atualizada às 17h03)

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Sporting: Tribunal proíbe AG marcadas para 17 e 21 de junho

  • ECO
  • 14 Junho 2018

Proibição foi imposta pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Se Bruno de Carvalho avançar com estas, mesmo após a ordem do tribunal, incorre no crime de desobediência. 

A Assembleia Geral do Sporting marcada para dia 17 de junho pela “Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral”, criada por Bruno de Carvalho, foi proibida pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, avança esta quinta-feira O Jogo. Fica também cancelada a outra AG, marcada para 21 de junho. As duas reuniões deveriam decorrer no Pavilhão João Rocha, em Lisboa.

A proibição vem depois da providência cautelar interposta por Jaime Marta Soares, que contestava a realização de um encontro geral de sócios para substituir os responsáveis que deixaram as suas funções. Se Bruno de Carvalho avançar com estas, mesmo após a ordem do tribunal, incorre no crime de desobediência.

No documento ao qual vários meios já tiveram acesso pode ler-se a determinação da ” suspensão imediata das Assembleias Gerais do Sporting Clube de Portugal convocadas pela “Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral” para o dia 17 de Junho de 2018 e para o dia 21 de Julho de 2018″.

A assembleia convocada tinha quatro pontos na sua ordem de trabalhos: a aprovação do Orçamento, a análise da situação do clube, a prestação de esclarecimento aos sócios e a aprovação das alterações de estatutos. Já a segunda tinha como objetivo eleger os novos membros da Mesa da Assembleia Geral.

(Notícia atualizada às 17h00 com mais informação)

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O Mundial mais caro de sempre custa… 11.000.000.000€

A maior parte do investimento foi feito em melhorias dos transportes. Só 30% foi utilizado na construção de infraestruturas desportivas.

Começou na casa dos oito mil milhões de euros, passou para mais de nove mil milhões e já vai em 11 mil milhões de euros. É esse o valor que se estima que vá custar toda a organização do Campeonato do Mundo de Futebol de 2018, que arranca esta quinta-feira com o jogo de abertura entre a Rússia e a Arábia Saudita.

Os cálculos são das autoridades russas, que indicam que 70% deste montante será suportado com fundos públicos, enquanto o restante será coberto por investidores privados. Este investimento de 13 mil milhões de dólares (pouco mais de 11 mil milhões de euros) será o mais elevado de sempre a ser suportado pelo país organizador do Mundial.

Os dados recolhidos pelo banco Nordea mostram que o custo de organização deste campeonato tem vindo a aumentar a cada edição, desde 1998, quando decorreu em França. Mas foi em 2014, quando o país organizador foi o Brasil, que se observou o maior salto nos custos.

Mundial da Rússia é o mais caro de sempre

Deste montante, 30% foi investido na construção de infraestruturas desportivas, 50% na melhoria dos transportes e o restante em atividades de apoio à competição.

Apesar do investimento avultado, os russos acreditam que o evento poderá ter um impacto económico que será, também ele, um recorde. Em abril, o vice-primeiro-ministro do país, Arkady Dvorkovich, dizia que o campeonato “terá um impacto económico considerável” e que, aliás, “já impulsionou o desenvolvimento das regiões anfitriãs”.

Ao todo, contando com as receitas diretas arrecadadas com o Mundial, bem como com o aumento do emprego e do turismo nos próximos anos, o governo russo antecipa um impacto económico que poderá situar-se entre os 26 mil milhões de dólares (22 mil milhões de euros) e os 30,8 mil milhões de dólares (mais de 26 mil milhões de euros), ao longo da década de 2013 (ano em que a Rússia começou a investir na construção de infraestruturas) até 2023.

Só no ano da competição, as receitas arrecadadas pelo país deverão adicionais entre 0,15 e 0,25 pontos percentuais ao crescimento do PIB, estima o Nordea. O Mundial, antecipa ainda o banco, poderá também contribuir para evitar um défice da balança corrente da Rússia. Não será, ainda assim, suficiente para garantir um excedente significativo.

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Francisca Van Dunem: “Estes não são problemas de justiça de há dois anos e meio, mas de há 39 anos”

Francisca Van Dunem foi chamada pelo PSD ao Parlamento. Garantiu que o número de processos judiciais pendentes nos tribunais é o mais baixo dos últimos dez anos.

“Podemos querer dizer que nada mudou! Mas mudou, senhoras e senhores Deputados”, explicava a ministra da Justiça Francisca Van Dunem, que esta quinta-feira está no Parlamento, a pedido do PSD.

A resposta surgia depois das declarações do deputado social-democrata José Silvano, que criticava a mais de dezena de grupos de trabalho criados por este Governo na área da Justiça sem resultados expressivos. O PSD apontou para um “desapontamento generalizado, com um clima de crispação como há muito não se via. Todos os dias se anunciam contestações, muitas delas com marcação de greves e outras formas de lutas”, concretizando nos guardas prisionais e funcionários judiciais. Num discurso onde apelava a uma colaboração mútua entre os partidos, essencial para uma reforma na justiça, o deputado referiu que esta mudança “deve ser feita pelos partidos e agentes como um todo. Nenhum governo ou partido consegue fazê-lo sozinho”. Entre os vários pontos de aposta do PSD numa reforma deste setor, destacam-se uma maior celeridade, maior rapidez, e melhor cumprimento do segredo de justiça.

“Mudou sim senhores deputados, o criticismo ao sistema judiciário centra-se em duas dimensões essenciais: aparência de desigualdade e tempestividade, mas a realidade está a mudar”, explicava Francisca Van Dunem em resposta, concretizando com as estatísticas da Justiça publicadas do último trimestre. “E temos uma trajetória descendente, já que menos de 300 mil processos estão nos tribunais portugueses. Registamos a menor pendência dos últimos dez anos, abaixo de um milhão”, garantiu a ministra da Justiça.

“No passado mês de maio foram publicadas as estatísticas de justiça respeitantes ao quarto e último trimestre de 2017 que confirmam uma trajetória consistentemente descendente das pendências processuais, que passaram de 1.311.579 no quarto trimestre de 2015 para 983.610 no quarto trimestre de 2018, o que traduz uma redução global de 327.969 processos, e uma descida acumulada de 25 pontos percentuais”, disse a titular da pasta da Justiça.

“Todos contestam a ação ou mesmo a omissão da ministra da Justiça”, dizia José Silvano. E não deixou de criticar o atraso de inúmeros diplomas como os estatutos dos vários grupos de profissionais da área da Justiça. “A senhora ministra garantiu que os estatutos estariam em vigor em janeiro deste ano e até ao momento a única proposta que existe em abril é a do Estatuto dos Magistrados Judiciais”.

E referiu ainda a demora na avaliação do nosso sistema Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) que “está em cima da mesa desde fevereiro de 2016 e desde então não houve nenhuma alteração até ao momento”.

Reações dos partidos: pode mudar uma justiça cara, lenta e difícil?

Entre as diferentes reações ao discurso social-democrata, Filipe Neto Brandão do PS mencionou o encerramento dos tribunais pelo antigo governo de Passos Coelho, mesmo “quando prometeu nunca o fazer” e José Manuel Pureza do Bloco de Esquerda pediu medidas concretas ao PSD: “na verdade, o grupo parlamentar do PSD será o menos credível dos grupos parlamentares para vir falar de justiça, pois o Governo do PSD colocou a justiça em estado de Citius“, jogou o deputado, fazendo referência ao portal dos Tribunais. “O PSD diz que pretende uma reforma global, mas e uma proposta concreta? Não sabemos. Ficamos na expectativa, senhor deputado. Gostaria que houvesse uma referência a isso”.

José Silvano ripostou, concretizando que o partido não traz hoje medidas concretas — “trazemos é a vontade que de fazer medidas que tenham a aceitação de todos. Acham que os portugueses estão satisfeitos com o funcionamento do atual sistema de justiça? É preciso existir um acordo de todos para que esse sistema fique implantado e seja eficaz“, referiu o social-democrata. “Se numa época de crise a crispação foi expressiva, como é que não estando numa época de crise esta crispação continua?”, atirou, dando conta da situação do anterior governo.

Confrontada com as várias críticas dos deputados presentes no plenário parlamentar, que se focaram no acesso difícil à justiça, nas contribuições mensais altas dos advogados à CPAS e a precariedade da profissão, e a demorada progressão de carreira nas profissões judiciárias, a ministra da Justiça voltou a focar-se em números: “estes não são problemas de há dois anos e meio, mas de há 39 anos. Estamos a trabalhar no pilar da eficiência e a desenvolver a introdução de automatismos“.

Francisca Van Dunem deixou ainda claro que não gosta de falar no passado. “Devemos focarmo-nos no presente e procurar investir no futuro”. Quanto às questões relativas à CPAS e à morosidade dos funcionários da justiça realçou que esses pontos estão a ser discutidos e trabalhados, não adiantando nenhuma medida em específico.

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BE: “Fiscalizar os vistos gold é colocar um penso rápido”

  • ECO
  • 14 Junho 2018

José Manuel Pureza, deputado do BE, reiterou as razões para a eliminação dos vistos gold, considerando ser uma fonte de corrupção e de branqueamento de capitais, em que a fiscalização não basta.

O Bloco de Esquerda (BE) está contra a atribuição de vistos gold e decidiu avançar com uma proposta no sentido da eliminação desta figura jurídica avançou o Diário de Notícias nesta quinta-feira. José Manuel Pureza, deputado do BE, reiterou as razões que justificam a eliminação dos vistos gold, considerando ser uma fonte de corrupção e de branqueamento de capitais, em que a fiscalização não basta para travar. “Fiscalizar é colocar um penso rápido”, acredita o responsável.

Em declarações à RTP, já após conhecida a intenção de o BE apresentar possivelmente ainda nesta quinta-feira um projeto de lei com vista à eliminação dos vistos gold, José Manuel Pureza considerou essa figura como “uma fonte de compra de autorizações de residência”, considerando que os partidos têm agora de fazer uma “escolha de, se querem dar continuidade a essa situações ou se a querem eliminar”.

Confrontado com a questão se, em vez de acabar com os vistos gold não seria preferível fiscalizar mais, o deputado do BE salientou que tal não seria suficiente para travar a “articulação perversa entre vistos gold e corrupção económica”.

Fiscalizar é colocar uma espécie de penso rápido numa situação de enorme gravidade”, acrescentando que essa solução “não vai acabar com a situação” dos vistos gold.

Nas declarações prestadas nesta quinta-feira ao Diário de Notícias, José Manuel Pureza, explicava que em mais de 5.700 pedidos de vistos gold, apenas nove foram para a criação de emprego. De acordo com os números relativos aos meses de fevereiro e março, dos 5.717 pedidos, 5.553 foram para investimento imobiliário. “Em maio deste ano foram atribuídos 120 vistos, sendo 114 por via da aquisição de imóveis”, lê-se no projeto de lei.

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Venda da CGD em Espanha e África do Sul na fase final. Governo à espera de propostas vinculativas

  • Rita Atalaia
  • 14 Junho 2018

Os investidores interessados na CGD em Espanha e na África do Sul vão agora ser convidados a apresentar propostas vinculativas.

A venda da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Espanha e na África do Sul entrou na fase final. O Governo decidiu esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, dar mais um passo neste processo de alienação, permitindo que os potenciais compradores apresentem agora propostas vinculativas.

“O Conselho de Ministros aprovou hoje as resoluções que determinam a seleção dos potenciais investidores admitidos a participar na fase subsequente do processo de alienação de ações detidas pela Caixa Geral de Depósitos”, lê-se no comunicado divulgado esta quinta-feira, referindo-se à venda do espanhol Banco Caixa Geral e do sul-africano Mercantile Bank.

“Os investidores selecionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das ações”, lê-se no comunicado, não indicando quais são os investidores selecionados para a apresentação destas propostas. O Executivo refere apenas que, com este passo, se conclui “outro passo estratégico para a execução do calendário dos compromissos subjacentes à recapitalização da CGD pelo Estado”.

"Os investidores selecionados serão convidados a desenvolver diligências informativas e a proceder à apresentação de propostas vinculativas de aquisição das ações.”

Conselho de Ministros

No caso do banco espanhol, e segundo fontes citadas pelo jornal Expansión, o Abanca e Cajamar são as favoritas para fechar o negócio. Entretanto, o Jornal de Negócios (acesso pago) avançou que o fundo Cerberus, que gere mais de 30 mil milhões de dólares em ativos, também se juntou a esta corrida.

A administração da CGD comprometeu-se junto da Comissão Europeia a abandonar os mercados em Espanha, África do Sul, mas também Brasil, como contrapartida à capitalização estatal de 3,9 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 15h37 com mais informação)

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BCE puxa pela Europa, contagia bolsas dos EUA

  • Rita Atalaia
  • 14 Junho 2018

As principais bolsas norte-americanas arrancaram a sessão com ganhos, acompanhando a tendência na Europa depois de o BCE ter afirmado que só vai pôr fim aos estímulos no final deste ano.

O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir as compras de dívida pública na Zona Euro de 30 mil milhões de euros para 15 mil milhões de euros por mês a partir de setembro. Mas só acaba com o programa no final do ano. Esta decisão está a animar os mercados europeus, acabando por contagiar a abertura das bolsas do outro lado do Atlântico.

Enquanto o Dow Jones subia 0,27% para 25.269,18 pontos, o S&P500 avançava 0,3% para 2.783,97 pontos. Já o tecnológico Nasdaq valorizava 0,54% para 7.737,56 pontos. Esta subida acontece depois das quedas registadas na última sessão, após a Fed subir a taxa de juro mais uma vez, apontando para dois novos aumentos este ano.

Os mercados norte-americanos acompanham, assim, a tendência positiva das bolsas no Velho Continente em reação à decisão de Mario Draghi de só reduzir as compras de dívida pública na Zona Euro em setembro, deixando o fim do programa de estímulo para o final deste ano.

Os investidores também estão a reagir aos dados das vendas a retalho, que revelaram uma subida. As vendas avançaram 0,8% em maio, muito acima da previsão da Reuters de 0,4%. O relatório marca ainda o maior crescimento das vendas a retalho desde novembro.

“Após um arranque medíocre do ano (…) o consumo no segundo trimestre melhorou definitivamente”, afirmou Peter Boockvar, responsável pelo investimento do Bleakley Advisory Group, à CNBC. “Os consumidores estão a sentir o corte dos impostos nos seus salários e a receber ordenados mais elevados”, remata.

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Rafael Leão também rescinde. E já são nove jogadores que abandonam Sporting

  • ECO
  • 14 Junho 2018

Há mais uma baixa no clube verde e branco. Depois de Rúben Ribeiro e Battaglia, Rafael Leão eleva agora para nove o número de atletas que rescindiram por justa causa com o Sporting.

Há mais uma baixa no clube verde e branco. Depois de Rúben Ribeiro e Battaglia, Rafael Leão eleva agora para nove o número de atletas que rescindiram por justa causa com o Sporting no seguimento dos episódios de violência em Alcochete.

De acordo com a TVI24, o avançado também já apresentou a sua rescisão ao Sporting, isto depois de Rúben Ribeiro e Battaglia terem feito o mesmo ao início desta tarde. Cumpre-se esta quinta-feira um mês após a invasão à Academia de Alcochete, sendo este o derradeiro dia para os jogadores apresentarem as rescisões com justa causa.

A comunicação de Rúben Ribeiro, “os seus efeitos e consequências estão a ser objeto de análise pela sociedade”, informava a SAD do Sporting em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Antes de Rúben Ribeiro foi a vez de Bas Dost sair, no mesmo dia em que William Carvalho, Gelson Martins e Bruno Fernandes apresentarem rescisão por justa causa no Sporting. A vaga de saídas, que já vai em oito jogadores, começou com Rui Patrício e Podence.

É mais um golpe no Sporting, numa altura em que todo Conselho Diretivo do clube, com Bruno de Carvalho à cabeça, foi suspenso pela Comissão de Fiscalização. O presidente do clube reagiu de imediato, falando numa “golpada”.

A Holdimo, a segunda maior acionista da SAD leonina, que começou por ser apoiante de Bruno de Carvalho, afirmou esta quarta-feira que o presidente do Sporting pode ser destituído “hoje ou amanhã”, no âmbito da decisão da comissão transitória. Mas isso ainda não aconteceu.

Entretanto, José Maria Ricciardi veio lançar o alerta relativamente ao impacto da crise vivida na SAD. “O Sporting corre o risco de não ter liquidez para fazer face aos seus compromissos nesta atual situação, que se vai arrastar”, afirmou Ricciardi à CMTV.

(Notícia atualizada às 19h59 com a rescisão de Rafael Leão)

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Galp é a melhor na relação com os investidores em Portugal. Melhor CFO é do BCP

  • Rita Atalaia
  • 14 Junho 2018

A Galp domina nas relações com investidores em Portugal. Ganhou o prémio de melhor CEO e empresa neste segmento. Já Miguel Bragança, do BCP, é o melhor CFO.

Carlos Gomes da Silva continua a destacar-se na relação com os investidores. O CEO da Galp Energia conquistou novamente o galardão na edição deste ano do Extel Survey. A empresa que lidera também venceu, assim como a equipa de investor relations (IR). O prémio de melhor CFO escapou à petrolífera: foi para o BCP.

A edição deste ano do ranking elaborado pelo Extel Survey, que elege os 25 melhores CEO europeus nas relações com investidores, não inclui nenhum presidente de uma empresa portuguesa. Mas o Extel Survey também faz o ranking por país. Em Portugal, a Galp voltou a ganhar: a petrolífera não só tem o melhor CEO, como é considerada a melhor empresa na relação com os investidores. Cátia Lopes ganhou o prémio de melhor IR Professional.

“A Galp Energia continuou a posicionar-se entre as empresas que seguem as melhores práticas de relações com investidores tanto a nível nacional como internacional”, afirmou a petrolífera ao ECO, sublinhando que tanto em termos de empresa como de CEO “conseguiu chegar ao top 5 no setor de Oil & Gas a nível europeu”.

"A Galp Energia continuou a posicionar-se entre as empresas que seguem as melhores práticas de relações com investidores tanto a nível nacional como internacional.”

Galp Energia

A Galp Energia pode ter o melhor CEO, mas é o BCP que ganha o prémio de melhor CFO — impedindo a petrolífera de fazer o pleno. Este ano, o galardão foi entregue a Miguel Bragança. No ano passado, o melhor CFO na relação com os investidores foi entregue a Filipe Crisóstomo Silva, da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva.

Galp é a melhor por cá. Deutsche Telekom ganha lá fora

Em Portugal, a Galp Energia pode destacar-se na relação com os investidores, acumulando os prémios de melhor CEO, melhor emprego e melhor equipa de IR. Mas lá fora não é a petrolífera que sobe ao primeiro lugar no setor de petróleo e gás. No ranking por setores, é Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, que se destaca na relação com os investidores.

No ranking global, por empresas, a Deutsche Telekom conseguiu destacar-se, repetindo o feito do ano anterior. Conquistou também no campo da melhor equipa na relação com os investidores, bem como na votação para administrador financeiro. Perdeu, contudo, o melhor CEO, que coube à JCDecaux. Jean-Charles Decaux ficou à frente de Tim Höttges que, por sua vez, bateu outro Decaux, o Jean-François.

Aqui fica a lista completa dos melhores CEO da Europa:

  1. Jean-Charles Decaux, JCDecaux
  2. Tim Höttges, Deutsche Telekom AG
  3. Jean-François Decaux, JCDecaux
  4. José Antonio Álvarez, Santander
  5. Francesco Starace, Enel
  6. Carlo Messina, Intesa Sanpaolo
  7. Remo Ruffini, Moncler SpA
  8. Arthur Sadoun, Publicis Groupe
  9. Vittorio Colao, Vodafone
  10. Paul Hermelin, Capgemini
  11. Gonzalo Gortázar, CaixaBank SA
  12. Stéphane Richard, Orange Group
  13. José María Alvarez-Pallete, Telefónica
  14. Jean-Pierre Mustier, UniCredit
  15. Matthias Zachert, LANXESS AG
  16. Christos Megalou, Piraeus Bank SA
  17. Daniel Hofer, JCDecaux
  18. Sergio Ermotti, UBS Group
  19. Jean-Pascal Tricoire, Schneider Electric
  20. Andreas Treichl, Erste Group Bank AG
  21. Martin Zielke, Commerzbank AG
  22. Carlos Torres Vila, BBVA
  23. Johannes Teyssen, E.ON SE
  24. Ralph Hamers, ING Group
  25. Frédéric Oudéa, Société Générale

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Comissão aprova os 96 nomes do inquérito aos CMEC

  • ECO
  • 14 Junho 2018

Entre 96 pessoas que serão chamadas ao Parlamento destacam-se Manuel Pinho, Ricardo Salgado e outras dez personalidades.

A Comissão Parlamentar de Inquérito ao Pagamento de Rendas Excessivas aos Produtores de Eletricidade aprovou os 96 nomes propostos pelos seis partidos para serem ouvidos, avança esta quinta-feira a SIC Notícias.

“Acabámos de aprovar, por unanimidade, a audição de 100 individualidades e mais 17 entidades. Destas entidades há seis cujos nomes dos presidentes constam das 100 individualidades”, disse a deputada do PSD Maria das Mercês Borges, a presidente da comissão, em declarações citadas pela Lusa.

Entre os nomes chamados ao Parlamento, há alguns que se destacam. Manuel Pinho e Ricardo Salgado estão no centro do caso que acelerou a constituição desta comissão de inquérito, depois de o antigo banqueiro ter sido constituído arguido, suspeito de ter pago mais de um milhão de euros a Manuel Pinho para que o Governo favorecesse a EDP, de quem o Banco Espírito Santo era acionista.

Para além destes dois, vão sentar-se à mesa da comissão dos CMEC José Sócrates, Pedro Santana Lopes, Álvaro Barreto, Carlos Tavares, Henrique Gomes, João Talone, António Mexia, João Manso Neto, João Conceição e Rui Cartaxo.

A comissão, que irá decorrer ao longo de quatro meses, terá assim por objeto determinar “a dimensão dos pagamentos realizados e a realizar” no âmbito dos CMEC, bem como “o efeito sobre os custos do sistema elétrico produzido pelas alterações legislativas e atos administrativos realizados no âmbito dos CMEC e dos CAE [contratos de aquisição de energia] pelos governos entre 2004 e 2018”.

Serão ainda analisadas “as condições em que foram tomadas decisões governativas, designadamente, em face de eventuais estudos e pareceres de entidades reguladoras, ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] e Autoridade da Concorrência”, e a “existência de omissão ou falha comportamental de relevo no cumprimento das obrigações dos serviços e das entidades reguladoras”.

Desde que entraram em vigor, em 2007, e até ao ano passado, os CMEC representaram um custo de 2.500 milhões de euros para os consumidores de eletricidade. Em setembro do ano passado, a ERSE propôs que o valor a pagar à EDP ao longo dos próximos dez anos seja de 829 milhões de euros, o que equivale a 82,9 milhões de euros por ano. Esse montante é inferior em 167,1 milhões, por ano, relativamente às rendas de 250 milhões que a EDP recebeu anualmente na última década.

(Notícia atualizada às 14h30 com mais informação)

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