Injeção de 792 milhões no Novo Banco “concluída nos próximos dias”
A injeção de 792 milhões de euros no Novo Banco estará concluída nos próximos dias, garante Ricardo Mourinho Félix. Este reforço acontece depois dos prejuízos recorde do banco.
O Novo Banco fechou 2017 com os maiores prejuízos da sua breve história, contabilizando perdas de 1,4 mil milhões de euros. Este valor recorde levou a instituição a acionar o mecanismo de capital contingente no valor de 792 milhões. Uma injeção que ficará concluída nos próximos dias, garantiu o secretário de Estado Adjunto e das Finanças na conferência Banca e Seguros: O Futuro do Dinheiro, que decorreu esta manhã em Lisboa.
“A injeção no Novo Banco estará concluída nos próximos dias”, afirma Ricardo Mourinho Félix. Isto depois de o Fundo de Resolução, Banco de Portugal e o Estado terem reavaliado as contas da instituição financeira liderada por António Ramalho e terem sido apuradas as reais necessidades de financiamento do banco.
Em causa está uma injeção de 791,7 milhões de euros que o Fundo de Resolução será obrigado a fazer no capital do Novo Banco, para compensar as imparidades superiores a dois mil milhões de euros registadas no final do ano passado e elevar o rácio de capital do banco para 12,8%.
Essa injeção é feita no âmbito do mecanismo de capital contingente, criado no ato da venda ao Lone Star como uma proteção sobre um conjunto de ativos do Novo Banco. Este mecanismo é gerido pelo Fundo de Resolução e poderá voltar a ser acionado, caso o Novo Banco continue a registar perdas desta dimensão. E isto deve acontecer no próximo ano, apesar de em menor dimensão.
Esta injeção tem criado alguma relutância por parte dos bancos, nomeadamente do Santander Totta. António Vieira Monteiro diz olhar “com alguma preocupação para os números que nos são apresentados” no caso do Novo Banco. Mas diz que é preciso dar o “beneficio da dúvida”.
(Notícia atualizada às 13h58 com mais informação)
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