Wall Street avança com desemprego em mínimos de 18 anos
Guerra comercial condiciona Wall Street, mas início de sessão é positivo do outro lado do Atlântico. Isto depois de o Governo anunciar queda do desemprego para mínimos desde 2000.
Enquanto os investidores continuam a avaliar o eventual impacto da guerra comercial iniciada esta quinta-feira pelos EUA, sinais positivos do mercado de trabalho norte-americano dão algum conforto a Wall Street no arranque da última sessão da semana.
Duas bombas castigaram ontem os mercados: primeiro, de Espanha vieram as notícias de que os nacionalistas bascos iriam aprovar a moção de censura contra o Governo de Mariano Rajoy, votação que foi confirmada nesta manhã; logo a seguir, a Casa Branca anunciava o fim da isenção de tarifas sobre a importação de aço e alumínio da União Europeia, Canadá e México.
Do lado canadiano e mexicano, a retaliação às tarifas americanas envolvem um conjunto de produtos que vão desde o sumo de laranja à carne de porco, enquanto a União Europeia pondera avançar com taxas sobre a importação de uísque bourbon e motas Harley Davidson.
Entretanto, depois de uma sessão no vermelho, o S&P 500 inicia-se agora em recuperação: soma 0,60% para 2.721,44 pontos. Também o industrial Dow Jones e o tecnológico Nasdaq ganham 0,75% e 0,64%, respetivamente. Deste lado do Atlântico, a sessão também está a ser marcada por ganhos, com o IBEX-35 em alta de 2% após o Parlamento ter confirmado a queda do Executivo de Rajoy, abrindo alas para Pedro Sánchez (PSOE) formar um novo Governo.
Isto acontece num contexto de algum apaziguamento nas tensões políticas em Itália. Na quinta-feira, e depois de acesas negociações, o Presidente Mattarella indigitou novamente Giuseppe Conte para o cargo de primeiro-ministro. Giuseppe Conte terá como vice-primeiros-ministros, Matteo Salvini e Luigi di Maio, os lideres da Liga Norte e do Movimento 5 Estrelas.
Por outro lado, o Departamento do Comércio norte-americano revelou esta sexta-feira que a economia criou mais empregos do que o esperado em maio, levando a taxa de desemprego a cair para mínimos de 18 anos nos 3,8%. Em concreto, foram adicionados 223 mil postos de trabalho no mês passado na maior economia do mundo.
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