Injeção no Novo Banco? “Temos de dar benefício da dúvida”
O presidente do Santander Totta diz estar preocupado com a situação do Novo Banco. Contudo, por ser um processo ainda numa fase inicial, é preciso "dar o benefício da dúvida".
António Vieira Monteiro diz olhar com “preocupação” para os números que são apresentados no caso do Novo Banco. Isto depois de ter sido anunciado que a instituição liderada por António Ramalho vai precisar de uma nova injeção por parte do Fundo de Resolução. O presidente do Santander Totta nota que, enquanto banco que contribuiu para esta entidade, é preciso acompanhar. Mas é necessário também dar “o benefício da dúvida”, uma vez que o processo ainda está numa fase inicial.
“Olhamos com alguma preocupação para os números que nos são apresentados [no caso do Novo Banco]”, nota Vieira Monteiro na apresentação dos resultados do banco para o primeiro trimestre, quando aumentou os lucros para 130,5 milhões de euros. Enquanto entidade que contribuiu para o Fundo de Resolução, “é evidente que temos de acompanhar”, nota o presidente do Totta.
"Olhamos com alguma preocupação para os números que nos são apresentados [no caso do Novo Banco].”
Mas é também necessário dar “um prazo para verificar se as alterações trouxeram melhorias na vida do banco” e dar o “benefício da dúvida”, refere o gestor. O Novo Banco fechou 2017 com os maiores prejuízos da sua breve história, contabilizando perdas de 1,4 mil milhões de euros.
Este valor recorde levou a instituição a acionar o Mecanismo de Capital Contingente no valor de 792 milhões. E as injeções de capital não vão ficar por aqui. Apesar de em menor dimensão, o Novo Banco vai precisar novamente de capital no próximo ano. “A injeção está prevista no acordo. Se esperávamos que [a injeção] fosse acionada? Esperávamos que não”, refere.
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