Ministério Público já tem dados fiscais e bancários de Pinho e Mexia
O DCIAP já terá na sua posse as declarações de impostos e os extratos bancários do antigo ministro Manuel Pinho e do líder da EDP, António Mexia. Investigadores também analisam viagens feitas aos EUA.
O Ministério Público já terá em sua posse os dados fiscais e bancários do ex-ministro da Economia, Manuel Pinho, e também do presidente executivo da EDP, António Mexia. A notícia é avançada este sábado pelo semanário Expresso (acesso pago). De acordo com o jornal, estes elementos chegaram ao DCIAP no início deste mês de abril. Isto depois de, no ano passado, o juiz de instrução criminal, Ivo Rosa, ter recusado a obtenção dos mesmos.
Mas, agora, houve novos desenvolvimentos na investigação. E as suspeitas sobre o antigo ministro do Governo de José Sócrates adensam-se. Por um lado, Manuel Pinho terá comprado um apartamento em Nova Iorque através de uma sociedade offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. Por outro, através de outra empresa do mesmo tipo e com sede no Panamá, Pinho terá recebido mais de um milhão de euros do “saco azul” do Grupo Espírito Santo (GES).
O chamado “caso EDP” investiga decisões tomadas em 2007, de remuneração da energética nacional com as rendas dos CMEC após entrada em vigor do mercado liberalizado de energia e, também, de extensão das concessões das barragens da EDP, com o facto de Manuel Pinho ter ido lecionar para a Universidade de Columbia, em Nova Iorque, após um alegado pagamento de 1,2 milhões de euros da EDP àquela instituição.
Além das declarações de impostos e extratos bancários do ex-ministro e do gestor da EDP, o semanário garante que o Ministério Público quer analisar as viagens feitas aos Estados Unidos. Um despacho datado de 10 de abril pede à TAP e ao SEF dados das viagens feitas àquele país, que terão sido feiras não só por Manuel Pinho como por António Mexia e, também, João Manso Neto, o líder da EDP Renováveis que já é arguido neste processo.
Este é o mesmo caso que, a partir desta semana, passou a envolver também Ricardo Salgado, o antigo líder do GES, formalmente constituído arguido esta sexta-feira. A notícia tinha sido avançada em primeira mão pelo jornal digital Observador.
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