Inflação dispara para 1,6%. A culpa é dos combustíveis

A taxa de inflação em Portugal acelerou para 1,6% em junho, de acordo com a estimativa rápida divulgada esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No mês passado, em maio, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi de 1%, menos 0,6 pontos percentuais do que em junho.

A aceleração do IPC reflete a recente evolução dos preços dos combustíveis. “O índice relativo aos produtos energéticos terá também acelerado, estimando-se uma taxa de variação homóloga de 7,4% em junho”, pode ler-se no relatório do INE.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá, este mês, sido de 1,0%, em comparação com 0,6% em maio.

Já o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, um indicador utilizado para comparar a inflação dos países europeus, registou uma variação homóloga de 2,0%, taxa superior à de maio (1,4%).

Taxa nos 2% na Zona Euro

Na Zona Euro, segundo uma estimativa rápida do Eurostat, a taxa de inflação anual subiu para 2,0% em junho, face aos 1,9% de maio. Está assim ao nível pretendido pelo Banco Central Europeu (BCE).

O setor da energia foi o que registou a maior subida dos preços, de 6,1% em maio para 8,0% este mês, seguindo-se o da alimentação, álcool e tabaco, no qual os 2,8% de junho comparam com os 2,5% de maio. O setor dos serviços regista um aumento de 0,4 pontos percentuais, em relação a maio, e o dos bens industriais não energéticos um aumento de 0,1 ponto percentual.

Dia 18 de julho está agendado um novo boletim sobre a inflação, já com dados dos estados-membros.