Startup portuense levanta oito milhões de dólares de investimento
Startup portuense acaba de levantar oito milhões de dólares de investimento numa ronda liderada pela norte-americana Accel. Empresa oferece uma plataforma de criação fácil de aplicações web.
Numa ronda liderada pela prestigiada capital de risco norte-americana Accel, a startup portuense dashdash acaba de levantar oito milhões de dólares (cerca de 6,7 milhões de euros) de investimento. Os fundos arrecadados serão usados para desenvolver o produto da empresa e reforçar a sua equipa: nos próximos meses, a dashdash espera contratar pelo menos 20 engenheiros, na Invicta.
Esta startup oferece uma plataforma na cloud que combina a interface das folhas de cálculo com um back-end sofisticado, permitindo assim aos seus utilizadores criarem facilmente aplicações web. A dashdash assume, por isso, como missão tornar a computação acessível para todos.
“Este investimento significa que podemos focar-nos no nosso futuro e duplicar a nossa equipa técnica. Planeamos aumentar a nossa equipa de sete para 30 engenheiros”, adianta Humberto Ayres Pereira ao ECO. De acordo com o cofundador da empresa, o interesse de uma capital de risco de prestígio como a Accel terá um impacto positivo na perceção dos utilizadores e na aquisição de talento.
Pereira revela que o investimento será ainda usado para melhorar o seu produto. “Começámos a dashdash para democratizar a criação de web apps, dando às pessoas sem qualquer conhecimento em programação a oportunidade de utilizar computação e ativar os seus dados”, sublinha.
Com escritórios no Porto e em Berlim, esta startup tem acesso “ao fantástico talento” da Invicta e à “comunidade vibrante de utilizadores e de marketing” da capital alemã, assegura o representante. “De modo geral, a União Europeia oferece-nos a flexibilidade que precisamos para sermos bem-sucedidos”.
Accel estreia-se em Portugal
“Acreditamos na missão da dashdash e na sua capacidade de construir uma companhia com forte impacto que porá a computação à disposição de uma grande audiência“, enfatiza Andrei Brasoveanu, da Accel, em declarações ao ECO.
De acordo com o investidor, esta é a primeira aposta da norte-americana numa empresa portuguesa e já despertou o entusiasmo da VC no “profundo talento técnico do ecossistema nacional”. Brasoveanu nota que o ecossistema português beneficia da confluência de três fatores determinantes: universidades de elite, startups em crescimento e hubs com baixos custos de vida muito atrativos para jovens empreendedores.
Além da Accel, a ronda de financiamento contou ainda com a participação da Cherry Ventures, da Atlantic Labs e de outros business angels.
“Apoiámos a dashdash desde a sua fundação pela convicção que temos na capacidade da equipa traduzir uma visão clara e entregar um produto superior que capitalize o movimento de open computing“, conta Filip Dames, sócio fundador da Cherry Ventures.
Por agora, a plataforma da dashdash está fechada a novos utilizadores, contando abrir-se a novos públicos, na segunda metade deste ano. “Estamos motivados para trabalhar de perto com a dashdash enquanto maturam a plataforma e atingem a próxima fase de crescimento”, acrescenta o representante da Accel.
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