Cheques: denúncia partiu do Instituto da Segurança Social
Instituto da Segurança Social indica, em comunicado, que foi uma denúncia sua que originou as diligências de hoje, no âmbito de uma operação que envolve a apropriação de cheques.
As diligências efetuadas esta terça-feira, no âmbito de um processo que envolve a apropriação de cheques para pagamento de prestações, partiram da denúncia do Instituto da Segurança Social (ISS), indicou o próprio em comunicado enviado à imprensa. Foram detidos 17 suspeitos, indicou entretanto a Lusa.
“O Instituto da Segurança Social, IP. informa que as diligências hoje efetuadas pelas entidades competentes, no âmbito de um processo que envolve a apropriação de cheques para pagamento de prestações devidas pela segurança social, tiveram origem em denúncia oportunamente apresentada por este Instituto”, avança o comunicado do ISS.
O Instituto garante ainda que “continuará empenhado no combate a todos os tipos de práticas que não estejam alinhadas com o seu Código de Ética ou que violem as normas que enquadram a atuação da Administração Pública, continuando a trabalhar em articulação com as entidades competentes”.
Onze homens e seis mulheres foram detidos, suspeitos da “prática continuada de crimes de furto, violação de correspondência, falsificação de documentos, burla qualificada e branqueamento de capitais”, adiantou depois a Polícia Judiciária (PJ), em comunicado citado pela Lusa. Os suspeitos foram detidos na sequência de uma investigação que decorre há cerca de um ano e que visa “uma associação criminosa que se vinha dedicando ao furto de cheques da Caixa Geral de Depósitos, titulados pela Segurança Social e dirigidos a beneficiários diversos”.
Através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, a PJ desencadeou uma operação, na sequência da qual procedeu “à localização, identificação e detenção” dos 17 suspeitos. A operação, denominada Check out e realizada na área metropolitana de Lisboa, envolveu cerca de 120 elementos da PJ e deu cumprimento a 27 mandados de busca.
Segundo a PJ, foram apreendidos computadores, telemóveis e material utilizado nas falsificações, bem como documentação relacionada com a atividade em investigação. Também foi apreendida uma pequena quantidade de cocaína, uma balança de precisão e produto de adulteração de estupefacientes.
Com esta operação, a PJ desmantelou a organização criminosa que “iniciava a sua atuação com o furto dos cheques das instalações de uma empresa multinacional, onde os mesmos eram impressos e envelopados”. Na posse dos referidos cheques, os mesmos eram, posteriormente, encaminhados para um intermediário que, por sua vez, os entregava aos falsificadores, os quais modificavam os elementos dos documentos, de modo a alterar o nome do verdadeiro beneficiário para os de titulares de contas de outros membros da organização, vulgo “mulas”, descreve a PJ.
De seguida, os cheques eram depositados nessas contas e através de levantamentos em caixas multibanco, ou da compra de moeda estrangeira e posterior venda da mesma e compra de euros, os autores apropriavam-se dos valores inscritos naqueles títulos de pagamento. “Com este modo de atuação, os autores conseguiram recolher e distribuir entre si, montantes que ascendem a várias centenas de milhares de euros”, sublinha a PJ. Os 17 detidos, com idades entre os 22 e os 69 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação das medidas de coação processual adequadas.
(notícia atualizada com mais informação)
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