Função Pública: Arménio Carlos diz que promessas do Governo “continuam por cumprir”
Milhares de funcionários públicos estiveram a protestar em Lisboa, exigindo aumentos salariais e um horário semanal de 35 horas para todos. Sindicatos exigem avanços nas negociações.
Milhares de funcionários públicos desfilaram em Lisboa, esta sexta-feira, entre os Restauradores e o Terreiro do Paço, para exigir aumentos salariais e um horário semanal de 35 horas para todos.
À chegada aos Ministério das Finanças, em declarações à SIC Notícias, o dirigente sindical Arménio Carlos aproveitou para criticar o Governo: “[O que temos visto] são promessas que continuam por cumprir. [Este tem sido] um processo de diálogo que de negociações tem pouco e de conversa tem muito e precisamos que a negociação avance“. O representante reforçou, ainda, que “se o Governo se quer assumir diferente do seu antecessor tem de negociar”.
Na cabeça da manifestação e a segurar a faixa “Mais salário, carreiras e 35 horas” estiveram, além do secretário-geral da CGTP, Ana Avoila, dirigente da Frente Comum. “Não vamos desistir enquanto não negociarmos os aumentos de salários”, sublinhou a representante, em conversa com o mesmo canal de televisão. “Os trabalhadores sairão as vezes necessárias até que as coisas se resolvam”, acrescentou Arménio Carlos.
“Basta de congelamento! Queremos o nosso aumento!” foi uma das frases de luta que a ser entoadas pelos funcionários públicos, que se manifestarm, esta sexta-feira, em Lisboa também pela dignificação das carreiras e pelo combate à precariedade.
Ânimos aquecem no Terreiro do Paço
À chegada ao Terreiro do Paço, ocorreram momentos de tensão quando os trabalhadores forçaram e derrubaram algumas barreiras que impediam a aproximação dos manifestantes ao Ministério das Finanças.
As autoridades formaram um cordão policial e, pelas 17:00, chegou ao local a polícia de choque para reforçar a segurança.
Os ânimos exaltaram-se entre os trabalhadores, que entoavam “o povo unido já mais será vencido” e o secretário-geral da CGTP chegou mesmo a pedir que a polícia de choque saísse da proximidade do palco onde iria discursar, o que não aconteceu.
Uma delegação do PCP, que conta com a deputada da Assembleia da República Rita Rato e o eurodeputado João Ferreira, por exemplo, marcou também presença em solidariedade para com os trabalhadores do Estado.
Em conferência de imprensa na passada terça-feira, Ana Avoila criticou o Governo por “não responder” à sua proposta reivindicativa para 2018 de aumentos salariais de 4% (recorde-se que os salários estão congelados desde 2010), sublinhando que os sindicatos não são “figuras decorativas” na negociação.
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