Portugal teve menor crescimento de salário dos países que receberam a troika
A redução nos custos por trabalhador, de cerca de 15%, deve-se a salários mais baixos.
Os custos laborais em Portugal são os mais baixos dos países que participaram em programas de ajustamento depois da crise financeira. Os dados são do Fundo Monetário Internacional (FMI), num relatório anual (artigo IV) sobre a Grécia e divulgado esta semana.
Os quatro países contabilizados, Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha, diminuíram o custo por trabalhador, nomeadamente entre 2014 e 2016, em cerca de 10% ou 15%. Em Portugal, os custos laborais unitários desceram aproximadamente 15% desde 2014, o último ano do programa de ajustamento. Em 2017 já se registou uma subida pouco expressiva.
O “declínio foi baseado em salários mais baixos, em vez de ganhos de produtividade”, aponta o FMI, citado pelo Diário de Notícias (acesso pago). Também as previsões da Comissão Europeia não estimam que se verifique uma evolução forte para 2018 e 2019, apesar do aumento do salário mínimo.
A redução dos custos terá ajudado a “recuperar a competitividade”, continua o FMI. Dos países analisados, a competitividade apresentou uma melhor recuperação em Portugal no biénio 2017-18, face a 2015-16, mas a Irlanda continua a estar no topo nesta área.
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