Horta Osório dá lucros recorde ao Lloyds
"Conseguimos apresentar mais um ano com um desempenho financeiro sólido", afirma Horta Osório. O banco vai recomprar mil milhões em ações e investir três mil milhões na digitalização.
O Lloyds Banking Group obteve os melhores resultados de sempre. O banco liderado por Horta Osório alcançou lucros recorde, de 5,3 mil milhões de libras (5,9 mil milhões de euros), levando o português a avançar com um programa de recompra de ações até mil milhões de libras. Ao mesmo tempo, será lançado um programa de digitalização da instituição avaliado em três mil milhões.
A instituição financeira liderada por Horta Osório há sete anos registou, em 2017, um crescimento de 24% nos resultados líquidos, alcançando as 5,3 mil milhões de libras, valor que arrasou com o anterior recorde de 4,2 mil milhões. Apesar de não ter superado as estimativas dos analistas, os investidores aplaudem os resultados, levando as ações a subirem mais de 1% para 68,69 pences de libra.
“Foi um ano histórico” para o banco, notou Osório. Não só pelo resultado atingido, mas também porque foi o ano em que o banco voltou a ser totalmente privado, depois de anos com o Estado como acionista no seguimento do resgate. Depois de devolver o dinheiro aos contribuintes, gerando até lucros para estes, o Lloyds quer agora dar mil milhões de libras aos acionistas através de um programa de recompra de ações. É o maior pacote de remuneração acionista de sempre do banco.
"Conseguimos apresentar mais um ano com um desempenho financeiro sólido.”
“Conseguimos apresentar mais um ano com um desempenho financeiro sólido”, afirmou o presidente executivo num comunicado citado pela Reuters. “Construímos o maio banco digital no Reino Unido”, acrescentou, isto no mesmo dia em que anunciou que o Lloyds vai gastar três mil milhões de libras durante os próximos três anos na digitalização da instituição. Apesar disso, Osório garante que o banco vai manter a sua rede de balcões.
Osório estabeleceu, há quatro anos, como prioridade a transformação digital do banco, sendo que na altura fixou também como objetivo o encerramento de balcões e a redução da força de trabalho. Este mês, e depois de ter reduzido em mais de nove mil o número de funcionários do banco, o Lloyds revelou a intenção de eliminar mais mil empregos.
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