CTT já conseguiram rescindir com 300 trabalhadores
Rescisões já atingiram 40% do objetivo até 2020. Ao mesmo tempo, os CTT contrataram o ex-diretor geral da Prosegur para chefiar operações nacionais, em substituição de Hernâni Santos.
Trezentos trabalhadores já aceitaram rescindir amigavelmente com os CTT, no âmbito do plano de rescisões que vai atingir 800 funcionários dos correios até 2020, apurou o ECO. Ou seja, quase 40% do objetivo já está cumprido quando nem cinco meses passaram da implementação da reestruturação. Entretanto, foi também já contratado um novo diretor nacional de operações: é o antigo diretor-geral da empresa de segurança Prosegur Portugal.
Tem sido elevada a adesão dos trabalhadores ao plano de rescisões amigáveis que os CTT CTT 0,00% lançaram no final do ano passado e que visa otimizar os recursos humanos da empresa através da “eliminação de redundâncias”.
O ECO apurou que as rescisões visam sobretudo os trabalhadores com mais de 60 anos, em áreas ou serviços onde a respetiva chefia diz não ser preciso substituição. Nestas circunstâncias, as condições que os CTT estão oferecer como contrapartida pela rescisão voluntária têm sido bastante atrativas para os trabalhadores: vencimento base mensal mais diuturnidades (prestação remuneratória ligada à antiguidade do trabalhador) até à idade de reforma. Mas pode haver exceções.
Contactada, a empresa diz que não comenta assuntos do foro interno. Oficialmente, a última atualização quanto ao número de rescisões data do final do primeiro trimestre: 224 trabalhadores tinham rescindido contrato até março, 67 dos quais este ano.
Desde o final do ano passado que a administração dos CTT liderada por Francisco Lacerda tem procurado acelerar a reestruturação de todo o grupo, isto depois de ter registado uma quebra histórica dos lucros em 2017 por causa da deterioração acentuada no tráfego postal. Mas os maus resultados não vão ficar por aqui.
Além das rescisões, o operador postal está a encerrar estações do correio em todo o país, já cortou salários e prémios aos administradores e ainda a remuneração acionista. Com este plano, espera chegar ao final de 2020 com poupanças de 45 milhões de euros. Simultaneamente, com os negócios da distribuição de correio postal e de venda de produtos de poupança do Estado em degradação, Lacerda tem promovido as áreas de Expresso e Encomendas e o banco postal como próximas alavancas de crescimento do grupo. Por exemplo, ainda há duas semanas, os CTT anunciaram que o seu serviço Express2Me vai alargar-se a 200 mil lojas digitais no Reino Unido que não enviam para moradas nacionais.
Ex-Prosegur é o novo diretor nacional de operações
Entretanto, os CTT já encontraram substituto para Hernâni Santos, que ocupava até agora o cargo de diretor nacional de operações. Chama-se João Gaspar da Silva, antigo diretor-geral da Prosegur Portugal, sabe o ECO.
Gaspar da Silva é licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e tem um MBA pela Kellog School Management. Foi também presidente da Prosegur Portugal entre setembro de 2013 e dezembro de 2014 e chega aos CTT para dar início a um novo ciclo de gestão dentro da empresa, como escreveu o ECO em primeira-mão.
O diretor nacional de operações é responsável pela área de distribuição e tratamento de correio, que responde por 70% da força de trabalho da empresa.
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