Venda de jogadores compensa fracasso nas competições europeias. Lucros do Benfica disparam
A saída prematura das competições europeia ditou uma queda das receitas do Benfica. Mas as contribuições de Nelson Semedo e Mitroglou foram suficientes para os lucros dispararem 634,1%.
O primeiro semestre da época 2017/2018 não foi de sucessos nas competições europeias para o Benfica, mas as contribuições de Nelson Semedo e Mitroglou fora das quatro linhas foram suficientes para manter as contas a salvo. O clube fechou este período com receitas de 111,6 milhões de euros, um aumento de 25,6% face ao mesmo período do ano anterior, mas quando se olha para os rendimentos sem operações com atletas, a visão não é tão positiva.
Os encarnados registaram uma diminuição de 6,9% nas receitas sem ter em conta as operações com jogadores, em grande parte devido à diminuição dos prémios UEFA. Se no ano passado o Benfica tinha passado aos oitavos de final da Liga dos Campeões, este ano não foi para além da fase de grupos, o que pesou em 6,7 milhões. Assim, as receitas sem jogadores totalizaram 64,6 milhões de euros. Caiu também a receita de bilheteira (menos 600 mil euros que no primeiro semestre de 2016/2017).
Já as transações de jogadores de futebol, em que se destacam as saídas de Nelson Semedo para o Barcelona e de Mitroglou para o Marselha, renderam ao Sport Lisboa e Benfica 36,18 milhões de euros, um aumento de 69,8% face à época passada. Também as receitas com a venda dos direitos televisivos, com destaque para o contrato de 400 milhões com a Nos, aumentaram 15,5% para os 21,3 milhões de euros.
"Poderíamos desenhar um plano que não incluísse a venda de jogadores, mas isso significaria do ponto de vista prático não conseguir subir as receitas como temos subido.”
Tudo isto levou a SAD a contabilizar um lucro de 19,1 milhões de euros, um valor 634,1% acima do registado no período homólogo da época anterior. Domingos Soares de Oliveira, administrador da SAD, sublinhou, em declarações aos jornalistas, o peso das alienações, afirmando que “poderíamos desenhar um plano que não incluísse a venda de jogadores, mas isso significaria do ponto de vista prático não conseguir subir as receitas como temos subido”.
Diminuir a exposição à banca
Para além de aumentar os lucros, o Benfica conseguiu reduzir o passivo em 53 milhões de euros, através da diminuição da exposição à banca e aos fornecedores. Enquanto os empréstimos bancários totalizavam os 125,5 milhões no primeiro semestre da época de 2016/2017, perfizeram, no mesmo período desta época, os 117,3 milhões. O passivo relacionado com fornecedores caiu também de 121 milhões de euros para 79,9 milhões.
Este objetivo de diminuir o passivo foi também reiterado por Soares de Oliveira, que garantiu que o movimento é para se manter até que a exposição à banca nacional seja “marginal”.
(Notícia atualizada às 18h40 com mais informação)
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