Nos aumenta dividendo em 50%. BPI queria mais
A Nos teve lucros acima do estimado pelos analistas. Os resultados líquidos subiram para 124 milhões, levando o dividendo a aumentar em 50%. O BPI previa uma subida ainda maior.
A Nos apresentou um crescimento dos lucros superior ao que era esperado pelos analistas. Os resultados líquidos cresceram 37%, ascendendo a 124 milhões de euros, o que levou a empresa liderada por Miguel Almeida a decidir aumentar em 50% a remuneração a pagar aos investidores. Vai pagar 30 cêntimos por ação. O BPI queria que tivesse aumentado ainda mais.
O “Conselho de Administração da Nos aprovou a proposta de um dividendo ordinário de 30 cêntimos de euro por ação, representando um acréscimo de 50% face ao dividendo pago no ano anterior”, afirma a Nos no comunicado relativo aos resultados de 2017, enviado à CMVM. Em 2017, com base nas contas de 2016, tinha pago 20 cêntimos.
"Apesar de ter superado o consenso, acreditamos que poderá haver algum descontentamento no mercado com o dividendo proposto.”
“A empresa anunciou um aumento do dividendo para 30 cêntimos, o que compara com a nossa estimativa de 37 cêntimos e a de 28 cêntimos do consenso do mercado”, referem os analistas do BPI. “Apesar de ter superado o consenso, acreditamos que poderá haver algum descontentamento no mercado com o dividendo proposto”, refere o banco de investimento.
Em bolsa, as ações da Nos estão a valorizar. Os títulos registaram um arranque tímido, mas rapidamente passaram a apresentar uma valorização de mais de 1%. Seguem a ganhar 2,06% para 5,19 euros por ação. Tendo em conta esta cotação, a rendibilidade do dividendo proposto pela empresa é de 5,8%.
Nos acelera após resultados
Receitas preocupam
Enquanto o lucro disparou, “o EBITDA apresentou uma variação positiva de 4,3%, para 580,6 milhões de euros, com a margem EBITDA a atingir 37,2%, mais 0,4 pontos percentuais que em 2016”, diz a Nos. Por seu lado, as receitas apresentaram “um crescimento de 3,1% para 1.562 milhões de euros, com as receitas de telecomunicações a crescerem 3,1%, motivadas pelo crescimento de 3,7% do número de serviços”.
No quarto trimestre de 2017, as receitas aumentaram 2,2% para os 399,3 milhões de euros, aquém dos 402 milhões estimados pelo CaixaBank BPI Equity Research) e “o EBITDA consolidado aumentou 3,3% para 129,1 milhões (contra os 132 milhões previstos)”. “A desaceleração nos proveitos com os clientes particulares e o crescimento do negócio empresarial suportado em negócios de curto prazo levantam preocupações relativamente às perspetivas de receitas”, notam os analistas do BPI, que avaliam as ações em 5,80 euros. Têm uma recomendação de “neutral”.
Por seu lado, o CaixaBI diz que a Nos apresentou “resultados positivos, em linha com as nossas estimativas a nível de receitas e EBITDA, com a empresa a aumentar ambas as rúbricas em 3,1% e 4,3% [no total de 2017] face ao período homólogo, respetivamente”. A margem de EBITDA “no trimestre melhorou face ao terceiro trimestre apesar da performance menos positiva dos segmentos de Audiovisuais e Cinema”, remata o banco que avalia os títulos em 6,50 euros. A recomendação é de “comprar”.
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