Exclusivo Portugal Ventures deixou administração da Chic by Choice em outubro de 2016
Gestora de capital de risco público abandonou conselho de administração da startup em outubro de 2016. No entanto, mantém 18,7% do capital da empresa.
A Portugal Ventures (PV), gestora de capital de risco público e o maior investidor a nível nacional, deixou de ter presença no Conselho de Administração da Chic by Choice, sua participada, a 31 de outubro de 2016, de acordo com documentos da empresa a que o ECO teve acesso. Com esta decisão, a Portugal Ventures passou apenas a ser “observadora” nos processos de tomada de decisão levados a cabo pelo Conselho de Administração da startup portuguesa.
Segundo o modelo de term sheet, denominação dos acordos de investimento, a que o ECO teve acesso, o Conselho de Administração das participadas da PV deverá ser constituído, no mínimo, por três elementos: um designado pelos promotores, outro designado pela Portugal Ventures e um terceiro, independente. No entanto, no caso da gestora de capital de risco, o representante poderá nem ser designado, salvaguardando, no entanto, que terá direito a estar presente em todas as reuniões enquanto “observador”. Neste caso, abdicando de todos os direitos em matéria de deliberações e voto.
De acordo com a última atualização ao boletim comercial da Chic by Choice, a Portugal Ventures teria, desde a fundação da empresa, um representante presente no Conselho de Administração. Depois de uma troca de representantes no princípio de 2016, o Conselho de Administração da empresa ficou reduzido às duas promotoras do projeto — Lara Vidreiro e Filipa Neto –, a Alexandre Barbosa, da Faber Ventures — também investidora da startup — e a Rui Pedro Nunes, o representante independente.
Questionada pelo ECO, a gestora de capital de risco pública recusou-se a comentar ou justificar a saída do Conselho de Administração, tendo apenas confirmado que já não tem representante apesar de continuar a deter 18,7% da empresa de aluguer de vestidos de luxo. Também o Ministério da Economia, que tutela a gestora de capital de risco público, negou-se a prestar quaisquer esclarecimentos a respeito do tema.
O caso da Chic by Choice marcou esta semana a agenda mediática, depois de uma investigação publicada pelo jornal Observador, que dava conta de que a empresa seria um projeto fantasma.
O ECO avançou na sexta-feira a primeira reação da Portugal Ventures, que considerou o projeto da Chic by Choice, da qual a gestora de capital de risco detém 18,7%, insustentável.
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