Mais de metade das reformas da Segurança Social ficam abaixo do salário mínimo
Em Portugal, há 1,6 milhões de pensionistas a receber reformas abaixo do salário mínimo. No Estado, contribuições para a Caixa Geral de Aposentações pagam menos de metade dos encargos com reformas.
Mais de metade dos pensionistas e aposentados da Segurança Social recebem, todos os meses, reformas abaixo do salário mínimo nacional. Os dados divulgados pelo Pordata — e citados pelo Correio da Manhã (acesso pago) — revelam que, no total, 1,6 milhões de portugueses estão nessa situação.
No último ano, no setor privado, mais de 1,4 milhões de pensões de velhice e 145 mil de invalidez ficavam abaixo dos 580 euros. Já entre os reformados da Caixa Geral de Aposentações (isto é, antigos funcionários públicos), contam-se pouco mais de 100 mil casos em que o ganho mensal fica mesmo abaixo dos 500 euros. Em sentido contrário, a CGA contabilizava, em 2017, 6564 pessoas com reformas acima dos 4 mil euros mensais.
Ainda segundo os dados da Pordata, os encargos com o sistema público de pensões continuam a pesar nas contas do Estado. Só em 2017, as receitas da CGA com quotizações ultrapassaram os 3,8 milhões de euros, menos 86 milhões do que em 2016. O Estado entrou com 4,7 mil milhões, um agravamento de 65 milhões de euros face ao ano anterior. No total, as despesas da CGA ascendem a 8,8 mil milhões de euros, o que significa que os descontos dos trabalhadores para a CGA — o sistema foi fechado a novos subscritores no final de 2005 — pagam menos de metade dos encargos com pensões.
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