EDP em máximos puxa por Lisboa. Itália treme
Investidores esperam que o preço da OPA à EDP seja revisto ou que surja uma oferta concorrente. Ganhos da Galp e do BCP também impulsionaram a bolsa, enquanto os juros da dívida ultrapassaram os 2%.
A bolsa portuguesa regressou a terreno positivo na primeira sessão desta semana. Com a EDP a tocar máximos de 2014, com os investidores a aguardarem por uma revisão em alta da contrapartida da OPA, ou o surgimento de uma oferta concorrente, Lisboa valorizou. Galp Energia e BCP também puxaram pelo índice nacional.
O PSI-20 encerrou a subir 0,6%, para os 5.749,83 pontos, com 11 cotadas em alta, duas inalteradas e cinco cotadas em queda, isto depois da queda de 0,67% registada no final da semana passada.
O BCP destacou-se com uma das maiores subidas da bolsa, de 1,2%, para os 27,7 cêntimos por ação. O banco liderado por Nuno Amado continua a corrigir das quedas registadas na semana passada.
A contribuir para este desempenho esteve também a família EDP. A empresa liderada por António Mexia avançou 0,81%, para os 3,48 euros por ação, tendo chegado a cotar nos 3,533 euros, o valor mais elevado desde setembro de 2014.
Este movimento acontece numa altura em que os investidores aguardam por um de dois desfechos: ou os chineses da China Three Gorges aumentam o preço da sua oferta ou surgirá uma proposta concorrente. A EDP Renováveis também beneficiou deste sentimento e subiu 0,79%, para os 8,24 euros por ação.
Destaque ainda para a Galp Energia, que continua a valorizar à boleia do petróleo. A petrolífera nacional somou 0,5%, para os 17,06 euros por ação, num dia em que o barril de Brent, que serve de referência para o mercado português, já se aproxima dos 79 dólares.
A contrariar a sessão positiva no mercado acionista português, o risco da dívida nacional continua a agravar-se, pela sexta sessão consecutiva. Itália continua a ser um motivo de preocupação para os investidores, perante a iminência de uma coligação formada pela Liga Norte e pelo movimento Cinco Estrelas, e os juros da dívida portuguesa a dez anos chegaram a superar os 2% esta segunda-feira.
Neste contexto de receio em torno da política italiana, a bolsa de Milão caiu 1,5%. O sentimento negativo também chegou a Espanha, com o Ibex a recuar 0,8%.
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