Afinal, Schulz não vai ser o novo ministro alemão dos Negócios Estrangeiros
Martin Schulz anunciou, esta sexta-feira, que afinal não ocupará o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros no novo Governo de coligação alemão.
Depois de se ter demitido da liderança do partido social-democrata, Martin Schulz anunciou, esta sexta-feira, que afinal não ocupará o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros no novo Governo de coligação alemão. A notícia foi avançada pelo Der Spiegel.
“Renuncio ao cargo no Governo federal e espero que isso acabe com os debates pessoais no SPD”, avançou o antigo presidente do Parlamento Europeu, na sua conta do Twitter. Martin Schulz deixou ainda uma nota aos muitos que têm contestado a sua posição: “Todos fazemos política para as pessoas deste país”.
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Na quarta-feira, os conservadores de Merkel chegaram a um acordo com os social-democratas para romper o impasse dos últimos quatro meses e formar um novo Governo de “grande coligação”. Apesar do sucesso das negociações — o CDU fez concessões significativas ao SPD, entregando-lhe pastas tão relevantes como a das Finanças e a dos Negócios Estrangeiros — a impopularidade de Schulz não se viu diminuída, levando o político a demitir-se primeiro da liderança do partido e agora ao cargo ministerial que lhe fora atribuído.
Segundo o mesmo jornal, a renúncia de Schulz terá tido origem em dois receios: primeiro, que a aversão à sua liderança levasse os membros do SPD a chumbar o pacto governativo (que está a ser referendado) e segundo, que o debate interno se sobrepusesse ao debate governativo.
Recorde-se que até Olaf Scholz, jurista apontado para a pasta das Finanças, no novo Governo alemão, não se tem poupada a críticas a Martin Schulz, desde o desastre eleitoral de setembro: o SPD não conquistava tão poucos votos desde a II Guerra Mundial. Scholz chegou mesmo a pedir “mais ousadia na política”.
Os resultados “inconclusivos” das eleições de setembro colocaram Angela Merkel numa posição debilitada. Depois da aliança com os Verdes e com o FDP ter caído por terra, a chanceler viu-se obrigada a recorrer ao apoio do SPD para forjar uma “grande coligação”, o que acabou por acontecer esta semana.
(Notícia atualizada às 14:21)
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