Poder político escolheu pela primeira vez mais mulheres do que homens em 2017
“Há mais candidatos homens. Não fazemos uma avaliação de género, apenas de mérito”, explicou a diretora da Cresap. O Governo, das listas definidas pela organização, selecionou 60% de mulheres.
Pela primeira vez, em 2017, o número de mulheres designadas pelo poder político para cargos da administração pública foi superior ao dos homens, anunciou hoje no parlamento a presidente da Comissão de Recrutamento e Seleção para Administração Pública (Cresap).
“O Governo selecionou 60% de mulheres e 18,6% de homens”, disse aos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, Maria Júlia Neves Murta Ladeira, adiantando que no ano passado foram designados 12 mulheres e oito homens, quando em 2016 tinham sido 23 homens e 15 mulheres e em 2015 30 homens e 13 mulheres.
Mas na pré-seleção feita pela Cresap para elaborar a lista de três nomes (‘shortlist’) de dirigentes da administração pública aptos para o cargo pela comissão a escolher pelo Governo, os homens voltaram a imperar no ano passado, tal como nos anteriores, um facto que a presidente da Cresap justifica pela existência de “mais candidatos” do género masculino.
“Há mais candidatos homens. Não fazemos uma avaliação de género, apenas de mérito”, explicou aos deputados Maria Júlia Neves Murta Ladeira, adiantando que a diferença de género tem sido “ligeiramente” atenuada nos últimos anos.
Das propostas de designação da Cresap, cada uma com três candidatos, a maioria dos nomes propostos foram de homens: em 2017 a proposta foi de 43 homens e 20 mulheres, em 2016 de 84 homens e 26 mulheres e em 2015 de 89 homens e 38 mulheres.
Maria Júlia Neves Murta Ladeira disse ainda no parlamento que no ano passado foi solicitada à Cresap a avaliação de adequação de perfil de 206 personalidades indigitadas para cargos de gestor público, tendo a Comissão Técnica Permanente atribuído 199 pareceres adequados, quatro pareceres adequados com condicionantes e três pareceres não adequados.
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