Confiança só aumenta nas obras públicas
Em fevereiro, o indicador de clima económico estabilizou. Porém, as obras públicas destacaram-se como a única área em que a confiança aumentou. Na Zona Euro o indicador caiu.
A confiança dos consumidores e de clima económico estabilizou em fevereiro, com a área da Construção e Obras Públicas a destacar-se. Neste setor, o indicador “aumentou em janeiro e fevereiro, contrariando as reduções observadas nos três meses anteriores”, avança o Instituto Nacional de Estatística, esta terça-feira. Contudo, mantém-se também o único a gozar de níveis de confiança negativos.
Apesar de conseguir a única evolução positiva e atingir um máximo de maio de 2002, a Construção e Obras Públicas mantém-se em terreno negativo, avançando para os 15,3 pontos negativos, que comparam com os 15,5 pontos negativos que se registaram em janeiro. “O comportamento do indicador refletiu o contributo positivo de ambas as componentes, perspetivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas“, justifica o INE na publicação dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores.
No sentido oposto, remaram os indicadores de confiança na Indústria Transformadora, no Comércio e nos Serviços. A indústria transformadora mantinha a trajetória ascendente desde 2016, mas os primeiros dois meses de 2018 vieram invertê-la. As perspetivas de produção e as apreciações sobre a procura global pesaram negativamente. No caso do Comércio, foram as perspetivas de atividade a influenciar pela negativa, “enquanto as opiniões sobre o volume de vendas e sobre o volume de stocks contribuíram positivamente”, assinala o gabinete de estatística. Nos Serviços, embora as opiniões sobre a atividade da empresa tenham estabilizado, o saldo da carteira de encomendas e da evolução da procura ditaram a descida.
Já a confiança dos consumidores sai consolidada, segundo o relatório. A estabilização atingida em fevereiro é conseguida através de um equilíbrio de forças: a impulsionar os níveis de confiança estão as perspetivas relativas à evolução da situação económica do país e da poupança, que compensa o pessimismo em relação à evolução da situação financeira do agregado familiar e do desemprego que o estudo deteta.
Sentimento económico e indicador do clima económico diminuem na Europa
Ambos os indicadores divulgados esta terça-feira pela Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros da União Europeia registaram uma queda em fevereiro. O indicador de sentimento económico registou uma ligeira redução de 0,8 pontos para 114,1 pontos na Zona Euro e de 0,5 pontos para 114,3 pontos, ainda que se mantenham em níveis historicamente elevados.
Todos os setores registaram quedas, exceto os serviços, sendo que a principal diminuição do sentimento económico verificou-se junto dos consumidores. Quanto aos Estados-membros, França (-2,7) e Alemanha (1,6) registaram as principais quedas. Já a Itália (1,5) e a Holanda (0,4) melhoraram.
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O mesmo aconteceu no indicador do clima económico: uma queda de 0,08 pontos para 1,48 na Zona Euro. As expectativas dos gestores europeus quanto à produção no futuro reduziram-se, assim como as encomendas de exportações. Desde novembro de 2013 que este indicador é positivo.
(Notícia atualizada às 12h14)
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