Montepio pressionado a captar 970 milhões para a Associação Mutualista
Montante previsto no Programa de Ação e Orçamento para 2018 da Associação Mutualista é "muito difícil de alcançar" diz sindicato dos bancários.
Captar 970 milhões de euros. Esse é o objetivo traçado para os funcionários da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) no que respeita à captação de recursos em produtos de capitalização da Montepio – Associação Mutualista (MGAM), avança o Público nesta quinta-feira (acesso pago). Um valor considerado elevado e que, segundo apurou o jornal diário, deixa o Sindicato dos Bancários do Norte preocupado face à pressão imposta sobre os funcionários da Caixa Económica.
O montante em causa está inscrito no Programa de Ação e Orçamento para 2018 da Associação Mutualista, sendo considerado “essencial para o sucesso do desempenho da atividade e para o crescimento do ativo da MGAM”, segundo o documento citado pelo Público. O montante previsto “incorpora o pressuposto de reaplicação da quase totalidade dos 370 milhões de euros das séries Capital Certo que vão vencer durante o ano e a captação de cerca de 50 milhões de euros de novas poupanças por mês”, refere ainda o documento.
Em causa estão os produtos de capitalização da Associação Mutualista, como é o caso do Capital Certo, que são vendidos ao balcões da CEMG. Tendo em conta o plano de captação de ativos, a MGAM espera que os funcionários da Caixa Económica convençam os clientes a voltar a aplicar 370 milhões de euros investidos há cinco anos no Capital Certo bem como angariar 600 milhões de euros adicionais nestes produtos.
Ao Público, Álvaro Ricardo, diretor do Sindicato dos Bancários do Norte, disse que “o objetivo fixado não é impossível de atingir, mas é muito difícil de alcançar“, revelando a sua preocupação com “a pressão que vai ser exercida sobre os funcionários para cumprir o objetivo fixado”.
Tudo isto acontece depois de o Banco de Portugal ter exigido à CEMG a sua autonomização face à MGAM, um processo que já levou à separação da gestão das duas entidades e à sua autonomização jurídica – com a transformação da CEMG em sociedade anónima. De acordo o supervisor, essa separação foi “seguida agora da diferenciação de marcas na comercialização de produtos”, processo que “terá de estar definido no horizonte do primeiro trimestre de 2018”, cita o Público.
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