PSD fala em “descalabro” e pede demissão do ministro da Saúde
Perante o “descalabro” no setor, a única atitude que se espera é a demissão do ministo, defendeu o PSD esta sexta-feira no Parlamento. Adalberto Campos Fernandes diz que tal "não tem sentido nenhum".
O PSD pediu, esta sexta-feira, a demissão do ministro da Saúde, considerando que, perante o “descalabro” no setor, é a única atitude que se espera. Entretanto, Adalberto Campos Fernandes já reagiu defendo que tal “não tem sentido nenhum” e resulta de um exercício de campanha eleitoral.
O repto foi lançado num debate parlamentar pelo deputado social-democrata Ricardo Batista Leite, que considerou que “o ministro da Saúde já não existe” e que o ministro das Finanças “tomou de assalto” o Ministério da Saúde.
“Se o ministro da Saúde é um mero delegado do ministro das Finanças, é porque temos um primeiro-ministro irresponsável que o permite, que assiste impávido e sorridente à destruição progressiva dos serviços”, afirmou o deputado do PSD.
Para Ricardo Batista Leite, os “portugueses estão cada vez mais doentes” e o atual Governo transformou “o Serviço Nacional de Saúde no Serviço Nacional da Doença”.
Já o PCP avisou esta sexta-feira o Governo de que não são admissíveis mais adiamentos de negociações com os profissionais de Saúde e que “é urgente a inversão do rumo”.
“O Governo não pode continuar a adiar a negociação com as estruturas representativas dos trabalhadores. Cada dia que adia a concretização das justas reivindicações dos profissionais de saúde é mais um dia que contribui para a fragilização e diminuição da resposta pública”, disse no Parlamento a deputada comunista Carla Cruz.
Pedido é “exercício de campanha eleitoral”
O ministro da Saúde considera que este pedido para a sua demissão “não tem nenhum sentido”, mas sublinha que o deputado social-democrata estava em pleno “exercício de campanha eleitoral”.
Adalberto Campos Fernandes entende que a oposição tem “cavalgado num frenesim populista” e vê o pedido de demissão feito pelo PSD como exercício de campanha eleitoral, apesar de avisar que “o populismo tem limites”.
No final do debate, o governante foi questionado pelos jornalistas sobre o facto de os pedidos da sua demissão começarem também já a surgir da parte de profissionais de Saúde.
O ministro respondeu que, “no ranking dos pedidos demissão”, de ministros de Saúde dos últimos anos ele é o que terá “menos pedidos de demissão”.
“Um ministro não governa para 100 mil pessoas, governa para 10 milhões de pessoas”, comentou, acrescentando que um ministro tem de estar preparado para ser contestado.
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