Estado já pagou 4,6 milhões de euros a quase dois mil trabalhadores afetados pelos incêndios
IEFP assegura 5,74 milhões de euros a 1.959 trabalhadores de 333 empresas afetadas pelos incêndios de junho e de outubro. Cerca de 4,6 milhões de euros já foram efetivamente pagos.
Na sequência da tragédia dos incêndios, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) assegurou a 1.959 trabalhadores salários no valor de 5,74 milhões de euros. Deste valor, 4,6 milhões já foram efetivamente pagos. Os dados são revelados esta segunda-feira pelo Diário de Notícias, que indica ainda que estão em causa 333 empresas, cujas candidaturas ao apoio foram aprovadas.
O incentivo garante o pagamento das retribuições mensais dos trabalhadores afetados pelos incêndios de junho e de outubro, com o objetivo de evitar que as empresas encerrem e despeçam os trabalhadores por terem ficado com a sua capacidade produtiva reduzida. O incentivo é pago mensalmente, por um período de três meses que pode ser renovado e equivale à retribuição mensal ilíquida do trabalhador, até ao limite de dois salários mínimos nacionais.
Das 333 candidaturas aprovadas, 90 dizem respeito aos incêndios de junho, na zona de Pedrógão — já foram aprovados apoios no valor de 738 mil euros, tendo sido pagos 55 mil. No caso das restantes 243 candidaturas — referentes aos incêndios de outubro — o incentivo ascende a cinco milhões de euros, dos quais 4,52 milhões já foram pagos.
Segurança Social atribuiu 63 mil euros em apoios imediatos
A Segurança Social prestou, entre 15 de outubro e 31 de dezembro, quase 7.400 atendimentos às vítimas dos incêndios da região Centro e atribuiu 63 mil euros em apoios imediatos e 3,9 milhões de euros a seis mil agricultores, avança por seu turno a Lusa.
Os dados foram avançados pela secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, no dia em que se assinalam três meses dos incêndios que deflagraram no dia 15 de outubro em vários distritos do centro do país, que provocaram 45 mortos e cerca de 70 feridos.
Durante os dias 15 e 16 de outubro as equipas do Instituto da Segurança Social (ISS) funcionaram em 33 postos de evacuação nos diversos concelhos, nos quais foi prestado apoio social a 2.431 pessoas retiradas, tendo estado envolvidos 111 técnicos do instituto, em articulação com as autarquias e outros parceiros.
Foi simultaneamente disponibilizado um atendimento informativo pela Linha Nacional de Emergência Social, através do número 144, que de 16 a 18 de outubro atendeu mais 500 chamadas face ao que é normal.
Até 31 de dezembro, foram atribuídos cerca de 63 mil euros em apoios imediatos para pagamentos de rendas, deslocações, produtos médicos, entre outras situações. De acordo com Cláudia Joaquim, estes “subsídios eventuais” são atribuídos em “função da avaliação social e da necessidade de cada família ou de cada pessoa em concreto”. “Podem ser desde pagamento de rendas para alojamento temporário de famílias que perderam as suas habitações, e que estão a ser recuperadas, até apoio para todas as despesas que seja necessário fazer perante uma situação de perda de rendimento”, explicou.
Relativamente aos agricultores, a governante disse que já foram pagos cerca 3,9 milhões de euros a seis mil agricultores, que tiveram prejuízos até 1.053 euros, para reposição da agricultura de subsistência, e que ainda estão a ser analisados “alguns pedidos”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Estado já pagou 4,6 milhões de euros a quase dois mil trabalhadores afetados pelos incêndios
{{ noCommentsLabel }}