Investidores temem impostos de Trump sobre aço e alumínio. Wall Street recua
O Nasdaq valorizou, mas o S&P500 e o Dow Jones recuaram esta segunda-feira. Investidores temem guerra comercial EUA-Europa e que os impostos de Trump venham a fazer mais mal do que bem à economia.
As bolsas em Wall Street fecharam em terreno misto, numa sessão em que dois dos principais índices registaram perdas e o índice tecnológico valorizou. Foi ainda um dia em que o índice industrial esteve sob especial pressão. As empresas norte-americanas do Dow Jones assistiram a perdas expressivas esta segunda-feira, com os receios dos investidores face aos novos impostos protecionistas que o Presidente Donald Trump quer implementar, nomeadamente nas importações de aço e alumínio.
Neste contexto, o S&P 500 recuou 0,11% para 2.783,64 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 0,38% para 7.589,28 pontos. Já o Dow Jones, à semelhança do índice de referência, caiu 0,61% para 25.182,08 pontos, numa sessão que também ficou marcada por novas quedas nos preços do petróleo. O preço do barril de crude caía cerca de 0,82% para 64,95 dólares perto da hora de fecho das bolsas, fator que também pressionou o índice industrial.
Ainda assim, de acordo com a Reuters, o sentido tomado pelo Dow Jones é, sobretudo, explicado com as novas taxas que Donald Trump se prepara para implementar nas importações de aço e alumínio. Por um lado, não só os investidores temem uma guerra comercial com a Europa e o Japão como, por outro, receiam que a medida represente um aumento de custos para as empresas e penalize as exportações. Entre as principais quedas registadas durante a sessão estiveram as da Boeing e da Caterpillar: ambas registaram desvalorizações acima de 2%.
A travar as perdas em dois dos índices terão estado notícias de que Larry Kudlow estará bem posicionado para substituir Gary Cohn na posição de conselheiro económico da Casa Branca. Os investidores veem Kudlow como um nome mais favorável ao livre comércio do que outros conselheiros do Presidente dos Estados Unidos. Além disso, o Departamento do Trabalho divulgou dados da empregabilidade na passada sexta-feira, que apontam para que a economia norte-americana tenha criado 313.000 empregos na semana. O dado foi interpretado como indicador de maior solidez por parte da maior economia do mundo.
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