Portugueses aplicam 708 milhões em certificados no primeiro semestre
O montante colocado nos primeiros seis meses do ano em produtos de poupança do Estado ascendeu a 708 milhões de euros. Certificados do Tesouro suportam subida. Certificados de aforro continuam a cair.
O montante colocado nos primeiros seis meses do ano em produtos de poupança do Estado ascendeu a 708 milhões de euros, mostram dados do Banco de Portugal. Este aumento continua a ser suportado pelo crescimento das aplicações em certificados do Tesouro, enquanto os certificados de aforro continuam a perder dinheiro.
De acordo com o boletim estatístico mensal da entidade liderada por Carlos Costa, o valor aplicado em certificados do Tesouro em junho aumentou em 154 milhões de euros. Já as aplicações em certificados de aforro voltaram a baixar pelo vigésimo mês consecutivo, registando-se uma saída de cinco milhões de euros. Esta quebra limita a 149 milhões de euros, o crescimento das quantias aplicadas globalmente por estes dois produtos naquele mês.
Os certificados de aforro continuam assim a condicionar o crescimento das aplicações em produtos de poupança do Estado. Nos primeiros seis meses do ano, o montante colocado em certificados de aforro encolheu em 68 milhões de euros, com o valor global a fixar-se em 11.873 milhões de euros. Ou seja, o montante mais baixo desde outubro de 2014. A esta diminuição não será alheia a fraca atratividade da remuneração que é oferecida.
Os valores investidos em certificados do Tesouro, pelo contrário, continuam a renovar máximos históricos, suportados pelos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento (CTPC). Este produto que oferece a remuneração mais atrativa entre as aplicações para o retalho disponibilizada pelo Estado subiu em 776 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano aos certificados. No final de junho, existiam 15.809 milhões de euros em certificados do Tesouro, um máximo de sempre.
Subtraindo a retirada de dinheiro registada nos certificados de aforro, o valor global aplicado em certificados cresceu em 708 milhões nos primeiros seis meses, para se fixar num recorde de 27.682 milhões de euros.
Entretanto, já neste mês de julho, o Tesouro reforçou o financiamento obtido junto dos investidores do retalho em mil milhões de euros. Este foi o montante angariado através de uma emissão de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável — OTRV — que suscitou muita procura por parte dos aforradores portugueses.
(Notícia atualizada às 11h40 com mais informação)
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